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2006: Setembro - Agosto - Julho - Junho - Maio
Artigos [21/04/06]
Mobile Banking - "post" de Eduardo Prado Notícias
anteriores à Maio 2006
[24/03/06]
BB lança Mobile Banking no Japão Celular na era do pagamento digital Segunda-feira, 24 outubro de 2005 - 11:09 Ceila Santos, do COMPUTERWORLD Convencer cidadãos que acreditam que o celular é um terminal de uso restrito à voz é o principal desafio das operadoras e instituições financeiras que retomam, desta vez juntas, o plano de fazer do telefone móvel mais um meio de pagamento para o usuário final. As demais barreiras (leia-se tecnológica, estratégica e comercial), garantem os executivos de telecomunicações e do setor financeiro, já foram superadas nesses quase cinco anos de trabalho conjunto de bastidores. Nesse período, tanto a indústria financeira quanto as prestadoras de telecomunicações testaram diversas soluções de pagamento via celular, apesar da grande maioria dos brasileiros não conhecer nenhum amigo que já pagou qualquer conta ou compra por meio do aparelho. O motivo dessas estratégias se manterem nos bastidores, de acordo com Sergio Goldstein, gerente de serviços de pagamento da Vivo, era a resistência do setor financeiro. "A proposta de valor da oferta sempre existiu. O problema era acertar o modelo. Havia resistência por parte dos bancos porque o setor enxergava as operadoras como ameaça. Não estava claro o que a operadora queria na seara de pagamentos", revela. Goldstein antecipa: "Hoje já está bem definido o papel de cada fornecedor. Prova disso é que os bancos enxergam essa oferta como mais uma oportunidade de negócio na área financeira". O executivo ainda acredita que o apelo da massa crítica de 80 milhões de brasileiros com um terminal de atendimento nas mãos representa um ganho exponencial às instituições financeiras. Afinal, pelo telefone será possível desde consultas a serviços tradicionais como extratos e saldos, até transações como pagamentos e transferências, o que representa uma expansão gigantesca no número de terminais de auto-atendimento. Isso sem falar na oferta de conveniência ao correntista. Raul Moreira, gerente executivo da área de serviços eletrônico do Banco do Brasil, conta que a instituição identificou essa oportunidade há mais de dois anos e, em 2004, decidiu criar uma equipe concentrada no segmento. A meta era conseguir até o final deste ano tornar acessível a mesma cesta de serviços disponível no internet banking (inclusive pagamentos, transferências e empréstimos) no celular dos concorrentistas, independente da marca do aparelho ou da operadora. Por enquanto, apenas a Oi, Brasil Telecom GSM e Vivo têm capacidade de oferecer o serviço a seus usuários. "Nunca percebi ameaça no fato das operadoras desejarem explorar o pagamento via celular. É um bom negócio para os dois lados", comenta Moreira. "No passado, o problema era tecnológico. Os serviços financeiros eram viáveis apenas via WAP, que naquela época era lento demais para processar as aplicações necessárias", explica. O executivo do Banco do Brasil ainda revela que em 2006, a meta dessa equipe interna, composta por 15 desenvolvedores, será tornar o celular a nova mídia do cartão de crédito e débito. "A função de credito e débito não vai acabar, apenas mudará. Ao invés do plástico, ele virá no formato do celular", esclarece Moreira. Celular de crédito? Difícil encontrar entre os executivos de operadoras, desenvolvedores, instituições financeiras e analistas aqueles que não apostam que o futuro dos micropagamentos será por meio do celular. Entretanto, nenhum deles revela o que fará um brasileiro deixar de pagar suas compras da forma tradicional para passar a utilizar o telefone. "Esse é o ?pulo do gato?. Não posso divulgar qual será o serviço, mas garanto que já identificamos determinadas situações que estimularão o uso do celular para pagamento", sinaliza Moreira, do Banco do Brasil. O caminho mais óbvio é posicionar o celular como meio de pagamento em cooperativas de táxi, estacionamentos e máquinas de refrigerante. Entretanto, foram exatamente essas estratégias que não avançaram no passado. Sergio Guedes Merssiano, gerente de desenvolvimento de serviços no mercado corporativo da Brasil Telecom GSM, comprova que a idéia de atuar dessa forma se mantém quando afirma que, naquela época, os pilotos foram feitos para mostrar a viabilidade da tecnologia a quem pode oferecer esses serviços aos usuários. "Nosso negócio é tráfego. Não vamos vender Coca-cola nem terminais de pagamentos ao varejo como vendemos ringtones. Nessa seara, somos apenas o canal da Coca-cola ou de um banco", esclarece. Na visão de Merssiano, o papel de revendedor nesse nicho não diminui a importância dos projetos para a companhia. Prova disso, ressalta Paulo Cesar Teixeira de Mattos, diretor de novos negócios da BrT GSM, é que 100% da base de clientes (1,5 milhão de usuários) têm as chaves criptográficas de seis bancos já embutidas no chip do celular. Entretanto, somente o Banco do Brasil já inseriu a aplicação aos usuários da operadora. Tudo indica que a Brasil Telecom GSM, assim como as demais operadoras, terão pelo menos os principais sistemas de internet banking do País disponíveis até o fim deste ano às suas bases de clientes. O que não falta são acordos sigilosos envolvendo instituições e operadoras. Enquanto o Unibanco não revela a operadora contratada para testar o serviço de pagamento oferecido a 50 lojistas do Nordeste para pagamento via celular, a TIM, a Vivo, a BrT GSM e a Oi também estão sob uma série de claúsulas de confidencialidade com as instituições. Por enquanto, o Banco do Brasil já revelou que além da Vivo, Oi e BrT GSM, está em negociação com a TIM e em fase de teste com a Claro. O Bank Boston tem um piloto com a TIM, que envolve também a Nokia como fabricante do minilaptop que suportará os serviços financeiros. A Vivo sinaliza que até o fim do ano fecha contrato similar ao feito com o Banco do Brasil com outro grande banco do País. Ou seja, a indústria continua se movimentando para o dia em que será lançado na grande mídia o serviço mobile banking no celular. A meta do Banco do Brasil é sair na frente da concorrência. Raul Moreira confessa que o orçamento de marketing já foi aprovado. E se tudo sair como espera a equipe de tecnologia da instituição estatal, a campanha começa a rodar na TV até dezembro. O próximo passo será lançar a carteira-celular ou o "celular de crédito", o que deve acontecer já em 2006. Antes, porém, esses executivos terão de responder a uma pergunta: por que o brasileiro deixaria de pagar uma compra da forma tradicional para pagar via celular? "Comodidade e segurança", respostas mais apresentadas pelos executivos entrevistados para esta reportagem, não são diferencias diante do cartão de crédito ou de débito. Ou, são? Leia também detalhes sobre a questão da segurança do sistema de pagamento móvel no site do COMPUTERWORLD - www.computerworld.com.br/edicao441.
Mobile
banking, a nova onda [Junho 2005]
Junho 2005
Massayuki Fujimoto *
"É interessante imaginar a associação entre
bancos e operadoras móveis para a captação de transações eletrônicas, pois
o celular pré-pago nada mais é do que um cartão de débito, e o celular
pós-pago, um cartão de crédito."
No Brasil, existem mais de 70 milhões de
celulares, número superior aos PCs, telefones fixos ou aparelhos de TV. A
barreira da renda faz com que muitos brasileiros optem por um celular
pré-pago, em vez de um telefone fixo. Nesta nova sociedade móvel, cada um
tem o seu celular, pós ou pré-pago, e o leva permanentemente para onde
for. Por isso, o celular pode ser o caminho para os bancos ficarem mais
próximos dos seus clientes ao mesmo tempo em que reduzem seus custos com o
aumento de usuários de banking remoto.
Na indústria financeira, o serviço de
mensagem de texto (SMS) é utilizado de várias maneiras e podemos dividi-lo
entre mensagens programadas e mensagens por eventos. Ambas são do tipo SMS
MT (Mobile Terminated - mensagens enviadas para o celular do usuário).
O envio do saldo para o celular do
correntista, por exemplo, é uma mensagem programada. Se esse serviço tiver
grande adesão pelos correntistas, o banco não precisará manter toda a sua
atual capacidade de atendimento de chamadas. Mais de 70% das chamadas nas
centrais são para consulta de saldo. Menos de 60% dos correntistas dos
bancos utilizam o call center. Como faríamos para oferecer o serviço para
uma base maior de correntistas e ter maior escala? A maioria dos bancos
que tem esse serviço só o cadastra pela internet ou pelo call center. O
melhor canal para oferecer e cadastrar este serviço é a rede de máquinas
de auto-atendimento (ATM) porque mais de 90% dos correntistas dos bancos
são usuários deste canal.
As mensagens por evento são aquelas geradas
a partir de um evento ou compra. Bancos e empresas de cartões de crédito
passaram a oferecer serviços de alertas em que informam transações
realizadas através de cartões de crédito e de débito. Toda vez que uma
compra é realizada, um SMS é enviado com os dados da transação, em média
20 segundos após o evento. Além de dar maior segurança ao cliente,
reduz-se a perda com fraudes de bancos e empresas de cartões. Uma forma
inteligente de se oferecer este serviço aos clientes é empacotá-lo com a
tarifa mensal do seguro contra perda ou roubo do cartão de crédito. Muitos
usuários de cartão de crédito não contratam o seguro por não conseguirem
dimensionar o benefício. Outros acham que pagar somente pelas mensagens
também é muito caro. Se o seguro oferecer uma tarifa mensal que inclua
mensagens ilimitadas de alertas de compras, o cliente perceberá um
diferencial neste seguro e ficará mais propenso a contratá-lo.
SMS Token
Outra aplicação do SMS na área de prevenção
a fraude na indústria financeira é o SMS Token. Toda vez que o correntista
desejar realizar uma transação no internet banking, para alguns tipos de
operações de maior risco em faixas de valores mais altas, pode ser
solicitada a digitação de uma senha adicional enviada pelo banco por SMS
para o celular do correntista. Essa senha teria validade somente para uma
transação e por um período de tempo limitado.
Apesar de todas as oportunidades do SMS,
muitos bancos e empresas ainda não o oferecem por não confiarem no nível
de serviço (Service Level Agreement - SLA) das operadoras para a entrega
do SMS.
Alguns serviços têm atraso na entrega das mensagens e as operadoras não garantem a entrega de 100% dentro do prazo desejado pelos bancos (em 20 segundos no máximo). Como a receita de voz tem caído nos últimos anos, as operadoras encontraram nos serviços de dados, em especial o SMS, a possibilidade de manter seu nível de receita. De fato, o SLA na entrega do SMS é muito bom para quase todas as operadoras. Muitas teles dobram a capacidade total de suas plataformas de SMS de seis em seis meses.
Em 2000, foi lançado o serviço WAP no
Brasil, com um minibrowser para navegação na internet instalado no
aparelho.
Mas, a alta expectativa com o novo canal gerou uma grande decepção quando o serviço foi lançado. A interface era pobre, sem recursos gráficos, somente com texto e links. A performance era baixa, pois o sistema era discado à velocidade de 9,6 Kbps. E o custo era alto, pois era cobrado por minuto de conexão com as tarifas de chamadas móveis. Para se consultar um saldo pelo WAP, levava-se quase três minutos, e pagava-se aproximadamente R$ 2,70. Os aparelhos WAP eram poucos e muito mais caros, em torno de R$ 1,5 mil. Na tecnologia TDMA, a mais usada à época no Brasil, só havia um modelo com pouca disponibilidade de unidades à venda. O serviço não tinha cobertura ampla e ficava disponível somente nas áreas urbanas de algumas poucas capitais.
Mesmo assim, alguns bancos apostaram no novo
canal, desenvolveram suas plataformas de WAP banking, criaram seus WAP
sites e pagaram caro para terem links em posições privilegiadas nos menus
dos portais WAP das operadoras.
Pelo custo do canal para os usuários, poucos correntistas aderiram ao serviço. A maior parte do investimento realizado pelos bancos foi em vão pela falta de usuários no canal, e o WAP banking ficou marcado na indústria financeira como um grande trauma. Muitos bancos baniram quase que definitivamente qualquer iniciativa de projetos em celulares por causa desta experiência.
Com a entrada das operadoras GSM no Brasil a
partir de 2002, chegou ao mercado a tecnologia móvel de 2,5G, o GPRS, ou
serviço de transmissão de dados móveis por pacotes.
A transmissão dos dados pode chegar a uma velocidade de 57,6 Kbps e o modelo de cobrança é por pacotes trafegados (enviados e recebidos), não mais por minutos conectado. Com isso, o custo de uma consulta de saldo no WAP banking caiu para menos de R$ 0,10 (se o usuário tiver um plano de dados da operadora) e o tempo necessário para obter a informação do saldo caiu para menos de um minuto. Ficou muito mais rápido e barato. Além disso, os aparelhos WAP 2,5G apresentam preços muito mais baixos do que os da época do WAP 2G. Um aparelho WAP 2,5 G mais barato custa em torno de R$ 199, em dez vezes sem juros. A tecnologia concorrente do GSM, o CDMA, tem sua versão 2,5G também. Trata-se da tecnologia 1xRTT que apresenta as mesmas vantagens para o serviço WAP banking. A velocidade de transmissão do 1xRTT é superior à do GPRS, porém o GPRS apresenta maior área de cobertura e maior diversidade de modelos e preços.
Do lado dos bancos, nada muda na plataforma
de serviço WAP banking se for acessada de um aparelho 2G (discado) ou 2,5G
(por pacotes).
É como no internet banking quando é acessado por linha discada ou por banda larga. O conteúdo do serviço não mudou. Mudou a velocidade de acesso e a forma de cobrança pelo acesso. Na linha discada se paga por minuto de conexão e na banda larga se paga uma mensalidade fixa por mês. Hoje, 20% dos celulares vendidos no Brasil são WAP 2,5G. Do total de celulares em uso, aproximadamente 5% já são WAP 2,5G, ou seja, 3,5 milhões de aparelhos. O tempo médio para troca do celular velho por um novo no País é de aproximadamente 14 meses. Portanto, a base de aparelhos WAP 2,5G em uso tende a aumentar muito nos próximos meses. Essa base em pouco tempo será comparável ao número de PCs no Brasil e tornará comparável o canal WAP banking com o internet banking se o bancos voltarem a acreditar nesse canal.
Diante desta evolução toda do WAP banking,
os bancos deveriam reavaliar o "gelo" dado a este canal nos últimos anos e
voltar a incentivar seus correntistas para o seu uso.
Para isso, basta uma campanha de comunicação sobre seu uso, suas facilidades e vantagens que existem com a tecnologia 2,5G. Afinal, o serviço já existe e está no ar, basta avisar o cliente.
Em 2003, foi lançado no Brasil o serviço de
mobile banking baseado no chip GSM, o SIM card usado para identificar o
usuário da operadora em sua rede.
O programa de acesso aos serviços bancários é instalado neste chip que vai dentro de todos os aparelhos GSM. O programa não ocupa mais do que 8 Kbytes do total de 32 Kbytes que um chip comum tem. A maioria das operadoras GSM no Brasil já emite cartões com 64 Kbytes de espaço e com a tecnologia Javacard. O programa de mobile banking foi desenvolvido com SIM ToolKit, uma tecnologia de padrão aberto GSM para desenvolver aplicativos nos SIM cards. Este aplicativo foi desenvolvido com arquitetura cliente-servidor e utiliza o canal de sinalização do SMS. Tem alto nível de segurança pela própria codificação nativa do GSM e o programa se comunica sob uma criptografia de chaves dinâmicas com o banco. Se for necessário, pode-se ainda restringir o acesso à conta corrente pelo número do celular, também garantido pela impossibilidade de clonagens dos SIM cards.
Nesta solução, o correntista acessa o menu
de opções de serviços no chip da operadora e escolhe o seu banco.
Entra com os dados de agência, conta e senha e pode realizar todas as operações que faz pela internet tais como consultar saldo, extrato, realizar pagamentos, transferências, TED, DOC e ainda realizar recarga de créditos pré-pagos no seu próprio aparelho. Cada transação custa R$ 0,15 para o correntista e é cobrada na conta do celular, ou é debitada do saldo de créditos de pré-pago. A transação de recarga não é cobrada. Ou seja, se o celular não tiver mais crédito algum, o usuário ainda poderá recarregá-lo acessando sua conta corrente, mesmo sem crédito. Cada vez que o correntista recarrega o celular, a operadora paga uma comissão para o banco. O banco passa a ter também uma nova fonte de receita com este canal. O serviço pode ser acessado tanto de um celular pós-pago quanto de um pré-pago. Do aparelho mais simples que custa R$ 99, em dez vezes sem juros, ao mais sofisticado. O serviço não depende da tecnologia do aparelho como o WAP banking.
No CDMA, há o Brew banking com as mesmas
funcionalidades da outra solução no GSM, porém com uma interface mais
gráfica e amigável.
O aplicativo é colorido com o logo do banco e tem campos formatados para a digitação dos dados. Existem algumas dificuldades quanto à penetração e o preço dos aparelhos Brew. Outra barreira é o custo para o usuário no acesso ao serviço. Inicialmente, o usuário precisa baixar o aplicativo do Brew banking em seu celular. O custo do tráfego desta transmissão é pago pelo usuário. Diante dessas dificuldades da penetração do aparelho e a barreira dos custos do serviço, em termos de canal, não é o WAP banking por 1xRTT uma melhor alternativa para quem usa a tecnologia CDMA?
A vantagem dos bancos brasileiros é a sua
competência para gerenciar risco de crédito e a modernidade do sistema
financeiro, um dos mais avançados do mundo.
Porém, não se pode negar a capacidade das operadoras de processar eventos. Talvez fosse interessante imaginar a associação entre bancos e operadoras móveis para a captação de transações eletrônicas, pois o celular pré-pago nada mais é do que um cartão de débito, e o celular pós-pago, um cartão de crédito. Temos no Brasil condições diferenciadas em relação ao resto do mundo para antecipar esta convergência.
* Massayuki Fujimoto, engenheiro eletrônico
formado pela UFRJ, é superintendente de internet e novos canais do Banco
Santander Banespa.
WiMAX em Bancos. Imagina se a moda "pega"? [Maio 2004] Eduardo Prado -
Smart Convergence Gente, fiquei assustado "positivamente". Tem
isto? As vezes tem, não é?
Recentemente publicamos uma matéria sobre os
Casos de WiMAX
no Mundo aonde mostramos vários casos públicos de
WiMAX ao redor do mundo.
Vamos agora imaginar ao extremo? [1] prover conectividade especial de banda
larga para os altos executivos do banco (presidência, diretoria, etc);
[2] prover conectividade de banda larga para
agências e filiais em grandes centros urbanos. Por exemplo, nas cidades de
São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte (para começar). Nestes grandes
centros comerciais os bancos poderiam ter um grande nicho de redução de
custos operacionais;
[3] prover conectividade especial de banda
larga para Clientes Pessoa Jurídica (PJ). Isto poderia ser muito
interessante para ofertar um serviço diferenciado para a principais contas
PJs;
[4] prover conectividade para as máquinas
ATMs com o objetivo de redução de custos operacionais. Esta oferta poderia
facilitar de sobremaneira o lançamento de novas máquinas ATMs e até criar
serviços especiais com facilidades, como por exemplo, instalar ATMs para
eventos "temporais";
[5] atualmente o WiMAX poderia ser combinando
com o Wi-Fi (de forma
segura, com VPN e em breve com a definição do
IEEE
802.11i que vai trazer segurança intrínsica ao Wi-Fi) oferta
conectividade móvel para os Gerentes de Conta e Clientes Pessoa Física
(PF).
[6] implementação de POS sem fio (POS
Wireless) possibilitando inúmeras oportunidades de novos negócios.
[7] implementação de novos serviços de valor
adicionado e captação de novas receitas que antes não eram auferidas e agora
com o WiMAX tornam-se possíveis. Aqui existem vários serviços diferenciados.
Entenderam? Agora vamos imaginar (ao extremo
é óbvio) que bancos como o Bradesco, Unibanco, Itaú e Real resolvam trilhar
o mesmo caminho. Ninguém precisa assustar-se com WiMAX mas que
o Mercado Corporativo - quando perceber a potencialidade - vai "cair matando
em cima" da tecnologia WiMAX isso vai.
Por Que o WiMAX em Bancos?
Os Bancos - em geral - reclamam muito da
falta de segurança intrínseca do padrão Wi-Fi por concepção de projeto. Eles
estão em parte com razão.
Enquanto os bancos
brasileiros reclamam muito "da terra de ninguém" (ou se preferir "A Casa da
Sogra") do Wi-Fi algumas instituições estão implantando redes Wi-Fi
seguras.
Bem recentemente o IEEE sinalizou que estará
ratificando o Wi-Fi Protected
Access 2 (WPA 2) também
conhecido como 802.11i em Junho deste ano.
A tecnologia WiMAX tem características muito
interessantes e resolve os sérios problemas intrínsecos da sua antecessora
Wi-Fi.
Veja aqui as potencialidades do WiMAX:
(1) É uma tecnologia padrão (Fixo =
IEEE 802.16a) assim como o Wi-Fi.
(2) É mais barato de 20 a 30% que as
tecnologias de banda larga tradicionais (por exemplo, o ADSL);
(3) É NLOS (Non
Line of Sight). Não precisa Linha de Visada das antenas.
(4) Ele tem Modulação
OFDM
(Orthogonal frequency division modulation).
(5) Suporte para
antenas inteligentes: O WiMAX suporta mecanismos - que são um dos
mais importantes métodos - de melhoria de eficiência espectral em redes sem
fios.
(6) O padrão IEEE
802.16a suporta duas topologias de rede:
(7) Qualidade
de Serviço (QoS = Quality of Service): A Revisão "b" do padrão
IEEE 802.16 se preocupa com a QoS que habilita a operação NLOS sem severa
distorção do sinal em função de prédios, condições do tempo (meteorologia) e
veículos.
(8) Suporte a
FDD e TDD: O padrão WiMAX suporta as features FDD (frequency
division duplexing) e TDD (time division duplexing)
para permitir a inter-operabilidade com sistemas celulares e outros sistemas
sem fio.
(9) Segurança: Você deve imaginar como banco
- por razões óbvias - não gosta disto não é?
(10) Opera em bandas licenciadas e não
licenciadas.
(11) Taxa de
transmissão de até 75 Mbs.
(12) Alcance de
50 Kms (NLOS) e em áreas de alta densidade populacional de 8 a 10 Km;
(13) Tecnologia de
BWA (Broadband Wireless Access) tanto fixa como móvel;
(14)
Transmissão de voz, vídeo e dados.
Nossa! Quer mais?
Fórum de WiMAX
Um fato interessante tem acontecido com o
WiMAX que deve ser destacado.
Atualmente dos 98
membros do Fórum de WiMAX um total de 25% dos membros são provedores de
serviços. O que comprovam o interesse em que fornece serviço (telefonia +
rede + acesso) acompanhar de perto a evolução do padrão.
Somente estas
duas!
É, gente.
MOBILE BANKING: Às vésperas da revolução
[Abril 2004]
Os bancos ainda estão chateados com o fracasso dos serviços bancários via
WAP.
Nota-se, contudo, que continuam a procurar um jeito de misturar bem os serviços bancários com os celulares. Afinal, há 48 milhões de celulares no Brasil; muita gente tem celular, mas não tem ainda conta-corrente. É um grande mercado a explorar, mas, como em todo território aberto à exploração, mobile banking é um negócio arriscado. Para discutir mobile banking, participaram desta mesa-redonda, coordenada pelo diretor editorial do Informática Hoje, Wilson Moherdaui, e pelo editor executivo, Márcio Simões: - André Sonnenburg, superintendente de informática do Banco Santos; - - Carlos Eduardo Corrêa da Fonseca, diretor executivo de tecnologia do ABN-Amro Real e diretor setorial da Febraban; - Carlos Pinheiros Palhares, superintendente de TI do Unibanco; - Gilson Rondinelli Filho, sócio-diretor da GRF Telecom; - José Isern, diretor da área de TI do ABN-Amro Real; - Michael Martin, diretor de desenvolvimento de produtos da TIM Brasil; - Moisés Lachman, diretor de TI da Claro; Renato Opice Blum, sócio-diretor do escritório Opice Blum Advogados Associados; - Roger Sole, diretor de negócios de dados e SVA da Vivo; e - Sérgio Bueno, gerente de Internet do BankBoston. IH — Esta é uma mesa bem multidisciplinar, com empresas de telefonia celular, um consultor, um advogado e profissionais de TI de bancos. Vamos começar por uma operadora, a Claro.
Moisés LACHMAN — Na minha visão, mobile banking é o nome de vários tipos
diferentes de serviços. Um deles é um alerta de segurança: você faz uma
transação, com cartão de crédito, por exemplo, e recebe um alerta SMS
(serviço de mensagens curtas de texto), para saber como seu cartão está
sendo usado. Outro é o acesso às páginas web dos bancos na Internet; dá para
fazer isso com diversos aparelhos. Mas o grande desafio mesmo é a
disseminação das transações, usando o telefone celular, ou como carteira
eletrônica, ou como acesso a uma transação remota. Acho que transformar o
telefone numa espécie de cartão de crédito é o desafio de todas as empresas.
O que falta mesmo para avançar nessa área é uma coordenação forte de todos
os interessados: comércio, bancos, operadoras, fornecedores de aparelhos. A
tecnologia existe e não vejo, talvez erradamente, problemas que não possam
ser contornados. O desafio é coordenar tantos atores e criar um serviço
inteligível para o cliente.
André SONNENBURG — O Banco Santos, em 2002, distribuiu cerca de 200 PDAs
para gerentes de conta pessoa jurídica nas principais cidades do país. Por
meio desse canal, os gerentes podem acessar nossa plataforma de negócios.
Isso melhorou o processo transacional, melhorou a consulta a cadastros de
clientes. A partir de meados deste ano, haverá mobile banking também para
pessoas físicas. Começam todas as preocupações com usabilidade, criação de
interfaces adequadas e completas, segurança. É necessário fazer uma
avaliação do retorno do investimento, embora mobile banking seja encarado
mais como nice to have (bom de se ter). Investimos, por exemplo R$ 500 mil
na implementação desses 200 PDAs; ainda não medimos o ROI, mas conseguimos
notar ganho razoável de produtividade para os gerentes de contas.
Carlos Pinheiros PALHARES — O problema do mobile banking é ter escala.
Precisamos manter ou elevar a qualidade do serviço para acordar um nível de
serviço com o cliente do banco, mas, na hora de contar com os serviços hoje
existentes, não tem aquela garantia toda. Outro aspecto é o custo
operacional. É legal o nice to have, mas quanto o cliente vai pagar por isso
e o banco vai ganhar com isso? Esse é o maior impeditivo para ampliar esse
serviço, o gargalo está em garantir o retorno. Segurança é fundamental,
segurança mesmo, porque o roubo de celulares está um absurdo. A padronização
da segurança ainda não existe, em lugar nenhum, aí ficamos naquela: será que
vale a pena a gente solucionar isso?
José ISERN — A primeira experiência de mobile banking do Real foi a
frustrante experiência do WAP (protocolo de acesso sem-fio à web, para que
usuários de celulares acessem páginas especiais na Internet). Você pagava
uma nota preta pela sua posição no menu do WAP banking da Telesp Celular. No
desespero, todos os bancos entraram nessa por causa do nice to have, era o
boom da Internet. WAP era muito ruim, funcionava mal. Era mais fácil ligar
para o call center. Tinha que esperar o usuário comprar um aparelho que
tivesse WAP. Mas a troca de aparelhos não foi tão rápida quanto as
operadoras esperavam que fosse. Acho que todos os bancos ainda têm o WAP
banking, mas, pelo menos no Real, pouca gente acessa. A segunda experiência,
bem interessante, é essa de usar o SMS como segurança. Está funcionando bem,
é um aplicativo simples. Não acredito muito no celular como cartão de
crédito. A Internet móvel, sim, vai mudar nosso jeito de trabalhar; em
países onde o custo do PDA ou do notebook é acessível, a Internet móvel já é
realidade. Temos uma experiência interessante de PAB móvel (PAB é posto de
atendimento bancário; nesse caso, uma miniagência instalada num
microônibus). Quando a gente ganha uma conta corporativa e precisa colocar
um PAB rapidamente, recorre primeiro ao PAB móvel. Está funcionando
razoavelmente, porque usamos GPRS, e GPRS é ruim e caro. Acredito que isso
vai melhorar, mas não com o GPRS, vai melhorar com o Wi-Fi. Vamos usar a
mesma tecnologia do PAB móvel para o gerente móvel, estamos analisando se
usamos notebook ou PDA.
Michael MARTIN — Vou falar da experiência da TIM Brasil e da TIM,
especialmente na Itália. Pela falta de padrões, resolvemos tratar do
assunto, na Itália, sempre como um projeto um a um, individual, pelo menos
para começar. Exemplo disso é a Clarent, do grupo Unicredit, na Itália, em
que o usuário da TIM tem um aplicativo de mobile banking transacional no TIM
Chip (o TIM Chip é o nome escolhido pela TIM para o SIM card, o cartão
inteligente, comum nos telefones GSM, que registra a identidade do
assinante). Ele transmite num canal de SMS. Com o TIM Chip, o cliente pode
mudar de aparelho de um dia para outro; e o banco pode ter cartão de
crédito, cartão de débito, cartão de milhagem, cartão de contagem de
minutos. São uns 25 milhões de clientes que usam mobile banking. Hoje, são
oito ou nove bancos italianos, 150 instalações de diferentes tipos, mobile
banking, WAP, etc.
Sérgio BUENO — Usamos o hand bank no BankBoston há muito tempo, com Palm,
PDA, etc. O cliente baixa informações via web, conectado no computador dele,
fica com essas informações o dia inteiro, faz uma série de movimentações e,
depois, sincroniza tudo de novo com o banco. Foi muito bem, se não me engano
4% dos clientes usam o hand bank, o investimento teve retorno. Fizemos
também o WAP banking, concordo com vocês, para mim o WAP sempre foi uma
solução em busca de um problema. O SMS é muito interessante. Funciona usar o
SMS como carteira ou como autenticação de pagamentos. Eu acho fantástico.
Mas a interface não é boa — é impressionante como se perde. Hoje, estamos
com um piloto de mobile banking no BankBoston. A gestão disso é um dos
complicadores para nós, de tecnologia. Tenho vários problemas para
equacionar: retorno do investimento, custo do aparelho, custo do hardware e
do software e comunicação. Por mais que nosso cliente seja de um pessoal
privilegiado, são poucos os que têm mobilidade na mão, que têm notebook, que
têm prática em lidar com mobile. O custo da transação é altíssimo, não
justifica ser tão alto. Outra coisa é a disponibilidade de rede. Encontro
uma série de buracos de sinal pelo Brasil. Se estou em Piracicaba e vou
buscar um cliente em Águas de São Pedro, não conseguiria passar nem um SMS.
A gente está fazendo nossas soluções todas em Java, em J2ME, para garantir a
portabilidade, não ficar o problema do WAP, em que a cada mudança de browser
tinha que reconfigurar tudo. Mesmo assim, não sei se justifica. Então
estamos desbravando sozinhos esse mundão todo aí. Banco no Brasil é muito
conservador; quando você fala que vai fazer sozinho, sem o apoio de ninguém,
é muito difícil passar pelos vice-presidentes. O Martin falou de fazer
mobile banking no chip. É o melhor dos mundos mesmo, mas é tão caro que não
justifica. Seria fantástico. Se roubam um telefone, a operadora tem como
mandar um sinal e queimar o chip na mão do ladrão. Mas eu não posso pagar,
então estou fazendo sistemas com HTTPS, com criptografia fim a fim.
IH — Quando você fala que está caro, é quantas vezes mais caro, comparado
com soluções mais comuns?
BUENO — No mínimo, o dobro. Isso porque não temos escala, não temos um
número de clientes mínimo. E até hoje não existe um número aberto para nós:
olha, posso gravar o mobile banking no chip para quem tiver cem clientes, ou
mil clientes, ou 100 mil. E é verdade, não tem processos. Ninguém diz: olha,
o caminho é esse. Explicar isso para um vice-presidente também é difícil.
Mas, mesmo assim, acho que o futuro é mobile.
Roger SOLE — Sobre o WAP, a bolha da Internet foi um período especial da
história, havia distorções gravíssimas na economia, o WAP pegou essa onda. É
um produto que tem seu mercado, tem evolução, vai chegar ao lugar em que
todo mundo achou que iria chegar. Só que não três meses depois do
lançamento, que foi no ano 2000. Para nós, da Vivo, o WAP não foi um
fracasso. Três anos e meio depois do lançamento, todos os meses, 1,2 milhão
de usuários usam WAP para algum tipo de transação ou para obter informação.
Ficam uns minutos fazendo transações ou consultas breves. Por quê? Os
problemas iniciais ainda não estão todos solucionados, as telas ainda são
pequenas, mas temos mais ou menos 60% dos clientes capazes de acessar o WAP.
São umas 14 milhões de pessoas com aparelho WAP nas mãos e, dentre elas, 100
mil pessoas usam o WAP banking por mês. Tudo bem, não é o sucesso que se
esperava, mas é uma quantidade que começa a ser significativa. Neste
momento, os aparelhos novos chegam a picos de 60 kilobits por segundo, já é
suficiente para informações financeiras. E já vendemos aparelhos com a
evolução, o WAP 2.0, com mais linhas de tela.
IH — E o SMS?
SOLE — O SMS, é um canal importante, mas nós entendemos o SMS como um canal
de capilaridade, porque temos um alto percentual de clientes capazes de
receber informações em SMS, mas SMS foi feito para coisas simples. Para
transações financeiras complicadas temos o 1X RTT, WAP 2.0, Brew, temos
produtos mais complexos. Neste momento temos 35 mil clientes que usam um
laptop conectado à Internet por uma plaquinha dessas PCMCIA. Desses 35 mil,
uns 90% usam o Internet banking. Para vocês aparece no login como pessoas
que entram pela Internet, mas são usuários de mobile banking. Outra
tecnologia em que estamos investindo é a Brew, temos 50 mil usuários com
Brew, temos 12 modelos de aparelhos disponíveis com Brew. A tecnologia
permite fazer o download do aplicativo no aparelho, com interface rica, só
se conecta com a rede para transmitir puramente os dados, não para
transmitir em interfaces. Dá para usar a criptografia que o banco definir.
Enfim, acho que tivemos nosso aprendizado, mas encontramos o caminho das
pedras.
IH — Renato, quais são as principais questões, além da segurança, à luz do
direito eletrônico?
Renato Opice BLUM — Há várias questões interessantes, mas vou começar com
duas falas, a do Bueno e a do Palhares. O Palhares disse que não há garantia
de estabilidade e o Bueno que não há processo-padrão. Vamos fazer de conta
que estamos num caso prático. Eu tive um problema, pode ser um problema de
desvio de dinheiro, pode ser um problema de mau funcionamento, pode ser um
problema de falta de consciência ou de conhecimento; seja qual for o
problema, o serviço não funcionou. Porque o serviço não funcionou, eu perdi
um negócio, tive prejuízo. Resolvo contratar um advogado e procurar os meus
direitos. O advogado vê que é relação de consumo: Código do Consumidor,
vamos processar quem está fornecendo o serviço. É a primeira questão que
surge: quem está fornecendo o serviço? O cliente acaba com dois contratos,
com o banco e a operadora, pode ter confusão. Imagine explicar isso, do
jeito mais didático possível, para um juiz com 10 mil processos para julgar
por mês, sem experiência com tecnologia. Sempre lembrando que, nesses casos,
vai haver uma dificuldade de prova e, quando há dificuldade de prova e há
relação de consumo, o juiz pode fazer uma coisinha chamada inversão do ônus
da prova: não é o sujeito que está dizendo que teve prejuízo que vai ter que
provar, quem vai ter que provar é quem está do outro lado. A chance de
inverter o ônus da prova é muito grande. Nem entrei na questão da segurança
em si. No Código Civil, que é mais fechado que o Código do Consumidor, uma
das causas de nulidade do negócio é quando o sujeito é ignorante. Cabe a mim
explicar tudo ao meu cliente? Sim, cabe. Por quê? Porque está escrito nos
artigos 29, 30 e 31 do Código do Consumidor, preciso dar informações claras,
objetivas, etc. Em síntese, isso vai ser tudo resolvido onde? Num contrato
adequado entre os parceiros e entre o seu cliente ou o seu consumidor. Por
favor, um contrato compreensível. E se eu precisar de provas? Que provas eu
vou ter? Vou ter um registro de logs? Ou eu preciso de provas do meu
parceiro, mas ele não fornece porque não está no contrato? No Rio Grande do
Sul, principalmente, os tribunais não reconhecem a prova da forma como é
fornecida. Onde está o serviço de log? No sistema do réu, que é interessado
no processo. Vai precisar de perícia.
Gilson RONDINELLI Filho — O Brasil tem hoje 48 milhões de celulares, este
ano vamos para uns 60 milhões. Em termos absolutos, crescemos no ano passado
na mesma dimensão dos Estados Unidos. Nesta década, provavelmente seremos o
quarto país a romper a barreira dos 100 milhões de celulares. O celular será
um item natural para todo cidadão, como uma caneta ou um relógio.
Acompanhando a evolução tecnológica, a evolução da terceira geração, vejo
claramente que a evolução vai propiciar soluções para uma série de questões
aqui colocadas. No Brasil, as operadoras melhoram a tecnologia e melhoram a
velocidade das transações. Na página da Febraban na Internet, vi que em 2002
havia cerca de 67 milhões de contas-correntes; nos próximos dez anos,
espera-se dobrar o número de contas-correntes. Acredito que a maioria das
pessoas com conta-corrente terá também um celular. Hoje, existem muitos que
têm celular mas não têm conta-corrente. Nesse quadro, é fundamental que
bancos, operadoras e fabricantes de aparelhos convirjam; a visão de
convergência entre banking e mobile é clara. É natural que a gente se atenha
ao passado e ao presente. Contudo, entrem no site do Parlamento Europeu, da
NTT DoCoMo, da Microsoft, da Vodafone, da TIM, é tudo claramente móvel.
Outro dia eu vinha com minha mulher, estávamos vindo de carro da praia, ela
fazia uma operação bancária e ficou brava quando, num determinado momento, a
rede não permitia. Abstraindo um pouco o problema de cobertura, o importante
é ver uma pessoa, que antes tinha dificuldade, hoje operandomobile banking.
IH — Os bancos se queixam de que estão desassistidos pelas operadoras. Por
que isso acontece?
LACHMAN — Na realidade, não há padrões mais abrangentes, cada um tem o seu,
a operadora, os bancos, os vendedores de aparelhos. O cliente tem sempre
razão, mas em coisas simples, como venda de cartões de crédito, cada banco
tem seu esquema de conexão, os seus parceiros, certificação, etc. E
vice-versa, cada operadora tem o seu padrão. Ninguém consegue ter muito
claro o modelo. Por isso há conservadorismo.
MARTIN — Visitei vários bancos para falar de mobile banking, cada um me
pediu uma coisa diferente. Não posso fazer um sistema único para todo mundo,
se o mundo não se coloca em acordo sobre os padrões.
PALHARES — Acho que há uma diferença de maturidade, as operadoras móveis
ainda estão tentando se assentar no Brasil, ampliar a rede. Só depois elas
conseguem partir para parcerias. E será que os bancos estão também no
momento de massificar o mobile banking? Outra questão é: se eu não tiver
esse mobile banking, será que depois não vou ficar de fora, ficar para trás?
É um ponto de equilíbrio para buscar.
IH — Vocês têm fórum para discutir isso hoje?
PALHARES — Olha, se for falar que a Febraban é fórum, não é. Sobre
segurança, a gente ainda troca umas figurinhas boas. Mas para mobile não,
porque é estratégico para o banco. Acho que a mesma coisa acontece com as
operadoras.
IH — Temos aqui um representante da Febraban, que pode aproveitar a deixa.
Carlos Eduardo Corrêa da FONSECA — A única observação é que a Febraban é sim
o fórum de debate. Agora, a Febraban existe e funciona em função de os
associados participarem ou não. O exemplo maior, caso recente, foi o Sistema
de Pagamentos Brasileiro; sem a Febraban, não teria saído.
SOLE — Vejo aqui conservadorismo por parte dos bancos, é natural. Mas há o
exemplo da Mobipay, na Espanha. A Mobipay é independente dos operadores e
dos bancos, não representa ninguém. É tão simples como você chegar numa
loja, dar o seu número de celular, a loja inicia uma transação com a empresa
de cartão de crédito, vem uma mensagem pelo celular: tal loja quer te cobrar
tanto do teu cartão de crédito, está OK? OK, acabou. Na Espanha o serviço
funciona, estão todos felizes, bancos, cartões de crédito, operadoras e
clientes.
FONSECA — Não podemos caminhar para contratos bilaterais banco—operadora,
porque o sucesso será efêmero, precisa generalizar isso, para o banco
trabalhar com todas as operadoras e a operadora com todos os bancos.
Precisamos de uma clearing house, como é feito no SPB.
Transcrição das notícias anteriores à Maio 2006 BB lança Mobile Banking no Japão Sexta-feira, 24 março de 2006 - 11:15 Daniela Braun, do IDG Now! Até o final de abril, os serviços de Mobile Banking do Banco do Brasil estarão disponíveis no Japão, onde se localiza a maior base de correntistas do banco fora do País. O serviço poderá ser usado tanto para consultas e transações de contas correntes dos clientes no Brasil e como no Japão, envolvendo as operadoras NTT DoCoMo, KDDI e Vodafone, informa Raul Francisco Moreita, gerente executivo de Mobile Banking do BB e coordenador estratégico do projeto. "A idéia é criarmos uma plataforma mundial de Mobile Banking", afirma o executivo ressaltando que o acesso ao banco pelo celular será posteriormente oferecido aos correntistas do BB nos Estados Unidos e na Europa. Para o projeto no Japão, o laboratório de Mobile Banking do BB desenvolveu as aplicações bancárias em linguagem CHTML específica para acesso a serviços móveis no Japão. "A integração com as operadoras locais envolveu apenas a liberação de um protocolo para troca de dados", explica. Outra razão da escolha do Japão como plataforma de testes internacional do Mobile Banking, segundo Moreira, é o perfil do correntista. "A maioria dos brasileiros vai ao Japão para trabalhar e muitas vezes não tem tempo de acessar o computador para mandar dinheiro ao Brasil", exemplifica.
BB quer 3 milhões de clientes no celular em um ano
INFO Online Estadão
Telefone móvel agora pode ser usado para fazer transferências e
pagar contas, entre outros serviços bancários
Kátia Arima
Precisa transferir dinheiro para outra conta? Saque o telefone do
bolso e faça um DOC usando o celular, na mesma hora. Poucos sabem
disso, mas essa comodidade já está ao alcance de muitos
brasileiros.
Satisfeitos com a adesão em massa ao internet banking, os bancos
estão investindo agora no sistema de auto-atendimento pelo
celular, chamado de mobile banking.
Alguns - como o Banco do Brasil - conseguiram ir além das já
tradicionais consultas de extratos e agora permitem que seus
clientes façam transferências para outros bancos, pagamento de
contas de água, energia e telefone, entre outras operações. Para
tanto, os clientes do Banco do Brasil têm de usar as operadoras
Brasil Telecom, Claro, Oi e Vivo. Até o fim do ano, o banco
pretende fechar acordo com as outras operadoras. Hoje, são feitas
600 mil transações por mês pelo mobile banking do Banco do Brasil.
Em parceria com a TIM, o BankBoston lançará nos próximos meses um
serviço semelhante. E mais três bancos devem estrear no mobile
banking no início de 2006, junto com a operadora Vivo, que ainda
não revela o nome das instituições.
"Estamos partindo para o que chamamos de terceira onda de
automação bancária", afirma o vice-presidente de tecnologia do
Banco do Brasil, José Luís Cerqueira César. "Primeiro foram
criados os ATM (caixas eletrônicos), depois veio o internet
banking e agora é a vez do celular", explica ele.
O potencial do mobile banking é grande, a firma o
gerente-executivo de Mobile Banking do Banco do Brasil , Raul
Moreira. "É uma tendência óbvia, pois o celular se massificou
rapidamente e penetrou nas camadas de baixa renda", afirma. "Vamos
investir fortemente em campanhas de divulgação em 2006." De fato,
não dá para ignorar esse público: segundo a Anatel, o Brasil tem
mais de 81 milhões de assinantes de telefonia móvel.
Estadão
Depois da adoção em massa do internet banking, instituições criam
serviços para movimentar conta pelo celular
Kátia Arima
Com o sucesso do internet banking, utilizado por mais de 18
milhões de brasileiros, os bancos passam a investir no
auto-atendimento pelo telefone celular, o mobile banking. É a
chamada "terceira onda de automação bancária", que surge depois
dos caixas eletrônicos e o acesso via internet.
O Banco do Brasil é a instituição que investe mais forte nessa
tendência e oferece o serviço a clientes das operadoras Vivo, Oi,
Brasil Telecom e Claro. Mais três bancos irão lançar serviços
semelhantes no início de 2006, segundo o gerente de Serviços de
Pagamentos da Vivo, Sérgio Goldstein. "Será o ano da arrancada do
mobile banking, pois as tecnologias evoluíram", diz.
Atualmente, a maioria dos bancos só permite consultar o saldo da
conta corrente pelo WAP 1.0 ou envia mensagens de texto (SMS)
informando movimentações da sua conta.
O BankBoston irá lançar, nos próximos meses, seu mobile banking.
Inicialmente, irá atender clientes da TIM, mas a intenção é ter
parceria com todas as operadoras. Assim como o Banco do Brasil, o
BankBoston vai permitir consultas e transações pelo celular.
Para usar o serviço, é preciso ser cliente do banco e baixar um
aplicativo no site da instituição, que pode ser instalado nos
aparelhos Nokia 9300 ou 9500. "O mobile banking é muito
conveniente para nossos clientes que estão sempre em trânsito",
diz o superitendente-executivo de Soluções Eletrônicas do
BankBoston, Ângelo Fernandes.
Para fazer uso dos serviços móveis, clientes da Vivo precisam
baixar um programa que faz a comunicação com o banco (veja quadro
ao lado). Quem usa as operadoras Oi e Brasil Telecom já tem o
aplicativo no seu SIM card.
Os clientes da Claro acessam o sistema do banco por meio do WAP
2.0. "A segurança e a facilidade de navegação é maior do que na
versão WAP 1.0", afirma o vice-presidente de Tecnologia do Banco
do Brasil, José Luís Cerqueira César.
SEGURANÇA
Hoje em dia, é mais seguro fazer consultas, pagamentos e
transações bancárias pelo celular do que pelo computador, afirmam
os especialistas em segurança de tecnologia. Isso porque ainda não
foram criados softwares espiões para telefones móveis e há poucos
vírus para esse tipo de equipamento.
"Há diversos sistemas operacionais para celular e os vírus têm
mais dificuldade de se espalhar", explica o sócio da Módulo
Security, Fernando Nery. "Quase todos computadores usam Windows,
por isso o vírus contamina muitos PCs."
Além disso, as operadoras de telefonia móvel têm filtros em suas
redes, que garante a segurança do fluxo de informações, afirma o
responsável pelo Mercosul da F-Secure, Daniel Carboni.
Na Coréia do Sul, um dos países mais avançados no uso da telefonia
móvel, mais de 4 milhões de transações bancárias são realizadas
pelo celular por mês, segundo estimativas do Banco da Coréia, de
2004. Na África do Sul, o celular levou os serviços bancários
àqueles que não tinham conta. A empresa Wizzit criou uma conta
bancária virtual, que é movimentada só por celular. Por mensagens
de texto, é possível transferir valores para outras contas e pagar
mercadorias. Um estudo realizado em 2003 revelou que metade dos
adultos sul-africanos tinha uma conta bancária, mas um terço das
pessoas sem conta tinha celular.
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aqui para ver o Infográfico
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ter o leitor de Adobe Acrobat instalado no seu computador.
Banco do Brasil lança crédito pelo celular
BrT GSM testa meio de pagamento pelo celular
Megaprojeto do Banco do Brasil O Banco do Brasil adotou o mobile banking como principal estratégia para ampliar sua competitividade no mercado financeiro. Raul Moreira, gerente executivo da área de serviços eletrônico do Banco do Brasil, explica que o projeto foi identificado há dois anos pela equipe de tecnologia e a partir disso, a instituição dedicou 15 desenvolvedores para criar uma plataforma de mobile payment (pagamentos móveis) que pudesse rodar em qualquer padrão da telefonia móvel.
Naquela época, a operadora aproveitou a chegada da Brasil Telcom GSM
no mercado para inserir suas chaves criptográficas em todos os
aparelhos celulares da operadora. Paulo Cesar Teixeira de Mattos,
diretor de novos negócios da BrT GSM, destaca o fato de 100% da sua
base de usuários estar apta a utilizar os serviços financeiros
oferecidos pelo Banco do Brasil.
Outra prestadora que fechou contrato com o Banco do Brasil no
passado foi a Oi, que também fez o mesmo processo que a BrT GSM e
permite que seus 8 milhões de clientes possam acessar os serviços
financeiros via celular. Talvez sejam as únicas operadoras que podem
disponibilizar o mobile banking de forma íntegra a toda carteira de
clientes já que as demais precisam aguardar a renovação dos clientes
para troca de aparelhos que tenham as chaves criptográficas embutida
no chip do celular.
No caso da Vivo, que fechou acordo com o Banco do Brasil somente em
abril deste ano, apenas os usuários que tenham aparelhos BREW poderá
acessar os serviços eletrônicos do BB via celular. Sergio Goldstein,
gerente de serviços de pagamento da Vivo, informa que em torno de
10% dos usuários da Vivo já tem terminal baseado no sistema
operacional BREW, o que representa mais de 2,8 milhões de aparelhos
(a operadora lidera o market share do setor com mais de 28 milhões
de clientes).
Agora, a meta do Banco do Brasil é fechar o acordo com a Claro, TIM,
CTBC Telecom Telemig /Amazônia Celular para em dezembro lançar uma
megacampanha publicitária, anunciando o Banco do Brasil como a
primeira instituição capaz de oferecer aos seus correntistas
pagamento, transferência, empréstimo, além da tradicional cesta de
consultas a saldos, extratos, entre outros, via celular.
Moreira explica que o acordo com a Claro, Telemig e CTBC Telecom já
estão bastante avançado - em fase de teste de plataformas - enquanto
com a TIM ainda continua na etapa de negociação. Justamente as três
operadoras (Claro, Telemig e CTBC Telecom) foram as únicas que não
concederam entrevista ao COMPUTERWORLD para esta reportagem para
abordar sobre o assunto.
Opinião do Jornalista: Moreira deixa claro que o projeto mobile
banking será um diferencial ressaltado pela instituição estatal.
prova disso é que revela que o orçamento para a campanha de
marketing já foi fechada. A sensação é que o BB pretende se destacar
como o pioneiro nessa seara. "Único banco que oferece a todos os
usuários, independente da operadora, serviços de internet banking
via celular no País".
Segurança do pagamento via celular A busca pela segurança entre os diretores de TI do setor financeiro chega a ser obsessiva por obrigação. Todos os projetos têm que passar pelos quesitos mais rigorosos de criptografia. Prova disso é que os pilotos que estão sendo feitos entre as instituições financeiras e as operadoras começam pela inserção das chaves criptográficas nos chips das operadoras GSM/GPRS. No caso da Vivo - única operadora CDMA do Brasil -- os aparelhos não têm chips e a segurança envolve outros processos de implementação.
Raul Moreira, gerente executivo da área
de serviços eletrônicos do Banco do Brasil, cita que além da
certificação e criptografia, outra forma de defesa é o uso de VPNs
(rede virtual privativa) para conexão da operadora e o banco. Ele
ainda explica que a vulnerabilidade citada no passado em relação ao
WAP foi mais um mito que realidade. "O problema do WAP é que a
tecnologia saiu antes do tempo adequado. Era lenta e cara.
Essas barreiras foram rompidas com a nova versão WAP 2, que efetivamente representa um salto na questão de interatividade com o cliente", diz Moreira. Ele alerta, entretanto, que o aspecto de segurança na tecnologia Java para celular ainda precisa ser avaliado pela instituição.
Alberto Luiz Albertin, coordenador da
área de tecnologia da FGV-EAESP, explica que apesar da tecnologia
estar preparada para oferta do pagamento via celular, a indústria
ainda terá que enfrentar a percepção do usuário. "Há cerca de três
anos atrás, fizemos uma pesquisa com os consumidores e constatamos que
o número de pessoas que utilizavam internet não exploravam certos
aplicativos porque não se sentiam seguros. A percepção de segurança
restringe o uso da tecnologia", observa Albertin.
O professor da Fundação Getúlio Vargas ainda lembra que há muitos indícios negativos em torno da telefonia móvel como o crescimento da clonagem. A Anatel informou que em agosto cresceu 57% os celulares clonados, o que já significa que a cada uma hora um celular é clonado no Brasil.
Além disso, Albertin alerta para o fato
do custo da segurança: "quanto mais facilidades são oferecidas ao
usuário, mais abertura é gerada para os hackers".
De acordo com professor, o investimento em segurança nesse segmento será constante e, consequentemente, alto. "A minha leitura é que a segurança vai ser persistente nesse setor. Até o usuário perceber que está em um ambiente seguro, as empresas vão continuar investindo. O nível de tecnologia disponível no mercado nacional e internacional é grande, o problema é o investimento forte exigido para comprar e administrar essas tecnologias". Executivo da Santander detalha o potencial do mobile banking Quinta-feira, 6 outubro de 2005 - 10:44 Ceila Santos, do COMPUTERWORLD Massayuki Fujimoto, superintendente de Internet do Santander Banespa, respondeu via email a seguinte questão feita pela COMPUTERWORLD: Você acredita que o Brasil, com quase 80 milhões de usuários de celular, tem potencial de pagar contas via celular? Por que?
Veja abaixo a íntegra da resposta do executivo
"Sim, acredito. Pelas previsões do mercado, devemos atingir 88
milhões de celulares no Brasil no final deste ano. Atualmente, o
Brasil é o sexto país no mundo em quantidade de celulares e deverá
conquistar a quinta posição no final do ano, ultrapassando o Reino
Unido.
Com certeza, é o canal de maior penetração na população em todas as suas camadas sociais". Ele ainda explica que a indústria brasileira celular evoluiu muito nos últimos três anos com a entrada de novas operadoras trazendo a tecnologia GSM. Com elas, vieram equipamentos e redes de melhor qualidade, com maior segurança e privacidade para o usuário. A competitividade aumentou muito entre as operadoras de celulares e isso tornou o serviço e os aparelhos mais baratos e acessíveis para os usuários. Além disso, vieram do mercado europeu soluções modernas e seguras baseadas em celulares, como o Mobile Banking e o SMS Banking, viabilizando o pagamento de contas entre outras transações bancárias.
"Temos um grande parque instalado de usuários online que podem
acessar vários tipos de serviços, inclusive os serviços bancários. O
tradicional Internet Banking é acessado por menos correntistas, pois
há algumas limitações, especialmente pela necessidade de se ter
computadores. Na maioria dos bancos, a penetração deste canal não
passa de 26% do total de correntistas, número, inclusive, que pode
ser considerado bastante bom se considerada a renda per capita do
País. Acredito que no Mobile Banking a adesão será muito maior,
devido à penetração do celular e à facilidade de uso deste
aparelho".
Fujimoto ainda apontou a predominância do celular entre os jovens.
"A maioria dos jovens e adolescentes brasileiros hoje com menos de
18 anos tem primeiro o contato com um celular, e só anos mais tarde
com um computador na faculdade ou no trabalho".
Nos próximos dez anos, prevê o executivo, que o celular será, "com certeza", o equipamento eletrônico pessoal mais utilizado pela maioria da população. "Será o canal", concluiu. Unibanco aposta em celular como PoS Quinta-feira, 6 outubro de 2005 - 06:33 Ceila Santos, do COMPUTERWORLD O Unibanco já começou um projeto piloto com uma operadora GSM no Nordeste. A idéia é utilizar a rede GSM/GPRS para que os 50 lojistas - clientes do Unibanco - possam cobrar as compras dos usuários do cartão Hiper Card via celular. Neste caso, o celular funciona como um PoS - terminal de pagamento do varejo.
Jorge Ramalho, diretor de desenvolvimento do Unibanco, revela que neste
momento está finalizando o processo de protocolos de comunicação para
viabilizar o projeto com a operadora.
Tudo indica que o páreo está entre TIM e Claro. Independente da campeã, o objetivo do Unibanco é fechar qualquer acordo que seja comercial com todas as operadoras do País.
O executivo ainda ressalta que o mobile banking é apenas um novo canal de
atendimento da indústria financeira assim como as agências, os terminais de
auto-atendimento, o call center e a internet banking. "O mobile banking não
substitui os demais canais de atendimento. Apenas adiciona mais capilaridade
ao sistema do Unibanco", ressalta Ramalho.
Outra questão levantada pelo executivo é sobre a dúvida da indústria em relação ao dispositivo que será responsável pela convergência de serviços. "O celular que tem palm ainda é muito grande e os terminais pequenos são inviáveis de manipular as funcionalidades inseridas na oferta do palm banking".
Opinião do Jornalista - Ramalho não comenta muito sobre a estratégia de
colocar os serviços de Internet banking disponíveis no celular.
A sensação é que essa não é a prioridade. O que Ramalho transmite é que existe uma estratégia segmentada. Tanto por região como por cliente. O próprio piloto citado pelo executivo é pontual. Somente no Nordeste e para os usuários do cartão Hiper Card.
Outro sinal que comprova essa visão de conduzir o mobile banking de forma
segmentada é a frase citada pelo executivo: "Estamos obtendo informações
para fechar o negócio no Nordeste".
Perguntado sobre que tipo de informação, a resposta foi: "A melhor maneira de chegar no mercado. Questões como em que locais esse serviço pode ser explorado, onde há mais aceitação, qual o público que se interessa pela oferta".
Em nenhum momento, entretanto, Ramalho afirma que não está avaliando a
tecnologia para disponibilizar os serviços eletrônicos também por meio do
celular.
Empresas apresentam soluções para acesso a bancos via equipamentos sem fio,
como celulares e palms
Jordana Viotto
Um dos destaques apresentados no Ciab (Congresso e Exposição de Tecnologia
da Informação das Instituições Financeiras) são as soluções de mobile
banking, ou seja, softwares que permitem o acesso à conta do banco via
aparelhos móveis, como celulares e palms, com interface bastante parecida
com o internet banking.
O potencial desse tipo de solução é alto, segundo fabricantes, como
EverSystems, Open Communications e Siemens. “No Brasil, temos 25 milhões de
usuários de internet contra 70 milhões de pessoas que possuem celulares”,
afirma Raul Pavão, diretor de marketing da EverSystems. “Estamos prontos
para qualquer padrão de telefonia”, garante o executivo, apesar da empresa
ter acordo apenas com a Vivo, por enquanto. No momento, seis modelos de
celulares estão homologados com a solução e até o fim de 2005 serão mais 19.
Um dos clientes que já está implementando a solução é o Banco do Brasil. “Dos 1,5 milhão de usuários que esperamos conquistar até dezembro para o software, 10% devem ser provenientes da instituição”, calcula.
A Siemens vê as mesmas oportunidades, por isso também apresentaram um
software desse tipo para os aparelhos com o padrão GSM. “A comodidade e o
custo baixo devem atrair clientes”, diz Renato Dantas, gerente de negócios
para o mercado financeiro da companhia. “Qualquer modelo que suporte
aplicações Java e short messages serão capazes de utilizar a solução.”
Outra que está apostando nesse modelo de negócio é a Getronics, cuja
aplicação roda em pocket PCs, palms e celulares. “A tendência de
convergência entre os aplicativos é irreversível, cada vez mais teremos
programas desenvolvidos para diversos dispositivos”, comenta Marcelo Zanoni,
diretor de infra-estrutura e soluções de negócios da companhia.
Durante o evento também foram apresentados ATMs sem fio, que funcionam via
padrões como o pré-Wimax, como a máquina apresentada pela Intel em parceria
com a Neovia. "Esse equipamento vai permitir que ATMs sejam instalados
temporariamente em alguns pontos para atender a um aumento de demanda
eventual, como acontece nas praias, durante o verão", explica Antonio
Wisnesky, gerente de desenvolvimento de negócios da companhia.
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