José Roberto de Souza Pinto

WirelessBrasil

Novembro 2020               Índice dos assuntos  deste website    


17/11/20

• A Telefonia Fixa e o 5G

Ao mesmo tempo em que se trata dos procedimentos do fim das Concessões de Telefonia Fixa, estamos discutindo a implantação da quinta geração de sistemas moveis celulares (5G).

Algo semelhante como uma discussão sobre as capacidades das redes de telegrafia via fios ou em radiofrequência (HF – High Frequency, na faixa de 3 a 30 Mega-hertz) comparando com a utilização de fibras ópticas com capacidade de transmissão de mais de 178 terabits, segundo pesquisa recente.

Certamente estou exagerando um pouco, mas a prática gerencial, indica que devemos focar nas questões prioritárias e que tragam realmente benefícios e esta deve ser uma constante em qualquer organização.

Planejar com antecedência e agir antecipadamente devem ser as melhores práticas para não entulhar os armários com objetos inservíveis ou de baixa utilização, que você já sabe a data do encerramento da vida útil, que é o caso das Concessões de Telefonia Fixa.

A telefonia fixa deve continuar a existir, por mais alguns anos, mas não como serviço essencial e tratado segundo a legislação no regime público, com inúmeros compromissos.

Em outras palavras, precisamos de espaço e das mentes privilegiadas para tratar das novas necessidades da sociedade.

Não se trata de abandonar o passado, mas no tempo certo dar o devido encaminhamento a tudo aquilo que não merece reparo ou atualização e investir nas tecnologias promissoras para o futuro.

Em todos segmentos da sociedade, sempre existem caminhos e ideias discordantes para solução de questões. Este me parece o caso do fim da Concessão da Telefonia fixa, em função da questão principal de quais bens são reversíveis e qual o ganho de antecipação do fim das Concessões, para fins de gerar compromissos de novos investimentos por parte das atuais Concessionárias.

Por outro lado, se nos aprofundarmos nas discussões, certamente vamos encontrar pontos de interesse comum e de equilíbrio onde o interesse das partes será atendido e a boa prática de negociação deve indicar, que nenhuma das partes levou vantagem ou saiu perdedora.

A prática da disputa pela disputa em si, sem dúvida é uma realidade e não deve ser o melhor caminho a ser seguido pelas entidades em conflito, principalmente quando podem prejudicar os interesses da sociedade. Em outras palavras de novo, negociar e melhor do que judicializar.

Pode ser que o título não esteja compatível com o texto escrito até aqui, mas para quem está já há algum tempo envolvido nas questões das telecomunicações, certamente estará entendendo.

Concordo que não é fácil ceder, principalmente quando você vai ter que se explicar depois para muita gente. Entretanto quando as partes cedem em um ou mais pontos no interesse geral, digo no interesse público, certamente fica muito mais confortável para todos os envolvidos.

De forma mais clara, quero dizer que precisamos resolver este imbróglio do fim da Concessão da Telefonia Fixa, porque 2025 já está chegando e aí certamente tudo ficará muito mais complicado, além da perda de energia gerada como processos judiciais.

Toda essa energia poderia ser direcionada para tratar de temas complexos e mais importantes como a introdução do 5G e um melhor atendimento ao cidadão, as Empresas e a todas as Instituições com melhores serviços de Telecomunicações com preços ao consumidor final, mais justos e compatíveis com o mercado internacional.

Parece que não existe mais dúvida sobre a importâncias das Telecomunicações e da Tecnologia da Informação no desenvolvimento econômico e social de um país.

Jose Roberto de Souza Pinto, engenheiro e mestre em economia empresarial.