José
Roberto de Souza Pinto
WirelessBrasil
Outubro 2024 Índice dos assuntos deste website
25/10/24
• Projeto de Lei de participação das Prefeituras
Municipais na fiscalização das Distribuidoras de Energia Elétrica
O Projeto de ampliação da fiscalização das Distribuidoras de Energia
incorporando as Prefeituras Municipais à primeira vista parecia uma intromissão
na responsabilidade das Agências Reguladoras.
Entretanto vendo por um ângulo mais amplo em relação ao bom funcionamento de uma
cidade é uma boa iniciativa, pois permite a participação do cidadão e de
Instituições com conhecimento das boas práticas de engenharia colaborando na
busca de segurança e qualidade dos serviços prestados.
Não precisa ser profissional especializado em Energia Elétrica para observar as
instalações em postes nas vias públicas e verificar que na maioria das cidades
brasileiras, estas instalações são de péssima qualidade e inseguras, além da
típica incompatibilidade de fios, cabos com as arvores existentes nesse mesmo
ambiente.
Entendo que as Administrações das Prefeituras Municipais, tem senão todas, mas
muitas das responsabilidades pela qualidade de vida dos cidadãos e pelo bom
funcionamento das diversas atividades.
Nesse contesto as Prefeituras Municipais têm a responsabilidade a partir da
fiscalização, participar e acionar também as diversas Empresas Prestadoras dos
Serviços Essenciais, como as de água, esgotos, energia e telecomunicações e em
complemento, entendo que esta deve ser uma atividade diária e não somente em
momentos de crise.
Fruto das disponibilidades dos avanços tecnológicos e da complexidade das
cidades, muitos Municípios, já contam com Centros de Gerenciamento e Controle
para as atividades de trânsito e controle dos desastres naturais, que cada vez,
serão mais frequentes e com prejuízos para toda a população.
Incorporar as Prefeituras Municipais, nas atividades preventivas e corretivas,
para esses serviços essenciais, pode se traduzir em um melhor planejamento
desses serviços de interesse das Empresas e dos clientes e minimizar perdas de
vidas e econômicas para a população.
A utilização de comunicação entre estes Centros e o cidadão e vice versa pode
ser um caminho para identificar os inúmeros fatores críticos que o cidadão
observa no seu dia a dia, podendo também contribuir com informações valiosas que
serão devidamente tratadas nesses centros e encaminhadas para as Empresas
Prestadoras de Serviços e Organismos Internos de modo a se antecipar a estas
situações críticas.
Um possível resultado seria um grande mapeamento das áreas críticas das cidades,
sobre todos os aspectos e um programa de providências de cada área de
responsabilidade.
Sem sobra de dúvida, esta é somente uma indicação de caminhos, na linha de
construção de uma cidadania, que precisam ser tratados como projetos e assumidos
por todas as Entidades que de alguma forma participam do funcionamento de uma
Cidade ou mesmo do Município.
Jose Roberto de Souza Pinto, engenheiro e mestre em economia empresarial.