José
Roberto de Souza Pinto
ComUnidade
WirelessBrasil
Setembro 2009 Índice dos assuntos
12/09/09
• Comentário de Jose Roberto S. Pinto sobre a "Palestra de Flávia Lefèvre"
---------- Forwarded message ----------
From: <josersp@terra.com.br>
Date: 2009/9/11
Subject: Re: [Celld-group] Sobre a "Palestra de Flávia Lefèvre"
Caro Hélio e Grupos
Uma excelente contribuição da Flavia no Seminário de TIC -2020.
Como estive presente no evento vou compartilhar com o grupo minhas impressões.
O evento sem dúvida bastante oportuno, com manifestações claras e objetivas
sobre o nosso deficiente estágio de desenvolvimento neste tema banda larga.
Deficiente no atendimento a demanda, mas principalmente na falta de planejamento
dos órgãos responsáveis, que aparentemente sensíveis e acreditando na
importância da Banda Larga no desenvolvimento social e econômico do país sem
falar na competitividade do país, mas sem nenhum foco ou direcionamento para
solução.
Alguns destaques colhidos como observador do seminário:
1- Perdemos tempo ainda comparando o Brasil com ele mesmo no passado, o famoso
"deitado em berço esplêndido”. Todos nós sabemos que as telecomunicações no
Brasil estavam ruins e que melhoraram, mas estamos hoje muito atrasados em
relação ao resto do mundo, em particular na banda larga. Portanto temos que
fixar metas e gerar desafios, comparando com os países desenvolvidos.
2- Representantes do governo citaram a oportunidade da copa do mundo 2014 e das
olimpíadas no Rio de Janeiro como objetivos. Este é mais um equívoco, a demanda
interna já justifica um Plano para Banda Larga de grandes proporções, e este
deve ser o objetivo. Estes eventos, por sinal, muito importantes servem para
viabilizar alguns investimentos que seriam pagos a curto prazo, isto se forem
feitos com a seriedade necessária de projetos que tem que ter retornos
razoáveis. O PAM Rio é um exemplo de como não se deve fazer, pois não vejo
legado deste evento para as comunicações.
3- Um terceiro aspecto que me surpreendeu foram as iniciativas descoordenadas de
estudos e planos que serão realizados e discutidos no governo. A estranheza se
deve ao fato que na reforma do setor que gerou a Lei Geral de Telecomunicações (LGT)
e a ANATEL, tinha-se uma clara visão de que a Agência seria o órgão técnico de
suporte ao Estado Brasileiro, no sentido de estar apta e permanentemente
atualizada para propor os projetos e instrumentos necessários ao continuo e
eficaz desenvolvimento das telecomunicações. Se o governo não acredita na
Agência por algum motivo, deve então reformula-la para ela exercer o seu papel.
O depoimento da Conselheira do FCC Meredith Baker nos causou um pouco de inveja
quando ela apresentou um plano muito bem estruturado com metas e objetivos e com
mínimos detalhes da participação da sociedade. Me parece que lá eles estão
seguindo os mesmos termos da nossa LGT, pois a Conselheira do FCC demonstrou
capacitação técnica no setor de telecomunicações ao apresentar a proposta.
Finalmente, recomendo a divulgação no grupo do material que foi apresentado no
seminário, pois ele traz novas e importantes informações sobre TIC e em
particular sobre a Banda Larga.
sds
Jose Roberto de Souza Pinto
[Procure "posts" antigos e novos sobre este tema no Índice Geral do BLOCO] ComUnidade WirelessBrasil