José
Roberto de Souza Pinto
WirelessBrasil
Abril 2019 Índice dos assuntos deste website
09/04/19
• Aluguel de postes usados irregularmente por teles somaria R$ 1,25 bilhão,
estima Aneel - Comentário de Jose Roberto de Souza Pinto
Entendo como muito estranho a falta de iniciativas, para tratar este grave
problema. Inclusive de poucos comentários por parte dos engenheiros do setor de
telecomunicações e de energia. Certamente temos um caos do ponto de vista da boa
técnica de engenharia. Minha sugestão é fixar um padrão técnico das instalações
em postes e definir um responsável pela fiscalização. Poderia ser a empresa
distribuidora de energia ou as prefeituras, que certamente tem grande interesse.
A questão do preço deve ser tratada a partir do custo, com uma pequena margem,
partindo do princípio que as distribuidoras de energia elétrica são
concessionárias e não cabe a adoção de preço de oportunidade. Já publiquei
alguns artigos sobre os riscos e a inconveniência destas instalações.
José Roberto de Souza Pinto
Leia na Fonte: Teletime
[08/04/19]
Aluguel de postes usados irregularmente por teles somaria R$ 1,25 bilhão, estima
Aneel - por Henrique Julião
Planejando mecanismos para incentivar as distribuidoras de energia a assumirem
postura mais ativa na reorganização do uso dos postes, a Agência Nacional de
Energia Elétrica (Aneel) estima que apenas a regularização da parte do parque
onde a utilização pelas teles não é regida por contrato já renderia aluguéis de
R$ 1,25 bilhão ao ano para as elétricas. Os números preocupam as provedoras
regionais de telecom, para quem o preço pago pelo uso dos postes já é excessivo.
Tal projeção foi apresentada pelo diretor da Aneel, Efrain Pereira, durante
evento do setor de utilities (UTC Latam Summit) realizado no Rio de Janeiro no
fim do mês de março. Relator da revisão do uso dos postes na reguladora de
energia, Pereira teria sinalizado que um incremento de apenas 12% na base de
contratos regulares entre teles e distribuidoras seria suficiente para aumentar
a receita das elétricas com aluguéis em R$1,25 bilhão ao ano.
O montante chega a superar o R$ 1,2 bilhão anual
informado em outubro último pelo presidente da Aneel, André Pepitone, como
receita obtida pelas distribuidoras com o compartilhamento. Destes, R$ 720
milhões (60%) teriam sido direcionados à modicidade tarifária, gerando "alívio
médio de cerca de 0,4% nas tarifas" de energia. O valor restante seria
apropriado pelas distribuidoras como forma de ressarcir custos com a operação da
rede.
Em processo de revisão da Resolução Conjunta nª4, Anatel e Aneel já
sinalizaram que a "internalização" temporária de um bolo maior dessa receita
pelas distribuidoras pode ser uma forma de acelerar a reorganização da rede de
postes. "Eles entendem que com incentivos elas vão fazer mais e melhor, mas nos
dois casos [com ou sem a internalização], os recursos saem das teles",
argumentou o presidente executivo da TelComp, João Moura.
Em nota publicada nesta segunda-feira, 8, a entidade classificou a revisão das
regras de uso dos postes como "uma ótima oportunidade para ajudar a resolver um
gargalo crítico", mas lamentou que as distribuidoras de energia recebam aluguel
pelo uso há 20 anos e "só agora comecem a se organizar para supervisionar a
ocupação". "As atuais normas técnicas, os procedimentos e critérios de aprovação
de projetos pelas distribuidoras não consideram novos recursos que poderiam ser
usados para otimizar ocupações", completou a TelComp.
A entidade ainda chamou de "armadilha contra a competição" o arcabouço atual de
compartilhamento. Para os provedores de Internet,
o cumprimento do preço referência de R$ 3,19 mensais para o uso de cada
poste tem se mostrado um desafio desde 2014, quando a Resolução Conjunta nº 4
foi editada. Com poder de barganha reduzido, muitas operadoras regionais acabam
pagando valores "altíssimos" pelo aluguel da infraestrutura, segundo João Moura.