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      - Artigos e Notícias: 
        
      
  
  
  
        
      
    Fonte:INSTITUTO 
      BRASILEIRO DE POLÍTICA E DIREITO DA INFORMÁTICA - IBDI 
      -
      
      A INTERNET EM CAMADAS  
        
      
    Fonte: 
      Baboo 
      -
      
      Verizon destaca desvantagens de neutralidade na Internet 
  
        
       
        
      
  
    
      
      
        
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          10/07/06 
          
      
          
            ----- Original Message -----
            
            
            
              Sent: Monday, July 10, 2006 
              10:57 AM 
            
              Subject: [wireless.br] Ameaças do futuro: Net neutrality 
              (By Silvio Meira) 
           
      
          Fonte:
          
          Blog.Meira.com 
          Ameaças do futuro: Net neutrality 
          
            
              
                apenas nesta última semana, pelo menos
                 
                4.000 entradas que mencionam “net neutrality” foram postadas 
                em blogs varridos por  sphere, 
                meu buscador predileto -e bem completo- pra achar coisas em 
                blogs. vai ser muito difícil definir
                 net 
                neutrality [o link sob a expressão anterior leva à
                 wikipedia] e a 
                controvérsia sobre o assunto é grande -tanto quanto o interesse 
                das partes envolvidas- e pode durar anos ou décadas. eu não 
                acredito muito em qualquer coisa que tenha uma definição vaga 
                demais ou complexa demais. no primeiro caso, todo mundo pode ser 
                contra ou a favor [e mudar de lado] sem precisar saber [ou 
                explicar] porque; no segundo, as pessoas têm lados e não 
                conseguem saber porque… a discussão sobre net neutrality caminha 
                perigosamente para a complexidade e
                tim 
                berners-lee tá ajudando a por ordem na casa, dando uma 
                definição simples do que é neutralidade da rede, 
                usando um exemplo: If I pay to connect to the Net with a 
                certain quality of service, and you pay to connect with that or 
                greater quality of service, then we can communicate at that 
                level… se eu pago para me conectar à rede com 
                uma certa qualidade de serviço e você paga para se conectar com 
                uma qualidade igual ou maior à minha, nós podemos nos comunicar 
                na minha qualidade [pelo menos]. 
                em suma, se eu estou a 600kbps com uma perda de pacotes de 
                10% e você está a 1mbps com uma perda de 5%, nós temos que poder 
                nos comunicar a 600kbps com 10% de perda, ou algo entre isso e 
                sua qualidade, se a rede tiver como prover. simples. fica pior 
                do que o seu, pra você; mas tem que ser pelo menos tão bom, para 
                nós dois, quanto o meu. todo o resto da conversa é conversa e 
                não ajuda, em nada, a estabelecer regras de operação para as 
                próximas gerações de rede. para elas, neutralidade significa, 
                claramente, que os assinantes individuais têm que receber aquilo 
                pelo que estão pagando. e não que os programadores centrais das 
                redes de comunicação do passado, como rádios, jornais, TVs… 
                terão prioridade pra seu conteúdo, à frente dos usuários, as 
                pontas da rede. 
                este quesito -de neutralidade- será objeto de uma gigantesca 
                tentativa de manipulação, nos próximos anos, por todo tipo de 
                agente de grande porte, centralizador, que tem interesse em 
                inserir de volta, na internet, o modelo do programador central, 
                que “sincroniza” a sociedade ao seu redor. o impacto da internet 
                na mídia [e nas empresas] clássica[s] vem do seu poder de 
                conectar as pontas, as beiras, em velocidade e qualidades que só 
                estavam disponíveis, em passado bem recente, para o centro. 
                
                
                a discussão sobre net neutrality no congresso americano 
                demonstra duas coisas: 1] as teles não morreram e 2] o centro tá 
                mais vivo do que nunca. e os dois conspiram pra ter de volta o 
                mundo calmo e consolidado que dominavam antes da internet. o 
                preço da nossa liberdade será a nossa eterna vigilância. em 
                rede. senão a minoria [poderosa] vencerá [como sempre] a maioria 
                [dispersa e desarticulada]. 
                
      
                   
             
           
           
      
          05/07/06 
          ----- Original Message -----  
          From: cwguimaraes  
          To: wirelessbr  
          Sent: Wednesday, July 05, 2006 4:27 PM 
          Subject: [wireless.br] Google: lei de neutralidade da web pode 
          gerar processos antitrust 
           
          Google: lei de neutralidade da web pode gerar processos antitruste 
          Por Al Sacco, para o IDG Now!* 
          Publicada em 05 de julho de 2006 às 15h35 
           
          Framingham - Google avalia iniciar processos antitruste contra 
          provedores de acesso banda larga, que tentem se aproveitar da nova 
          legislação. 
           
          O Google declarou, na terça-feira (04/07), que não pensará duas vezes 
          para iniciar processos antitruste nos Estados Unidos contra provedores 
          de acesso banda larga, caso estas empresas tentem se aproveitar da 
          nova legislação que poderá dar a elas a habilidade de cobrar mais caro 
          por tratamento de tráfego online diferenciado, segundo notícia da 
          agência Reuters. 
           
          Apenas na semana passada, o comitê do Senado dos Estados Unidos negou 
          uma proposta que forçaria provedores de internet por banda larga, como 
          ComCast e AT&T, a oferecer as mesmas velocidades de navegação e acesso 
          para seus competidores assim como oferecem para parceiros ou para uso 
          próprio, em uma derrota para os defensores da neutralidade da internet, 
          sem qualquer tipo de regulação. 
           
          "Se não formos bem-sucedidos em nossos argumentos, então simplesmente 
          teremos de esperar até que algo ruim aconteça e aí levaremos nosso 
          caso para conhecimento da divisão antitriste do Departamento de 
          Justiça [norte-americano]", declarou Vint Cerf, vice-presidente do 
          Google e pioneiro da internet, à Reuters. 
           
          Em relação ao lobby feito pelas empresas de telecomunicações, ainda 
          não está certo que uma legislação sobre a neutralidade da web seja 
          aprovada este ano, em parte por conta das eleições marcadas para 
          novembro, o que resulta em um número menor de dias de votação no 
          Congresso norte-americano. 
           
          "Minha empresa, assim como muitas outras, acredota que a internet 
          deveria permanecer aberta e acessível a qualquer um de forma 
          igualitária", concluiu Cerf. 
          *Al Sacco é editor do blog CIO News Alerts, em Framingham 
           
          Courtnay Guimarães Jr 
          Professor & Consultant - Technology Innovation  
          Busines School São Paulo - The brazilian school for  
          international management 
          courtnay@uol.com.br 
          
           
      
          29/06/06 
          
          
            ----- Original Message ----- 
			
            
            
            
              Sent: Thursday, June 29, 2006 7:54 AM 
            
              
              Subject: [wireless.br] ASSUNTO 
              IMPORTANTISSIMO -  Defensores da neutralidade na web perdem 
              votação no Senado dos EUA 
           
      
          Defensores da neutralidade na web perdem votação no Senado dos EUA 
          Por Grant Gross, para o IDG Now! 
          Publicada em 28 de junho de 2006 às 20h25 
           
          Washington - Empresas que defendem tratamento igual na internet sofrem 
          revés nos EUA e podem ver luta adiada em até um ano. 
           
          O Comitê de Comércio, Ciência e Transporte do Senado dos Estados 
          Unidos rejeitou a proposta que requeria que os provedores de banda 
          larga de internet dessem para seus competidores a mesma velocidade e 
          qualidade de serviços que dão para seus parceiros de negócios. 
           
          A votação, que ficou empatada em 11 a 11, significa que a emenda 
          proposta pelos defensores da "neutralidade na web" não irá ser 
          considerada no plenário. 
           
          Esta emenda, que faz parte de uma legislação mais ampla sobre banda 
          larga, impedia empresas de telecomunicações, como a AT&T e a Comcast, 
          de cobrar uma taxa extra baseada no tipo de conteúdo transmitido pelas 
          companhias de internet. 
           
          As companhias de comércio eletrônico que defendem as regras de 
          neutralidade na web são empresas que têm um enorme lucro entregando 
          conteúdo multimídia sobre as redes de provedores de banda larga, 
          afirmou o senador republicano pelo Alasca, Ted Stevens, responsável 
          pelo comitê do Senado. 
           
          A rejeição da proposta pelo Comitê de Senado dos Estados Unidos 
          significa que a briga pela "neutralidade na web" pode ser adiada em um 
          ano. No começo deste mês, o Congresso norte-americano aprovou sua 
          própria versão da legislação de banda larga por 269 a 152, rejeitando 
          a emenda sobre a neutralidade da web. 
           
          O conceito de neutralidade na web, que tem o apoio de políticos do 
          Partido Democrata e de empresas como Google, eBay, Amazon e Microsoft, 
          é simples: todos os sites devem ser tratados de forma igual. 
           
          Eles argumentam que sem uma legislação específica, os grandes 
          provedores de banda larga vão bloquear ou degradar o conteúdo de seus 
          competidores, criando estradas mais lentas para os concorrentes e mais 
          rápidas para os seus parceiros de negócios. 
           
          Porta-vozes da AT&T e da BellSouth já informaram que têm planos de 
          negócios que permitiriam a eles cobrar taxas extras para entregar 
          preferencialmente o conteúdo web de certas empresas. 
           
          Grupos de consumidores criticam a rejeição da emenda pelo Senado 
          norte-americano. "A votação apertada, no entanto, diz que a questão 
          está ganhando atenção", disse Ben Scott, diretor da Free Press, um 
          grupo que apóia a diversidade da mídia. 
           
          "A Comissão do Senado dos EUA deu o controle da internet para as 
          empresas de telefonia e cabo", declarou Gigi Sohn, presidente do grupo 
          de direitos ao consumidor Public Knowledge. 
          Grant Gross é editor do IDG News Service, em Washington. 
           
          Courtnay Guimarães Jr 
  
          
           
      
          23/06/06 
          
          
            ----- Original Message ----- 
			
            
            
            
              Sent: Friday, 
              June 23, 2006 6:16 PM 
            
              
              Subject: [wireless.br] 
				 Pressões 
              sobre lei de neutralidade da internet se intensificam 
           
      
          Pressões sobre lei de neutralidade da internet se intensificam 
          Por Grant Gross, para o IDG Now!* 
          Publicada em 23 de junho de 2006 às 17h30 
           
          Washington - A uma semana de votação, argumentos entre provedores e 
          grupos de liberdades na web, apoiados por Berners-Lee, se acirram. 
           
          Advogados em ambos os lados do debate no Congresso dos Estados Unidos 
          pela neutralidade da internet intensificaram suas pressões no final 
          desta semana, mesmo com um comitê do Senado atuando atrasado na 
          questão. 
           
          O Comitê de Comércio, Ciência e Transportes do Senado, programado para 
          discutir emendas à lei de banda larga que já conta com mais de 150 
          páginas, se encontrou por cerca de duas horas antes do cancelamento da 
          reunião para permitir que senadores votem em outras legislações. 
           
          O comitê passou por 10 entre mais de 210 emendas propostas para a lei 
          antes que o presidente do comitê Ted Stevens, senador republicano pelo 
          Alaska, reprogramasse a audiência para a próxima terça-feira (27/06). 
           
          O atraso permite que companhias de tecnologia e grupos de consumo 
          pressionando o Congresso pela proibição do bloqueio de conteúdo por 
          provedores continuem seus esforços para assegurar a neutralidade da 
          internet em questões integradas à lei. 
           
          O comitê na quinta-feira (23/06) não deu qualquer provisão sobre o 
          documento, que forçaria a Comissão Federal de Comunicações (FCC) a 
          criar um plano de tecnologia para proteger arquivos de áudio e vídeo. 
           
          Companhias de entretenimento vêm pressionando o comitê por regras de 
          transmissão, dizendo que o Congresso deveria proteger seus direitos 
          autorais. Mas alguns consumidores e grupos de tecnologia protestaram 
          pela provisão, dizendo que a ação restringiria reproduções domésticas 
          de arquivos de áudio e vídeo. 
           
          A maioria do debate sobre a lei, no entanto, se concentra na 
          neutralidade. A versão mais recente da lei, apoiada por Stevens, 
          permitiria que clientes de banda larga rodassem aplicações de internet 
          de sua própria escolha, o que não proibiria os provedores de web de 
          oferecerem seus serviços preferencialmente em relação aos 
          competidores. Uma versão anterior da lei exigia que a o FCC fizesse 
          relatórios anuais para o Congresso sobre o fluxo livre das informações 
          na internet. 
           
          Uma lei aprovada pela instituição neste mês permite que o FCC 
          investigue reclamações sobre bloqueio de conteúdo após o fato. Tanto 
          as leis do Congresso como as do Senado imporiam restrições de 
          marketing para companhias de telecomunicações para que serviços de 
          televisão pela internet (IPTV) não concorresse com a TV a cabo. 
           
          Provedores de internet, como a AT&T, disseram que não têm planos de 
          bloquear conteúdo online de competidores, mas querem explorar planos 
          de negócios que permitam a cobrança de novas taxas para dar ao 
          conteúdo online direcionamento prioritário pela web. 
           
          Apoiadores da neutralidade da web protestaram que tais planos criariam 
          uma rede de dois pontos, com conteúdo de provedores de internet e de 
          seus parceiros trafegando em uma pista rápida e todos os outros, em 
          uma pista lenta. 
           
          Nesta semana, Tim Berners-Lee, inventor da World Wide Web, gravou um 
          vídeo dentro do seu blog suportando a lei de neutralidade da internet. 
          "Quando eu inventei a web, não tinha que pedir a permissão de 
          ninguém", escreveu Berners-Lee no seu blog. "Agora, centenas de 
          milhões de pessoas estão a usando gratuitamente. Estou preocupado que 
          este será o fim nos Estados Unidos". 
           
          Enquanto isto, a AT&T e outros provedores de banda larga continuaram a 
          pressionar o Congresso para permitir o controle de seus sinais de 
          internet sem a regulação do governo. A AT&T rejeitou a proposta feita 
          por grupos de liberdades civis no Centro de Democracia e Tecnologia, 
          que permitiria que provedores de banda larga oferecessem serviços 
          especiais em redes privativas separadas da web, mas faria com que as 
          empresas tratassem todo o tráfego da web da mesma maneira. 
           
          "Quando você coloca batom em um porco, ele ainda é um porco", falou a 
          porta-voz da AT&T Claudia Jones. "A proposta do Centro é um esforço 
          transparente para colocar batom em uma série de propostas para regular 
          a internet. Esta sugestão, porém, resulta em consumidores pagando 
          todos os custos da construção de uma internet melhor, enquanto os 
          Golias da web, como o Google, recebem sanções corporativas do governo 
          para que não paguem suas partes". 
          *Grant Gross é editor do IDG News Service, em Washington. 
			 
          Courtnay Guimarães Jr 
          Professor & Consultant - Technology Innovation  
          Busines School São Paulo - The brazilian school for  
          international management 
          courtnay@uol.com.br 
          "Practice takes to the hole-in-one"  
          
          http://groups.yahoo.com/group/golfraria/ or  
          golfraria@yahoogroups.com 
          "High potential talents accomplish targets no one can  
          do; geniouses accomplish targets no one can even see"  
          Artur Schopenhauer 
  
          
           
      
          19/06/06 
          
          
            ----- Original Message ----- 
			
            
            
            
            
              Sent: Monday, June 
              19, 2006 9:59 AM 
            
              
              Subject: Re:[wireless.br] 
				 
              Neutralidade da Internet - "Net Neutrality" (2) 
           
      
          Caros, 
          Nesse debate existem várias coisas que precisam ser colocado à parte 
          dos debates ideológicos:  
           
          1 - O modelo econômico de níveis de serviço diferentes pelo meio de 
          transporte (a rede); 
           
          Vejam, é ingenuidade imaginar que uma provedora de serviço não pode 
          cobrar diferenciadamente por um serviço de qualidade melhor! Não 
          pagamos o mesmo preço por um hambúrguer do McDonalds e por outro do 
          Fifties (sp). O mesmo deve (e é o correto) de acontecer com as 
          aplicações de altíssima disponibilidade em redes de fibras, em 
          especial Vídeo On Demand.  
           
          Atualmente, para distribuir conteúdo, as grandes empresas JÁ se 
          utilizam de recursos de valor diferenciado, como a rede Akamai.  
           
          2 - Os mecanismos de controle e segurança nacionais (coisas como o 
          Carnivore, etc); 
           
          Além das mudanças de modelos de serviços, talvez a questão mais 
          controversa é o controle governamental EXPLICITO (a la China), os 
          problemas mais locais (como as recentes rusgas do governo nacional com 
          o Google) e muito mais profundamente os problemas implícitos como os 
          vários serviços "ocultos" do governo americano de filtragem, 
          mapeamento e investigação do tráfego da internet.  
           
          3 - Os modelos de negócio dos novos serviços (em especial mídia 
          broadcast); 
           
          Independente da forma "bruta", ou de "baixo nível" dos controles de 
          serviços (alto e baixo valor), muitas coisas ainda estão completamente 
          em aberto, como os modelos de publicidade, merchandising, ou mesmo a 
          cobrança pelos serviços. Essa copa, por exemplo, é um excelente 
          laboratório, mas, até agora, só o YouTube é quem está fazendo escola.
           
           
          4 - As diferentes normas regulatórias de serviços sociais e serviços 
          comerciais; 
           
          Finalmente, a maior arenga, que é a famosa estória do que é um 
          produtor de "conteúdo social" atualmente. O Terra, que é da Telefonica, 
          e produz vídeos, é conteúdo social ou não? 
           
          Dentro dessas 4 linhas (ops, vício de copa) é que devemos de delinear 
          os raciocínios da net Neutrality, sempre tendo em vista que "NET" não 
          é só serviço em forma de acesso físico da rede, mas também todos os 
          seus serviços mais "soft". 
           
          E vamos aos debates, porque a água tem que rolar...  
           
          Courtnay Guimarães Jr 
          Professor & Consultant - Technology Innovation   
          Busines School São Paulo - The brazilian school for  
          international management 
           
          courtnay@uol.com.br 
          "Practice takes to the hole-in-one"  
          
          http://groups.yahoo.com/group/golfraria/ or  
          golfraria@yahoogroups.com 
          "High potential talents accomplish targets no one can  
          do; geniouses accomplish targets no one can even see"  
          Artur Schopenhauer 
  
          
           
      
          17/06/06 
          Olá,  
          ComUnidade WirelessBRASIL 
          !    
           
      
      	Helio Rosa 
          escrevendo. 
          Nesta 
			
      
      	
          ComUnidade 
          (Portal em  
      
      	
          www.wirelessbrasil.org)  
          interagimos e compartilhamos conhecimentos com muita cordialidade, 
          cortesia, tolerância e paz - sempre fazendo novos amigos!   
          
          
      
         
        
        
          
              
      
          
            Continuamos com o tema Neutralidade da Internet - "Net 
            Neutrality" patrocinado pelo nosso Courtnay 
            Guimarães.  :-) 
          
          
              
      
          
            Quem perdeu as referências anteriores ou está se interessando agora, 
            por favor, visite o  novo blog comunitário " Neutralidade 
            da Internet".  
          
          
              
      
          
            Há alguns dias postamos aqui uma mensagem como o Assunto: 
            Vint Cerf: "Pai da Internet" e "Evangelista do Google". 
          
          
              
      
          
            O Editorial do Estadão (abaixo transcrito) sobre a
            Neutralidade da Internet cita Vinton "Vint" Cerf. 
             
            Eis um recorte, como aperitivo:  :-) 
             
            (...) Contra a possível apropriação da internet pelas gigantes da 
            telefonia e da TV a cabo - aprofundando o processo liberticida de 
            concentração da mídia global, principalmente nos Estados Unidos, de 
            que já participam -, uma das vozes mais eloqüentes que se fizeram 
            ouvir no Senado americano foi a do matemático e cientista de 
            computação Vinton Cerf, de 62 anos, um dos 
            principais criadores, se não o principal, da internet. "As telecoms 
            querem nos impor um modelo do século 19 no mundo do século 21", diz 
            ele, citado pela revista The Economist. No modelo velho, o usuário 
            pagava por chamada telefônica ou por correspondência despachada. No 
            modelo novo, os usuários, sejam colossos multinacionais ou pessoas 
            modestas, apenas pagam pelo acesso à rede. O preço varia conforme a 
            velocidade da banda utilizada. Não há despesas de transporte ou de 
            entrega. (...) 
          
          
              
      
          
         
       
     
    
       
     
    
        
    
    
        
    
    
    
       
      No ano passado, coerentemente com a política do governo de Bush de colocar 
      os interesses do Big Business em primeiro lugar, a Comissão Federal de 
      Comunicações dos Estados Unidos (FCC, na sigla em inglês) cometeu uma 
      enormidade que passou algo despercebida do grande público - no país e no 
      exterior. O órgão que regula a indústria da comunicação americana, em 
      sentido amplo, simplesmente pôs abaixo o princípio graças ao qual a 
      internet se tornou o que é: o espaço mais livre já concebido pelo homem 
      para a disseminação instantânea de informações, idéias, expressões 
      culturais, facilidades de comércio e formas de entretenimento. 
      
    
    
        
      
    
    
      O princípio que surgiu com a internet e a FCC implodiu é o da chamada 
      "neutralidade na rede", que obriga as empresas de telefonia e televisão a 
      cabo, que abrem aos interessados as portas do sistema (via provedores de 
      acesso) e administram o tráfego no seu interior, a dar a todas e quaisquer 
      mensagens que por ele circulem, geradas por provedores de conteúdo (sites 
      e blogs) e usuários de correio eletrônico, tratamento técnico 
      rigorosamente igual. Ou seja, além de manter o livre fluxo da comunicação 
      online, provedores e teles devem garantir que tudo na internet trafegue 
      com a mesma rapidez, sem privilégios de espécie alguma. 
      
    
    
        
    
    
      A mudança aprovada pelos fundamentalistas de mercado da FCC permitirá a 
      tais empresas criar pistas de alta velocidade para as mensagens de quem 
      lhes pague o equivalente aos pedágios nas estradas físicas. A questão foi 
      parar no Capitólio. A Comissão de Comércio do Senado americano está para 
      decidir se acaba, ou não, com "a tecnologia livre e aberta que fomenta a 
      inovação, o crescimento econômico e a comunicação democrática", conforme a 
      apropriada caracterização dos professores Lawrence Lessig, de Stanford, e 
      Robert McChesney, de Illinois, em artigo para o Washington Post, 
      transcrito segunda-feira neste jornal (e abaixo 
      transcrito) sob o título "Nada de pedágio na internet". 
      
    
        
    
    
      Considerando o pantagruélico apetite por lucros das megacorporações do 
      setor, como AT&T, Verizon e Comcast, e a influência desmesurada dos seus 
      lobbies em Washington, não será surpresa se o pior acontecer - a menos que 
      o clamor da "sociedade em rede", para usar o termo cunhado pelo sociólogo 
      catalão Manuel Castells, impeça os congressistas, neste ano eleitoral nos 
      Estados Unidos, de tomar uma decisão funesta que repercutirá no mundo 
      inteiro. "Sem a neutralidade da rede, a internet começaria a ficar 
      parecida com a TV a cabo", comparam os professores Lessig e McChesney. 
      "Meia dúzia de grandes empresas controlarão o acesso ao conteúdo e sua 
      distribuição (grifo nosso), decidindo o que você vai ver e quanto vai 
      pagar por isso." 
      
    
        
    
    
      Contra a possível apropriação da internet pelas gigantes da telefonia e da 
      TV a cabo - aprofundando o processo liberticida de concentração da mídia 
      global, principalmente nos Estados Unidos, de que já participam -, uma das 
      vozes mais eloqüentes que se fizeram ouvir no Senado americano foi a do 
      matemático e cientista de computação Vinton Cerf, de 62 anos, um dos 
      principais criadores, se não o principal, da internet. "As telecoms querem 
      nos impor um modelo do século 19 no mundo do século 21", diz ele, citado 
      pela revista The Economist. No modelo velho, o usuário pagava por chamada 
      telefônica ou por correspondência despachada. No modelo novo, os usuários, 
      sejam colossos multinacionais ou pessoas modestas, apenas pagam pelo 
      acesso à rede. O preço varia conforme a velocidade da banda utilizada. Não 
      há despesas de transporte ou de entrega. 
      
    
        
    
    
      Se prevalecer a lógica do Big Business, adverte Cerf, "cada vez que eu 
      passar um e-mail, terei de pagar por isso". E não é que as operadoras de 
      telefonia ou cabo estejam propriamente passando necessidades com o atual 
      sistema de assinaturas, o pagamento de um fixo mensal aos provedores de 
      acesso, que garante a preciosa "arquitetura aberta" da rede. Se esse 
      sistema desaparecer, não apenas estancará ou se reverterá a tendência de 
      diminuição da exclusão digital no mundo, mas também estarão criadas as 
      condições para o controle político-econômico da internet. 
      
    
        
    
    
      Instalados nos postos de pedágio da rede, os magnatas do setor poderão 
      discriminar financeiramente sites e blogs, valendo-se dessa inédita 
      modalidade de poder de polícia sobre o que circula na quase sempre livre 
      autopista da informação.  
  
      
    
        
    
        
    
    
    
      
      Fonte:
      
      http://www.assprevisite.com.br/PagNovidades.html que transcreveu do 
      Estadão
       
      [12/06/06]   Nada 
      de pedágio na internet  
      
      O Congresso americano está prestes a realizar uma votação histórica sobre 
      o futuro da internet. Decidirá se a internet vai permanecer uma tecnologia 
      livre e aberta que fomenta a inovação, o crescimento econômico e a 
      comunicação democrática ou se será transformada em propriedade de empresas 
      a cabo e companhias telefônicas, que poderão colocar cabines de pedágio em 
      todos os acessos e saídas da auto-estrada da informação.  
      No centro deste debate está a mais importante política pública da qual 
      provavelmente você nunca ouviu falar - a "neutralidade na rede".  
      Neutralidade na rede significa simplesmente que todo o conteúdo na 
      internet deve ser tratado da mesma forma e movimentado pela rede à mesma 
      velocidade. Os proprietários da fiação da internet não podem fazer 
      discriminação. Este é o projeto simples, mas brilhante, "de ponta a ponta" 
      da internet que fez dela uma força tão poderosa para o bem econômico e 
      social - todas as informações e o controle são detidos pelos produtores e 
      usuários, e não pelas redes que os conectam.  
      As proteções que garantiam a neutralidade da rede foram uma lei desde o 
      nascimento da internet - vigorando até o ano passado, quando a Federal 
      Communications Commission (Comissão Federal de Comunicações) eliminou as 
      normas que impediam as empresas a cabo e de telefonia de discriminar 
      provedores de conteúdo. Isso desencadeou uma onda de anúncios da parte de 
      diretores-presidentes de empresas telefônicas dizendo que planejam fazer 
      exatamente isso.  
      Agora o Congresso está diante de uma decisão. Vamos devolver a 
      neutralidade à rede e manter a internet livre? Ou vamos deixar que ela 
      morra nas mãos dos proprietários de redes que estão ansiosos para se 
      transformarem em guarda-cancelas do conteúdo? As implicações de se perder 
      para sempre a neutralidade da rede não poderiam ser mais graves.  
      A atual legislação, que conta com o respaldo de empresas como AT&T, 
      Verizon e Comcast, permitirá que as firmas criem diferentes camadas de 
      serviços online. Elas poderão vender acesso à via expressa para grandes 
      empresas e relegar todos os demais ao equivalente digital a uma tortuosa 
      estrada de terra. Pior ainda: esses guardiães determinarão quem vai ter 
      tratamento especial e quem não vai.  
      A idéia deles é se postar entre o provedor de conteúdo e o consumidor, 
      exigindo um pedágio para garantir um serviço de qualidade. É o que Timothy 
      Wu, um especialista em política da internet da Columbia University, chama 
      de "modelo de negócios Tony Soprano (personagem que é chefe da máfia da 
      série de televisão Família Soprano)". Ou seja, extorquindo dinheiro para 
      proteção de todos os sites na web - desde o menor dos blogueiros até o 
      Google -, os proprietários de rede terão imensos lucros.  
      Sem a neutralidade da rede, a internet começaria a ficar parecida com a TV 
      a cabo. Uma meia dúzia de grandes empresas controlarão o acesso ao 
      conteúdo e sua distribuição, decidindo o que você vai ver e quanto vai 
      pagar por isso. Os grandes setores como os de assistência médica, 
      finanças, varejo e jogo vão se defrontar com enormes tarifas para o uso 
      rápido e seguro da web - todos sujeitos a negociações discriminatórias e 
      exclusivas com as gigantes da telefonia e da telefonia a cabo.  
      Perderemos a oportunidade de expandir vastamente o acesso e a distribuição 
      de notícias independentes e de informações comunitárias por meio da 
      televisão de banda larga. Mais de 60% do conteúdo da web é criado por 
      pessoas comuns, e não por empresas. Como essa inovação e produção vão 
      progredir se seus criadores vão precisar pedir permissão a um cartel de 
      proprietários de rede?  
      O cheiro dos lucros caídos do céu paira no ar em Washington. As empresas 
      de telefonia estão fazendo o máximo possível para legislar para si mesmas 
      o poder do monopólio. Estão gastando milhões em dólares em propaganda nos 
      círculos do poder em Washington, em lobistas muito bem pagos, em firmas de 
      pesquisa e consultoria que podem ser "compradas" e em operações de falsas 
      bases populares com nomes Orwellianos como Hands Off the Internet e 
      NetCompetition.org.  
      A elas se opõem uma coalizão de verdadeiras bases populares de mais de 700 
      grupos, 5 mil blogueiros e 750 mil americanos que se arregimentaram para 
      apoiar a neutralidade da rede no site
       www.savetheinternet.com. A 
      coalizão é de esquerda e de direita, comercial e não comercial, pública e 
      privada. Conta com o apoio de instituições das mais diversas áreas. Inclui 
      também os fundadores da internet, as marcas famosas do Vale do Silício e 
      um bloco de varejistas, inovadores e empreendedores. Coalizão de tais 
      amplitude, profundidade e determinação são raras na política 
      contemporânea.  
      A maioria dos grandes inovadores da história da internet começou na 
      garagem de suas casas, com grandes idéias e um pequeno capital. Isso não é 
      por acaso. As proteções à neutralidade da rede minimizaram o controle 
      pelos proprietários de rede, maximizaram a competição e convidaram 
      forasteiros a inovar. A neutralidade da rede garantiu um mercado livre e 
      competitivo para o conteúdo da internet. Os benefícios são extraordinários 
      e inegáveis.  
      O Congresso está decidindo o futuro da internet. A questão que se 
      apresenta é simples: deve a internet ser entregue à meia dúzia de empresas 
      a cabo e de telefonia que controlam o acesso online de 98% do mercado de 
      banda larga? Somente um Congresso cercado por lobistas de telecomunicações 
      de alto preço e recheado com contribuições para campanha poderá 
      possivelmente considerar um tal ato absurdo.  
      As pessoas estão acordando para o que está em jogo, e suas vozes estão 
      ficando cada vez mais altas a cada dia que passa. À medida que milhões de 
      cidadãos forem se dando conta dos fatos, a mensagem para o Congresso será 
      clara: Salvem a internet.     
      (Lawrence Lessig  e  Robert W. McChesney -  O Estado de S.Paulo)
      
   
  
    ----- Original Message -----  
    
    
    
    
      Sent: Friday, June 16, 2006 5:28 PM 
    
      Subject: [Celld-group] Neutralidade da Internet - "Net Neutrality" 
      (1) 
    
    
      
        
           
          Olá,  ComUnidade 
          WirelessBRASIL !    
          Helio Rosa 
          escrevendo. 
          Nesta 
    
    
    
          
    
    		
          ComUnidade 
          (Portal em  
    
    
    		
          www.wirelessbrasil.org)  
          interagimos e compartilhamos conhecimentos com muita cordialidade, 
          cortesia, tolerância e paz - sempre fazendo novos amigos!   
    
          
    
         
    
        
          
              
    
          
            O nosso Courtnay Guimarães está trazendo para o 
            debate o tema "Net Neutrality". 
            Valeu, Courtnay! O assunto é polêmico e instigante! 
  
          
            Anoto e transcrevo lá embaixo, no final deste e-mail, os dois textos 
            em inglês, já encaminhados. 
    
          
              
    
          
            
              Na primeira mensagem o Courtnay escreveu esta introdução: 
              "Caros, 
              Vale a pena acompanhar de perto o desenrolar dessa arenga, que 
              acontece neste momento, em especial, nos tribunais e congresso 
              americano.  
              O resumo é que as empresas de telefonia querem mudar o jogo, 
              cobrando coisas diferentes para os serviços "especiais" (dados, 
              vídeo, etc), que hoje rolam soltos no mundo IP.  
              É uma mudança enorme no atual modelo de internet, e é, de certa 
              forma, algo esperado (Que as operadoras de telecomunicações 
              queiram dominar serviços de conteúdo).  
              Vamos acompanhar e imaginar as conseqüências na terra 
              brasillis.  
              Courtnay Guimarães"
             
           
    
          
              
    
          
            Como ambientação e nivelamento, transcrevo logo abaixo alguns textos 
            em português: 
 
            
            
            
           
    
          
              
    
          
            
              Este assunto está "pedindo" um blog 
              comunitário... 
              Boa leitura! Boa ambientação... no feriadão!  :-) 
              Ao debate!!!   :-) 
    
    
            
                
    
            
            
           
         
       
       
     
    
    
    
    
   
  
      
  
  
      
  
    10/06/2006 
  
      
  
    Neutralidade da internet em xeque 
  
      
  
    O Congresso norte-americano barrou, na última 
    5ª feira, um projeto que buscava oficializar por meio de uma lei a 
    "neutralidade da internet", um acordo meio implícito que existe desde o 
    ínicio da rede e que garante que os provedores tratem igualmente todos os 
    sites. 
    Com a rejeição do projeto, provedores de acesso, como as operadoras AT&T e 
    Telefônica, podem oferecer conexões mais rápidas a quem interessar ou pagar 
    mais. Ou pior, podem ainda bloquear o acesso a certos "sites considerados 
    indesejáveis". 
    A decisão deixou especialistas e empresas produtoras de conteúdo e serviços 
    web, como a Amazon e a Google, de cabelo em pé. Muitas temem pagar valores a 
    mais para assegurar que seus serviços cheguem até os usuários. 
    O assunto é levado à sério - o CEO da Google, Eric Schmidt, escreveu uma 
    carta pública alertando do perigo. E Tim Berners-Lee já deu várias 
    declarações a favor do projeto. 
    Segundo Mariano, do blog de tecnologia Denken Über, com essa decisão a 
    Telefônica, por exemplo, poderia bloquear o concorrente Skype, por "motivos 
    de segurança e qualidade". 
    [enviada por Tiago Dória] 
  
   
	Blog da traça de Carmen Meneses 
	Net Neutrality 
	Um debate muito (muito mesmo!) importante anda tomando 
    conta da Net, ou ao menos daquela parte mais consciente dos assuntos 
    técnicos, econômicos, políticos e culturais que a envolvem. Trata-se da 
    tentativa, por parte das grandes empresas de telecomunicações, de criar uma 
    “Internet de dois andares”. A idéia maligna é dividir o tráfego em uma 
    categoria preferencial (o “andar de cima”) e uma grande vala comum (o “andar 
    de baixo”). A categoria preferencial seria definida pelas empresas de 
    telecomunicações, carregando o tráfego delas próprias e de quem mais se 
    dispusesse a pagar tarifas mais elevadas. Estas teriam seus “pacotes de 
    informação” entregues rapidamente, ganhando prioridade e “ultrapassando” os 
    pobres coitados dos pacotes do “andar de baixo”, que ficariam esperando o 
    tráfego preferencial passar antes de chegarem a seus destinos. Dependendo de 
    como estas categorias fossem hierarquizadas, o conceito de “tempo real” para 
    os usuários comuns teria de ser revisto – talvez para “tempo realmente 
    lento”. As tarifas para o “andar de cima” seriam arbitradas, naturalmente, 
    pelas próprias telecoms e provavelmente permitiriam que apenas as grandes 
    empresas o habitassem. As pequenas empresas, blogs, sites pessoais, grupos, 
    sites de compartilhamento de conteúdo e tudo o mais que faz a Internet o 
    instrumento democrático e revolucionário que é hoje ficariam de fora. Seria 
    o fim de mais um sonho... 
  O assunto, conhecido como Net Neutrality (Neutralidade da Rede), é tão 
    importante que mesmo algumas grandes empresas estão se posicionando contra 
    tal pretensão. Google, desta vez honrando seu slogan (don't be evil!), criou 
    até uma página conclamando à luta contra os bárbaros monopolizadores. Vejam 
    o link abaixo: 
  
	
	http://www.google.com/help/netneutrality.html 
	 Além de um texto assinado por seu presidente, traz manifestações de duas das 
    mais importantes personagens da história da Internet – Vint Cerf e Tim 
    Berners-Lee. Aí vão partes dos textos, em tradução livre: 
  “Permitir que as empresas fornecedoras de banda-larga controlem o que as 
    pessoas vêem e fazem online solaparia fundamentalmente os princípios que têm 
    feito da Internet um tal sucesso...Muitas justificativas têm sido criadas 
    para defender o controle destas empresas sobre as escolhas feitas online 
    pelos consumidores; nenhuma delas resiste a escrutínio.”  Vint Cerf Co-criador do IP (protocolo de Internet)
	
  “O meio de comunicações neutro é essencial para nossa sociedade. É a base 
    justa de uma economia de mercado competitiva. É a base da democracia, 
    através da qual a comunidade decide o que fazer. É a base da ciência, 
    através da qual a humanidade decide o que é verdadeiro. Vamos proteger a 
    neutralidade da rede.”  Tim Berners-Lee Criador da World Wide Web  
	 “Hoje a Internet é uma supervia de informação onde todos – não interessa se 
    grande ou pequeno, se tradicional ou não-convencional – têm acesso igual. 
    Mas os monopólios da telefonia e da TV a cabo, que controlam quase todo 
    acesso à Internet, querem o poder de escolher quem tem acesso à pista de 
    alta velocidade e qual conteúdo deve ser visto antes e mais rapidamente. 
    Eles querem construir um sistema de dois andares e bloquear o acesso rápido 
    àqueles que não podem pagar.  Criatividade, inovação e um mercado aberto e livre estão em jogo...” 
	 Eric Schidt Presidente-Executivo do Google
  Por enquanto, a batalha se dá nos Estados Unidos, em torno de um projeto de 
    lei que deve regular o assunto. Não há muito que possamos fazer agora. Mas 
    alguém quer apostar comigo que esta discussão logo vai aparecer por aqui, 
    especialmente se aprovada a infeliz regulamentação proposta no grande irmão 
    do norte?   
	
	Fonte: Yahoo Tecnolgia 
	
	Fundador do Google em campanha por neutralidade da Internet Por Joel Rothstein 
	WASHINGTON (Reuters) - O co-fundador e presidente do 
    Google, Sergey Brin, reuniu-se com congressistas dos Estados Unidos na 
    terça-feira para pressionar por uma legislação que impeça os provedores de 
    acesso à Internet de cobrarem mais dos sites por uma distribuição mais 
    rápida de seu conteúdo. 
	"A única maneira possível de criar uma via rápida que 
    seja útil -ou seja, pela qual as pessoas estejam dispostas a pagar- é que 
    existam vias lentas", disse Brin a jornalistas depois de uma reunião com o 
    senador John McCain, membro do comitê do Senado que supervisiona as questões 
    de telecomunicações. 
	O Google, a Microsoft e outros grandes operadores de 
    sites de Internet se uniram a proprietários de pequenos sites a fim de 
    combater os esforços de provedores de acesso em banda larga como a AT&T e a 
    Verizon Communications que querem oferecer redes de desempenho mais rápido a 
    empresas que paguem mais. 
	A questão foi designada como "neutralidade da Internet" 
    por aqueles que se opõem a um sistema duplo de acesso e preços. 
	Brin reconheceu que grandes empresas como o Google 
    provavelmente seriam capazes de fechar acordos com os proprietários de redes 
    para garantir a distribuição de seu conteúdo. Mas acrescentou que o serviço 
    de buscas do Google só tem valor se os consumidores obtiverem acesso rápido 
    aos sites que os resultados mencionam. 
	"A tese é que alguns fornecedores de conteúdo pagariam 
    por serviços mais rápidos. Por que eles pagariam? Simplesmente porque se 
    sentem generosos com relação às empresas de telecomunicações e provedores de 
    acesso?", questionou Brin. "Presumo que estariam pagando porque de outra 
    maneira teriam desempenho pior, ou talvez seus sites não funcionassem." 
	A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos poderá votar 
    ainda esta semana um projeto de lei de telecomunicações que não inclui a 
    proteção à neutralidade da Internet solicitada pelo Google. 
	Mas o projeto de lei determinaria que a Comissão Federal 
    de Comunicações dos Estados Unidos fizesse cumprir a declaração de política 
    que a agência divulgou em 2005 quanto à banda larga, na qual os consumidores 
    têm direito de acesso ao conteúdo e aos aplicativos que preferirem. 
	Críticos como Brin dizem que essas provisões não bastam, 
    e querem que a versão do Senado para a nova lei de telecomunicações empregue 
    linguagem mais vigorosa. Brin disse que não sabia "como McCain se 
    posicionará sobre o tema".  
	
	Fonte: Consultor Jurídico 
	http://conjur.estadao.com.br/static/text/35272,1
	 
	Internet em estado de sítio Web não deve ser limitada ao poder de um dono por Lawrence Lessig 
	A internet pertence a quem? Até recentemente, a ninguém. 
    Isto porque, muito embora a internet fosse “made in the U.S.A.”, a sua 
    estrutura única transformou-a em uma fonte de inovação que qualquer pessoa 
    no mundo poderia utilizar. Atualmente, entretanto, tribunais e corporações 
    vêm tentando cercar porções do ciberespaço. Assim procedendo, eles estarão 
    destruindo o potencial da internet para fomentar a democracia e o 
    crescimento econômico global. 
	A revolução da internet terminou tão surpreendentemente 
    quanto começara. Ninguém esperava a explosão de criatividade que a rede 
    produziu; e poucos esperavam que esta explosão fosse entrar em colapso tão 
    rápida e profundamente como se sucedeu. O fenômeno assemelha-se a uma 
    estrela cadente, riscando sem anunciação o céu da noite, para depois 
    desaparecer inesperadamente. Sob o pretexto de proteger a propriedade 
    privada, uma série de novas leis e regulamentos está desmantelando a mesma 
    arquitetura responsável por tornar a internet um modelo para a inovação 
    global. 
	Nem o surgimento, nem o fim dessa revolução são difíceis 
    de compreender. A dificuldade está em aceitar as lições trazidas pela 
    evolução da internet. A internet foi criada nos Estados Unidos, mas o seu 
    sucesso transcendeu os modernos ideais americanos de propriedade e de 
    mercado. Os americanos, conforme explica a Professora Carol Rose, da Yale 
    Law School, são fascinados pela idéia de que o mundo é mais bem administrado 
    “quando dividido entre proprietários privados” e quando o mercado regula 
    perfeitamente os recursos divididos. A internet, porém, tomou impulso 
    exatamente porque os recursos centrais não foram “divididos entre 
    proprietários privados”. Pelo contrário, permitiu-se que os recursos 
    centrais da internet fossem destinados ao "bem comum". Foi esse 
    compartilhamento que gerou a extraordinária inovação verificada na internet. 
    A restrição a esse bem comum é que acabará acarretando o fim da internet. 
	Esse compartilhamento foi instituído na própria estrutura 
    arquitetônica da rede original. Foi o seu propósito que garantiu o direito à 
    inovação descentralizada. Foi essa “inovação compartilhada” que produziu 
    toda a diversidade criativa manifestada pela rede nos Estados Unidos e, de 
    forma ainda mais acentuada, no exterior. Muitas das inovações da internet 
    que nós hoje consideramos banais (das quais a World Wide Web não é a menos 
    importante) foram criadas por “pessoas de fora” — inventores estrangeiros 
    que contribuíram espontaneamente para o bem comum da internet. O governo, em 
    suas instâncias decisórias e legislativas, precisa compreender a importância 
    desta arquitetura para a inovação e a criatividade previstas na rede 
    original. O potencial da internet está apenas começando a ser percebido, 
    especialmente nos países em desenvolvimento, onde muitas das alternativas do 
    “mundo real” para o comércio e a inovação não são livres ou não estão 
    disponíveis. 
	Entretanto, antigos pontos de vista estão se reafirmando 
    nos Estados Unidos e querem modificar essa arquitetura. Mudanças no núcleo 
    original da internet ameaçam o potencial da rede no mundo todo — limitando 
    as oportunidades de inovação e criatividade. Assim, no momento em que esta 
    transformação poderia ter efeitos significativos, uma contra-revolução está 
    conseguindo minar o potencial dessa rede de comunicações. 
	A motivação para esta contra-revolução é tão antiga 
    quanto as próprias revoluções. Conforme Niccolò Machiavelli descreveu muito 
    antes da internet, “a inovação faz inimigos de todos aqueles que prosperaram 
    no antigo regime, e apenas um apoio tímido virá daqueles que poderiam 
    prosperar no novo”. E assim se dá conosco no presente. Aqueles que 
    prosperaram sob o antigo regime sentem-se ameaçados pela internet. Aqueles 
    que poderiam prosperar nas novas circunstâncias não estão se levantando para 
    defendê-la contra os velhos paradigmas; se eles ainda o farão permanece sem 
    resposta. Até agora, tudo indica que não. 
	A Zona Neutra 
	Um bem comum (1) é um recurso acessível a todos aqueles 
    que pertencem a uma comunidade. Trata-se de um recurso que não é, num 
    aspecto importante, “controlado”. A propriedade privada ou pública é um 
    recurso controlado; ela pode ser utilizada apenas da maneira especificada 
    pelo seu proprietário. Uma área comum, por sua vez, não se submete a esse 
    tipo de controle. Restrições neutras ou igualitárias podem ser aplicáveis a 
    ela (como um ingresso para um parque, por exemplo), mas não às restrições de 
    um proprietário. Uma área comum, nesse sentido, deixa os seus recursos 
    “livres”. 
	Bens comuns são atributos de todas as culturas. Eles 
    foram especialmente importantes para culturas de fora dos Estados Unidos — 
    desde posses comunais na Suíça e no Japão até comunidades de irrigação nas 
    Filipinas. No entanto, dentro da cultura intelectual americana, os bens 
    comuns são considerados recursos imperfeitos. Eles são resultantes de uma 
    “tragédia”, como descreveu o ecologista Garrett Hardin. Sempre que há uma 
    área comum, o objetivo passa a ser o de confiná-la. Na psiquê americana, 
    bens comuns são vestígios desnecessários do passado que, na melhor das 
    hipóteses, devem se possível ser removidos. 
	O preconceito contra o bem comum faz sentido para a 
    maioria dos recursos, na maior parte do tempo. Quando os recursos são 
    destinados à coletividade, os indivíduos tendem a consumi-los rapidamente e, 
    por conseqüência, a esgotá-los. Para outras espécies de recursos, no 
    entanto, o preconceito contra o bem comum pode ser ofuscante. Alguns 
    recursos não estão sujeitos à “tragédia do bem comum”(2), porque não são 
    esgotáveis. (Não importa quantas vezes utilizarmos as teorias da 
    relatividade de Einstein ou copiarmos o poema “New Hampshire” de Robert 
    Frost, estas fontes não irão se esgotar.) Para esses recursos, o desafio é 
    induzir o fornecimento, e não evitar o esgotamento. Os problemas de 
    fornecimento são muito diferentes dos problemas de exaurimento — confundir 
    os dois nos levará apenas a políticas inadequadas. 
	Esta confusão é particularmente acentuada ao se levar em 
    consideração a internet. No núcleo da internet há um design (escolhido sem 
    que houvesse uma noção clara das conseqüências) que era novidade nas redes 
    de comunicação e informática de larga escala. Denominado “argumento 
    end-to-end”(3) pelos teóricos da rede Jerome Saltzer, David Clark e David 
    Reed em 1984, este design exerce influência sobre os locais onde a 
    “inteligência” é inserida na rede. Sistemas computadorizados de comunicação 
    tradicionais situaram a inteligência e, por conseguinte, o controle dentro 
    da própria rede. As redes eram “sábias”, elas foram projetadas por pessoas 
    que acreditavam que sabiam exatamente para quais fins a rede seria 
    utilizada. 
	Mas a internet surgiu no momento em que uma filosofia 
    diferente estava tomando forma dentro da ciência da computação. Essa 
    filosofia priorizava a humildade acima da onisciência e afirmava que os 
    programadores da rede não tinham uma idéia clara sobre todos as 
    possibilidades de utilização da rede. Ela aconselhava, portanto, um design 
    que acrescesse pouco à rede em si, deixando-a livre para se desenvolver 
    conforme as extremidades (os aplicativos) necessitassem. 
	A motivação para este novo design era a flexibilidade. A 
    conseqüência era a inovação. Como os inovadores não precisavam de permissão 
    anterior do dono da rede para que diferentes aplicativos ou conteúdos fossem 
    disponibilizados, eles estavam livres para desenvolver novos modos de 
    conexão. Tecnicamente, a rede alcançou este design simplesmente por enfocar 
    a entrega de pacotes de dados, esquecendo-se tanto dos conteúdos dos pacotes 
    quanto de seus donos. A rede também não se preocupou se todos os pacotes 
    iriam encontrar o caminho para o outro lado. A rede é pelo “melhor esforço”, 
    qualquer algo mais é propiciado pelos aplicativos em ambas as extremidades. 
    Como um correio eficiente (imagine!), o sistema simplesmente transfere 
    adiante os dados. 
	Como a rede não foi otimizada para um aplicativo ou 
    serviço específico, a internet permaneceu aberta a inovações. A World Wide 
    Web é talvez o melhor exemplo. A Web foi criada pelo cientista da computação 
    Tim Berners-Lee no laboratório da Organização Européia para a Pesquisa 
    Nuclear (4), em Genebra, no final de 1990. Berners-Lee queria possibilitar 
    aos usuários de uma rede o acesso rápido a documentos localizados em 
    qualquer outro lugar da rede. Ele desenvolveu, assim, um conjunto de 
    protocolos que propiciava links de hipertexto entre um documento e outro na 
    rede. Por serem “end-to-end”, esses protocolos podiam ser acomodados por 
    sobre os protocolos iniciais da internet. Isto significava que a internet 
    poderia crescer para abarcar a Web. Se a rede tivesse aberto mão de seu 
    compromisso com o “end-to-end” — se o seu design tivesse sido aperfeiçoado, 
    por exemplo, em favor da telefonia, como muitos desejavam na década de 80 — 
    aí a Web não teria sido possível. 
	O design “end-to-end” é o “núcleo” da internet. Se 
    considerarmos que a rede é construída em camadas, então podemos dizer que o 
    design “end-to-end” foi criado por um conjunto de protocolos implementados 
    na camada intermediária — aquela que chamaremos de camada lógica, ou de 
    código (5), da internet. Abaixo da camada de código encontra-se uma camada 
    física (os computadores e a fiação utilizados na conexão). Acima da camada 
    de código está uma camada de conteúdo (o material que é disponibilizado na 
    rede). Nem todas essas camadas foram organizadas como se fossem bens comuns. 
    Na camada física, os computadores são propriedades privadas, não são 
    “livres” no sentido de públicos. Uma boa parte do conteúdo disponibilizado 
    na rede é protegida por direitos autorais. O conteúdo, também, não é 
    “livre”(6). 
	Na camada de código, entretanto, a internet é um bem 
    comum. Em razão do seu design, ninguém controla os recursos à inovação que 
    são disponibilizados nessa camada. Indivíduos controlam a camada física, 
    decidindo se a máquina ou rede irá se conectar a internet. Mas, uma vez 
    conectada, os recursos de inovação para a rede permanecem livres, pelo menos 
    sob o design original da internet. 
	Nenhuma outra rede de grande escala havia deixado a 
    camada do código livre desta maneira. Na maior parte das histórias sobre os 
    monopólios das telecomunicações no mundo, a permissão para inovar na 
    plataforma telefônica era controlada energicamente. Nos Estados Unidos, em 
    1956, a AT&T conseguiu persuadir a Comissão Federal de Comunicações dos 
    Estados Unidos (7) a impedir a utilização de um recipiente plástico nos 
    receptores dos telefones, que era destinado ao bloqueio dos ruídos do 
    microfone do telefone, sob o argumento de que a apenas a AT&T possuía o 
    direito exclusivo sobre as inovações na rede telefônica. 
	A internet poderia ter permanecido uma ferramenta obscura 
    dos pesquisadores apoiados pelo governo, se a companhia telefônica tivesse 
    mantido esse controle. A internet jamais teria se propagado, se os 
    indivíduos comuns não tivessem a possibilidade de se conectar a rede por 
    intermédio dos Provedores de Serviço internet — PSI (8), e por meio das 
    linhas telefônicas já existentes. 
	No entanto, este direito de se conectar não foi 
    predeterminado. Um acidente na história da regulamentação teve aqui um papel 
    importante. Exatamente no momento em que a internet estava surgindo, o 
    monopólio das telecomunicações movia-se para um paradigma diferente de 
    regulamentação. Antes, o monopólio das telecomunicações tinha, praticamente, 
    total liberdade para controlar seus cabos ao seu bel-prazer. No início da 
    década de 60 e depois mais acentuadamente no decurso dos anos 80, o governo 
    começou a exigir que a indústria de telecomunicações se comportasse de forma 
    neutra — primeiramente insistindo que as companhias telefônicas 
    possibilitassem aos seus clientes a conexão dos equipamentos (como os modems) 
    à rede; depois, exigindo que as companhias telefônicas permitissem o acesso 
    de terceiros ao seu cabeamento. 
	Este tipo de regulamentação era raro entre os monopólios 
    das telecomunicações em todo o mundo. Na Europa e por todo o globo, era 
    permitido que os monopólios de telecomunicações controlassem o uso de suas 
    redes. Não havia requisitos de acesso que permitissem a concorrência. Assim, 
    nenhum sistema de competição se desenvolveu em torno desses monopólios. 
	Mas, quando os Estados Unidos desmantelaram a AT&T em 
    1984, as companhias resultantes não tinham mais a liberdade de impedir 
    outros métodos de utilização de suas redes. E quando os provedores de 
    serviço à internet buscaram acessar as linhas nativas da Bell (9) para 
    capacitar seus clientes a se conectarem à internet, exigiu-se nessas linhas 
    a concessão de igual acesso. Isto possibilitou uma forte concorrência no 
    acesso à internet, e desta concorrência resultou que a rede não poderia mais 
    se posicionar estrategicamente contra a nova tecnologia. De fato, por meio 
    de um mercado competitivo, o design “end-to-end” pôde ser criado na camada 
    física da rede telefônica, o que significou que um design “end-to-end” 
    poderia ser construído sobre toda ela. 
	Este direito comum de inovação foi então construído sobre 
    a camada de infra-estrutura física que, por meio da regulamentação, adquiriu 
    importantes características típicas dos bens comuns. A regulamentação do 
    método de transporte público do sistema de telefonia assegurou que o sistema 
    não tivesse êxito em criar obstáculos a uma competidora emergente, a 
    internet. E a própria internet foi criada, por meio de seu design “end-to-end”, 
    para garantir que nenhum aplicativo particular ou utilização pudesse 
    obstaculizar quaisquer outras inovações. Existia neutralidade na camada 
    física e na camada de código da internet. 
	Uma importante neutralidade também existia na camada de 
    conteúdo da internet. Essa camada inclui todo o conteúdo em trânsito na rede 
    — páginas da Web, MP3s, e-mail, vídeo streaming — bem como os programas de 
    aplicativos que são executados na rede ou que a alimentam. Estes programas 
    são diferentes dos protocolos da camada de código, coletivamente referidos 
    como TCP/IP (incluindo os protocolos da World Wide Web). O TCP/IP foi 
    destinado ao domínio público. 
	Mas o código acima desses protocolos não é de domínio 
    público. Ele é, ao invés disso, de dois tipos: proprietário e 
    não-proprietário. O proprietário inclui os conhecidos sistemas operacionais 
    da Microsoft, servidores Web e programas de outras companhias de software. O 
    não-proprietário inclui o software livre e o open source (10), especialmente 
    o sistema operacional Linux (ou GNU/Linux), o servidor Apache, bem como um 
    host (11) de outro código de interconexão (12) que permita o funcionamento 
    da rede. 
	O código não-proprietário cria uma área de utilização 
    pública na camada de conteúdo. O bem comum aqui não é apenas o recurso que 
    um programa em particular poderia oferecer — por exemplo, a funcionalidade 
    de um sistema operacional ou de um servidor (i)Web. O bem comum também 
    inclui o código-fonte do software que pode ser extraído e modificado por 
    outras pessoas. 
	A fonte aberta e o software livre (“código aberto”, para 
    abreviar) devem ser distribuídos com o código-fonte. O código-fonte deve ser 
    liberado a todos com a finalidade de ser adotado e modificado. Este bem 
    comum na camada de conteúdo significa que outros podem ter acesso, bem como 
    implementar a fonte aberta e o software livre. Significa também que o código 
    aberto não pode ser aprisionado e direcionado contra nenhum concorrente em 
    particular. O código aberto sempre poderá ser modificado por usuários 
    subseqüentes. Ele está, assim, licenciado para que permaneça neutro nas 
    utilizações ulteriores. Não há um “proprietário” do projeto de código 
    aberto. 
	Desta forma, e mais uma vez, comparável ao princípio "end-to-end" 
    na camada de código, o código aberto descentraliza a inovação. Ele mantém a 
    plataforma neutra. Esta neutralidade, por sua vez, inspira os inovadores a 
    construir em favor da plataforma, pois eles não precisam temer que a 
    plataforma possa se voltar contra eles. O código aberto constrói um bem 
    comum que propicia a inovação na camada de conteúdo. Assim como se dá com a 
    área comum na camada de código, o código aberto preserva a oportunidade para 
    a inovação e protege a inovação contra a conduta estratégica de 
    concorrentes. Recursos livres induzem às inovações. 
	Um mecanismo de inovações 
	A internet original, assim entendida quando foi 
    disponibilizada à sociedade em geral, havia misturado recursos livres e 
    controlados em cada uma das camadas da rede. Na camada central de código, a 
    rede era livre. O design “end-to-end” assegurava que nenhum dono de rede 
    pudesse exercer controle sobre a rede. Na camada física, os recursos eram 
    essencialmente controlados, mas, mesmo aqui, aspectos importantes 
    permaneciam livres. 
	A pessoa tinha o direito de conectar uma máquina à rede 
    ou não, mas as companhias telefônicas não tinham o direito de impedir esta 
    utilização em particular. E, finalmente, na camada de conteúdo, muitos dos 
    recursos disponibilizados por meio da internet eram controlados. Mas uma 
    crucial variedade de softwares habilitando serviços essenciais na internet 
    permaneceu livre. Quer seja por meio do código aberto ou pela licença do 
    software livre, estes recursos não poderiam ser controlados. 
	Este equilíbrio entre controle e liberdade acabou por 
    gerar uma explosão de inovação sem precedentes. O poder, e conseqüentemente 
    o direito à inovação foram descentralizados. A internet pode ter sido uma 
    invenção americana, mas criadores de todo o mundo puderam acrescer suas 
    contribuições a esta plataforma da rede. De modo significativo, algumas das 
    mais importantes inovações para a internet vieram de “pessoas de fora”. 
	Conforme já apontado, a tecnologia mais importante para o 
    acesso e a navegação na internet (a World Wide Web) não foi inventada por 
    companhias especializadas em prover acesso à rede. Não foi a America Online 
    (AOL) ou a Compuserve. A Web foi desenvolvida por um pesquisador, em um 
    laboratório suíço, que foi o primeiro a visualizar o seu potencial e então 
    lutar para trazê-la à fruição. Da mesma forma, não foram os provedores de 
    e-mail existentes que trouxeram a idéia do e-mail baseado na Web. Este foi 
    co-criação de um imigrante indiano nos Estados Unidos, Sabeer Bhatia, e 
    acabou originando uma das comunidades com maior índice de crescimento na 
    história — o Hotmail. 
	E também não foram os provedores de rede tradicionais ou 
    as companhias telefônicas que inventaram os aplicativos que possibilitam a 
    propagação das conversas online. O serviço original de conversação em 
    comunidades (ICQ) foi invenção de um israelense, longe das trincheiras do 
    design da rede. O seu serviço pôde se expandir (e ser então adquirido pela 
    AOL por 400 milhões de dólares) apenas e tão somente porque a rede foi 
    deixada aberta para este tipo de inovação. 
	De modo parecido, a revolução na venda de livros iniciada 
    pela Amazon.com (por meio da utilização de tecnologias que “comparavam 
    preferências” dos clientes) foi dissimulada ao largo das tradicionais 
    associações de editores. Pelo acúmulo de uma grande quantidade de 
    informações sobre compras feitas por clientes, a Amazon — utilizando-se de 
    uma tecnologia desenvolvida primeiramente no MIT e na Universidade de 
    Minnesota, destinada a filtrar notícias na Usenet — consegue prever o que um 
    cliente provavelmente irá querer. Essas recomendações orientam as vendas, 
    mas sem os altos custos de publicidade e promoção. Conseqüentemente, 
    livrarias como a Amazon puderam superar comerciantes tradicionais de livros, 
    o que pode ser uma das razões para a rápida expansão da Amazon na Ásia e na 
    Europa. 
	Essas inovações ocorrem no nível de serviços da internet. 
    Ainda mais profundas têm sido as inovações no nível do conteúdo. A internet 
    não apenas inspirou a invenção, mas também a publicação de uma maneira que 
    nunca seria possível no mundo dos editores tradicionais. A criação de 
    arquivos online de letras de música, seqüências de acordes e bancos de dados 
    colaborativos coletando informações sobre CDs e filmes demonstra o tipo de 
    criatividade que só foi possível porque o direito de criar não havia sido 
    controlado. 
	Mais uma vez, as inovações não se limitaram aos Estados 
    Unidos. A OpenDemocracy.org, por exemplo, é um fórum estabelecido em Londres 
    e centralizado na Web, que se destina aos debates e intercâmbios sobre 
    democracia e governabilidade por todo o mundo. Tais fóruns apenas são 
    viáveis porque não é necessária nenhuma coordenação entre os ativistas 
    internacionais. E ele prospera porque pode gerar debates a baixos custos. 
	Esta história deveria servir de lição. Toda inovação 
    relevante na internet surgiu fora dos provedores tradicionais. O novo cresce 
    para longe do antigo. Esta tendência ensina a importância de se deixar à 
    plataforma aberta às inovações. Infelizmente, essa plataforma encontra-se em 
    estado de sítio. Toda ruptura tecnológica cria vencedores e perdedores. 
	Os perdedores têm interesse em evitar a ruptura, se 
    puderem. Essa foi à lição ensinada por Machiavelli, e é a experiência com 
    toda alteração tecnológica importante que ocorre. E é, também, o que nós 
    estamos hoje vislumbrando com a internet. O bem comum da inovação da 
    internet ameaça interesses importantes e poderosos, que já existiam antes da 
    internet. Durante os últimos cinco anos, esses interesses se mobilizaram 
    para lançar uma contra-revolução que está agora tendo um impacto global. 
	Este movimento é engrandecido por meio da pressão, tanto 
    na camada física quanto na de conteúdo da rede. Essas alterações, por sua 
    vez, acabam por pressionar a liberdade da camada de código. Essas mudanças 
    irão gerar um efeito na oportunidade de crescimento e inovação que a 
    internet apresenta. Os responsáveis pelas decisões que estiverem dispostos a 
    proteger esse crescimento devem ser céticos a respeito das mudanças capazes 
    de ameaçá-lo. A inovação em larga escala pode colocar em risco os lucros de 
    alguns interessados, mas as vantagens sociais desse crescimento imprevisível 
    irão superar em muito as perdas particulares, especialmente nas nações que 
    estão apenas começando a se incluir digitalmente. 
	Protegendo o Espaço Comum 
	A internet tomou impulso por meio das linhas telefônicas. 
    Serviços discados que se utilizam de modems acústicos possibilitaram a 
    milhões de computadores a conexão através de milhares de PSIs. Os provedores 
    de serviços de telefonia locais tiveram que propiciar aos PSIs o acesso ao 
    cabeamento local, não tendo permissão para criar impedimentos ao serviço de 
    internet. Assim, a plataforma física sobre a qual a internet surgiu foi 
    regulamentada para permanecer neutra. A regulamentação teve um importante 
    efeito. Uma indústria embrionária pôde emergir nos cabos telefônicos, 
    independentemente da vontade das companhias telefônicas. 
	Mas, à medida que a internet caminha da banda estreita 
    para a banda larga, o ambiente de regulamentação se modifica. A tecnologia 
    de banda larga dominante nos Estados Unidos atualmente é o cabo. Os cabos 
    são submetidos a um regime de regulamentação diferenciado. Os provedores a 
    cabo em geral não têm a obrigação de garantir acesso às suas instalações. E 
    o cabo garantiu a possibilidade de controle sobre a utilização do serviço 
    prestado na internet. 
	Conseqüentemente, os provedores a cabo começaram a 
    pressionar em direção a um diferente conjunto de princípios na camada de 
    código da rede. As empresas a cabo desenvolveram tecnologias que permitem 
    utilizá-las como forma de controle do serviço que é disponibilizado. A 
    Cisco, por exemplo, desenvolveu dispositivos com base em políticas 
    pré-estabelecidas que permitem às empresas a cabo escolher qual conteúdo 
    flui rapidamente e qual flui gradativamente. Com essas e outras tecnologias, 
    as companhias a cabo ficaram em posição de exercer poder sobre o conteúdo e 
    os aplicativos que são operacionalizados em suas redes. 
	Esse controle já começou nos Estados Unidos. Os PSIs que 
    prestam serviços via cabo utilizam esse poder para banir certos tipos de 
    aplicativos (especificamente, aqueles que possibilitam serviços peer-to-peer). 
    Eles bloqueiam determinados conteúdos em particular (publicidade de 
    concorrentes, por exemplo) quando não são compatíveis com o seu modelo de 
    negócio. O modelo para estes provedores é geralmente o modelo da TV a cabo — 
    o controle do acesso e conteúdo é realizado na extremidade do provedor. 
	Revista Consultor Jurídico, 6 de junho de 2005  
	 
	----- Original Message -----  From: cwguimaraes  To: wirelessbr
	 Sent: Friday, June 02, 2006 11:42 AM Subject: [wireless.br] A batalha do século - Net Neutrality 
	Caros, Vale a pena acompanhar de perto o desenrrolar dessa arrenga, que acontece 
    neste momento, em especial, nos tribunais e congresso americano.  O resumo é que as empresas de telefonia querem mudar o jogo, cobrando coisas 
    diferentes para os servicos "especiais" (dados, video, etc), que hoje rolam 
    soltos no mundo ip.  É uma mudança enorme no atual modelo de internet, e é, de certa forma, algo 
    esperado (Que as operadoras de telecomunicacoes queiram dominar servicos de 
    conteúdo).  Vamos acompanhar e imaginar as consequências na terra brasillis.
	 
	A batalha do século - Net Neutrality 
	http://news.com.com/2009-1028_3-6055133.html?part=rss&tag=6055133&subj=news Network operators want to charge Internet content providers for enhanced IP 
    services, while Net neutrality proponents say regulations are needed to 
    prevent abuse by the Net's gatekeepers. eBay tries e-mail in Net neutrality fight 
	By Declan McCullagh 
	http://news.com.com/eBay+tries+e-mail+in+Net+neutrality+fight/2100-1028_3-6079291.html
	 
	Story last modified Fri Jun 02 05:06:09 PDT 2006 
	 
	SAN JOSE, Calif.--eBay this week unleashed a political 
    machine that should make politicians envious: a national e-mail blast over 
    Net neutrality.  Meg Whitman, chief executive of the Internet auctioneer, called on more than 
    a million eBay members to get involved in the debate over telecommunications 
    laws and "send a message to your representatives in Congress before it is 
    too late."  
	"The telephone and cable companies in control of Internet 
    access are trying to use their enormous political muscle to dramatically 
    change the Internet," Whitman wrote. "It might be hard to believe, but 
    lawmakers in Washington are seriously debating whether consumers should be 
    free to use the Internet as they want in the future."  
	This is the first time that eBay has used e-mail to urge 
    its members to weigh in on a national issue and the first time Whitman has 
    sent an e-mail to members under her own name, the company said Thursday.  
	eBay--which has been active in a pro-Net neutrality 
    coalition for years--confirmed that more than a million e-mails have been 
    sent out so far, but declined to offer a more specific number. The campaign 
    is ongoing.  
	Net neutrality's crowded field Bill number Lead sponsor(s) What It Proposes Status 
	 S.2360 Wyden (D) No two-tier Internet Still in Senate committee  S.2917 Snowe (R) and Dorgan (D) No two-tier Internet Just introduced 
	 HR5417 Sensenbrenner (R) and Conyers (D) Antitrust extended to Net 
    neutrality Awaiting House floor vote  HR5273 Markey (D) No two-tier Internet Still in House committee * 
	 HR5252 Barton (R) and Rush (D) FCC can police complaints Awaiting House 
    floor vote  S.2686 Stevens (R) and Inouye (D) FCC will do a study Senate committee vote 
    expected in June  
	* Republicans have defeated similar language twice as an 
    amendment to a telecommunications bill. 
	Source: CNET News.com research  
	The concept of Net neutrality, which generally means that 
    all Internet sites must be treated equally, has drawn a list of high-profile 
    backers, from pop music star Moby and actress Alyssa Milano to Vint Cerf, 
    one of the technical pioneers of the Internet. It's also led to a political 
    rift between big Internet companies such as Google and Yahoo that back it--and 
    telecom companies that argue federal legislation will curb their ability to 
    manage their own networks.  
	"Meg has been following the issue, and with legislation 
    moving through the House and the Senate, felt that this was an appropriate 
    time to reach out to the community to make sure Congress heard what the 
    community thought about the telecommunications reform bill," said Tod Cohen, 
    eBay's associate general counsel for global policy.  
	Other tech companies have tried e-mail outreach efforts 
    before, though this week's campaign ranks among the largest. Microsoft, for 
    instance, distributed a "Freedom to Innovate" newsletter during its 
    antitrust trial that ended with the exhortation: "Now is the time to let 
    your elected officials know how you feel about the case."  
	eBay's e-mail campaign comes as the political debate over 
    Net neutrality is growing more pointed in Washington, D.C. On May 25, one 
    House of Representatives panel voted in favor of formal Net neutrality 
    regulations bitterly opposed by AT&T, Verizon Communications and other 
    broadband providers--while another House panel rejected such regulations on 
    April 5.  
	For their part, network operators from the telephone and 
    cable industries, now allied with some of the nation's largest hardware 
    makers, have said repeatedly that they have no intention of blocking, 
    degrading or impairing content. They say they're protecting their right to 
    manage their networks as they see fit, which could mean charging extra to 
    heavy bandwidth users, such as video providers, that expect to have their 
    content shuttled at priority speeds.  
	Also on Thursday, the American Electronics Association, 
    or AEA, cautiously embraced Net neutrality.  
	In a statement, the trade association said its board of 
    directors' executive committee endorsed a set of principles asking Congress 
    to protect consumers and Internet companies "from anticompetitive and 
    unreasonably discriminatory conduct by broadband network providers." 
	 
	That's a careful statement that falls short of endorsing 
    some of the more aggressive Net neutrality proposals--such as the one 
    approved by the House Judiciary Committee on May 25--that would go further 
    and block what's being called a "high speed" lane for certain services such 
    as video.  
	AEA's board includes representatives of dozens of 
    companies including Microsoft, Sun Microsystems, Nanoventions, Intel, Adobe 
    Systems, Qualcomm and eDiets.com.  
	A Cisco Systems representative responded to AEA's 
    announcement with this statement: "Some of the groups who are most public in 
    this debate focus on one part of the network stack or another. We actually 
    care about the entire network--from core to end-user. No new regulations are 
    needed in order to support the FCC's connectivity principles."  
	Watch out we don't neuter the Net 
	By Randolph J. May 
	http://news.com.com/Watch+out+we+dont+neuter+the+Net/2010-1028_3-6079016.html
	 
	Story last modified Fri Jun 02 04:50:06 PDT 2006  
	The war raging over so-called Net neutrality has jumped 
    from inside the Beltway to the nation's mass media, if not its consciousness.
     
	Not surprisingly, the Internet--especially the 
    blogosphere--is full of discussions on the fracas. Google the term "Net 
    neutrality" and you'll get something on the order of 21 million entries. 
    Include "blog" in the search request and nearly 6 million entries come back.
     
	With all this back and forth, it's too bad so much of the 
    discourse is uninformed and misleading. As I have explained here before, 
    imposing broad regulatory mandates on broadband Internet service providers 
    as urged by the Net neutrality advocates is a bad idea that will ultimately 
    harm consumers. Rendering broadband providers perfectly neutral by dictating 
    that they be nothing more than dumb pipes, unable to treat any applications 
    or content that use their network facilities in any way differently, would, 
    in fact, neuter the Net.  
	Take away the freedom to differentiate and the basis for 
    effective competition is undermined. The nub of the issue is not that 
    complicated. Let me explain.  
	Broadband Internet access is not currently subject to the 
    type of public utility regulation which, for most of the 20th century, 
    characterized the old Ma Bell and its offspring. Because telephone companies 
    were classified as traditional common carriers, their rates and terms of 
    service were regulated by the Federal Communications Commission. This was 
    appropriate in a narrowband era when the telephone service providers faced 
    minimal or no competition.  
	But the Internet access marketplace in the broadband era 
    is much different. It's been four years since the FCC determined that the 
    broadband market is sufficiently competitive that it should not be subject 
    to public utility-style regulatory mandates. That's why it is misleading for 
    Net neutrality proponents to sloganeer that neutrality mandates need to be 
    imposed to "save the Internet as we know it." Presently, absent such 
    regulatory intervention, the number and variety of services and applications 
    available on the Net grow exponentially each week.  
	Indeed, although overlooked by most observers, a full 
    decade ago in the Telecommunications Act of 1996, Congress explicitly stated: 
    "It is the policy of the United States to preserve the vibrant and 
    competitive free market that presently exists for the Internet and other 
    interactive computer services, unfettered by federal or state regulation." 
     
	Without doubt, the broadband Internet access market is 
    even more competitive today than when the FCC and Congress issued these 
    pronouncements. Granted, the market may not replicate the classical model of 
    perfect competition--say, the wheat market taught in Economics 101 texts. 
    Few markets do, and certainly no "network" industry requiring huge 
    infrastructure investments running in the billions of dollars ever will. 
    Today, the cable and telephone companies still have dominant market 
    positions. But wireless and satellite companies continue to become stronger 
    competitors. And large electric power companies lurk on the sidelines 
    exerting competitive pressure, already testing delivery of broadband over 
    powerlines.  
	In this increasingly competitive and technological 
    dynamic marketplace, pleas from Net giants like Google, Yahoo and Microsoft 
    for imposition of strict nondiscrimination obligations and rate regulation 
    of facilities owners are particularly misplaced. Most of the proposals 
    purport to prohibit any network operator from taking any action to "block, 
    impair or degrade" consumers from reaching any lawful Web site. Yet there 
    are no instances today in which consumers are complaining about being 
    blocked from accessing a Web site, and it is difficult to imagine any 
    service provider blocking access to a lawful site. The marketplace reaction 
    likely would be swift and adverse.  
	As for the "impairing" and "degrading" strictures, there 
    are two very important problems with prohibitions cast this way. First, 
    there will be years of costly litigation over the meaning of these 
    inherently plastic terms as myriad claims of alleged violations are 
    adjudicated and readjudicated as services are rejiggered to try to pass 
    regulatory muster. Second, and more fundamentally, the notion that network 
    facilities owners must treat all applications and content providers alike--that 
    is, neutrally--is at odds with the way we want a competitive marketplace to 
    function. It is through the trial-and-error process of differentiation in 
    the marketplace that new products and services valued by consumers are 
    developed. Take away the freedom to differentiate and the basis for 
    effective competition is undermined.  
	Strict Net neutrality mandates also mean ordinary 
    Internet users must pay equally for the increased investment required to 
    support some very resource-intensive activities, such as downloading movies 
    or gaming. In effect, this is akin to imposing a retrogressive tax on those 
    less resource-intensive consumers to subsidize sites, such as Google and 
    Yahoo, which are responsible for generating the increased investment 
    necessary to support high-traffic, high-capacity applications.  
	At bottom, in a world of mandated neutrality, the 
    uncertainty and expense of ongoing litigation, coupled with the inability of 
    network operators to enter into business arrangements that enhance demand by 
    differentiating their offerings, will stifle innovation and investment. The 
    Net will be neutered at the same time it is rendered neutral.  
	In that vein, henceforth, I suggest use of the term "Net 
    Neut*" in the ongoing debate. That way, at least, the superficial appeal of 
    the "neutrality" label will not be hijacked in the service of imposing a new 
    regulatory regime likely to stall continued development of the Internet for 
    years to come.  
	Berners-Lee calls for Net neutrality 
	By Jonathan Bennett 
	http://news.com.com/Berners-Lee+calls+for+Net+neutrality/2100-1036_3-6075472.html
	 
	Story last modified Tue May 23 06:16:41 PDT 2006  
	 
	Tim Berners-Lee, inventor of the Web, has called for 
    clear separation between Internet access and Internet content.  Speaking at the World Wide Web conference in Edinburgh on Tuesday morning, 
    Berners-Lee gave his views on the growing battle over Net neutrality.  
	"It's better and more efficient for us all if we have a 
    separate market where we get our connectivity, and a separate market where 
    we get our content. Information is what I use to make all my decisions. Not 
    just what to buy, but how to vote," Berners-Lee told journalists.  
	"There is an effort by some companies in the U.S. to 
    change this. There's an attempt to get to a situation where if I want to 
    watch a TV station across the Internet, that TV station must have paid to 
    transmit to me."  
	Net neutrality is the concept that all Internet content 
    should be treated equally by broadband providers without any kind of 
    discrimination. It has become a hot political topic this year, especially in 
    the U.S., amid fears that telephone companies may start blocking some Web 
    sites or charge users extra to access them.  
	Companies such as Google, Microsoft and Yahoo have been 
    lobbying U.S. politicians to introduce laws that would make Net neutrality 
    mandatory. These moves have been opposed by broadband providers and some 
    hardware manufacturers.  
	Berners-Lee characterized the issue as a U.S.-only 
    problem at present. "In Europe, Net neutrality is the rule," he said. 
	 
	Although Berners-Lee offered his support for Net 
    neutrality, he does not support a completely unregulated telecoms and 
    Internet market.  
	"The fact is that the openness of the Internet, which is 
    such a wonderful thing, does depend on a certain amount of regulation. We've 
    had in Britain the fact that if you put a stamp on a letter it gets there," 
    Berners-Lee said.  
	The World Wide Web conference will run until Thursday. It 
    was opened by Scotland First Minister Jack McConnell, who hailed the great 
    progress made in the 15 years since Berners-Lee created the Web's underlying 
    protocols.  
	"The Web has brought so many possibilities that it's hard 
    to believe it's such a short time since Sir Tim and those pioneers created 
    it," said McConnell.  
	Jonathan Bennett of Builder UK reported from London.  
	Courtnay Guimarães Jr Professor & Consultant - Technology Innovation 
	   Busines School São Paulo - The brazilian school for  international management 
	courtnay@uol.com.br "Practice takes to the hole-in-one" 
	 http://groups.yahoo.com/group/golfraria/ or 
	 golfraria@yahoogroups.com "High potential talents accomplish targets no one can 
	 do; geniouses accomplish targets no one can even see"  Artur Schopenhauer 
  
	 
	----- Original Message -----  From: cwguimaraes  To: wirelessbr 
	 Sent: Friday, June 16, 2006 1:54 PM Subject: [wireless.br] EXCELENTE - Mais alguns posts sobre Net Neutrality. 
	Telecommunications Company Pressures Employees To Lobby 
    Against Net Neutrality  Monday, June 12, 2006 
	If you'll forgive me I'm going to spend some time 
    providing context and some thoughts of my own before I get into the email 
    that provoked the headline (one of the nice and potentially dangerous things 
    about a blog is that there are no editors to tell me this is a terrible idea; 
    all you online editors can just scroll down if you think so).  
	The House passed a telecommunications bill late last week 
    without net neutrality protection. That's a victory for the 
    telecommunications companies. The battle now moves to the Senate where 
    things will become more interesting (if you are a policy wonk who enjoys 
    legislative minutia; otherwise it will get real boring). I've heard that 
    there will be a hearing this week, but I've also heard that there is a 
    chance that the Senate won't even consider the bill before the fall. As best 
    I can tell there is more bi-partisan support for a net neutrality amendment 
    in the Senate, but I'm not going to make a prediction one way or the other.
     
	I've now written a feature story and about ten blog posts 
    on net neutrality. I've tried my best to present the facts as I see them, to 
    cut to the chase about what is really going on, and generally give peope the 
    information they need to make up their own minds. The vast majority of 
    readers have decided that I am a proponent of net neutrality, although some 
    people have come to the opposite conclusion.  
	In reality my opinion in a little more nuanced. One on 
    hand I think what the telecommunications companies are trying to do is both 
    inevitable and logical. In general, I think a much bigger battle for control 
    over the Internet is just getting started and it would be irresponsible of 
    the telecommunications companies to not try to exploit their biggest 
    advantage - the fact that they are the middlemen for everything that happens 
    online. I also don't think that just because the Internet has always worked 
    on a best effort basis that it needs to indefinitely. I'm open to the idea 
    that there could be a better way to do things. That said, there are a few 
    things I don't like about the current effort. First, I'm afraid that the 
    telecommunications companies lack the imagination necessary for the kind of 
    innovation that would result in a better Internet. I guess this is my own 
    version of the "they just want to preserve their current business model for 
    as long as they can instead of figuring out how to reinvent themselves" 
    argument. Secondly, I don't like the way that the whole net neutrality issue 
    is being played out. I would like changes in the way the Internet operates 
    to be a part of a broader Internet strategy, which right now the U.S. 
    doesn't really have. On a related note, the Assistant Secretary of Commerce 
    for Communications and Information position, supposedly the President's top 
    advisor on telecommunications issues, has been open since Mike Gallagher 
    left last winter (you can apply for the position and any other open spot at 
    Commerce requiring a Presidential appointment by following this link). 
    Thirdly, as fascinating as I find politics, at the end of the day I often 
    don't like it.  
	I got my most recent reminder of this last night, when I 
    received an email from a frustrated and confused employee at one of the 
    major telecommunications companies. (FYI, if you were scrolling you shoudl 
    stop here.) Her story makes one side look bad, which is why I wanted to give 
    it some context. I talked to the sender this morning and verified her 
    employment status and that she did in fact send me the email. It's too long 
    to reprint in its entirety, but the short version is that she has worked for 
    her company for over twenty years, and recently the company circulated a 
    mass email asking all employees to contact their Congressman and urge him or 
    her to pass the telecommunications bill without the net neutrality amendment. 
    The email included a link to a website that had a form letter ready to go - 
    all you had to do was enter your zip code to make sure the letter went to 
    the right representative. (The Internet makes this sort of letter writing 
    campaign easy and it is becoming a standard practice for both sides of just 
    about every issue.) Here's where the email gets interesting:  
	"I sent the form letter on. After reading all this info 
    about net neutrality, I realize that because I was not completely informed 
    about both sides of the coin, only [my company]'s interests, I was led to 
    believe that I was agreeing with the net neutrality issue, not just what [my 
    company] wanted. Basically we were given info on only one side. I believe 
    this is also the case with many of the responses sent out. Some employees 
    even looked at it as a requirement that they had to do, feeling that the 
    company would know if you answered or not."  
	Pressuring employees to take a certain political position 
    is as old as jobs and democracy. But it isn't pretty. It goes without saying 
    that the emailer subsequently learned that she doesn't agree with her 
    company's position. Anyway, I'm sharing this with you all just to illustrate 
    that an important Internet policy issue is becoming increasingly political.
     
	Telecom an me? Where is the high speed access promised? Do you have broadband? 
	 Wasn't there just something about fiber optic cabling and every home with 
    fat internet pipes to our computers and televisions?  Wasn't there just something about the missing last mile of cable between 
    those fat Internet pipes and our homes, and companies losing billions of 
    dollars because of mismanagement, and who eventually paid for those lost 
    billions? I bet you can guess if you look at your rates.  You have to ask yourself: how is lack of net neutrality going to benefit me 
    today. And, what is it going to cost me or benefit me in five, ten, and 
    beyond years. Telling me how I am going to have all those, on demand, 
    multimedia benefits if I subscribe to this supposed 'other' internet, and 
    isn't this the same story I was told when companies were burying fiber optic 
    cables in the ground. 
	Telecom companies want me to have all the media on demand 
    I can stand, or all the media I can afford, right, like 500 channels and 
    nothing to watch. If you want the truth of the matter you had better look elsewhere. 
	Beginnings of the great debate Your recent Blog on the issues surrounding the net neutrality debate brought 
    to the forefront some new perspectives and highlighted some critical issues 
    important to the debate. What was missing is a perspective on where we have 
    all been at the beginning of the internet services business and why this is 
    such an issue today. 
	The internet is a pipeline of services built on the basic 
    capability to transport bits from one place to another. Some of the services 
    to be transported were well defined in the beginning, such as email 
    capability, and some were left for later innovation, such as instant 
    messaging and the "web". Some services were born through a commercial 
    innovation process, such as Voice over IP. Digitized voice has been around 
    for a very long time but the application of some of those principles to a 
    commercial need, namely the efficient and more cost effective transport of 
    those voice calls for the consumer, has lead to competition for the carriers. 
    It is important to note that the carriers have the capability to know and 
    understand what data is traversing the internet backbones and access links 
    they provide. They know where the traffic originates, where it terminates 
    and how much of it there is at any point in time. It was not until 
    competition for their basic services, those that are threatening their 
    greatest cash generators, arose that they began to lobby for the right to 
    change the business model for commercial services across the internet. The 
    carriers have fought business forces to see to it that they are fully 
    engaged in the wireless services business, the first and largest threat to 
    their basic services (read cash generators). They had every right to create 
    a wireless service business for themselves, some more frequently than others 
    (read AT&T). At the same time they had every right to create the same 
    businesses that Google, Yahoo, and Amazon created. What they lacked was the 
    innovation to do so. 
	Now we are presented with the thought that the very basic 
    promise of the internet, the creation of services free of anticompetitive 
    forces from the providers that carry the traffic, has now been legislated 
    away. In fact, the carriers have lobbied for and received the endorsement 
    from Congress to be granted the anticompetitive tool to charge any business 
    for the right to be treated fairly in the transport of its product across 
    the internet. They chose not to create the same products and services that 
    Google and Yahoo and Amazon provide even though their position of backbone 
    provider afforded them the opportunity to know more about those services 
    than anyone else on the planet. Their lack of forward thinking is now being 
    rewarded by backward thinking. Send your lobbying crew to Washington with 
    truckloads of dollars (from your diminishing cash cow) and ask for and 
    receive the right to tax successful businesses or else you will choke their 
    business models. Sounds anticompetitive to me, just the behavior the 
    anti-trust folks look for. 
	The carriers were granted the public trust when they 
    accepted the responsibility for the care of the internet backbone. Now they 
    have found that they are playing catch up for their lack of innovation. They 
    have asked for the tools to stop such innovation by others. What is mind 
    boggling is that they have receive it. 
	If you are looking for indications of anticompetitive 
    behavior on the part of the carriers, look no further than the present. It 
    has already started. Want a solution? Go back to the carriers and tell them 
    to stop crying because they did not think of more innovative ways of making 
    money using the internet. The carriers have some of the best technical minds 
    on earth at their disposal. What is missing is good business horse sense. 
	Respectfully, 
	Bill Trussell 
	Managing Director-Networking 
	TheInfoPro 
	By Bill Trussell () at June 15, 2006 - 7:57am 
	MESH The Internet revolution isnt over yet. Right now the technology is available 
    for all Internet users to provide their own TELCO base station right in 
    their own homes. This hardware is available at places like BestBuy and 
    Walmart... wireless routers. MESH software is now available from many online 
    including Microsoft (http://research.microsoft.com/mesh/). 
    I see no reason the telcos should be allowed to stop their demise at the 
    hands of innovation. Did we let the switch board operators put tollboths up 
    on the phone system to preserve their jobs? Nope we let the new computer 
    systems replaces them. MESH networking can give us all faster than LAN 
    speeds (100x DSL or cable) and it is FREE because each Internet user hosts 
    their own telco base station that MESHES with their neighbors .. and their 
    neighbors.. and their towns mesh ... and the next towns mesh ... telcos 
    should become a thing of the past. A 100 MB network is plenty good enough 
    for what we need the Internet for and no storms can knock down the lines 
    because there isnt any! ... and its FREE once you have the wireless router 
    and mesh software. One more push like during the 1990s but this time on 
    wireless mesh and this issue about telcos taking over the Internet can be 
    gone ... along with the switchboard operators... which really is all the 
    Telcos are are anymore anyways. 
	By Gerald Gibson () at June 14, 2006 - 8:28am  
	Wiretapping v. Net Neutrality: Contradictions at the FCC
     Wednesday, May 10, 2006 
	I was talking to a CIO this afternoon about the 
    Communications Assistance for Law Enforcement Act. CALEA is the 1994 law 
    that requires telecommunications carriers to build and operate their 
    networks in a way that is easy for law enforcement officials to wiretap. 
    Last week the FCC ruled that CALEA applies to anyone who operates a 
    broadband internet service, which includes this CIO (he works for a 
    university that has its own fiber). The CIO was upset because it meant that 
    he was probably going to have to spend millions of dollars making changes to 
    his network. I was curious because, on the surface at least, the FCC is 
    contradicting itself about what it does and does not consider a 
    telecommunications carrier.   
	Yes, I'm talking about net neutrality again. The cable 
    and phone companies want the right to treat traffic on the Internet 
    differently, depending on the file type, sender or recipient. But the 
    telecommunications law that governed them required that they treat every 
    piece of data the same. Last summer the Supreme Court ruled in the Brand X 
    case that cable companies offered an Internet service, not a 
    telecommunications service, and hence weren't covered by the 
    telecommunications law. Actually that's not quite right. Technically the 
    Supreme Court ruled that the FCC had the power to classify cable Internet as 
    an information service. This is a little more nuanced, and it doesn't change 
    the outcome, but ends up mattering for the point I'm going to try to make. 
    In order to level the playing field between cable and DSL, the FCC then 
    ruled that the DSL providers also sold an Internet service, and hence 
    weren't covered by the telecommunications law either.  
	So when it comes to the treatment of data on the Internet 
    - the whole heart of the net neutrality debate - the FCC decided that anyone 
    who sells an Internet service is outside the reach of laws that apply to 
    telecommunications carriers. That's why I was surprised to hear that the FCC 
    decided that the telecommunications laws concerning wiretapping do apply to 
    Internet service providers. I called the FCC but it was after 5 pm and no 
    one in the press office answered the phone. I snooped around a little and 
    the best explanation I found was this line from a 2004 regulatory proposal:
     
	"We tentatively conclude that: (1) Congress intended the 
    scope of CALEA's definition of 'telecommunications carrier' to be more 
    inclusive than that of the Communications Act;" 
	Just so we're straight, the Communications Act is the 
    same law that we were talking about in the paragraph about net neutrality. 
    From a political standpoint I understand why the FCC had to do this. Law 
    enforcement needs to have the capability to tap a network. And if the FCC 
    came out and said that CALEA didn't apply to calls handled by a cable 
    operator because it is an Internet service and hence not covered by the 
    Telecommunications Act you can bet that Congress would pass a law saying 
    that Internet services are indeed covered by the Telecommunications Act. But 
    there seems to be an awful lot of definition massaging going on. 
	I don't know if there is anything that those who disagree 
    with the FCC's interpretation of either net neutrality or CALEA can do about 
    this seemingly contradictory interpretation of the law. If the FCC wants to 
    have two different readings of "telecommunications carrier" it is probably 
    allowed to. But it looks to me at least like it is making rules based on its 
    desired outcome instead of the law.  
	Someone else sees a connection with CALEA I just got an email from Art Bordsky at Public Knowledge, one of the groups 
    leading the fight for net neutrality protection. He points out that Rep. 
    Sensenbrenner made a connection to CALEA in a letter he wrote trying to get 
    jurisdiction of the issue for the judiciary committee. It isn't as explicit 
    as I made it sound, but it is a connection. I'm including a link to the 
    letter. It's 35 pages long and CALEA is mentioned on page 22.  
	
	http://static.publicknowledge.org/pdf/hr5252-jud-req-20060501.pdf 
	Courtnay Guimarães Jr Professor & Consultant - Technology Innovation 
	   Busines School São Paulo - The brazilian school for  international management 
	courtnay@uol.com.br "Practice takes to the hole-in-one" 
	 http://groups.yahoo.com/group/golfraria/ or 
	 golfraria@yahoogroups.com "High potential talents accomplish targets no one can 
	 do; geniouses accomplish targets no one can even see"  Artur Schopenhauer 
  
	 
	Vinton G. Cerf  - "Vin" Cerf 
	 
	 ----- Original Message -----
      	
		
		Sent: Wednesday, June 14, 2006 9:13 PM 
		Subject: [wireless.br] Vint Cerf: "Pai da Internet" e 
        "Evangelista do Google"  
	
	   
	
		
			
				Olá,   ComUnidade
					WirelessBRASIL 
            !    Helio Rosa 
            escrevendo. Nesta  ComUnidade 
            (Portal em   www.wirelessbrasil.org)  
            interagimos e compartilhamos conhecimentos com muita cordialidade, 
            cortesia, tolerância e paz - sempre fazendo novos amigos!   
				  
				
					  
					Vint Cerf é o "pai da Internet" e 
              "vice-presidente e evangelista" do Google!!! Não dá pra não conhecê-lo...  :-))
						 Vamos à uma "ambientação"?  :-)
						 Abaixo, em seqüência, temos: - uma notícia do AdNews:
              			 "Pai da internet" prevê explosão de serviços disponíveis on-line    
              9/6/2006 - um artigo de Michael Stanton:  Vint Cerf e 
              a Internet   Abril 2005 
					
					
					  
					Fonte: AdNews 
					
						
						"Pai da internet" prevê explosão de serviços disponíveis 
              on-line.  9/6/2006  O norte-americano Vinton Cerf, 62, atraiu a atenção de diversos 
              representantes do setor de tecnologia nesta semana, em visita ao 
              Brasil. Seu currículo justifica o interesse: considerado um dos 
              pais da internet, o atual vice-presidente do Google e presidente 
              da Icann (sigla em inglês para Corporação da Internet para Nomes e 
              Números Designados) tem bagagem para falar sobre o histórico da 
              rede e também os rumos que ela deve tomar nos próximos anos. O especialista prevê uma explosão na oferta de serviços 
              disponíveis on-line. "Já estamos vivendo uma fase de transição, em 
              que a internet deixa de ser uma rede de conexão de dados e pessoas 
              para tornar-se uma "rede de todas as coisas", afirma.  
					
					  
					Sua afirmação pode ser exemplificada com a disponibilidade, em um 
              futuro próximo, de diversos produtos compatíveis com a internet. 
              Uma máquina de lavar roupas hi-tech, por exemplo, poderá decidir o 
              melhor ciclo de lavagens e quantidade de sabão para aquela peça de 
              roupa manchada, quando o usuário especificar seu problema no site 
              do fabricante. 
					  
					Considerado um visionário, o cientista reforça a necessidade da 
              inovação para que empresas consigam "formatar" modelos de negócio 
              tirando melhor proveito da tecnologia. Como casos de sucesso, ele 
              cita o iTunes (loja virtual da Apple que fornece conteúdo para o 
              toca-MP3 iPod) e também a Netflex (locadora de DVDs em que os 
              filmes escolhidos via internet são enviados pelo correio). 
					
					  
					  
			
   
	
	
	
		
		Vint Cerf e a Internet 
		 
		
		Michael 
      Stanton 
		Vinton G. Cerf 
      ou, simplesmente, Vint é uma pessoa cuja biografia corre em paralelo com a 
      história da Internet. Como pesquisador do projeto ARPANET, publicou em 
      1974 uma artigo com Bob Kahn que definiu a arquitetura fundamental do que 
      viria a ser a Internet. Neste artigo seminal eles propuseram estruturar 
      grandes redes de computadores como uma coleção de sub-redes menores, onde 
      cada sub-rede usaria uma tecnologia específica para comunicação interna, 
      por exemplo Ethernet ou ATM. O grande pulo dado por Cerf e Kahn era nas 
      interconexões entre as sub-redes, que seriam feitas através de 
      equipamentos hoje conhecidos como roteadores, que têm a função de receber 
      mensagens chegando em uma sub-rede e reenviá-las por outra. São os 
      roteadores que suportam a heterogeneidade das redes, possibilitando a 
      interconexão de sub-redes de tecnologias diversas. Hoje chamamos de 
      inter-rede uma coleção de redes interligadas por roteadores, e a maior de 
      todas é escrita em inglês com letra maiúscula - a Internet. A tecnologia 
      que habilita esta costura é também conhecido pelo nome de um dos seus 
      padrões técnicos - o Internet Protocol, ou IP.  
		Cerf acompanha até hoje a evolução da sua 
      criança. Depois da Internet virar negócio no início dos anos 1990, 
      tornou-se executivo da MCI, originalmente uma operadora de telefonia de 
      longa distância dos EUA que optou vigorosamente pelo caminho de redes de 
      dados, quando isto ainda não era tão comum. (A MCI também chegou a comprar 
      a Embratel na época da desestatização do setor de telecomunicações 
      nacionais, mas já a vendeu para a Telmex.) Cerf também vem participando 
      ativamente em atividades mais públicas: ajudou a criar e foi presidente da 
      Internet Society (www.isoc.org), 
      uma organização dedicada à cultura e à tecnologia da Internet, e hoje ele 
      é presidente da ICANN, organização civil que supervisiona a 
      infra-estrutura báscia da Internet - seus endereços e nomes de domínios (www.icann.org).
      	 
		Em reconhecimento das suas contribuições 
      científicas Cerf e Kahn foram nomeados para o prêmio Turing da sociedade 
      profissional, a Association of Computing Machinery (ACM) (www.acm.org). 
      Este prêmio, que honra o matemático inglês, Alan Turing, um dos pioneiros 
      da computação digital, é dado anualmente desde 1965, e é considerado o 
      equivalente para a computação de um prêmio Nobel.  
		Cerf já esteve algumas vezes no Brasil, 
      mais recentemente como presidente da ICANN, que se reuniu no Rio de 
      Janeiro em 2003. Entretanto sua primeira visita foi a São Paulo em 1975, 
      para demonstrar o uso da ARPANET na USP. Há uma curta descrição desta 
      visita no seu sítio particular em
		global.mci.com/us/enterprise/insight/cerfs_up/transitions/uncapher, 
      onde ele fala das dificuldades enfrentadas nesse período para estabelecer 
      uma conexão intercontinental de 300 bits por segundo para permitir usar um 
      terminal "teletipo". Esta seguramente deve ter sido a primeira vez que se 
      fez transmissão internacional para um computador a partir do Brasil. A 
      comunidade acadêmica nacional ainda teve que esperar mais 13 anos antes de 
      implantar uma rede de computadores aqui, que pudesse se comunicar com 
      outras redes congêneres no exterior, e mais 3 anos para realizar sua 
      primeira comunicação através da Internet.  
		Como Cerf se manteve ligado (em todos os 
      sentidos) aos assuntos da Internet, tem uma visão bastante ampla da 
      maneira que ela vem evoluindo para expandir seu alcance. Recentemente 
      esteve numa conferência em Washington sobre conectividade onde falou sobre 
      alguns dos seus pensamentos a respeito das tendências das comunicações no 
      mundo (v.
      	www.isp-planet.com/news/2005/cerf_f2c.html). Neste discurso fez várias 
      considerações interessantes sobre a tecnologia Internet e suas 
      conseqüências.  
		Uma era a ubiqüidade da Internet, que 
      hoje se estendeu para permitir a integração física de todo tipo de 
      tecnologia de comunicação ao nível das sub-redes componentes. Um exemplo 
      disto é a incorporação na teia mundial da Internet das novas redes que 
      utilizam comunicação sem fio: telefonia celular, WiFi, WiMax e Bluetooth. 
      Desta forma um equipamento que utilize qualquer uma destas tecnologias de 
      comunicação poderá fazer parte da Internet. O outro lado da moeda seria 
      garantir que este equipamento consiga usar todas as possibilidades 
      interessantes para a comunicação que a Internet abre.  
		Aqui a chave é o padrão de comunicação 
      entre pares (peer to peer, ou P2P), que é diferente da assimetria da 
      relação tradicional cliente-servidor, onde os papéis dos dois computadores 
      são fixos, sendo que um dos dois computadores (sempre o mesmo) pede algum 
      serviço do outro. No P2P os dois computadores em comunicação se tratam 
      como iguais ou pares. Em relações entre pares, qualquer um dos dois 
      computadores poderá servir ou ser servido, ou, juntos, eles podem 
      implementar um serviço simétrico, como é o caso em teleconferências, de 
      voz e de vídeo. O interessante deste tipo de aplicação é a grande 
      liberdade para criação que abre. Entre pares, não há necessidade de seguir 
      padrões existentes, e as novas aplicações poderão explorar criativamente 
      as oportunidades assim abertas. Por exemplo, o Skype (aplicação de 
      telefonia IP - v. a
      	coluna de 30 de novembro de 2003) procura brechas em paredes 
      corta-fogo que admitem passar tráfego WWW, simplesmente usando o mesmo 
      caminho, tornando difícil seu controle por administradores de rede.  
		Muitas das novas aplicações P2P são hoje 
      usadas para distribuição de conteúdo digital. Entre estas, a mais 
      importante hoje é o Bit Torrent, que já ultrapassou o KaZaA nas 
      preferências dos usuários. Um estudo realizado recentemente em vários 
      países, mencionado por Vint Cerf em seu discurso, mostra que dois terços 
      de todo o tráfego Internet hoje é de aplicações P2P, sendo uma boa parte 
      destas de transmissão de vídeo. Em redes de acesso, a proporção sobe para 
      80% de todo o tráfego (v. 
      www.isp-planet.com/research/2004/cachelogic_data.html).  
		Uma característica importante destas 
      novas aplicações P2P, enfatizada por Vint Cerf, é a simetria dos fluxos de 
      dados. Da mesma forma que uma relação P2P é simétrica entre o par de 
      computadores, o volume de tráfego também tende a ser igual nas duas 
      direções, com o volume de dados recebidos sendo parecido com o volume 
      transmitido. Isto ocorre porque cada nó combina as funções de cliente e 
      servidor. Por exemplo, além de receber conteúdo digital, os usuários de 
      Bit Torrent também o distribuem. Isto traz outro desconforto para a 
      tecnologia das redes de acesso hoje usadas. As mais comuns usam ADSL (como 
      Speedy ou Velox) ou sistemas de TV a cabo (como Virtua ou Ajato). Em ambos 
      estes casos, a rede de acesso é assimétrica, supondo-se que o volume de 
      informação entregue ao usuário (download) excede o que ele transmite (upload). 
      Isto simplesmente não vale hoje em dia, por causa das novas aplicações. De 
      certa forma esta tendência casa bem com novas redes de acesso baseadas em 
      canais ópticos, que começam ser usadas em alguns países, e onde a largura 
      de banda é simétrica entre os dois sentidos de transmissão. Isto ainda é 
      distante da nossa realidade atual, mas normalmente não ficamos com muitos 
      anos de atraso comparado com a situação de outros países. É bom que já 
      esteja sendo apontado o caminho da evolução futura!  
		Vint Cerf já fez muitas contribuições a 
      nossa mundo atual. É bom ver que continua bem ativo e pensante. Que sirva 
      de inspiração para nós outros que laboramos nesta seara. 
   
	 
	
	
	
	  
	Na década de 1970, Vinton Cerf ajudou a construir o que hoje conhecemos 
      como internet; agora está de volta à rede mundial como evangelista-chefe 
      do Google 
	  
	Conhecido, mundialmente, como o “pai da internet” por ter atuado no 
      desenvolvimento da rede mundial, Vinton G. Cerf ingressou no Google em 
      setembro do ano passado para assumir o cargo de evangelista-chefe. Aos 62 
      anos, Cerf quis voltar a trabalhar com aplicações na internet e escolheu o 
      Google por ser, nas palavras dele, “uma das companhias mais inovadoras do 
      mundo”. Cerf confessa que seu interesse por ciência e tecnologia remonta 
      aos tempos de criança. “Tinha um minilabotarório de química aos 10 anos e 
      realmente amava aquilo”, lembra. O evangelista, leitor de ficção 
      científica, mistérios e biografias, além de apreciador de vinhos e da 
      culinária, será o keynote speaker do IT Conference, que ocorre dias 7 e 8 
      de junho em São Paulo. Confira entrevista exclusiva à InformationWeek 
      Brasil. 
	  
	InformationWeek: O senhor é conhecido como o pai da internet. O senhor se 
      vê desta maneira?  Vinton G Cerf: Eu acho justo dizer que sou um dos fundadores. Robert E 
      Kahn começou o projeto no fim de 1972, início de 1973, logo depois que ele 
      se juntou à US Defense Advanced Research Projects Agency. Nós trabalhamos 
      juntos durante três anos na Arpanet. Ele me visitou no meu laboratório na 
      Stanford University, na primavera de 1973, e descreveu um problema que 
      queria resolver usando o conceito rede aberta para interconectar três 
      redes de pacotes com switches, que a ARPA estava patrocinando. 
      Afortunadamente, Robert Metcalfe havia acabado de ser juntar à Xerox Parc 
      e tinha um laboratório algumas milhas distante de mim em Stanford. Quando 
      ele inventou a Ethernet, este era o quarto tipo de pacote de rede que 
      seria incorporado naquilo que Bob Kahn e eu vínhamos agregando ao desenho 
      da Internet. Em setembro de 1973, eu e Bob desenhamos um rascunho e 
      publicamos uma versão mais refinada em maio de 1974. Naquel época, eu 
      continuava trabalhando em Stanford no aperfeiçoamento do nível de 
      detalhamento do desenho da arquitetura e dos protocolos. Quando eu mudei 
      para DARPA e virei dias trabalhando no projeto da internet, havia pessoas 
      envolvidas neste trabalho em vários campi nos Estados Unidos e duas 
      universidades européias. 
	  
	InformationWeek: Como o senhor analisa o crescimento da internet? 
      Correspondeu às expectativas? Cerf: Perto de 1988 me pareceu claro que a internet cresceria 
      dramaticamente, caso se tornasse um serviço comercial. Se você olhar o 
      histórico das estatísticas, verá que a rede vem dobrando de tamanho 
      anualmente. Hoje, é bem provável que este crescimento esteja em 40% por 
      ano em termos de usuários, hospedagem etc. Eu não previ o fluxo da 
      informação trafegada na rede, resultado da invenção de Tim Berners-Lee (World 
      Wide Web), nem mesmo tendo um protótipo do conceito disto na Arpanet nos 
      idos de 1970. O surgimento de dispositivos móveis, notebooks e os mais 
      recentes tipos de ferramentas foram previstos, mas o efeito que causariam 
      não era tão óbvio.
     
	  
	InformationWeek: Neste cenário, qual o futuro da internet? Cerf: Esta é uma boa pergunta. Existe em torno de um bilhão de usuários, 
      que estão compartilhando uma enorme quantidade de informação. A facilidade 
      do acesso à rede vem estimulando inúmeras novas aplicações, incluindo 
      streaming de áudio e vídeo, voz sobre IP, bem como uma variedade de 
      maneiras de trocar informações, como sistemas para facilitar a interação 
      entre grupos. Eu previ que a base de usuários iria crescer e que, cada vez 
      mais, devices iriam ser acoplados à rede. Previ também que, 
      geograficamente, o desenvolvimento da informação se tornaria muito 
      importante para suportar aplicações da rede, veja o Google Earth e o 
      Google Local. Tenho a expectativa de que aumentará a adoção de banda larga 
      residencial, a menos que as operadoras locais de telefonia interfiram 
      neste processo disponibilizando ferramentas de acesso que inibam a escolha 
      dos clientes ou os serviços inovadores. Algumas das mais bem-sucedidas 
      companhias na internet (Yahoo, Google, eBay, Amazon por exemplo) 
      conseguiram emplacar seus novos negócios sem antes ter conseguido algum 
      tipo de permissão ou licença. A internet também crescerá para suportar a 
      exploração espacial. Um backbone interplanetário está sendo desenhado e 
      testado no Jet Propulsion Laboratory em Pasadena, na Califórnia. Nós 
      veremos muitos sensores sendo incorporados ao ambiente internet e, 
      certamente, a maioria dos aparelhos móveis terá capacidades de internet.
     
	  
	InformationWeek: Como a internet será uma ferramenta para ajudar os 
      negócios nos próximos anos? Cerf: Serviços mais rápidos, facilidade de intercâmbio de processos 
      integrados entre corporações (pense em Service Oriented Architectures). Eu 
      acredito, inclusive, que isto servirá como um instrumento de propaganda, 
      uma vez que a mídia digital cresceu 
	
	  
	InformationWeek: De que forma a internet contribui para o processo 
      inovador das companhias? Cerf: Se nos ao atemos no princípio de ‘Net Neutrality’ – no qual usuários 
      podem obter qualquer tipo de serviços por meio de qualquer meio de acesso 
      –, nós criamos um ambiente, no qual aplicações ponto a ponto poderão ser 
      introduzidas na internet sem a necessidade da intervenção do ISPs para 
      nada em especial. Há uma longa discussão a respeito da qualidade do 
      serviço e da necessidade de facilidades especiais para suportar a baixa 
      latência do tráfico. A internet permite que as companhias exportem 
      talentos sem exportar as pessoas – e isto permite a flexibilidade do link 
      para aplicações digitais entre elas. Outra importante oportunidade para a 
      inovação é a interconectividade dos processos de negócios entre as 
      corporações.
     
	  
	InformationWeek: Por que você decidiu trabalhar no Google? Cerf: Eu queria voltar a trabalhar com aplicações na internet e o Google é 
      uma das companhias mais inovadoras do mundo.
     
	  
	InformationWeek: Como é seu trabalho lá? O que você faz? Cerf: Na posição de Chief Internet Evangelist, eu dedico bastante tempo 
      para interagir com a mídia – esta entrevista, por exemplo – para encorajar 
      o desenvolvimento da internet e sua implementação. Eu visito escritórios 
      de engenharia ao redor do mundo fazendo um intercâmbio intelectual para 
      compartilhar idéias e produtos. Freqüentemente, me encontro com companhias 
      que tenham tecnologias ou serviços de interesse do Google. Eu trabalho com 
      pessoas que executam políticas públicas de questões que dizem respeito ao 
      Google e ajudo no recrutamento de “Googlers” (novos funcionários com o 
      perfil do Google) por todo o mundo. 
	
	  
	InformationWeek: Qual o maior desafio do Google hoje? Cerf: Gerenciar o rápido crescimento da companhia e aumentar o escopo dos 
      produtos e serviços oferecidos.  
	
	  InformationWeek: Na sua carreira, qual foi o desafio mais difícil que você 
      passou? Cerf: Os maiores desafios têm a ver com o convencimento de grande número 
      de pessoas para trabalhar juntas para um objetivo comum, mesmo quando há 
      desacordo sobre a maneira de se atingir o objetivo. A Internet foi uma das 
      atividades mais satisfatórias na minha carreira graças às milhares de 
      pessoas que dedicaram muito tempo e energia para fazê-la funcionar. 
  
	
	Transcrição de alguns artigos e 
      notícias  
	 Fonte: Terra  
	
	[08/06/06]    
		Fundador do Google faz campanha por neutralidade da Internet  
         O co-fundador e presidente do Google, Sergey Brin, reuniu-se com 
        congressistas dos Estados Unidos nesta terça-feira para pressionar por 
        uma legislação que impeça os provedores de acesso à Internet de cobrarem 
        mais dos sites por uma distribuição mais rápida de seu conteúdo.  O Google, a Microsoft e outros grandes operadores de sites de Internet 
        se uniram a proprietários de pequenos sites a fim de combater os 
        esforços de provedores de acesso em banda larga como a AT&T e a Verizon 
        Communications que querem oferecer redes de desempenho mais rápido a 
        empresas que paguem mais. A questão foi designada como "neutralidade da 
        Internet" por aqueles que se opõem a um sistema duplo de acesso e 
        preços.   
	  
	"A única maneira possível de criar uma via rápida que seja útil, ou 
        seja, pela qual as pessoas estejam dispostas a pagar, é que existam vias 
        lentas", disse Brin a jornalistas depois de uma reunião com o senador 
        John McCain, membro do comitê do Senado que supervisiona as questões de 
        telecomunicações.  
	  
	Brin reconheceu que grandes empresas como o Google provavelmente seriam 
        capazes de fechar acordos com os proprietários de redes para garantir a 
        distribuição de seu conteúdo. Mas acrescentou que o serviço de buscas do 
        Google só tem valor se os consumidores obtiverem acesso rápido aos sites 
        que os resultados mencionam. "A tese é que alguns fornecedores de 
        conteúdo pagariam por serviços mais rápidos. Por que eles pagariam? 
        Simplesmente porque se sentem generosos com relação às empresas de 
        telecomunicações e provedores de acesso?", questionou Brin. "Presumo que 
        estariam pagando porque de outra maneira teriam desempenho pior, ou 
        talvez seus sites não funcionassem."  
	
	  
	A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos poderá votar ainda esta semana 
        um projeto de lei de telecomunicações que não inclui a proteção à 
        neutralidade da Internet solicitada pelo Google. Mas o projeto de lei 
        determinaria que a Comissão Federal de Comunicações dos Estados Unidos 
        fizesse cumprir a declaração de política que a agência divulgou em 2005 
        quanto à banda larga, na qual os consumidores têm direito de acesso ao 
        conteúdo e aos aplicativos que preferirem.  
	
	  
	Críticos como Brin dizem que essas provisões não bastam, e querem que a 
        versão do Senado para a nova lei de telecomunicações empregue linguagem 
        mais vigorosa. Brin disse que não sabia "como McCain se posicionará 
        sobre o tema".   Reuters   
		
		Fonte: IDG Now! [09/06/06]   
		
		Neutralidade na web sofre revés nos EUA Por Redação do IDG Now!  
	
	  
	São Paulo - Congresso barra tentativa de garantir tratamento igualitário 
        a todos os dados nas redes. O Congresso norte-americano barrou na quinta-feira (08/06) uma tentativa 
        de assegurar a neutralidade da internet por meio da legislação. Apoiado por empresas como Google, eBay e Amazon, o projeto visava a 
        impedir que os provedores de acesso controlassem quais sites podem ser 
        acessados por seus usuários, garantido tratamento igual a todos as 
        páginas. O debate surgiu durante a discussão do Ato de Ampliação, Promoção e 
        Oportunidades em Comunicações e a proposta era de uma emenda que 
        garantisse o tratamento igualitário a todos os dados transportados pelos 
        cabos das operadoras, oferecendo inclusive a mesma banda a sites 
        parceiros e concorrentes. Com a rejeição, as empresas de internet temem que as operadoras passem a 
        oferecer super-redes de serviços direcionadas a um propósito, como a 
        transmissão de vídeo, por exemplo, prejudicando a livre concorrência. As companhias de conteúdo online temem ainda que, sem o direito de 
        igualdade garantido, tenham que pagar valores adicionais para assegurar 
        que seus serviços cheguem até os usuários. Do lado oposto dos provedores de conteúdo estão provedores de acesso, 
        como as operadoras Verizon e AT&T, que se beneficiarão da nova lei que 
        permitirá que eles ofereçam seus serviços de IPTV em base nacional - sem 
        ter que negociar localmente - para concorrer com as empresas de TV a 
        cabo.  
  
	  
	Fonte: Yahoo Notícias   
	[13/06/06]   
		Acordo sobre neutralidade da Internet será difícil nos EUAWASHINGTON (Reuters) - O Comitê de Comércio do Senado dos Estados Unidos 
        não conseguiu até agora chegar a um compromisso sobre a neutralidade da 
        rede na Internet, uma semana antes do fim do prazo para a votação da 
        questão, como parte de um projeto mais amplo de lei de reforma das 
        comunicações no país, informaram assessores da Casa  
	
	  
	Empresas de Internet como o Google querem que os legisladores proíbam 
        provedores de serviços de banda larga como a Verizon Communication de 
        cobrar mais dos internautas em troca de garantia de acesso e qualidade 
        de serviço, uma questão que terminou designada como "neutralidade da 
        Internet". 
	  
	Os provedores de banda larga contra-argumentam que não têm intenção de 
        bloquear o acesso dos usuários a sites, mas que desejam oferecer 
        serviços privados, com base na Internet, que permitiriam velocidades 
        maiores de download para conteúdo como filmes. 
	
	  
	O senador Ted Stevens, republicano do Alasca que preside o comitê, 
        propôs estudar a questão, em 1o de maio. O líder dos democratas no 
        comitê, o senador Daniel Inouye, do Havaí, e outros legisladores 
        pressionaram por proteção mais abrangente. 
	
	  
	Um possível compromisso quanto à neutralidade da Internet poderia ser 
        adotar uma emenda aprovada na semana passada ao projeto da Câmara dos 
        Deputados, de acordo com um dos assessores do comitê. A emenda concede à 
        Federal Communications Commission autoridade para aplicar os princípios 
        que a agência propôs no ano passado. 
	
	  
	Os princípios determinam que os provedores de banda larga forneçam aos 
        usuários acesso irrestrito ao conteúdo da Internet, e permitam que 
        empreguem quaisquer aplicativos e serviços legítimos que estiverem 
        disponíveis. 
	  
	"Creio que essa é a questão na qual teremos de trabalhar mais", disse 
        Lisa Sutherland, chefe de gabinete de Stevens, aos jornalistas. "Nós 
        trabalharemos com o maior afinco quanto à neutralidade da Internet, esta 
        semana." 
	  
	"O que quer que o comitê decida sobre a neutralidade da Internet, 
        suponho que terá de ser debatido de novo em plenário", afirmou ela. 
	
	  
	
	  
	Quando se fala em Internet, sempre se lembra de liberdade de expressão. 
        Porém, nos EUA, país criador de tendências mundiais, sobretudo no que se 
        refere ao desenvolvimento da net, há um crescente medo de isso se torne 
        coisa do passado e que o acesso ao conteúdo seja controlado. Uma reforma 
        das leis de telecomunicações está em andamento e tem assustado grandes 
        empresas da “nova economia” e defensores da liberdade de expressão na 
        Internet pela possibilidade de criar uma Internet em camadas –uma paga e 
        rápida, outra gratuita e lenta. 
	
	  
	O vilão da vez não é o governo, mas empresas de telefonia que dominam o 
        mercado norte-americano de banda larga junto a provedores de Internet a 
        cabo, principalmente a AT&T. As companhias, que não enfrentam muita 
        concorrência em suas áreas de atuação, têm dado indícios de que pretende 
        começar a cobrar pela transmissão de dados através de suas linhas –uma 
        espécie de pedágio para que sites disponibilizem conteúdo.
       
	  
	Quem concordar em pagar terá tratamento privilegiado. Ou seja, verá seu 
        site abrir mais rápido e terá vídeo e áudio de melhor qualidade. Já 
        aqueles que não aceitarem o preço serão colocados numa “via” mais lenta, 
        se comparada com o novo serviço. Existe o medo de que a livre 
        concorrência que caracteriza a rede seja desmanchada e também a 
        interferência das donas dos cabos de conexão nos negócios e até mesmo na 
        disponibilidade de conteúdo na rede. 
	
	  
	Essas possibilidades têm assustado produtoras de conteúdo e serviços 
        como Google, Yahoo e Microsoft e gerado uma grande polêmica na política 
        norte-americana. As discussões interessam ao mundo inteiro, pois parte 
        do fluxo de dados da América Latina, por exemplo, está em servidores 
        norte-americanos e portanto dependem da conexões de lá para operarem 
        corretamente. 
	  
	As empresas “ ponto com” temem que as telefônicas passem a cobrar um 
        percentual sobre o faturamento de serviços online, tirando-lhes uma 
        fonte de lucros cada vez maior, em troca de espaço na faixa de 
        transmissão de dados. Entre esses serviços poderia estar o ITunes, 
        serviço de venda de música online da Apple que abastece milhares de 
        Ipods em todo o mundo e faturou no ano passado quase meio bilhão de 
        dólares, com imensas projeções de crescimento. A Google, por sua vez, 
        acredita na hipótese de que outro buscador possa pagar mais para 
        oferecer resultados mais rápidos. 
	
	  
	O grande temor é relacionado a um serviço ainda pouco explorado, mas com 
        grandes perspectivas de popularização, a encomenda de vídeos pela rede 
        ou mesmo a transmissão de eventos em tempo real. Receia-se ainda que não 
        seja possível concorrer com o conteúdo oferecido pela própria companhia 
        de telefone ou cabo, pois ele poderia ser privilegiado –algo como os 
        conteúdos “Premium” oferecidos pelas televisões a cabo. As empresas 
        inclusive criaram uma coalizão chamada “Não mexa com a Internet” ( www.dontmesswiththenet.com) 
        para chamar atenção para o problema.
        
	  
	Nova legislação 
	  
	Por causa da possibilidade de perderem parte de sua receita e qualidade 
        no serviço –o que poderia afastar consumidores e conseqüentemente, 
        maiores lucros- as companhias da nova economia estão pressionando o 
        Congresso a tomar medidas que mantenham o princípio de “neutralidade de 
        rede”, segundo o qual nenhum dado pode ser discriminado sob risco de 
        desrespeitar a famosa primeira emenda da Constituição norte-americana, 
        que garante a liberdade de expressão, e também outro princípio caro ao 
        país do norte, a livre-concorrência. O esforço, porém, até agora não tem 
        surtido efeito. No dia 26 de abril, o Comitê de Energia e Comércio dos 
        EUA rejeitou uma emenda à nova lei de telecomunicações que está em 
        discussão no Congresso. A emenda dava à Comissão Federal de Comunicações 
        (FCC) poder de proibir qualquer tipo de discriminação sobre o tráfego de 
        dados na Internet. Uma proposta similar já havia sido derrubada no 
        Subcomitê de Telecomunicaçoes e Internet no dia 6 de abril. 
	
	  
	A nova lei de telecomunicações pretende atualizar a legislação de 
        telecomunicações dos EUA para que haja regras sobre novos 
        acontecimentos, como a presença maciça de vídeo e áudio na Internet, a 
        instalação de redes wi-fi municipais entre outras. No que se refere à 
        regulamentação dos provedores, ela lhes dá total liberdade de ação, 
        deixando claro um assunto hoje um pouco nebuloso –o que as companhias 
        telefônicas e de cabo podem fazer com suas redes de dados.
       
	  
	Livre expressão 
	  
	As conseqüências do novo Communications Act, porém, não desagradam 
        apenas as grandes empresas de serviços eletrônicos. Várias organizações 
        defensoras da livre expressão e da democratização da mídia iniciaram a 
        campanha “Salve a Internet”, que está recolhendo assinaturas nos EUA e 
        pedindo o envio de mensagens aos congressistas reclamando do fim da 
        neutralidade da Internet. “A Neutralidade de Rede permite a todos 
        competir no mesmo nível e por essa razão a Internet é uma força de 
        inovação econômica, participação cívica e livre expressão”, diz o 
        manifesto da coalizão de ONGs. “Se o público não se manifestar agora, o 
        Congresso cederá a uma campanha de lobby multimilionária feita pelas 
        empresas de telefonia e cabo que querem decidir o que você faz, aonde 
        você vai e o que você assiste online”. 
	
	  
	A preocupação das organizações, diferente das pontocom, é com a 
        manutenção do espírito de liberdade da rede. Organizações políticas, por 
        exemplo, poderiam ter suas atividades na net prejudicadas quando 
        desagradassem os provedores. Outra conseqüência da cobrança pelo uso 
        privilegiado dos “dutos” da Internet seria o aumento de custos para 
        blogueiros –algo que impossibilitaria a existência de muitos sites 
        alternativos de notícias em todo o mundo. A oferta de serviços também 
        poderia diminuir, levando ao aumento de preços de Internet banking, por 
        exemplo. 
	  
	“Isso não é mera especulação”, garantem. “Já vimos isso acontecer onde 
        os gatekeepers da Internet assumem muito controle”. Elas citam o caso do 
        bloqueio, por parte da telefônica canadense Telus, da página do 
        sindicato com o qual travava uma disputa trabalhista. Os usuários do 
        Telus não tinham como visitar a página da União dos Trabalhadores de 
        Telecomunicações, mas outros internautas, sim. Outro provedor, agora do 
        estado da Carolina do Norte, nos EUA, proibiu seus clientes de usar 
        serviços de voz sobre IP concorrentes do seu. O FCC multou a empresa em 
        US$ 15 mil por desrespeito à concorrência. 
	
	  
	Até mesmo o New York Times manifestou seu desagravo ao fim da 
        “neutralidade de rede”. Em editorial publicado em 2 de maio, o jornal 
        afirma que, apesar de ser um princípio desconhecido para a maioria, o 
        tratamento equânime a todos os sites é o que faz da Internet um espaço 
        democrático. “Uma das maiores forças da internet é que um simples 
        blogueiro ou pequeno grupo político pode, a baixo custo, criar uma 
        página tão acessível quanto a página da Microsoft. Mas essa Internet 
        democrática correrá perigo se as companhias que provêem serviços mudarem 
        as regras”, escrevem os editorialistas.
       
	  
	Companhias: investimento deve ser remunerado 
	
	  
	As empresas, porém, afirmam que a medida é necessária para manter a 
        qualidade do serviço e negam a possibilidade de sabotarem qualquer tipo 
        de conteúdo. “Esse esforço [a favor da neutralidade] é uma tentativa de 
        consertar um problema hipotético, que não existe. Essas novas 
        regulamentações de Internet não são só desnecessárias, elas se postam 
        como um perigo para o futuro dos serviços de banda larga nos EUA no 
        momento em que os investimentos estão se enraizando”, diz Tom Tauke, 
        vice-presidente de relações públicas e comunicação da Verizon em artigo 
        para a revista Business Week. 
	  
	De acordo com a Associação Americana de Telecomunicações, só em 2006 
        serão investidos US$ 15 bilhões no aumento e melhoria da rede de banda 
        larga do país. Enquanto hoje as conexões mais populares dão acesso uma 
        velocidade de 1 a 2 megas por segundo (MBps), espera-se que a nova rede 
        de cabos permita se chegar a 30 Mbps. Tal largura de banda permitiria 
        assistir vídeos de alta definição em tempo real, ou seja, daria vazão ao 
        desenvolvimento da IPTV, uma das possibilidades de maior futuro na rede. 
        Todo esse investimento, afirmam as empresas, precisa ser remunerado.
       
	  
	“Todos os custos devem ser deixados para o consumidor?”, pergunta Walter 
        McCormick Jr, presidente da associação durante audiência no Senado. 
        “Nosso lado acredita que os negócios que buscam o lucro no uso de redes 
        da próxima geração não devem ser livres de custos associados ao aumento 
        da capacidade necessária para entregar serviços avançados e aplicações 
        que visam o mercado”.
       
	  
	Para ele, se há cada vez mais oferta de serviços de armazenamento de 
        dados online, vídeos em alta definição etc, é preciso regular também a 
        oferta por meio de cobrança para assegurar a qualidade do serviço 
        prestado pelas próprias companhias. Dados da associação garantem quem o 
        tráfego de Internet dobra a cada ano e, de acordo com previsões de 
        especialistas, pode crescer até mesmo em seis vezes ao ano na próxima 
        década devido ao aumento da oferta de vídeos. Por causa da necessidade 
        de controlar a oferta e lucrar com ela, às companhias não interessa 
        cobrar a mesma taxa de todos, pois a via continuaria “engarrafada”. O 
        representante das telecoms também nega qualquer possibilidade de 
        intervenção no conteúdo alheio e afirma que se a internet hoje é um 
        sucesso é porque o governo se manteve distante de intervenções, apesar 
        da vigilância.
       
	  
	O mercado norte-americano está em meio a um processo de concentração de 
        oferta de provedores. De acordo com o FCC, 19% dos cidadãos não possuem 
        acesso a serviços de banda larga, 53% podem escolher entre apenas uma 
        companhia de DSL (conexão via telefone) e outra de cabo e 28% apenas uma 
        dessas duas opções. Ou seja, os norte-americanos possuem no máximo duas 
        opções para contratar o serviço de Internet rápida. Ao mesmo tempo, as 
        empresas têm buscado barrar a entrada de concorrentes no mercado de 
        banda larga tanto da iniciativa privada quanto do Estado, estes por meio 
        do fornecimento de redes municipais wi-fi gratuitas ou subsidiadas 
        –fenômeno que se espalha pelo país. Para a comissão, os efeitos da 
        concorrência só são percebidos com ao menos três competidores.
       
	  
	Futuro da mídia 
	  
	A nova lei de telecomunicações tem votação prevista para a segunda 
        semana de maio, mas pode ser adiada devido à polêmica e às eleições 
        presidenciais de novembro. Poucos congressistas querem se indispor com 
        grandes corporações de mídia e com ativistas sociais. Mas, se votada 
        hoje, ela seria aprovada sem nenhuma referência à manutenção da 
        neutralidade de rede. Contagem da campanha “Salve a Internet” mostra que 
        o número de congressistas favoráveis às telefônicas atualmente é 34, 
        contra 22 desfavoráveis. Por outro lado, mais políticos têm se filiado à 
        causa dos ativistas, apesar do lobby das telecoms e cable companies. No 
        início da campanha, apenas oito votariam pela manutenção da 
        neutralidade.
       
	  
	Ainda assim, teme-se pelo futuro da mídia. Afinal, por trás da aprovação 
        da lei há uma batalha pelo controle das vias de informação do amanhã. 
        Com o desenvolvimento de aplicações, os provedores foram criando 
        mecanismos mais eficientes de gerenciamento do tráfego de dados. Hoje em 
        dia já é possível dar prioridade a algum tipo de informação para 
        garantir a qualidade de um serviço. Por exemplo: se o usuário estiver 
        conversando no Skype e sua conexão começar a ficar lenta por ele estar 
        utilizando sua conexão com outro serviço, a rede pode priorizar o 
        bate-papo para que o áudio se mantenha com boa qualidade.
       
	  
	A diferença dessa realidade para a que se discute hoje no Senado 
        norte-americano é que atualmente a prioridade é dada ao tipo de dado e 
        não à sua origem. E a disseminação desse mecanismo também pode encarecer 
        o custo de conexão. Para Gary Bachula, vice-presidente para assuntos 
        exteriores do Internet2, grupo de universidade e empresas que pretende 
        construir uma rede muito mais rápida do que a atual, o preço não 
        compensa. Em audiência em Washington realizada em fevereiro, ele relatou 
        a experiência de construção da Internet2 e garante: “nossas pesquisas e 
        experiências práticas sustentam a conclusão de que é mais eficiente 
        simplesmente garantir mais faixa de transmissão”. 
	
	  
	Para o professor de direito da Universidade de Stanford Lawrence Lessig, 
        autor do livro “Cultura Livre: como a grande mídia usa a tecnologia e a 
        lei para bloquear a cultura e controlar a criatividade”, a questão 
        verdadeira é alguém dizer ao consumidor o que ele deve assistir e assim 
        minar o livre desenvolvimento de iniciativas. “Não há nada de errado com 
        donos de rede dizendo ‘garantimos vídeo rápido na sua conta de banda 
        larga’. Há algo de errado com donos de rede dizendo ‘nós garantimos 
        vídeo rápido da NBC [canal de televisão dos EUA] na sua conta de banda 
        larga’. E há algo de muito errado com donos de rede dizendo a provedores 
        de conteúdo ou serviços que eles não podem acessar uma rede 
        significativa de banda larga a não ser que paguem uma taxa de acesso”. 
        Lessig fez a declaração também no Senado, em fevereiro. 
	
	  
	A maior preocupação dos ativistas é com a manutenção do espírito da net. 
        Ela foi criada nas universidades norte-americanas em total regime de 
        liberdade –o que todos acreditam ter sido seu principal motor de 
        desenvolvimento até hoje. Tanto que várias grandes empresas e movimentos 
        como o de software livre nasceram de pequenas idéias que cresceram 
        graças à falta de impedimentos e à livre colaboração, além de custos 
        relativamente baratos. Por isso o temor de que a Internet seja 
        controlada de qualquer forma. Ela não seria mais Internet. 
	
	  
	
	  
	A Verizon Communications afirmou que as indústrias de serviços 
        financeiros podem não ter as redes seguras necessárias se os políticos 
        americanos adotarem leis relacionadas às redes banda-larga de alta 
        velocidade na Internet, de acordo com um memorando da companhia. 
	
	  
	As indústrias de serviços financeiros estão considerando entrar na luta 
        contra o projeto de lei de 'neutralidade na Internet'. A verizon teme 
        que sem a cobrança por acesso de rede, os custos para estas instituições 
        subam. A Verizon, segundo maior empresa de telefonia nos EUA, se opõe ao 
        projeto e enviou o memorando pedindo para que estas questões sejam 
        postas como argumentos contra o mesmo. 
	
	  
	Segundo Peter Davidson, principal lobista da Verizon, a lei de 
        neutralidade da Internet cessaria os investimentos em novas redes, 
        prejudicando as instituições financeiras, setor que mais necessita de 
        redes seguranças (com maior investimento). A Verizon e a AT&T querem 
        começar a oferecer serviços pagos de conexão à Internet de acordo com a 
        confiabilidade e velocidade oferecida para os clientes. 
	
	  
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