José
Roberto de Souza Pinto
ComUnidade
WirelessBrasil
Março
2009
Índice dos assuntos
29/03/09
• Msg de Jose Roberto de Souza Pinto: "Banda
Larga: Um caminho não tortuoso" + Notícia: "Banda Larga empaca na 'guerra' de
interesses"
Caro Hélio e Grupos
Aí vai mais uma contribuição para o
desenvolvimento da Banda Larga no país.
Nada de novo, mas porque o Governo está tentando
sempre um caminho tortuoso que leva a dúvida sobre seus interesses?
Ao ver esta notícia sobre o Projeto de Nacional
de Banda Larga, em primeiro lugar nada contra a necessidade que é premente de
termos uma Política clara de desenvolvimento. Entretanto deve-se procurar
caminhos compatíveis com o previsto na legislação do setor de Telecomunicações
de modo a que novas aventuras não sejam interrompidas corretamente pelo
judiciário.
Um caminho que deve ser explorado é o de uso das
redes locais como suporte a banda larga. Onde existe um telefone fornecido
pela Concessionária Local de Telefonia em um estabelecimento ou residência é
possível criar um acesso em banda larga.
Pequenas Empresas de Telecomunicações e
Provedores de Internet com licença de SCM podem investir nos equipamentos com
a tecnologia DSL e prover estes acessos, desde que a desagregação da rede de
telefonia local seja implantada em condições competitivas, isto é, que o valor
a ser pago às Concessionárias Locais pelo uso deste recurso se torne viável
para a oferta de banda larga por estas prestadoras de pequeno porte.
Esta é uma receita já provada em vários paises
com grande sucesso.
O que não puder ser atendido desta forma, aí
cabe sim um subsídio, e o FUST é o instrumento adequado para tal.
sds
Jose Roberto de Souza Pinto, engenheiro e consultor em
telecomunicações.
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"O mercado privado não vai levar a banda larga
para a periferia e para o interior do país", sentenciou o Secretário da SLTI
do Ministério do Planejamento, Rogério Santanna, ao falar sobre o que chamou,
repetindo um integrante do Comitê Gestor da Internet, "desconexão eterna".
Segundo Santanna, qualquer política pública requer a participação do governo e
da iniciativa privada. "Não basta cobrar apenas de nós", disse.
Com relação ao backhaul das escolas, o executivo
disse que "Judiciário é para ser respeitado e a questão está na Justiça",
referindo-se à medida conseguida pela PRO TESTE contra o acordo firmado entre
o governo e as concessionárias de telefonia.
Apesar de saber que há críticos da sua posição
no próprio governo, Santanna sustentou a tese de que a infraestrutura da
Eletronet (Telebrás) - também em processo judicial - precisa ser utilizada
para reduzir o abismo digital entre as áreas urbanas e rural.
O secretário da SLTI, Rogério Santanna,
participou, por meio de videoconferência, da divulgação do estudo TIC
Domícilios 2008, pesquisa realizada pelo Comitê Gestor da Internet do Brasil.
Na sua quarta edição, foi a primeira vez que houve a apuração de dados na área
rural.
E os resultados foram claros: Nessa região, há
uma baixa penetração de computadores e de Internet por falta de infraestrutura
e de interesse dos atuais provedores de serviços. "Não há como acreditar que o
mercado privado vai levar banda larga para a periferia e para o interior do
país por livre vontade", disse Santanna, ao ser cobrado do porquê da demora do
governo em criar uma Política Pública para Banda Larga - já batizado por
muitos de "PAC Digital".
Santanna lembrou que houve acordos firmados com
a iniciativa privada - o backhaul das escolas é um deles - só que este acerto
está parado no Judiciário. A meta era levar Internet banda larga para 55 mil
escolas até 2010. "O que podemos fazer? Justiça é para ser respeitada",
frisou.
O secretário da SLTI acredita que os pequenos
provedores e, até mesmo, as Lan Houses - que mostram sua força no estudo -
podem vir a cumprir um papel importante para ampliar a disseminação do
serviço. Até porque as dificuldades da área rural não se resumem à falta de
infraestrutura e de serviços, como bem salienta o TIC Domícilios 2008.
Picuinhas à parte, falta dinheiro ao
brasileiro
Há questões econômicas - extra TICs - para serem
levadas em conta. Tanto é assim que no estudo do Comitê Gestor da Internet,
79% dos entrevistados na área rural afirmaram não ter um PC em casa por falta
de condições de pagar pelo equipamento.
No quesito acesso à Internet, 50% alegaram
também a falta de dinheiro para não contratar o serviço. Mas neste último
ponto, o levantamento observa que 27% dos entrevistados reclamaram: Falta
disponibilidade de acesso onde residem, ou seja, não há rede tampouco
provedor.
Existem mais dados relevantes no estudo e que
não podem ser relegados a um segundo plano ou apenas as 'picuinhas' políticas
entre Governo e concessionárias. A falta de recursos financeiros é evidente no
Brasil.
Tanto é assim que nas áreas urbanas, 75% dos
entrevistados também alegaram a falta de dinheiro como principal motivo de não
ter um computador na sua casa e 54% dos entrevistados também disseram que não
tinham acesso à Internet pelo mesmo motivo = custo elevado e fora do orçamento
doméstico.
No caso dos PCs, o governo editou uma medida
provisória com incentivos fiscais - a MP do Bem, que trouxe resultados
concretos e ampliou a base de computadores legais vendidos no país. Neste
período, a alta do dólar atrapalha, mas ainda é possível comprar um
equipamento em lojas de varejo populares, com prestações facilitadas. Fato é
que nunca se vendeu tanto PC no Brasil como nos últimos dois anos.
Já para reduzir o custo do serviço de banda
larga - a eterna briga com as operadoras - Santanna mais uma vez defendeu o
uso dos ativos da Eletronet, apesar de estar ciente das críticas que recebe
por defender essa posição.
"Temos fibra óptica disponível e podemos levar
infraestrutura para onde ela não existe. Há um processo em andamento, há um
projeto sendo discutido, mas eu defendo o uso da Eletronet. Ela é, sim, uma
alternativa, já que há muitos interesses em jogo", concluiu o secretário da
SLTI, Rogério Santanna.
O TIC Domícilios 2008 revela que 28% dos lares
brasileiros possuem computador. Já o acesso à Internet foi identificado em 18%
das residências. Na área urbana, 28% das famílias possuem um PC. Na área
rural, esse número cai para 8%.
Com relação à Internet, 20% dos lares urbanos
têm um acesso. Já na área rural, esse número cai para apenas 4%. A banda larga
é identificada em 58% das residências localizadas nas áreas urbanas. Esse
percentual é quase duas vezes maior em relação às conexões discadas, que ainda
representam 31% do mercado. O levantamento ouviu 20 mil pessoas em todo o
país.
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