José
Roberto de Souza Pinto
WirelessBrasil
Novembro 2024 Índice dos assuntos deste website
15/11/24
• Postes só de iluminação e sem fio e cabos aparentes
– mais uma tentativa
Simplesmente não dá para esquecer este tema, pois afinal é só olhar e ver o
ambiente inóspito das nossas cidades. São inúmeros postes lotados de fios e
cabos e até inclinados.
Certamente os prestadores de serviços, ignoraram um padrão mínimo de qualidade
nas instalações elétricas e de comunicações.
Entendo que apesar da importância da qualidade dos serviços prestados de energia
e comunicações, da segurança da população e do péssimo aspecto visual das
instalações, tem o aspecto econômico a se considerar.
A prioridade deve ser instalações subterrâneas, mas onde não for possível ou
recomendável, apresento algumas sugestões, que já foram publicadas em outros
recentes artigos, mas que vale revisitá-las.
A primeira é no sentido de incluir no planejamento urbano, essa questão das
instalações de serviços e em particular as de energia e comunicações, assim como
as de água, esgotos e gás.
Nos casos em não for possível ou como parte de um planejamento urbano, poderia
se adotar nas situações de instalação em postes as seguintes orientações:
Fixação de metas para instalações subterrâneas, senão em todos os Municípios,
mas seguindo um critério de alocação de investimentos ao longo do tempo e como
um instrumento da melhoria da qualidade de vida do cidadão.
Criar ou alterar no âmbito urbano as regras quanto ao plantio ou mesmo
existência de árvores, que seriam localizadas nas calçadas opostas às que tem
instalações de postes de distribuição de energia e cabos de comunicação.
As eventuais travessias de ruas deveriam serem sempre subterrâneas seja na
distribuição de energia ou cabos de comunicação, assim como a ligação com os
consumidores. Só para lembrar estas instalações merecem uma adequação a um
padrão de qualidade da boa engenharia.
Para os cabos de comunicação, antes de se utilizar de postes das Distribuidoras
de Energia Elétrica, buscar uma solução alternativa de cabos subterrâneos, que
poderiam ser realizadas de forma compartilhada com várias operadoras ou mesmo a
utilização de outras infraestruturas existentes ou construídas especificamente
para lançamento de cabos por Empresas ou Prefeituras que poderiam explorar esta
atividade.
Em suma, a adoção dessas novas regras de instalações seria objeto de um
planejamento conjunto das Prefeituras Municipais com as Distribuidoras de
Energia Elétrica e outros Prestadores de Serviços.
Como justificativa adicional vou repetir parte de textos já publicados:
"Dependência de eletricidade e comunicações."
"A boa engenharia não vem sendo adotada e o poder de destruição dessas
instalações será cada vez mais constante e intenso.”
Assim vejo este texto, como mais uma tentativa de sensibilizar as autoridades,
prestadores de serviços para a importância dessas medidas e mesmo o cidadão que
não deveria se conformar com essa péssima qualidade das instalações.
Jose Roberto de Souza Pinto, engenheiro e mestre em economia empresarial.