• ESG e as CONTRADIÇÕES

ESG, significa do inglês Environmental, Social and Governance (Ambiental, Social e Governança).

Sem sombra de dúvida o mundo precisa de uma atenção especial para essas questões, afinal manter o planeta despoluído é fundamental para a nossa sobrevivência.

Vejo então inúmeras iniciativas de Empresas e até do setor público nesse sentido e até com razoável publicidade na mídia.

Mas aonde poderão estar então as CONTRADIÇÕES?

Este texto na realidade é uma crítica sobre um dos itens pouco abordados, que é a situação do saneamento básico no Brasil.

Em um breve relato, vou citar a experiência recente de pousar no aeroporto do Galeão na cidade do Rio de Janeiro.

Penso que a cidade do Rio de Janeiro é um dos principais cartões de visita, pelas suas belezas naturais, além de uma das importantes portas de entrada do Brasil.

Entretanto ao sair da área do aeroporto a sensação é horrorosa com um odor insuportável provocado pela poluição ambiental.

Independente da sua direção os caminhos entorno estão todos poluídos, apresentando uma sensação de um esgoto a céu aberto, pelo mal cheiro que se espalha pelas redondezas.

Trata-se claramente de uma situação de falta de saneamento básico, com despejo de esgoto e outros materiais nos rios e canais naquela região.

A expectativa era que com a Lei 14.026/2020, que fixa as regras e metas, que após quase 4 anos já teríamos uma mudança neste ambiente de elevada poluição, que inclui também neste caso específico citado, a baia da Guanabara.

Na verdade, cito o caso do Rio de Janeiro, mas vamos encontrar situações semelhantes em várias outras cidades do país.

Comento sobre o mau cheiro, somente como um claro indicador, pois na realidade a criticidade é muito maior para a população que está sujeita a todo tipo de doenças e com consequências na produtividade e na saúde pública, incluindo a qualidade e o custo dos serviços.

Penso que um teste de olfato nas autoridades estabelecidas, responsáveis pela implementação do programa de saneamento básico no país, abriria um caminho para a prioridade nos projetos nos Municípios e nos Estados.

Jose Roberto de Souza Pinto, engenheiro e mestre em economia empresarial.