José Roberto de Souza Pinto

WirelessBrasil

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22/08/24

• Postes, instalações e a insensibilidade das autoridades

Estou retornando a esse tema, até porque tenho publicações de longa data alertando sobre esse caos, que a cada dia se aprofunda.

Minha formação em engenharia elétrica, telecomunicações e economia e a atividade profissional me permitiu escrever algumas publicações, sobre a necessidade de instalações com um certo padrão de qualidade e custos.

A crítica generalizada se concentra na falta de capacidade de entendimento entre as partes envolvidas, gerando um ambiente inseguro em termos de serviços prestados, da população que circula nessas calçadas e visualmente de poluição ambiental.

Texto publicado pelo Ministério das Minas e Energia, que reproduzo um parágrafo a seguir, confirma essa demanda da sociedade.

“O ministério ainda argumentou que a publicação do decreto este ano veio justamente para responder a "uma demanda da sociedade brasileira e dos administradores municipais" a respeito do caos nos postes. Tal pauta seria motivada por preocupações de segurança, de aparência das áreas urbanas ou de funcionamento dos serviços de energia e telecom, nota o MME.”

Não sou favorável a qualquer tipo de intervenção do MME, até porque considero um grande avanço no país a criação das Agências Reguladoras, que são Agências de ESTADO e não de um Governo.

Entretanto essa falta de sensibilidade, cria um certo descrédito, muito ruim para o mercado e para a sociedade como um todo.

A concepção das Agências de ESTADO, veio com o sentido de criar garantias para investimentos, principalmente de prazos longos e para os usuários dos serviços prestados.

Na medida em que essas demandas não são atendidas, surge a dúvida.

Defendo que na medida do possível, as instalações de cabos sejam subterrâneas, assim com as de água, gás e esgotos, mas entendo perfeitamente das questões econômica, que dificultam essa solução, apesar de ter destacado em publicações, situações em cidades de outros países e em bairros de cidades no Brasil, onde essa solução é adotada.

Considerando que teremos que conviver com postes e cabos, o que se protagoniza é a adoção de um padrão mínimo de qualidade técnica e visual, afinal tratam-se de Contratos de Concessão o que requer rígidos controles técnicos e econômicos.

Resta, portanto, a necessária sensibilidade das autoridades constituídas de priorizar a solução para o caos urbano, colocando de lado disputas absolutamente sem sentido prático e objetivo para a população.


Jose Roberto de Souza Pinto, engenheiro e mestre em economia empresarial.