José Ribamar Smolka Ramos
Telecomunicações
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WirelessBrasil
Fevereiro 2014 Índice Geral
03/02/14
• Mensagem sobre uma "contribuição" da
Proteste à Consulta Pública 53/2013
Referência:
Blog de Flávia Lefèvre
02/02/14
•
Revisão Quinquenal do STFC - A TELEFONIA FIXA NÃO MORREU! - Contribuição da
Proteste à Consulta Pública 53/2013
Data: Mon, 03 Feb 2014 10:26:52 -0300
De: J R Smolka <smolka@terra.com.br>
Para: wirelessbr@yahoogrupos.com.br
Com todo o respeito, mas, Dra. Flávia...
Não seria o caso de buscar o ambiente de prestação de serviço mais adequado para
o século XXI, em vez de ficar reclamando e perseguindo a realização de algo que
corresponde à situação dos países desenvolvidos (EUA e Europa ocidental) na
segunda metade do século XX (algo assim entre 1950 e 1980)?
Aquilo que se convencionou chamar de "telefonia fixa", aquele modelo de negócio
onde apenas o serviço de voz mantinha e justificava a construção, expansão e
manutenção de uma rede interligando as casas e os escritórios, e com o uso de
telefones públicos (TUPs) para acesso quando fora de sua própria
casa/escritório; para aquilo, sinto muito, não tem outra expressão melhor.
Aquilo de fato, nesta segunda década do século XXI, muór-reu (sotaque Nerso da
Capitinga).
Faz sentido, sim, discutir como devemos regular um ambiente de prestação de
múltiplos serviços sobre a mesma rede física de suporte, e onde as operadoras
não sejam estimuladas a fazer "empurroterapia" dos terminais de telefonia fixa
quando, na verdade, o que o consumidor quer é o acesso xDSL.
Redes de acesso xPON já estão se espalhando. Ainda é uma solução para os
mercados mais rentáveis, mas é o caminho natural futuro, até mesmo para
substituição das infraestruturas HFC dos atuais provedores de CATV. E, neste
contexto, todas as definições do que chamamos "telefonia fixa" prestada em
regime público vão pro saco.
É hora de olhar pra frente, e não ficar brigando para empatar com o século
passado. Dou um exemplo: em mais 10 ou 15 anos, se tanto, todos (não parte, não
muitos... todos) os serviços de telecom de última geração serão transportados
por uma infraestrutura IPv6 comum, independente do meio físico da última milha (LTE
Advanced, PON, o que seja). Neste contexto, não existirá mais diferença
conceitual entre "serviços de telecom" e "serviços da Internet", e uma parte
considerável do tráfego será gerado pela "Internet das coisas" (inclusive o seu
carro). Queremos regular isso? Devemos regular isso? Como é possível regular
isso? Faz sentido continuar com os modos de prestação atuais (público x
privado)? Como vamos traçar um marco regulatório que consiga reger o processo de
transição?
Eu realmente vou detestar dizer, depois, "eu avisei".
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J. R. Smolka