José
Roberto de Souza Pinto
WirelessBrasil
Setembro 2012 Índice dos assuntos deste website
28/09/13
• Sobre o artigo "O futuro da concessão da telefonia fixa"
Referência:
Fonte:
Tele.Síntese
[11/04/12]
O futuro da concessão da telefonia fixa - por José Roberto de Souza
Pinto
Bruno
Como você citou um parágrafo do artigo que escrevi sobre o futuro da concessão
da telefonia fixa, vou fazer alguns comentários.
1- As regras estabelecidas na Concessão de telefonia fixa, permitiam e permitem
que a tarifa de assinatura fosse reduzida. Na realidade após a privatização esta
tarifa de assinatura aumentou quase 5 vezes. Infelizmente uma combinação de
fatores nas regras estabelecidas, intencional ou não, permitiu este absurdo do
aumento da tarifa de assinatura. Já escrevi sobre isto, mas repito, o unico
serviço de telecomunicações que aumentou a sua tarifa nos últimos 10 anos. Vale
dizer que a tecnologia propiciou reduções significativas nos investimentose
custos de operação dos serviços de telecomunicações.
2- Concordo que com 10 milhões de terminais inativos, seria o caso de promover
uma redução na tarifa de assinatura para vender o serviço e ter uma receita.
Acredito que as Concessionárias locais de telefonia, fizeram uma conta e
concluiram que seria melhor manter parados os terminais do que reduzir a tarifa
de toda a base instalada, os outros cerca de 30 milhões de terminais. Finalmente
com a portabilidade numérica em funcionamento, ficou claro que as
Concessionárias Locais, nos ultimos anos cometeram um erro estratégico, pois as
perdas de assinantes para as entrantes é considerável, o que indica que a
competição é uma peça importante neste processo de desenvolvimento das
telecomunicações, com reflexos positivos para os usuários, que optaram por menor
preço é melhor qualidade dos operadores entrantes no mercado.
Sobre especificamente o parágrafo que você citou, meu comentário é que teremos
um processo de grande complexidade com o fim da Concessão de Telefonia Fixa, que
vai requerer muita competência e criatividade para se encontrar um caminho que
seja interessante para as partes e principalmente para o cidadão consumidor.
sds
Jose Roberto de Souza Pinto
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Olá
(...) Este caminho se
justifica pelas seguintes razões:
O que a União faria com os recursos da rede de telecomunicações devolvidos?
Passaria a operar a rede e os serviços de telecomunicações através de uma
empresa estatal? Ou faria um processo licitatório para escolha de novos
concessionários de serviços? (...)
O que a União faria? Poderia entregar telefone fixo com assinatura barata, ou
mesmo custo apenas das ligações (ou com tarifa fixa ilimitada, como nos EUA e em
algunas autorizadas), tendo em vista que os investimentos estão pagos e
amortizados
Não se concebe uma empresa "privada" deter 10 milhões de terminais inativos e
preferir não instalá-los a baixar os preços e ganhar na escala. Pior ainda, usar
ativo público para venda casada de serviço privado (afinal, a despeito das
"tentativas" da agência dita reguladora, ainda não se consegue contratar banda
larga com fio sem telefone empurrado junto) as expensas das obrigações de
universalização e continuidade.
Bruno
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