José
Roberto de Souza Pinto
WirelessBrasil
Maio 2022 Índice dos assuntos deste website
05/05/22
• Utilização de postes - Comentários de Jose Roberto
de Souza Pinto sobre divulgações da mídia
Fonte: Valor
[19/04/22]
Arrumar a bagunça nos postes custa R$ 20 bi. (matéria exclusiva para
assinantes.)
Comentário:
“Enfim acordaram para o grave problema. Devem ter olhado pela janela da
residência ou do escritório e viram o caos dos cabos na postiação,
principalmente urbana. Penso que fiz a minha parte, alertando e já tem cerca de
10 anos que escrevo sobre este colapso dessas instalações em postes e em
particular da falta de capacidade de entendimento das partes sem contar na
falência da engenharia de telecomunicações nestas instalações."
Leia na Fonte: Tele.Síntese
[19/04/22]
Conexis quer nova AIR da Anatel sobre uso de postes - por Rafael Bucco
(matéria transcrita mais abaixo)
Comentário:
“Excelente a contribuição da Conexis, sobre a questão de instalação em
postes. Mas o mais importante é que os veículos especializados do setor de
telecomunicações, estão dando visibilidade a algo que parecia invisível, mas
bastava olhar para um poste e ver um caos nas instalações de cabos.
Importante destacar que a responsabilidade pelas irregularidades é das
Distribuidoras de Energia Elétrica, afinal os postes são de propriedade dela e
as Empresas cobram valores elevadíssimos pelo seu uso.
Um segundo ponto de destaque é que não cabe preço por utilização e sim
recuperação de eventual custo. Afinal a Distribuidora é uma Concessionária que
opera em regime de Monopólio. Finalmente cabe introduzir um padrão técnico
baseado na boa engenharia de instalações a ser observado por todos."
Band News
[04/05/22] Noticiário de 04 de maio de 2022
Comentário:
"Parabéns a Rede Bandeirantes de TV que, no seu noticiário na BANDNEWS, pela
primeira vez abordou essa grave situação e mostrou a situação caótica das
instalações de cabos em postes, comentando sobre a segurança das pessoas e a
poluição visual. Espero que dê sequência e também que outras emissoras tratem
dessa questão, ainda sem solução".
Transcrição
Leia na Fonte: Tele.Síntese
[19/04/22]
Conexis quer nova AIR da Anatel sobre uso de postes - por Rafael Bucco
A Conexis diz que a Análise de Impacto Regulatório (AIR) feita para a
consulta pública que terminou ontem continha vícios que precisam ser sanados
para não comprometer a segurança jurídica do processo de elaboração da resolução
conjunta com a Aneel sobre uso de postes
As operadoras também enviaram sua contribuição à consulta pública conjunta
realizada pela Anatel e pela Aneel a respeito do compartilhamento de postes
entre distribuidoras de energia e operadoras de telecomunicações. No material, a
Conexis, que representa Algar, Claro, Oi, TIM, Vivo e Sercomtel, cobra da Anatel
a feitura de uma nova e mais detalhada análise de impacto regulatório (AIR)
sobre as regras de ocupação de postes.
Defende também alterações na cobrança que recairá sobre as teles quanto à
regularização do uso da infraestrutura. Diz que se as operadoras tiverem de
pagar para ter os cabos readequados, haverá aumento de preços dos serviços ao
consumidor final.
Para a Conexis, uma condição essencial é que a Anatel regule os preços do
compartilhamento de postes. A entidade critica a proposta de que a Aneel
concentre este poder. Afirma que a LGT delega essa tarefa à agência do setor de
telecomunicações.
O sindicato das operadoras argumenta ainda que o processo de regularização dos
postes deve ser paulatino, com um teto de e limpeza por ano para que “não haja
prejuízo financeiro relevante para os agentes envolvidos, que trarão impacto nas
tarifas, indo na contramão da massificação dos serviços”. Cobra ainda
notificação prévia feita pela distribuidora que identificar o uso irregular de
seu poste e prazo para a operadora se adequar por conta própria.
Diz ainda que ocupantes irregulares clandestinos devem ter tratamento diferente
de quem tem contrato de ocupação do poste, mas cometeu alguma irregularidade na
instalação.
Outro ponto mencionado foi a precificação. A Conexis defente que o preço cobrado
seja suficiente para cobrir os custos de manutenção com o ponto de fixação no
poste. Ou seja, deve ser o menor preço possível, dado que o serviço de
telecomunicação é essencial.
AIR COM PROBLEMA
Para a entidade, o processo de elaboração de resolução conjunta entre Anatel e
Aneel tem vícios formais. A Conexis diz que há falhas na análise de impacto
regulatório (AIR) sobre as regras de uso de postes. Esta não teria atendido os
requisitos mínimos para elaboração de documentos do tipo, não avaliou
alternativas à proposta que foi a consulta pública, não mapeou modelos
internacionais para solução de problemas ligados ao compartilhamento de
infraestrutura, nem apontou os efeitos da regulação proposta, afirma o sindicato
das operadoras.
Além disso, a entidade afirma que a AIR desconsidera a responsabilidade das
distribuidoras pela ocupação desordenada dos postes e tem o objetivo de repassar
os custos da regularização apenas ao setor de telecomunicações. A entidade
setorial ressalta que as distribuidoras são pagas pelas operadoras para,
justamente, ordenar a ocupação da infraestrutura aérea.
A íntegra da contribuição da Conexis pode ser conferida
aqui.
Mais transcrições sobre o tema
Leia na Fonte: Teletime
[20/04/22]
Distribuidoras de energia cobram da Anatel e das teles responsabilidade no uso
ordenado de postes - por Marcos Urupá
Em sua contribuição para a consulta pública da Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel), que pretende revisar a norma de compartilhamento de postes, a
Associação Brasileira de Distribuidoras de Energia Elétrica (Abradee) defende
uma posição mais firme da Anatel para mudar a postura das operadoras em relação
ao uso adequado dos postes. A entidade diz que somente uma atuação conjunta de
todos os atores por meio de um operador neutro pode resolver o problema de
reordenamento dos postes.
A associação diz que, se a agência reguladora de telecomunicações não for firme,
as ações propostas na consulta pública e assimiladas na nova norma serão
ineficazes e a "desordem em campo seguirá se intensificando a cada dia". Outra
medida que pode também ser eficaz nesse processo é a criação de incentivos
regulatórios para as elétricas, afirma a Abradee.
Um problema apontado pela entidade setorial das distribuidoras de energia é a
ausência de medidas punitivas por parte do regulamento vigente, o que deixaria o
tema do compartilhamento de postes fora das prioridades das operadoras. "O que
se verifica hoje é que o tema de compartilhamento de postes não é prioridade por
parte das operadoras de serviços de telecomunicações, que estão altamente
dedicadas à ampliação de seus mercados e busca de novas tecnologias, sem se
preocupar efetivamente com o meio, a forma ou as consequências que o modo de
exploração das infraestruturas se dá atualmente", afirma a Abradee.
Na visão da associação, estaria faltando mais empenho das operadoras em resolver
o problema do uso desordenado dos postes, fazendo que com as distribuidoras
destinem recursos, financeiros e humanos para gerenciar o processo de ocupação.
"Neste contexto, vale mencionar que o não atendimento das obrigações por parte
das operadoras de serviços de telecomunicações faz com que as distribuidoras
realizem ações necessárias e urgentes para regularizações de situações
emergenciais, de forma a se evitar riscos à população e danos à qualidade da
prestação do serviço de energia elétrica", explica a entidade.
Operador Neutro
Na sua contribuição à consulta pública da Aneel, a Abradee entende que no atual
cenário de desordem na ocupação dos postes, uma solução inovadora seria a
criação de um operador neutro. "Para que sejam alcançados bons resultados na
Regularização do Passivo verificado, será necessária a atuação conjunta das
Distribuidoras, Agências Reguladoras, Operadores de Telecomunicações e de
agentes terceiros, sob a figura do Operador Neutro", diz a entidade.
Além disso, a nova norma de uso compartilhado de postes deve trazer diretrizes
claras voltadas ao setor de telecomunicações, um efetivo monitoramento e
acompanhamento pela Aneel e Anatel, bem como mecanismos regulatórios
específicos, de incentivo ou punição para as operadoras de telecom. "No cenário
atual, não é mais possível considerar como solução da problemática aquelas que
tratem exclusivamente de oferecer maiores incentivos às distribuidoras para
seguirem com o processo de atuação sobre o crescente passivo de irregularidades,
como as ações de fiscalização e corte, uma vez que a solução do problema requer
que as operadoras de serviços de telecomunicações e a Anatel sejam
protagonistas, tenham o tema também como prioridade e entendam sua
responsabilidade neste processo", diz a Abradee.
Leia na Fonte: Convergência Digital
[19/04/22]
Uso dos postes: Norma Anatel/Aneel não ataca problema central que é a falta
espaço para todos - por Luís Osvaldo Grossmann
A revisão da norma que trata do uso dos postes do setor elétrico por empresas de
telecomunicações falha ao não atacar o cerne do problema. O alerta é da Abranet,
em contribuição sobre a proposta de uma nova resolução conjunta das agências
reguladoras dos dois setores: falta poste para tanta interessada.
“O problema a ser solucionado é como cerca de 15.000 prestadoras de serviços de
telecomunicações poderão compartilhar o poste em cada município brasileiro”, diz
a entidade na consulta pública da Anatel. E a distribuição não é homogênea. Só o
município de São Paulo possui cerca de 1.150 prestadoras de serviços potenciais
interessadas em compartilhar o poste.
A situação se repete em várias cidades do país. “No município de Santos seriam
26 prestadoras para compartilhar o poste. Em Campinas seriam 98 prestadoras para
compartilhar o poste. No município de Goiânia seriam 147 empresas para
compartilhar o poste”, calcula o consultor e conselheiro da Abranet, Edmundo
Matarazzo.
Até aqui, a proposta costurada por Aneel e Anatel é calcada na definição de um
preço único por ponto de fixação e na terceirização da gestão do aluguel dos
postes por agentes de preferência neutros, ou seja, nem de telecom, nem de
energia. Entidades como Telcomp e Abrint querem que esse operador neutro seja
inspirado em modelos de gestão já adotados pela Anatel, como na ABR, que faz a
portabilidade telefônica, ou nos grupos coordenadores do 4G e do 5G.
Para Matarazzo, a ideia desse ‘operador neutro’, ou ‘posteira’ como já é
tratada, falha ao transferir competência das agências reguladoras para um agende
de mercado. Ao contrário, a solução precisa do poder regulador para uma solução
que atenda ao máximo de interessados. Por exemplo, ao usar prerrogativas do
plano de metas de competição para garantir que haverá rede a todos aqueles que a
própria Anatel autorizou funcionarem.
“Tem espaço no poste e uma determinada capacidade. Dá para fazer uma rede para
todo mundo, no volume de empresas autorizadas a funcionar? Se der, é uma
solução. Se não der, significa que vai ter gente fora do mercado, porque não se
atacou o problema real”, diz o conselheiro da Abranet.
Um caminho, aponta, é a Anatel usar o poder regulatório para exigir que as
empresas já instaladas nos postes que tenham poder de mercado significativo que
garantam capacidade de transmissão não apenas para si, mas para demais
interessados. “Quem tem Poder de Mercado Significativo e está no poste tem que
construir capacidade excedente para ofertar ao mercado. Quem não quiser fazer
capacidade excedente sai do poste”, resume Matarazzo.
Na consulta pública encerrada nesta terça, 19/4, as teles voltaram a reclamar
dos termos que colocam responsabilidades sobre elas na tarefa de reorganizar os
postes. Para as grande do mercado, elas merecem tratamento diferenciado nos
postes porque fazem parte de grupos econômicos de concessionárias de telefonia:
“em razão das obrigações de universalização e continuidade, há prioridade de
compartilhamento para as Concessionárias”.
Por outro lado, não querem ser responsabilizadas – leia-se, arcar com custos da
regularização dos postes – por entender que se existe confusão no uso dessas
infraestruturas do setor elétrico, a culpa é do regulador de energia: “Se a
Aneel exigisse o cumprimento da norma vigente, a situação de ocupação dos postes
certamente não estaria no nível atual de desordem.”