José
Roberto de Souza Pinto
ComUnidade
WirelessBrasil
Setembro 2009 Índice dos assuntos
17/09/09
• Telebrás e Eletronet: de novo... - "O debate deve continuar" - Msg de Jose Roberto de Souza Pinto
de josersp@terra.com.br
para HELIO ROSA COMUNIDADE CELL <rosahelio@gmail.com>
data 17 de setembro de 2009 17:08
assunto TELEBRAS - O DEBATE DEVE CONTINUAR
Caro Hélio
O debate deve continuar sobre esta reativação da TELEBRAS.
Nas notícias veiculadas fica claro que a estrutura de rede que o governo vai se
utilizar para desenvolver a banda larga no país (ELETRONET e etc) não chega ao
consumidor final, porque falta o acesso, a ultima milha que é o problema crítico
para viabilidade de qualquer projeto.
Todos estudos desenvolvidos seja na Europa, USA ou Asia chegaram a esta
conclusão e quem tem estes acessos são as Concessionárias de Telefonia Local, as
Empresas de TV a cabo e mais recentemente as prestadoras de serviços moveis com
a tecnologia 3G.
Como estas tecnologias de acesso estão nas mãos dos mesmos grupos econômicos e o
serviço de banda larga é prestado no regime privado, estas Empresas é que
determinam os preços e administram o volume de ofertas e a evolução tecnologica
destes acessos.
Numa analise simplista, considerando que o governo tem a boa intenção de quebrar
o cartel criando uma Empresa Operadora, ele precisa saber que os recursos que
esta Empresa Operadora Estatal vai herdar destas Empresas de infraestrutura não
vão resolver o problema de introduzir competição e forçar a queda nos preços a
inovação tecnologica e aumentar a penetração do serviço na sociedade.
Em resumo esta solução mantém o controle da situação nas mãos das Empresas
detentoras da ultima milha.
Entretanto se o objetivo for de mudar este quadro dramático da banda larga no
Brasil, o que não faltam são experiências de outros países na linha da
desagregação rede local, revenda de serviços para acessos fixos e móveis e a
separação funcional da rede (atacado) do serviço (varejo) na estrutura
organizacional das Empresas Concessionárias Dominantes no mercado.
Os remédios estão aí, e podem ser administrados de acordo com o comportamento
das Concessionárias Locais.
Nesta iniciativa do governo sem uma radiografia bem focada, corremos o risco de
aplicarmos um remédio no paciente errado e ele morrer em pouco tempo e o pior é
que nós contribuintes estamos pagando para desenterrar o defunto, vamos gastar
uma fábula para ressuscita-lo e depois teremos que enterra-lo de novo.
De qualquer forma acredito que o país tem hoje entidades como o TCU e o
Ministério Público que devem solicitar formalmente o projeto do governo, os
estudos de viabilidade, as metas e objetivos, de modo que possa ser exercido um
controle responsável dos resultados alcançados e adotar as medidas cabíveis no
caso de distorções.
sds
Jose Roberto de Souza Pinto
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