José Ribamar Smolka Ramos
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WirelessBrasil
Janeiro 2014 Índice Geral
14/01/14
• Sugestão de leitura: Federal Court
Guts Net Neutrality Rules - by David Kravets
Nota:
Mais abaixo está transcrita esta notícia sobre o assunto:
Leia na Fonte: Convergência Digital
[14/01/14]
Neutralidade: Justiça (USA) nega direito da FCC impor regras para Internet -
por Luís Osvaldo Grossmann
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Leia na Fonte: Wireled
[14/01/13]
Federal Court Guts Net Neutrality Rules - by David Kravets
A federal appeals court today nullified key provisions of the FCC’s net
neutrality rules, opening the door to a curated approach to internet delivery
that allows broadband providers to block content or applications as they see fit.
The 3-0 decision by the U.S. Court of Appeals for the District of Columbia
Circuit guts much of a 2010 Federal Communications Commission order, in a
challenge brought by Verizon. The nation’s number one mobile provider
successfully argued that the regulatory agency overstepped its authority because
it issued the rules in 2010 without classifying broadband providers as common
carriers, like rank-and-file telcos.
While it’s a nuanced legal argument, the effects are huge.
Here’s the rules that were negated:
*Wireline or fixed broadband providers may not block lawful content,
applications, services, or non-harmful devices. Mobile broadband providers may
not block lawful websites, or block applications that compete with their voice
or video telephony services.
*Fixed broadband providers may not unreasonably discriminate in transmitting
lawful network traffic. That rule, however, does not apply to wireless services.
FCC Chairman Tom Wheeler is mulling whether to continue the litigation. His
options include asking the court to rehear it with the same three judges or with
a larger, en banc panel, or going directly to the Supreme Court.
“We will consider all available options, including those for appeal,” Wheeler
said, “to ensure that these networks on which the internet depends continue to
provide a free and open platform for innovation and expression, and operate in
the interest of all Americans.”
If the decision stands, broadband providers are likely to implement pay-to-play
plans like the one AT&T announced last week — plans that many said violated, at
a minimum, the spirit of net neutrality.
The second largest mobile provider is taking advantage of the data caps it
imposes on subscribers by letting companies sponsor the bandwidth their wares
use. The consumer who enjoys those sponsored services will not have that
broadband count against their monthly data allotment. Sponsorship is not
mandatory — if a company doesn’t pay AT&T, the bandwidth will count against the
user’s cap as always.
However, under today’s ruling, AT&T conceivably could demand that companies like
Netflix or others pay to be carried on their pipes.
The decision could also be a boon for anti-piracy measures. The providers would
be free to throttle BitTorrent traffic or to block file-sharing sites altogether.
“Without high-level rules of the road, or other replacement high-level rules,
the broadband carriers are free to discriminate and block content from consumers,”
Chris Lewis, a vice president at digital rights group Public Knowledge, said in
a telephone interview.
The appeals court ruled that the regulations it nullified are akin to those
assigned to “common carriers,” like brick-and-mortar telephone services, which
are heavily regulated, from everything including rates to interconnections.
“Because the Commission has failed to establish that the anti-discrimination and
anti-blocking rules do not impose per se common carrier obligations, we vacate
those portions of the Open Internet Order,” the appeals court wrote.
Adding broadband providers into the common carrier legal thicket would give the
FCC the power to reinstate the regulations. But doing so could open the door to
regulating the internet in ways that might hamper its progress by mandating
rates, interconnectedness and perhaps even speeds.
Free Press president Craig Aaron said under today’s ruling “broadband providers
will race to turn the open and vibrant Web into something that looks like cable
TV. They’ll establish fast lanes for the few giant companies that can afford to
pay exorbitant tolls and reserve the slow lanes for everyone else.”
The Competitive Enterprise Institute hailed the decision, saying “net neutrality
is another example of over regulation that flies in the face of every proper
tenet of infrastructure wealth creation and expansion of free speech and
consumer welfare.”
For what it’s worth, the appeals court left intact a net-neutrality rule
requiring wireless and wireline broadband providers to disclose the network
management practices, performance characteristics, and commercial terms of their
services.
David Kravets
David Kravets is a WIRED senior staff writer and founder of the fake news site
TheYellowDailyNews.com. He's a dad of two boys and has been a reporter since the
manual typewriter days. His PGP fingerprint is 066F 245D 22A0 7511 B36B CB4F
0F53 B742 5919 4A18.
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Leia na Fonte:
Convergência Digital
[14/01/14]
Neutralidade: Justiça (USA) nega direito da FCC impor regras para Internet -
por Luís Osvaldo Grossmann
A corte de apelações de Columbia, nos Estados Unidos, acaba de fortalecer os
argumentos em prol de legislação sobre a neutralidade de rede. Em ação movida
pela operadora Verizon, a corte entendeu que a Comissão Federal de Comunicações
(FCC, semelhante à Anatel no Brasil) não tem poderes para definir regras que
impeçam os provedores acesso de bloquear serviços ou cobrar preferências dos
provedores de conteúdo.
Ou melhor, disse a Justiça que a forma como a FCC resolveu ‘regular’ a
neutralidade não encontra guarida nos poderes que a legislação dá à agência. Daí
ter entendido a corte que “como a Comissão falhou em estabelecer que as regras
antidiscriminação e antibloqueio não impõem, per se, obrigações de ‘portadora
pública’, esvaziamos esse trecho da Ordem de Internet Aberta”.
Aqui cabe uma explicação. Primeiro, ‘portadora pública’ é uma tradução
aproximada para um termo que, na prática, só existe nos países que adotam o
sistema de direito comum, em contraposição às nações de tradição legal
romano-germânica, como o Brasil, na qual valem mais os atos legislativos. O
termo é o common carrier, usado incialmente para transportes de coisas, mas que
nos EUA também vale para as operadoras de telecom.
Por que isso faz diferença? É que em 2010, quando a FCC baixou sua Open Internet
Order e disse que os provedores de acesso à Internet não poderiam discriminar ou
bloquear conteúdo, o fez através de um atalho que, como lembrado pela corte de
apelações, não aplicou o conceito de common carriers aos ISPs. O resumo é que,
dessa forma, não há competência da FCC para dizer o que eles não podem fazer.
Na época da Internet Open Order, mesmo defensores da neutralidade de rede
questionaram muito o que se considerava abuso normativo da FCC. Daí que a
decisão da corte de apelações no caso movido pela Verizon não é nenhuma
surpresa. Até por isso, não se trata de ler o caso como “o fim da neutralidade”.
Mesmo porque a lógica do tribunal é que a FCC não poderia ter feito como fez, e
não necessariamente que não poderia fazer.
O caso ainda pode chegar à Corte Suprema dos EUA – é esperado que a própria FCC
recorra da decisão, mas o mais provável é que a decisão seja mantida. De outra
ponta, a discussão sobre a abrangência do poder normativo da FCC também é capaz
de fazer o Congresso americano a retomar a discussão sobre a necessidade de lei
sobre a neutralidade de rede – apesar da clara divisão partidária sobre o tema
por lá, com Democratas a favor e Republicanos contra.
Para o Brasil, também é molho no debate. Afinal, as teles daqui apontavam para
os EUA como um país onde a questão da neutralidade estava superada com aqueles
princípios da Open Internet Order baixados pela FCC, sem que os americanos
precisassem levar o assunto para uma lei federal. A votação do Marco Civil da
Internet está à espera das 'férias' dos parlamentares e só deverá voltar à mesa
em fevereiro.