José Ribamar Smolka Ramos
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Agosto 2006 Índice Geral
09/08/06
----- Original Message -----
From: José de Ribamar Smolka Ramos
To: wirelessbr@yahoogrupos.com.br
Sent: Wednesday, August 09, 2006
2:58 PM
Subject: [wireless.br] HSPA x EVDO rev A? Pode ser coisa do
passado...
Sei que esse negócio de ficar fazendo "quoting" da imprensa
é mais da praia do Courtnay, mas achei bom demais para
deixar passar em branco...
Sprint opta pelo WiMAX e impulsiona MMDS no mundo
TELETIME ON LINE - 08/08/2006
Os operadores de MMDS no Brasil (e no mundo) estão
exultantes. Esta terça, dia 8, está sendo considerada
histórica pelo fato de a Sprint, uma das maiores operadoras
de telefonia celular nos EUA, ter decidido pela adoção da
tecnologia WiMAX em suas futuras redes de serviços móveis
banda larga. Mas o que tem a ver a decisão da Sprint com o
Brasil e com o MMDS? Conforme fato relevante da Sprint, ela
está planejando desenvolver a sua rede WiMAX nas faixas de
2,5 GHz, aquelas usadas para o MMDS, tanto nos EUA quanto
por aqui. Lá, a Sprint tem cerca de 85% do mercado de
licenças de MMDS. Aqui, a maior parte das empresas
licenciadas para operar nesta freqüência faz parte da
associação Neotec, que por sua vez lidera, ao lado da Sprint,
um comitê internacional de desenvolvimento do WiMAX sobre a
faixa de 2,5 GHz, comitê esse que congrega ainda operadoras
na Ásia, Canadá e outros operadores da América Latina. Na
prática, a conseqüência é que Brasil e Sprint estão seguindo
o mesmo caminho.
Havia grande expectativa em relação à decisão da Sprint pelo
WiMAX. A pressão era grande para que a empresa optasse por
tecnologias HSDPA ou W-CDMA (atualmente a Sprint opera com
plataforma CDMA/EV-DO), mas prevaleceu a análise estratégica
do que as redes de 2,5 GHz poderão ser complementares à
atual faixa usada para serviços móveis (note-se que a Sprint
não abandonou o EVDO/CDMA em sua rede celular atual). A nova
rede que a Sprint deve construir com base nas licenças que
ela já controla na casa dos 2,5 GHz poderá cobrir 100
milhões de pessoas em 100 cidades até 2008. Motorola, Intel
e Samsung são os principais fornecedores aliados no projeto,
que envolverá investimentos de US$ 1 bilhão em 2007 e de US$
1,5 bilhão a US$ 2 bilhões em 2008. Os primeiros pilotos
começam no final do ano que vem, para lançamento comercial
em 2008.
Espera-se que esta seja a maior operação WiMAX do mundo.
Hoje, existem algumas aplicações comerciais na faixa de 2,5
GHz na Coréia do Sul (Korea Telecom) e no Japão (KDDI e
DoCoMo). O próximo grande passo tecnológico deve ser dado no
final do ano, quando a Intel lança comercialmente os
primeiros chips já prontos para processamento do WiMAX e de
redes Wi-Fi de forma integrada. Estes chips deverão estar em
notebooks e PDAs normalmente encontrados no varejo, como
acontece hoje com o Wi-Fi.
Trabalho conjunto
O desenvolvimento que a associação brasileira Neotec, a
Sprint e outras tentam dar ao WiMAX no comitê de
desenvolvimento internacional da tecnologia tem como
objetivo buscar a harmonização da canalização da faixa de
2,5 GHz (MMDS) e a especificação das condições para roaming
do serviço. Ao contrário da faixa de 3,5 GHz, cuja
canalização mínima prevista pela Anatel é de 1,75 MHz, no
Brasil o MMDS já trabalha com canais de 5 MHz, e esta
canalização pode subir para 10 MHz e até 40 MHz, pelos
estudos em andamento. As operadoras de MMDS possuem um
pedaço de 200 MHz de espectro dos 2,5 GHz
2,5 GHz no Brasil
O MMDS (2,5 GHz) é uma faixa regulamentada e comercialmente
disponível no Brasil, onde a tecnologia é, aliás, das mais
desenvolvidas no mundo. Nenhum outro país tem mais de 100
mil assinantes de TV paga digital na faixa, nem tantas
aplicações de dados e voz como o Brasil. A transmissão de
conteúdos em alta definição, como a realizada durante a Copa
do Mundo pela TVA, também nunca havia sido feita na faixa
dos 2,5 GHz antes. Note-se que o desenvolvimento da
tecnologia WiMAX lá fora está acontecendo exatamente ao
mesmo tempo em que ela se desenvolve no Brasil. Na semana
passada, por exemplo, começaram os testes na cidade de São
Paulo. Os dados do último Atlas Brasileiro de
Telecomunicações, editado pela revista TELETIME, mostram que
no Brasil há licenciamento da faixa de MMDS em 484 cidades,
o que representa mais de 105 milhões de pessoas atendidas,
30 milhões de domicílios (que incluem 84% dos domicílios
classe A brasileiros, 79% dos domicílios classe B, 69% dos
domicílios classe C e 57% dos domicílios classe D e E) e
73,4% do potencial de consumo nacional. Das 484 cidades, 322
estão efetivamente em operação técnica (não quer dizer que
as operadoras estejam vendendo serviços, mas estão
ativadas).
Outras faixas
A decisão da Sprint é, também, um impulso para o WiMAX como
um todo, e deve estimular inclusive a ocupação das faixas de
3,5 GHz, que estão em processo de licitação no Brasil, com
edital já lançado pela Anatel. Os chips fabricados pela
Intel tendem a ser transparentes em relação à faixa e em
relação à canalização, ou seja, funcionarão tanto para o
WiMAX sobre MMDS quanto para o WiMAX em outras freqüências.
Os operadores de MMDS, contudo, têm mais a comemorar,
primeiro porque já têm a licença, depois porque a largura de
banda é maior e porque a licença de MMDS permite o serviço
de TV por assinatura, o que a licença para a faixa de 3,5
MHz não permite (nesse caso, apenas os serviços associados
ao SCM são permitidos). E o MMDS não tem limitações de
capital nem as obrigações da TV a cabo. Samuel Possebon
Saudações pós-celulares
J. R. Smolka