José Ribamar Smolka Ramos
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WirelessBrasil
Janeiro 2014 Índice Geral
15/01/14
• Operadoras precisam de novo modelo de
negócio... e é pra já (1)
Mensagem de José Smolka: Operadoras precisam de
novo modelo de negócio... e é pra já
Essa conversa já é velha. Venho malhando em ferro frio sobre isso há algum tempo
(quem tiver tempo suficiente nos grupos deve lembrar).
As tradicionais fontes de receita das operadoras - minutagem do serviço de voz
TDM e (no caso das operadoras móveis) SMS e MMS - estão sob pressão. As receitas
do serviço de voz já vem caindo há alguns anos, e em 2013 tivemos o esperado
ponto de inflexão das receitas de SMS e MMS (ver reportagem aqui:
Receitas globais com SMS caem pela primeira vez).
Conclusão: ou as operadoras encontram novas fontes de receita, e novas formas de
se relacionar com a competição de serviços OTT, ou o futuro é sombrio para elas.
E uma dica para os ditos estrategistas destas empresas: mais do mesmo não vai
resolver. Esta não é uma situação onde arrochos cada vez maiores no OpEx e
diminuição do CapEx trarão a estabilidade e o lucro desejados. Simplesmente
tivemos uma mudança de fase no mercado. o paradigma mudou. Ou as empresas
adaptam-se, ou desaparecerão.
Quem viver, verá. Como eu costumo dizer nos meus posts publicados no
e-Thesis,
eu detesto dizer "eu avisei" (ver links mais abaixo)
E, ligando com um comentário do Hélio de alguns dias atrás, embora o processo de
consultas públicas da Anatel esteja muito confuso e atabalhoado, é necessário
elogiar a agência pela percepção que, com a necessária mudança do modelo de
negócios em telecom, fatalmente as formas de regular os serviços também terão
que adaptar-se, ou sufocarão o mercado em vez de fomentar a prestação de mais e
melhores serviços ao assinante. Então, discutir o modelo de prestação de
serviços, e o próprio conceito de serviço prestado em regime público, é
necessário e saudável, embora ofenda as sensibilidades estatistas de alguns.
[ ]'s
J. R. Smolka
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Leia na fonte:
Tele.Síntese
[14/01/13]
Receitas globais com SMS caem pela primeira vez
As operadoras começaram, em 2013, a sentir o efeito dos serviços de mensagem OTT
Conforme a empresa de pesquisa Strategy Analytics as receitas globais das
operadoras de celular com SMS e MMS caíram pela primeira vez no ano passado,
embora o volume de mensagens enviadas tenha permanecido constante. Conforme a
empresa, as receitas caíram 4% e deverão cair outros 20% até 2017 devido ao
crescimento de serviços como WhatsApp ou Wechat. Na América do Norte e Europa
ocidental a queda prevista será ainda maior, de 38% até 2017.
Conforme outra consultoria, a Deloitte, o volume de mensagens instantânea (via
OTTs) a serem enviadas este ano em todo o globo será o dobro do volume de SMS.
Já em 2012 eram enviadas 11 mensagens instantâneas contra 10 SMS. De qualquer
forma, conforme a consultoria, o SMS continuará a ser importante fonte de renda
das operadoras móveis, e deverá gerar 60 bilhões de libras esterlinas, 50 vezes
mais do que as receitas geradas pelas IMS.
Mas para competir com as IMS a Deloitte sugere que as operadoras de celular
passem a incorporar novas funcionalidades em seus serviços, como os audios e
vídeos e os chats. ( Da redação, com agências internacionais).
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Leia na Fonte: eThesis
Relação de artigos da Coluna de José Smolka:
Eu detesto dizer 'eu avisei'
[08/03/12] O que se entende como o bem estar do consumidor de telecom?
[08/02/12] A navalha de Hanlon
[07/11/11] O começo do fim do SMS?
[04/08/11] Os ISPs tradicionais são uma espécie em extinção
[13/01/11] Demorou...
[22/09/10] O que realmente significa net neutrality?
[12/07/10] Meditações...
[14/04/10] Bitpipe Wars
[21/07/08] NGN, IMS e SDP. Será suficiente?