José Ribamar Smolka Ramos
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Maio 2009 Índice Geral
24/05/09
• O que é "efeito long tail" - Comentários de Rodrigo Corbera e José Smolka
----- Original Message -----
From: J.R.Smolka
To: wirelessbr@yahoogrupos.com.br
Sent: Sunday, May 24, 2009 7:39 PM
Subject: Re: [wireless.br] O que é "efeito long tail" + O que é SEO (Search
Engine Optimization)
Oi pessoal,
Vou intercalar meus comentários entre as citações do texto do Rodrigo...
No caso de aplicações executadas em aparelhos celulares,
as operadoras vendem 80% de aplicativos associados a marcas de Hollywood ou
mesmo a grandes sucessos do mundo PC/Windows. Com isso as demais aplicações do
deck (nome usado para a página de menu da operadora onde se localizam os
aplicativos baixados para o aparelho celular) ficam escondidas e tem baixo
índice de venda.
Fato... Mas, como ressalta o artigo original do Chris Anderson na Wired (veja
aqui), que
depois virou livro (disponível na
Amazon), Isto não é uma coisa ruim - especialmente do ponto de vista do
digital retailer.
O que o artigo diz é que há uma oportunidade para pequenos
desenvolvedores de aplicativos conseguir gerar receita via a estratégia de
posicionamento no mercado via long tail, ou seja, muitos aplicativos com pequeno
volume de dowloads, gerando receita mais elevada.
Perdão, mas o que eu entendi (e acho que o artigo citado está, nisto, alinhado
com o artigo original) é que a real oportunidade do efeito long tail é para os
distribuidores de conteúdo digital. Como nunca se sabe que espécie de associação
de idéias fará com que os consumidores acabem descobrindo e comprando os
produtos (músicas, aplicações, etc.) mais obscuros e esquecidos lá no fundão
(virtual) da loja, especialmente nos casos - como a Amazon, citada no artigo
original do Chris Anderson - onde estas associações são formadas por algoritmos
de recomendação automática de produtos semelhantes e/ou complementares.
Então a conclusão lógica para os donos das app stores e assemelhados é:
vale a pena ter em catálogo o maior número possível de itens, mesmo que o
potencial de venda da maioria deles seja pequeno, por três motivos:
a) Os nichos são infinitos. Pequenos volumes individuais, quando somados,
representam uma receita razoável;
b) Para mercados virtuais, realizar vendas de itens na "cabeça" ou no "rabo" da
distribuição fazem muito pouca diferença em termos de custos;
c) Nunca se sabe quando um destes itens obscuros do long tail será catapultado
para a cabeça da distribuição por algum evento exótico (associação com algum
item de sucesso, mudança na moda, whatever).
O detalhe é que não se comenta nada sobre o custo dessa
estratégia que pode ser muito alto, levando a um resultado nulo ou negativo
(deixando o desenvolvedor no prejuízo).
Mas o foco dos artigos não é o desenvolvedor, e sim o dono da loja!
Falando estritamente do mercado de distribuição de aplicações, já que a moda são
as app stores, creio que existe possibilidade para que um desenvolvedor
tire partido do efeito long tail, explorando os algoritmos de busca,
recomendação e associação embutidos nos sites das app stores. O
desenvolvedor pode se dar bem se ele souber colocar a sua aplicação de forma a
ser mais visível por estes algoritmos. Ou, em outras palavras, ele pode se dar
bem fazendo uma espécie de search engine optimization (SEO) da sua
aplicação.
Não sei se já tem gente fazendo isto para app stores. Taí mais um nicho de
mercado.
[ ]'s
J. R. Smolka