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Márcia Furukawa Couto |
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3 – Procedimento:
Os voluntários foram mantidos em condições escotópicas durante cinco minutos
antes do teste com o intuito de induzir adaptação uniforme no início do
experimento. Foram posicionados a 57 cm da tela com apoio de queixo. O
experimento foi realizado em ambiente escuro.
Os voluntários foram instruídos para manter fixação estável na cruz central, e
apertar a tecla “enter” assim que sentissem que o disco havia desaparecido.
Foram instruídos para piscar normalmente. O tempo entre a apresentação do
estímulo e a resposta do indivíduo foi gravado como a latência de preenchimento.
Entre cada tela de teste foi introduzida uma tela sem o disco durante dois
segundos para eliminar a pós-imagem do estímulo prévio. Os testes foram
realizados em condição binocular.
Cada sessão demorou aproximadamente uma hora, incluindo curtos períodos de
descanso entre os blocos.
4 – Análise estatística:
Os dados são mostrados na forma de média das latências de preenchimento erro
médio padrão. Os dados foram submetidos a análise pelo método ANOVA One Way. O
nível de significância adotado foi o de 1%; a hipótese nula é de que não há
efeito da excentricidade do estímulo no tempo de preenchimento. A comparação de
médias entre canais de oponência e entre dicromatas e tricromatas foi feita com
o teste-t de Student, também com o nível de significância de 1%. Foram
apresentados ainda resultados individuais das diferenças de latência entre as
excentricidades (média erro médio padrão).
Resultados:
Para o estímulo acromático houve redução significativa (p<0,01) da latência na
excentricidade mais periférica para ambos os grupos (dicromatas e tricromatas),
tanto no campo superior quanto no campo inferior. As latências foram
significativamente maiores para dicromatas em todas as posições (p<0,01). As
latências foram significativamente maiores para estímulos no campo visual
inferior quando comparadas com o campo visual superior (p<0,01) (figura 24).
Resultados individuais para o estímulo acromático são mostrados na figura 25,
onde aparece a diferença da latência de preenchimento do escotoma a 10,5° de
excentricidade menos o situado a 4,5° para tricromatas e dicromatas, tanto no
campo visual superior quanto no inferior. Os resultados foram negativos
(maioria) para aqueles que apresentaram maior latência para o preenchimento a
4,5 °.
Figura 24:
Comparação de latências (valores absolutos da média erro médio padrão) de
preenchimento nas excentricidades 4,5° e 10,5°
para estímulos cinza a 90° (A) e a 270° (B).
Redução significativa (p<0,01) da latência na excentricidade mais periférica
para ambos os grupos (dicromatas e tricromatas).
Latências significativamente (p<0,01) maiores para dicromatas em todas as
posições