José
Roberto de Souza Pinto
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WirelessBrasil
Novembro 2008 Índice dos assuntos
• José Roberto de Souza Pinto no e-Thesis: "Competição em telecom: negócio só para grandes?"
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From: Helio Rosa
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Sent: Thursday, November 27, 2008 10:50 AM
Subject: José Roberto de Souza Pinto no e-Thesis: "Competição em telecom:
negócio só para grandes?"
* José Roberto de Souza Pinto é engenheiro e consultor na área de Telecomunicações
* Texto publicado originalmente
no site e-Thesis, atualmente descontinuado
O
Modelo de Telecomunicações Brasileiro suportado pela Lei Geral de
Telecomunicações, não foi concebido só para a participação dos grandes grupos
empresariais. Se as regras da competição forem seguidas, existe espaço para um
grande número de empresas de pequeno e médio porte participar do mercado, em
condições competitivas. Entretanto, tenho visto constantemente na mídia
brasileira especializada do setor que a competição será só entre os grandes
grupos empresariais e que no Brasil serão três, com a possibilidade de fusão
da Oi com a BrT.
Visto pela gestão empresarial e também pelos usuários de serviços, as Empresas grandes são, por natureza, lentas nas suas decisões e não colocam a inovação como prioridade para a conquista do cliente.
Estratégias de economias de escala, muito comuns nestas grandes Empresas não visam reduzir os preços para o consumidor, pois se assim fosse não teríamos uma assinatura básica de telefonia que cresceu de R$ 10,00 em 1998 para R$ 40,00 nos dias de hoje enquanto que a escala do serviço mais que duplicou.
O que realmente funciona para se gerar um mercado competitivo no setor de TELECOM, com queda nos preços e inovação nos serviços é o risco de perda ou a possibilidade de conquista do cliente. Este é o fator que motiva os grupos empresariais, sejam eles grandes, médios ou pequenos.
A diversidade de ofertas de serviços é que vai fazer com que o país saia desta ridícula situação de atraso no setor de telecom, em que nos encontramos. Sobre este ponto acredito que não temos dúvidas sobre a baixa penetração dos serviços e o péssimo atendimento, e não adianta dizer que há 10 anos atrás era pior, pois o mundo mudou e a sua demanda por telecomunicações se transformou totalmente. Vale lembrar que esta deficiência no setor de telecomunicações no Brasil tem reflexos diretos e negativos na competitividade de outros setores e na sociedade como um todo.
Em resumo a sociedade ganha
muito mais com a entrada de novas Empresas no mercado do que com a fusão de
grandes grupos empresariais, portanto esta deve ser a prioridade das
autoridades regulatórias do país.
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