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        [04/11/05]  
      
      Campanha explicará Computador para Todos  
		 
      [27/10/05]  
      
      Com aprovação de MP do Bem, preço do micro volta a cair 
		 
      	[14/10/05]  
      
      Queda da MP do Bem inviabiliza PC de R$ 1,4 mil 
		 
      	[11/10/05]  
      
      Ministério detalha como deve ser o PC Conectado 
		 
      	[06/10/05]   
      
      
      	Governo 
      libera cadastro para PC Popular   
		
       
      [28/09/05]  
      
      BB financia computador popular 
		 
      	[26/09/05]  
      Lula 
      dá sinal verde para PC Conectado 
		 
      	[03/06/06]  
      
      Governo: preços de PCs devem cair esta semana  
		 
      	[08/06/06]  
      
      BNDES aprova linhas de crédito para PC popular 
		 
      	[03/06/06]  
      
      Governo libera R$ 250 mi para PC Conectado 
		 
      [20/05/05]  
      
      Governo define suporte para PC Conectado  
		 
      	[20/05/05]   
      
      Grupo de software livre apóia PC Conectado  
		 
      	[13/05/05]  
      
      PC popular: MS diz que liberdade foi preservada  
		 
      [13/05/05]  
      
      Abinee pede vantagem no suporte ao PC popular  
		 
      [13/05/05]  
      
      Isenção de PCs estimula empregos e mercado
       
		 
      	[13/05/05]  
      
      PC popular incentiva competição, diz 
      Sérgio Amadeu   
       
      	[13/05/05]  
      
      PC Conectado alavanca vendas, diz 
      Positivo  
		 
      	[12/05/05]  
      
      BNDES só financia PC Conectado com Linux
      	 
       
      [12/05/05]  
      
      Como um carro popular 
		 
      	[09/05/05] 
       Lula 
      apresenta seu PC na quinta 
		 
      	[09/05/05]  
      Por 
      uma tributação mais justa 
		 
      	[09/05/05]  
      
      Iniciativa já baixou os preços 
		 
      	[04/05/05]   PC conectado sai no dia 12 de maio 
		 
      [02/05/05]   "A
      iniciativa de um PC mais barato virá do povo" - Opinião de Tânia
      Limeira  
		 
      [27/04/05]   Lula quer PC Conectado aprovado com urgência 
		 
      	[18/04/05]  
      PC 
      popular e a novela da inclusão 
		 
      [18/04/05]  
      Os 
      pecados do computador de Lula 
		 
      
    [15/04/05]   PC popular pode ter desconto em folha 
      	 
		 
		[08/04/05]   
	
	Governo federal adia anúncio do PC Conectado  
		 
		[08/04/05]  
	
	MS formaliza proposta para o PC Conectado  
	
	 
	[07/04/05]   
	
	
	Extra lança PC de baixo custo com Linux
	 
		 
		[05/04/05]  
	
	Sun quer propor thin clients para PC Conectado  
		 
		[31/03/05]  
	
	Governo não vai tabelar juros do PC Conectado  
		 
	[30/03/05]  
	
	Governo pede subsídio do BNDES ao PC Conectado  
		 
	[29/03/05]  
	
	CEO da AMD lança projeto de inclusão no Brasil   
		 
	[23/03/05]  
	
	Ministérios, CEF e BB discutem PC Conectado  
		 
	[22/03/05]  
	
	Ponto Frio lança PC de R$ 1,3 mil  
		 
	[21/03/05]  
	
	Abinee elogia redução de impostos para PCs  
		 
		[19/03/05]  
	Imposto 
	para PCs deve ser reduzido 
		 
	[18/03/05]  
	
	Governo altera projeto do PC Conectado  
		 
		[17/03/05]  
	
	MIT apóia Linux no PC Conectado    
		                                    
	 
	  	
	[13/03/05]  
	Windows 
	popular não será melhor que Linux    
		                        
		 
		[09/03/05]  
	
	Positivo lança PC com Windows popular  
		 
	[07/03/05]  
	
	MS estuda adaptar Windows para PC Conectado     
		                 
	[01/03/05]  
	
	Governo adia PC Conectado para abril       
		                             
	[28/02/05]  
	
	Provedores criticam modelo do PC Conectado      
		                    
	[28/02/05]  
	
	Freedows tem versão aberta para PC Conectado    
		                  
	[24/02/05]  
	
	Olhos de Cobra  
		                                                                
	[28/01/05]  
	
	PC não basta para inclusão, diz sindicalista    
		                         
	[26/01/05]  
	
	Entrevista: conheça detalhes do PC Conectado       
		                   
	[24/01/05]  
	
	PC popular vai beneficiar 1 milhão de pessoas  
		                        
	[24/01/05]  
	
	Cobra fatura R$ 500 milhões abaixo do previsto   
		 
	[20/12/04]   
	Cadê o 
	PC popular? 
		 
	[29/09/04]  
	Que inclusão 
	digital é esta? - Artigo de Alice Ramos                 
   
	
	
		[04/11/05]    
			Campanha explicará Computador para Todos
			IDG Now!  Os organizadores do programa Computador para Todos pretendem lançar 
            uma campanha para informar como participar do programa.  A decisão foi tomada nesta quinta-feira (03/11), em reunião com 
            representantes do Ministério de Ciência e Tecnologia, do Serviço 
            Federal de Processamento de Dados (Serpro), do Banco Nacional do 
            Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da Caixa Econômica 
            Federal e do Banco do Brasil. A campanha, ainda sem data definida para começar, vai esclarecer aos 
            consumidores como adquirir o computador popular. O Banco do Brasil e 
            a Caixa Econômica Federal serão as instituições responsáveis por 
            disponibilizar um crédito de até 1,2 mil reais para aquisição do 
            computador a juros de no máximo 2% ao mês.  Os recursos repassados vêm do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), 
            que somam 250 milhões de reais para as duas instituições. O 
            computador popular deve ter o preço máximo de 1,4 mil reais. O BNDES também vai disponibilizar recursos no valor de 300 milhões 
            de reais para os varejistas adquirirem computadores dos fabricantes 
            que obtiverem aprovação do Ministério de Ciência e Tecnologia para 
            produzirem os micros.  O assessor especial da Presidência da República e coordenador do 
            programa, Cezar Alvarez, explica que, embora o financiamento vá ser 
            oferecido apenas para os correntistas das duas instituições 
            financeiras, todos os brasileiros serão beneficiados.  "O crédito para quem é correntista de outros bancos ou do crediário 
            desta ou daquela loja chegará depois que a loja for ao BNDES e 
            buscar o crédito". Aumento de crédito Segundo Cezar Alvarez, tanto o conselho do FAT quanto a diretoria do 
            BNDES asseguram que se a procura pelos recursos for grande os 
            valores disponibilizados podem aumentar. "Nós podemos duplicar esse 
            crédito e chegar a 1 bilhão de reais para financiar esse 
            computador", afirma. De acordo com o diretor do Serpro, Sérgio Rosa, as operadoras de 
            telefonia estão negociando com o governo para oferecer conexão à 
            internet por 7,50 reais mensais para uma navegação de 15 horas/mês 
            para todo usuário que entrar na rede a partir de um computador 
            popular.  A expectativa é de os computadores estejam disponíveis nas lojas a 
            partir da sanção da Medida Provisória 255 a ser assinada pelo 
            presidente da República. O Computador para Todos integra o programa de inclusão digital do 
            Governo Federal e é destinado à família com renda entre três e dez 
            salários mínimos. O programa consiste em isenção fiscal para a 
            indústria e em crédito diferenciado para o consumidor. Todos os 
            computadores do programa terão como plataforma software livres. 
			   
			
			Com aprovação de MP do Bem, preço do micro volta a cair
			 Quinta-feira, 27 outubro de 2005 - 
            19:33  Ralphe Manzoni Jr., do IDG Now! 
  Com a aprovação da MP 255/05, conhecida como a nova MP do Bem, os 
            preços dos computadores de até 2.500 reais vão cair 9,25%.
  A expectativa é do diretor de informática da Associação Brasileira 
            da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Hugo Valério, em 
            entrevista há pouco para o IDG Now!.
  A MP dá um desconto 9,25% referentes aos impostos PIS e Cofins na 
            venda das máquinas ao consumidor e já era aplicado pelos fabricantes 
            de PCs, quando a medida 252/05 perdeu a validade.(saiba mais) 
			 Valério acredita, citando pesquisas do governo federal, que a 
            isenção fiscal e as linhas de financiamento para a compra do 
            computador vão significar um acréscimo de vendas anual 1 milhão de 
            máquinas.
  Como escolher seu computador 
  O executivo não soube informar os investimentos para aumento da 
            capacidade de fabricação em razão do aumento da demanda, mas disse 
            que há muita capacidade instalada ociosa em razão do tamanho do 
            mercado cinza no Brasil.
  Mercado cinza Em setembro, pesquisa da consultoria de tecnologia IDC mostrou que a 
            participação do mercado cinza nas vendas de computadores encolheu no 
            Brasil pela primeira vez em 10 anos: passou de 74% em dezembro de 
            2004, para 65% em agosto.
  Entre os fatores que levaram à redução da pirataria estão a atuação 
            da Receita Federal na apreensão de componentes contrabandeados e a 
            MP do Bem, que enquanto estive em vigor proporcionou uma redução de 
            9,25% no tributos - referentes à isenção de PIS e Cofins - para 
            computadores de até 2,5 mil reais, as alternativas de sistemas 
            operacionais - distribuições Linux e Windows Starter Edition - e o 
            câmbio favorável.
  A previsão da IDC é que o mercado brasileiro venda 5,2 milhões de 
            computadores pessoais em 2005, 28,1% a mais do que o ano passado. 
			 
			INFO  
			
			Queda da MP do Bem inviabiliza PC de R$ 1,4 mil 
		
		  
		Sexta-feira, 14 
            de outubro de 2005  SÃO PAULO – Com a queda da Medida Provisória 252, que ficou 
            conhecida como MP do Bem, representantes da indústria de informática 
            tentam uma saída para recuperar o investimento que fizeram para 
            fabricação de PC popular.  
		
		  
		Eles deverão tentar na próxima semana 
            um encontro com representantes do governo para incluir os itens que 
            incentivam a produção local de micros e exportação de software na MP 
            255, que ressuscitará algumas partes da 252.  
		
		  
		A MP do Bem trazia uma redução de 
            9,25% em impostos do PIS/Cofins na venda de micros para o usuário 
            final. A medida caiu na última terça-feira, dia 11, porque não 
            entrou em votação dentro do prazo.  
		
		  
		Muitos fabricantes investiram em 
            linhas de produção para fabricar computadores de baixo custo dentro 
            das exigências do programa de inclusão do governo “Cidadão Conectado 
            – Computadores para Todos”. Com a queda da MP do Bem, a indústria 
            deverá elevar os preços das máquinas baratas.  
		
		  
		Ruy de Salles Cunha, presidente da 
            Abinee, afirma em nota, que “o poder executivo tem que se movimentar 
            urgentemente para corrigir este problema para que não sofra mais um 
            desgaste em sua imagem perante a comunidade empresarial brasileira”.
			 
		  
		Cunha afirma que a não aprovação da MP 
            do Bem causa um grande mal ao setor eletroeletrônico, pois prejudica 
            todo o trabalho que vinha sendo desenvolvido para a implementação do 
            programa de incentivo às exportações de software e serviços. 
		 
		  
		Antonio Hugo Valério, diretor de 
            informática da Abinee, completa que as indústrias já fizeram 
            investimentos para a fabricação de PC barato. Ele observa que as 
            vendas dessas máquinas já trazem reflexo no mercado, com a queda de 
            participação do gray market que reduziu de 76% para 65%. A indústria 
            esperava que os incentivos do governo ajudassem a diminuir essa taxa 
            para 60% até o final de 2005.  
		
		  
		Valério diz que a queda da MP do Bem 
            também aborta o programa de financiamento autorizado pelo governo 
            com juros de 2,5% ao mês na venda de máquinas a prazo. O 
            financiamento seria oferecido pelo Banco do Brasil e Caixa Econômica 
            Federal. Sem a redução de 9,25% da taxa de impostos, as máquinas não 
            poderão ser comercializadas por 1,4 mil reais.  Edileuza Soares, do Plantão INFO   
		 
		  
		
		
		 O programa Cidadão Conectado – Computador para Todos – também 
            conhecido como PC Conectado – andou mais um pouco na semana passada, 
            mas ainda não virou realidade. Na quinta-feira, duas portarias do 
            Ministério da Ciência e Tecnologia, publicadas no Diário Oficial da 
            União, definiram a configuração dos micros e os critérios para a 
            participação dos fabricantes no projeto.
           
		  
		Agora, as empresas que quiserem vender o PC Conectado têm de 
            procurar a Secretaria de Política de Informática do ministério para 
            se inscrever. Só depois disso os computadores começarão a chegar às 
            lojas. Os micros vão custar no máximo R$ 1.400 à vista, valor que 
            poderá ser dividido em até 24 vezes, com juros de 2% ao mês.
           
		  
		A configuração dos PCs, que já havia sido antecipada pelo governo, 
            inclui processador de 1,5 GHz, disco rígido de 40 gigabytes, 128 
            megabytes de memória RAM, monitor de 15 polegadas, modem de 56 kbps 
            e 26 aplicativos de software livre. 
		
		  
		Os computadores contarão ainda com 15 horas mensais de conexão à 
            internet a um custo de R$ 7,50 – sem considerar os impostos. O 
            financiamento dos micros poderá ser feito pelo Banco do Brasil ou 
            pela Caixa Econômica Federal. Com o programa, o governo federal quer 
            aumentar o acesso da população à tecnologia. M.M.S.   
		
		 
		
		
		
		Governo libera cadastro para PC Popular  Quinta-feira, 
		6 outubro de 2005 - 
          17:09  IDG Now!  Fabricantes de desktops já podem credenciar micros populares no 
          programa  "Cidadão Conectado - Computador para Todos" de inclusão 
          digital do governo.  O início do programa foi anunciado nesta quinta-feira (06/10), pelo 
          secretário de Política de Informática, Marcelo de Carvalho Lopes, 
          durante um workshop no Centro de Pesquisas Renato Archer (CenPRA), em 
          Campinas (SP). O "Computador para Todos" contará com 250 milhões de reais, 
          provenientes do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) para subsidiar o 
          financiamento de máquinas com valor de até 1.400 reais.  Inicialmente, o financiamento será oferecido pelo Banco do Brasil e 
          pela Caixa Econômica Federal em até 24 vezes com juros de 2% ao mês. Com a publicação das portarias 624 e 625 do Ministério da Ciência e 
          Tecnologia, hoje no Diário Oficial da União, podem ser cadastrados no 
          programa micros com a seguinte configuração mínima: microprocessador 
          de 1,5 GHz, 40 Megabytes (MB) de disco rígido, memória RAM de 128 MB, 
          monitor de 15 polegadas e 26 aplicativos de software livre. A iniciativa ainda prevê que os consumidores que adquirirem o 
          computador podem ter direito a 15 horas mensais de conexão discada à 
          internet, ao custo médio de 7,50 reais por mês. Outra medida de incentivo às vendas de desktops no Brasil foi a MP do 
          Bem, aprovada em 15 de junho. Pela MP desktops  avaliados em até 2.500 
          reais contam com uma redução dos impostos PIS/Cofins de 9,25% na 
          venda.    
	 
	
	BB financia computador popular  
	[28/09/05] 
	IDG Now!  O Banco do Brasil aguarda apenas que o Ministério da Ciência e 
        Tecnologia conclua o processo de certificação dos computadores populares 
        para colocar em prática uma linha de crédito para financiar a compra 
        desses equipamentos. A linha BB Crediário PC Conectado foi lançada pelo 
        Banco do Brasil para atender a compra de computadores populares, 
        prevista no projeto Cidadão Conectado - Computador para Todos.
  Com o lançamento antecipado, o banco não terá de aguardar o prazo legal 
        de 30 dias para entrar em ação, depois da publicação da homologação no 
        Diário Oficial da União. O BB Crediário PC Conectado começará a 
        funcionar imediatamente, financiando microcomputadores até R$ 1,2 mil, 
        com taxa de juros de 2% ao mês e prazo de até 24 meses para pagar. 
	 A prestação mínima admitida será de R$ 20,00 e o cliente pagará tarifa 
        de 3% do valor do contrato na abertura de crédito. A primeira parcela 
        vence 59 dias depois da liberação do financiamento, feito com recursos 
        do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Basta o cliente ter cartão de 
        crédito ou débito do Banco do Brasil, com a bandeira Visa, pois o 
        crédito será contratado nas lojas afiliadas à Visanet, que tenham o selo 
        "Computador para Todos (Agência Brasil)   
	Caderno Link do Estadão 
	Lula 
        dá sinal verde para PC Conectado  [26/09/05] 
	 Com vários meses de atraso, presidente assina decreto que cria 
        oficialmente o programa; micros populares vão custar R$ 1.400
  Maurício Moraes e Silva 
	 Alguém se lembra do PC Conectado? Aquela história de fornecer micros 
        mais baratos para a população de baixa renda, prometida pelo governo 
        federal há muito tempo e noticiada várias vezes pelo Link? Meses e meses 
        depois de uma série de idas e vindas, o nó parece finalmente ter se 
        desatado. Na quarta-feira da semana passada, o presidente Luiz Inácio 
        Lula da Silva assinou o decreto que cria oficialmente o programa. Com 
        isso, espera-se que um número maior de brasileiros tenha acesso à 
        tecnologia, aumentando a inclusão digital no País.
  Isso não significa, contudo, que os micros já estão à venda nas lojas. O 
        decreto define um prazo de 30 dias para o Ministério da Ciência e 
        Tecnologia estabelecer a configuração mínima destas máquinas, a contar 
        da data da publicação do texto no Diário Oficial da União, que ocorreu 
        no dia 21. Depois, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal terão 
        mais um mês para criar as linhas de financiamento para a compra dos PCs 
        populares. Com tanta burocracia, a idéia pode sair do papel só depois de 
        21 de novembro.
  Rebatizado com o nome de Projeto Cidadão Conectado - Computador para 
        Todos, o programa determina um preço máximo para os micros de R$ 1.400, 
        para pagamento à vista. Os equipamentos poderão ser financiados em até 
        24 vezes, com juros de no máximo 2% ao mês. Apesar de o Ministério da 
        Ciência e Tecnologia ainda não ter definido oficialmente as 
        características das máquinas, o governo federal chegou a anunciar que 
        teriam sistema Linux, processador com 1,5 GHz de velocidade, memória RAM 
        de 128 megabytes, disco rígido de 40 gigabytes, monitor de 15 polegadas, 
        unidades de disquete e CD-ROM e modem de 56 kbps.
  Existe a expectativa de que as prestações não passem de R$ 70 por mês e 
        que os equipamentos possam ser adquiridos por famílias com renda entre 3 
        e 7 salários mínimos. Ainda falta fechar um acordo com as operadoras de 
        telefonia fixa para garantir o acesso mais barato à internet para os 
        compradores desses PCs. A promessa era assegurar um preço de R$ 7,50 
        para 15 horas mensais de conexão.
  O Computador para Todos chegou a ser lançado oficialmente no começo de 
        maio, mas o atraso é bem maior: a intenção de levar um projeto desse 
        tipo adiante começou ainda no governo FHC. Para chegar ao valor 
        prometido de R$ 1.400, Lula editou em junho uma medida provisória, a MP 
        do Bem, que garantiu isenção de alguns impostos para equipamentos de até 
        R$ 2.500. 
  Recentemente, o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) aprovou uma linha 
        de financiamento de R$ 250 milhões para a compra de micros populares, 
        batizada de FAT/Inclusão Digital. O dinheiro poderá ser usado por quem 
        tiver conta no Banco do Brasil ou na Caixa Econômica Federal. Os 
        correntistas de outras instituições financeiras contarão com R$ 300 
        milhões oferecidos pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e 
        Social (BNDES).  
	
	
	Governo: preços de PCs devem cair esta semana 
  Quinta-feira, 
	16 junho de 2005 - 08:53  Camila Fusco - IDG Now!
	 O assessor especial da Presidência da República e coordenador do 
        programa PC Conectado, Cezar Alvarez, estima que os consumidores já 
        devem sentir o efeito da "MP do Bem" essa semana, com a redução do preço 
        dos computadores nas lojas.
  Em entrevista ao IDG Now!, Alvarez informou que a partir do momento da 
        assinatura da medida provisória - na quarta-feira (15/06) - e da 
        publicação no Diário Oficial da União, nesta quinta-feira (16/06), os 
        varejistas e comerciantes já podem reduzir os preços para os 
        computadores vendidos até 2.500 reais.
  "Na prática, a partir da publicação no Diário Oficial, eles não precisam 
        mais pagar 9,25% de PIS e Cofins. Com isso, acredito que os preços já 
        devem começar a baixar esta semana", disse.
  Alvarez ressaltou também que apesar de a medida ainda precisar ser 
        aprovada pelo Congresso, suas determinações já estão valendo. "O trâmite 
        vai levar o tempo necessário para aprovação. Caso eventualmente não seja 
        aprovada, PIS e Cofins voltam a ser cobrados como antes".
  O coordenador do programa PC Conectado declarou também que junto com a 
        medida provisória foi emitido um decreto que regulamenta o teto de 
        isenção tributária para os computadores. Dessa forma, caso seja 
        necessário um reajuste posterior nesse limite de 2.500 reais decorrente 
        de fatores econômicos como a alta do dólar, por exemplo, uma nova medida 
        provisória não precisa ser editada. "Simplesmente emite-se um novo 
        decreto", declarou.
  Quanto à redução do preço dos equipamentos, Alvarez informou ainda que 
        algumas redes de varejo já manifestaram a intenção de realizar promoções 
        no próximo final de semana.
  A medida provisória deve representar neste ano uma isenção fiscal de 
        cerca de 1,5 bilhão de reais, enquanto que, para o ano que vem, a 
        previsão é de mais de 3 bilhões de reais.
  Expectativa da indústria 
	 Para Hugo Valério, diretor da área de Informática da Associação 
        Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), as previsões de 
        redução nos preços dos computadores são mais cautelosas. 
  A redução, segundo ele, deverá ser vista entre 45 e 60 dias, já que 
        algumas lojas devem esperar a aprovação da medida provisória pelo 
        Congresso.
  Valério informou também que a redução tributária ajudará na 
        competitividade das fabricantes, e afirmou acreditar que a meta de venda 
        de um milhão de computadores no programa PC Conectado em 12 meses deve 
        ser atingida.
  Veja as principais medidas que beneficiam o setor de TI: 
	 * Criação do Programa de Inclusão Digital, mediante a redução a zero das 
        alíquotas de PIS/PASEP e COFINS incidentes sobre a comercialização, no 
        varejo, de equipamentos de informática. O benefício aplica-se a 
        equipamentos com valor inferior a 2.500 reais.
  * Criação do REPES - regime especial de tributação que permite às 
        empresas de software ou de Tecnologia da Informação (TI), 
        preponderantemente exportadoras, adquirir bens serviços com suspensão do 
        PIS/PASEP e da COFINS.
  * Criação do RECAP - regime especial de tributação que suspende a 
        incidência do PIS/PASEP e da COFINS nas vendas e na importação de 
        máquinas e equipamentos novos, quando adquiridos por pessoas jurídicas 
        preponderantemente exportadoras (exportação igual ou superior a 80% da 
        receita).
  * Reduzir a zero as alíquotas de IPI incidentes sobre bens de capital. O 
        compromisso assumido para zeragem dessas alíquotas até o final de 2006 
        está sendo antecipado em 18 meses.
  * Permitir a dedução, até o dobro, das despesas com pesquisa e 
        desenvolvimento. Dedução como despesa operacional das transferências 
        destinadas à execução de atividade de inovação, feitas às micro e 
        pequenas empresas e inventores independentes. Subvenção pública, de até 
        50%, da remuneração de pesquisadores exercendo atividades de inovação 
        tecnológica.   
	
	
	BNDES aprova linhas de crédito para PC popular 
  Quarta-feira, 
	8 junho de 2005 - 17:12  Camila Fusco - IDG Now!
	
  O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou 
        na terça-feira (07/06) duas linhas de crédito especiais para os 
        comerciantes que vão vender o PC Conectado.
  A primeira modalidade prevê linhas de crédito para comerciantes com 
        faturamento até 60 milhões de reais por ano com incidência da Taxa de 
        Juros de Longo Prazo (TJLP) mais 1% ao ano.
  Nesse modelo, os juros do financiamento para o consumidor final não 
        deverão ultrapassar 2% ao mês, segundo informou ao IDG Now! o 
        coordenador do projeto PC Conectado e assessor especial da Presidência 
        da República, Cezar Alvarez.
  A segunda linha de crédito é destinada aos grandes varejistas e será 
        concedida com TJLP mais 4% de juros ao ano. Nesta forma, o limite de 
        repasse ao consumidor é de 3% ao mês.
  "Esse modelo é melhor do que nós discutíamos. Ele dá flexibilidade para 
        o varejo atuar da mesma maneira que favorece o consumidor. Geralmente a 
        taxa de juros ao mês praticada para equipamentos eletrônicos giraria em 
        torno de 5% ao mês no varejo tradicional no parcelamento em 24 vezes. 
        Estabelecendo teto de 3% ao mês para o PC Conectado, o produto fica mais 
        acessível", declarou.
  Alvarez classificou ainda o modelo de financiamento como uma "novidade 
        nas políticas públicas de inclusão digital".
  A assinatura da Medida Provisória que regulamenta o formato do PC 
        Conectado, juntamente com a isenção de PIS/Cofins para os computadores 
        até 2.500 reais, que estava prevista para esta quinta-feira (09/06) foi 
        cancelada. Segundo informações do cerimonial do Palácio do Planalto, uma 
        nova data ainda não foi definida. O governo também não informou o motivo 
        do cancelamento.  
	
	Governo libera R$ 250 mi para PC Conectado
	
  Sexta-feira, 3 junho de 2005  
	Camila Fusco - IDG Now! 
  O Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) aprovou 
        na quinta-feira (02/06) a liberação de 250 milhões de reais para o 
        chamado fundo de inclusão digital, que permitirá aos correntistas de 
        bancos públicos financiarem o PC Conectado.
  Segundo informou ao IDG Now! o coordenador do projeto e assessor 
        especial da Presidência da República, Cezar Alvarez, serão beneficiados 
        correntistas do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco da 
        Amazônia e o Banco do Nordeste do Brasil.
  "Correntistas dos bancos públicos terão crédito pré-aprovado online de 
        1.200 reais para a compra do computador. Os juros serão de 2% ao mês", 
        declarou.
  De acordo com Alvarez, o consumidor interessado em adquirir com 
        computador popular poderá ir até o varejista e apresentar, por exemplo, 
        seu cartão de débito. Aprovado o crédito online, o comprador pode optar 
        pelas diversas formas de financiamento.
  Na próxima terça-feira (07/06) está agendada a discussão no Banco 
        Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) sobre o FAT 
        Constituicional, que prevê a linha de crédito para os varejistas e 
        comerciantes que pretendem participar do projeto. Os juros máximos ao 
        mês nesta modalidade devem ser de 3%.
  O coordenador do PC Conectado informou também que a Medida Provisória 
        que regulamenta a isenção de PIS/Cofins para os computadores até 2.500 
        reais está prevista para ser assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula 
        da Silva no próximo dia 9 de junho. 
  No entanto, uma eventual viagem na agenda do presidente poderá adiar a 
        assinatura para a semana seguinte. "O que temos certeza é que a MP deve 
        ser assinada em até duas semanas", declarou.
  Cezar Alvarez participou esta semana do 6º Fórum Internacional Software 
        Livre, em Porto Alegre, e declarou otimismo frente aos efeitos do 
        projeto PC Conectado na contratação de empresas para a prestação de 
        suporte.
  "Várias distribuidoras de software livre me disseram que as fabricantes 
        já estão fechando contratos para a prestação de suporte. Isso é muito 
        positivo", declarou.
  O assessor informou ainda que os juros do financiamento bancário para o 
        PC popular para os demais consumidores, segundo a Federação Brasileira 
        de Bancos (Febraban), não devem passar de 3%. "Os bancos se 
        comprometeram a não passar disso".
  O projeto PC Conectado foi anunciado no dia 12 de maio e prevê a venda 
        de computadores com condições especiais, direcionados principalmente à 
        população da classe C. 
  O governo federal concedeu incentivos especiais - como a utilização dos 
        recursos do FAT e linha de crédito especial do BNDES para os varejistas 
        - para as máquinas que executem software de código aberto. O valor não 
        deve ultrapassar 1.400 reais.
  Na ocasião também foi anunciada a isenção de PIS/Cofins para todos os 
        computadores até 2.500 reais. A isenção deverá baratear o custo das 
        máquinas em 9,25%, segundo Alvarez.   
	
	
	Governo define suporte para PC Conectado 
  Sexta-feira, 
	20 maio de 2005  IDG Now!  A coordenação do programa de inclusão digital PC Conectado definiu na 
        quinta-feira (19/05) uma especificação básica de suporte que será 
        oferecido aos usuários.
  Em nota publicada na página do Serviço Federal de Processamento de Dados 
        (Serpro), a coordenação explica que foi definida uma solução de suporte 
        sem custo adicional para o consumidor, que engloba tanto os problemas 
        relacionados à disponibilidade de serviços quanto aos relacionados à 
        falta de conhecimento para a operação dos equipamentos. 
  Serão oferecidas duas categorias de suporte. A primeira prevê 
        atendimento via telefone que auxiliará o usuário nas instalações, 
        configurações e customizações de todos os aplicativos descritos no 
        programa. 
  O segundo modelo oferece atendimento por correio eletrônico ou a 
        critério do fabricante, por telefone, que compreenderá apoio ao usuário 
        nas atividades básicas de operação de microinformática. 
  Não será foco deste suporte, tarefas de fins profissionais como 
        compilação de kernel, programação de macros, mala direta, edição de 
        áudio, desenhos vetoriais e jogos. 
  Além desse serviço também será oferecida assistência técnica para 
        problemas de hardware. A solução de suporte será oferecida pelo prazo 
        mínimo de um ano, contado a partir da data da compra. 
  Em entrevista ao IDG Now!, o coordenador do programa Cezar Alvarez, 
        afirmou que o pacote de suporte ficou abaixo daquilo que o governo 
        pretendia em virtude dos custos.
  "O governo queria estabelecer um pacote com um telefone 0800 para tirar 
        dúvidas dos usuários, 24 horas por dia e capaz de resolver questões 
        sobre instalação e configurações. Porém, precisou ser inferior ao 
        pensado em virtude dos custos que aquilo iria representar para os 
        fabricantes", afirmou.
  Alvarez destacou também que o pacote, no entanto, é superior às 
        exigências previstas na lei geral do consumidor, uma vez que oferece até 
        mesmo uma certa capacitação ao usuário."Era a briga qualidade versus 
        preços", disse.
  O modelo final definido na quinta-feira, foi acertado com participação 
        dos fabricantes e ficará sob supervisão do próprio Serpro.  
	 
	
	Grupo de software livre apóia PC Conectado 
	
  Sexta-feira, 20 maio de 2005
	 Camila Fusco - IDG Now!  Representantes do Projeto Software Livre Brasil, que reúne 
        desenvolvedores de programas de código aberto, terão na próxima 
        segunda-feira (23/05) uma audiência com o assessor especial da 
        Presidência da República, Cezar Alvarez, para discutir o apoio ao 
        projeto PC Conectado.
  De acordo com Alvarez, a intenção do grupo é discutir as formas de 
        capacitação do usuário para o uso das aplicações de código aberto, que 
        serão padrão no computador de baixo custo incentivado pelo governo. 
	 "O grupo me pediu uma audiência para discutir de que maneira poderá 
        colaborar para educar o usuário. A iniciativa é positiva porque, entre 
        outras coisas, vai contribuir para desmitificar a questão de que 
        software livre é de baixa qualidade. O usuário iniciante não conhece nem 
        um nem outro [software livre ou proprietário] e a capacitação será muito 
        positiva", declara.
  Na opinião de João Pereira Júnior, Diretor de Negócios Estratégicos da 
        Insigne Software, o grupo pretende, na verdade, contribuir para quebrar 
        o paradigma de que os programas de código aberto são difíceis de 
        utilizar e não são convenientes para os usuários iniciantes.
  "Empresas de software livre vêm tomando iniciativas para educar o 
        usuário e estamos tentando quebrar o paradigma que existe contra o 
        Linux. A proposta do Linux não é ser um Windows de graça. É ser uma 
        alternativa factível, dentro das necessidades do usuário, com funções 
        para navegação à internet, acesso a e-mails, elaboração de planilhas e 
        documentos", afirma.
  Em entrevista ao IDG Now!, Cezar Alvarez informou também que a "Medida 
        Provisória do Bem", conforme está sendo classificada a Medida Provisória 
        que oficializa a criação do projeto PC Conectado, deve ser assinada pelo 
        presidente Luiz Inácio Lula da Silva logo após o retorno da viagem ao 
        Japão e Coréia, o que deve acontecer na primeira quinzena de junho.
         
	
		 
			
			PC popular: MS diz que liberdade foi preservada
			 Sexta-feira, 13 maio de 2005 - 18:24 
			 IDG Now! 
  
			 
			A Microsoft Brasil afirmou, em nota oficial, 
            que considera a isenção de impostos (PIS e Confis) na venda de PCs 
            de até 2.500 reais "permitirá ao usuário manter seu direito de 
            escolha pelo sistema operacional que melhor atende às suas 
            necessidades". 
		  
		Na quinta-feira (12/05), a estrutura do PC 
            Conectado, projeto de inclusão digital do governo federal, foi 
            apresentada aos envolvidos no projeto. Segundo o governo, a versão 
            mais barata do micro - que tem preço sugerido de 1.400 reais e 
            financiamento pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e 
            Social (BNDES) - foi aprovada apenas com software de código aberto. 
		
		  
		Embora a configuração básica do PC Conectado 
            não compreenda o Windows XP Starter Edition - versão enxuta do 
            Windows XP - em um comunicado emitido nesta sexta-feira (13/05), a 
            Microsoft não se deu por derrotada e refroçou as vantagens da 
            isenção fiscal contra a pirataria de software. 
		
		  
		Sobre a escolha do Linux para o PC Conectado 
            básico, a Microsoft preferiu não fazer comentários. "Como os 
            detalhes a respeito da comercialização e do financiamento para as 
            máquinas até 1.400 mil reais ainda estão em fase de conclusão, 
            aguardamos os detalhes finais projeto, que serão anunciados pelo 
            Presidente Luiz Inácio Lula da Silva no mês de junho", conclui no 
            comunicado.    
		 
		  
		
		  
		Os fabricantes de computadores que participarão 
            do projeto PC Conectado apresentaram uma proposta para os 
            coordenadores do programa que sugere a substituição dos 
            investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D) pela criação de 
            serviços de suporte. 
		  
		A Lei de Informática atual prevê benefícios 
            fiscais - como redução ou isenção do Imposto sobre Produtos 
            Industrializados (IPI) - às empresas que investem 5% de seu 
            faturamento com produtos incentivados em pesquisa e desenvolvimento. 
		
		  
		Segundo Antonio Hugo Valério, diretor da área 
            de Informática da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e 
            Eletrônica, a sugestão, na verdade, prevê o entendimento dos 
            serviços de suporte aos compradores do PC popular como uma forma de 
            incentivo a P&D. 
		  
		"As empresas que forem participar do PC 
            Conectado deverão estabelecer serviços de suporte ao comprador. 
            Diante disso, uma sugestão dos fabricantes é o governo interpretar 
            esses serviços como uma espécie de investimento, já que será 
            necessário capacitar técnicos em hardware para criar esse sistema de 
            suporte", afirma. 
		
		  
		Segundo Valério, os fabricantes mantiveram 
            conversas com o grupo coordenado por Cezar Alvarez, assessor 
            especial da Presidência da República, na quarta e quinta-feira (11 e 
            12 de maio), mas nenhuma posição foi definida. 
		
		  
		"Algumas pessoas acham que a substituição faz 
            sentido, enquanto outras não consideram correto o modelo", diz. 
		
		  
		O executivo da Abinee declara que não houve 
            nenhuma conclusão a respeito do assunto em Brasília, mas afirma que 
            o grupo deverá voltar a conversar a respeito logo após o projeto ser 
            implementado. "Queremos primeiro ver o programa implantado", 
            declara. 
		  
		O governo anunciou na quinta-feira (12/05) 
            isenção de PIS/Cofins para computadores até 2.500 reais. Segundo 
            Cezar Alvarez, a estimativa é que o benefício fiscal reduza o preço 
            final dos computadores em 9,25%.    
	 
	 
	
		
			
				
					
						
						Isenção de PCs estimula empregos e mercado
						Sexta-feira,  13 maio de 2005
						Camila Fusco - IDG Now! 
						
						  
						A isenção fiscal de PIS/Cofins 
                    anunciada na quinta-feira (12/05) para computadores até 
                    2.500 reais poderá significar, inicialmente, uma perda de 
                    receita para o governo, mas será refletida em benefícios a 
                    médio e longo prazo para a indústria e para o País. 
						
						  
						Essa é a opinião de Ivair Rodrigues 
                    gerente de pesquisas de Tecnologia da Informação e 
                    Telecomunicações da consultoria de tecnologia International 
                    Data Corporation (IDC). 
						
						  
						"O governo pode perder um pouco de 
                    dinheiro no curto prazo, mas ganhará em médio e longo prazo. 
                    A isenção beneficiará toda a cadeia produtiva, vai alavancar 
                    a geração de empregos e, principalmente, vai contribuir para 
                    reduzir o mercado cinza de PCs", afirma. 
						
						  
						Segundo o executivo, os equipamentos 
                    contrabandeados respondem hoje por 75% do mercado 
                    brasileiro.  
						  
						Rodrigues afirmou também que o projeto 
                    de isenção pode incentivar também novas empresas para o 
                    Brasil, que até então apresentavam restrições em investir no 
                    País em virtude do vasto mercado de produtos 
                    contrabandeados. 
						
						  
						"O Brasil já chegou a ter 25 
                    fabricantes de gabinetes no Brasil, hoje só tem duas. O 
                    mercado legal compete diretamente com os produtos 
                    procedentes do Paraguai, o que muitas vezes desestimula as 
                    empresas. Com a isenção, os produtos ficarão mais baratos e 
                    a tendência é que o mercado cinza diminua, apresentando o 
                    país como atrativo", diz. 
						
						  
						As medidas também devem fortalecer as 
                    empresas legais, estimulando as vendas legais e a 
                    contratação formal de funcionários - com carteira assinada - 
                    na visão do executivo. 
						
						  
						No entanto, para Ivair Rodrigues, a 
                    iniciativa de vender computadores de baixo custo não deve 
                    ser suficiente para incluir digitalmente boa parte da 
                    população brasileira.  
						
						
						
						
						  
						
						"O computador está, principalmente, nas 
                    mãos da população das classes A e B. Com a estratégia, vai 
                    ampliar a base de pessoas da classe B e vai atingir parte da 
                    classe C. No entanto, os cidadãos das classes D e E 
                    continuarão excluídos", declara. 
						
						  
						Uma das alternativas, segundo ele, 
                    seria ampliar programas de inclusão em escolas públicas, 
                    para capacitar os estudantes dentro do ambiente de ensino, 
                    primeiramente. 
						
						  
						A isenção de PIS/Cofins anunciada pelo 
                    coordenador do programa PC Conectado, Cezar Alvarez, na 
                    quinta-feira deverá reduzir em cerca de 9,25% o preço dos 
                    computadores. Para o gerente da IDC, os consumidores devem 
                    sentir a diferença no preço dos equipamentos cerca de 30 
                    dias depois da isenção enquadrada na legislação.
							 
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						Redução da pirataria e concorrência no 
                    mercado brasileiro de software serão os principais 
                    benefícios da versão do PC Conectado com software livre, 
                    ressalta Sérgio Amadeu, presidente do Instituto Nacional de 
                    Tecnologia da Informação (ITI) e defensor do uso de sistemas 
                    de código aberto no projeto de inclusão digital do governo 
                    federal. 
						
						  
						"O programa vai assegurar que, além da 
                    concorrência em hardware, também exista competição na área 
                    de software já que hoje há uma situação de monopólio", 
                    declara Amadeu, que participou da apresentação do projeto 
                    pelo governo nesta quinta-feira (12/05) , em Brasília (DF) 
						
						  
						O presidente do ITI, que foi um dos 
                    idealizadores do PC Conectado, avalia como positivo do 
                    projeto apresentado hoje, especialmente em relação ao 
                    financiamento. Para a versão com software livre, o governo 
                    garantiu financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento 
                    Social (BNDES). 
						
						  
						"O projeto vai cumprir seu objetivo 
                    principal, que é dar acesso a um computador com conexão e um 
                    conjunto de aplicações de ótima qualidade à classe 
                    média/baixa. E isso não seria possível sem o financiamento", 
                    observa Amadeu. 
						
						  
						Além de aquecer o mercado de 
                    desenvolvimento de software, Amadeu destacou que o PC 
                    Conectado com software livre é, de fato, uma solução para a 
                    pirataria no País. "Hoje as pessoas compram PCs e instalam 
                    softwares piratas porque não têm dinheiro para comprar um 
                    original", afirma.   
							
							
							
							PC Conectado alavanca vendas, 
                    diz Positivo  Sexta-feira, 
							13 maio de 2005 
							Camila Fusco - IDG Now!
							  
						  
						O projeto do PC Conectado apresentado 
                    nesta quinta-feira (12/05) pelo governo federal vai 
                    alavancar as vendas e ajudar no combate ao mercado cinza de 
                    equipamentos de informática. 
						
						  
						Isso é o que diz Hélio Rotemberg, 
                    diretor da Positivo Informática, ao comentar detalhes do 
                    programa, que prevê a isenção de PIS Cofins para 
                    computadores vendidos até 2.500 reais. 
						
						  
						"A isenção será dada para as vendas 
                    destinadas ao governo e à pessoa física. Se a venda for para 
                    o governo, o próprio fabricante será beneficiado com a 
                    isenção. No caso de pessoa física, é o varejista que terá o 
                    desconto, mas os fabricantes serão beneficiados com o volume 
                    de vendas", declarou. 
						
						  
						Na opinião do executivo, porém, o 
                    governo deveria ter agido de forma diferente no que diz 
                    respeito ao financiamento do Banco Nacional de 
                    Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Pelos termos 
                    atuais, o BNDES só oferecerá financiamento especial aos 
                    varejistas que comercializarem equipamentos com código 
                    aberto. 
						  
						"Eu só não concordo com a restrição do 
                    Windows no projeto do BNDES. Acredito que os usuários 
                    gostariam muito mais de ver um computador com esses 
                    incentivos rodando Windows XP Starter Edition", afirmou. 
						
						  
						A Positivo anunciou em 13 de abril a 
                    venda de seus computadores com o sistema operacional 
                    compacto da Microsoft. No entanto, antes mesmo desse prazo, 
                    a empresa já colocava à venda um computador de baixo custo 
                    no mercado com as mesmas configurações previstas para o PC 
                    Conectado com sistema operacional Linux. 
						
						  
						"Acredito que o fato de termos lançado 
                    um computador com Linux antes mesmo do PC Conectado vai 
                    trazer grandes benefícios para a empresa", afirmou. 
						
						  
						O computador popular da Positivo com 
                    Linux tem o preço sugerido de 1.300 reais. Já o equipamento 
                    com Windows XP Starter Edition está nas lojas por 1.599 
                    reais.    
					     
	  
	
	
	BNDES só financia PC Conectado com Linux  Quinta-feira, 
	12 maio de 2005  Camila Fusco - 
	IDG Now!  
	
		  
		O governo federal confirmou na tarde desta 
              quinta-feira (12/05) que o financiamento dos computadores do 
              programa PC Conectado só será feito pelo Banco Nacional de 
              Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para equipamentos com 
              software livre. 
		  
		O PC Conectado é um projeto de inclusão 
              digital do governo federal. Entre outras medidas, o governo 
              decidiu que vai isentar os computadores com preços até 2.500 reais 
              de impostos (PIS Cofins). (Leia nota abaixo). 
		
		  
		A isenção fiscal de PIS Cofins será para 
              todos os equipamentos nessa faixa de preço, mas a linha de crédito 
              do BNDES para os varejistas só será concedida para a venda dos 
              equipamentos de código aberto. 
		
		  
		Segundo Sérgio Rosa, diretor do Serviço 
              Federal de Processamento de Dados (Serpro), o BNDES vai conceder a 
              linha de financiamento aos varejistas com base na Taxa de Juros de 
              Longo Prazo (TJLP). O financiamento para o consumidor final 
              dependerá do próprio varejista. 
		
		  
		"Os juros devem variar entre 1% e 4,5%, 
              dependendo da negociação do vendedor com o cliente. O vendedor 
              fará a prestação final ao consumidor", afirma. 
		
		  
		De acordo com fontes próximas ao governo, a 
              decisão pelo software livre só foi tomada na manhã desta 
              quinta-feira (12/05) em reunião com o presidente Luiz Inácio Lula 
              da Silva, embora tenham ocorrido divergências com o ministro Luiz 
              Fernando Furlan, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio 
              Exterior, que defendia o financiamento do BNDES para todos os 
              modelos de licenciamento. 
		
		  
		A decisão do governo de atribuir ao BNDES o 
              financiamento apenas das versões com sistema operacional aberto 
              pode ser interpretada como uma derrota para a Microsoft, que 
              lançou uma versão de baixo custo do Windows XP Starter Edition há 
              um mês. Na ocasião, a empresa informou que não venderia o software 
              no varejo, mas só integrado as máquinas de fabricantes de PCs. 
		
		  
		Na visão de Sérgio Rosa, porém, o modelo do 
              PC Conectado beneficia tanto os defensores do software livre 
              quanto os de código proprietário. 
		
		  
		"Considero uma vitória de todos. Os 
              defensores do código proprietário poderão participar do projeto, 
              assim como os de software livre. No entanto, o grande beneficiado 
              será o consumidor, que poderá aproveitar a concorrência entre as 
              empresas", diz. 
		
		  
		Os equipamentos que integram o programa terão 
              preços a partir de 1.400 reais e a conexão à internet será opção 
              do comprador, segundo as primeiras informações. O pacote de 
              conectividade com 15 horas de acesso à internet custará 7,50 reais 
              e deverá ser definido ainda com as operadoras. 
		
		  
		Conforme anunciado anteriormente, as 
              configurações para o equipamento subsidiado pelo BNDES incluem 
              memória RAM de 128 Megabytes (MB), disco rígido de 40 Gigabytes 
              (GB), fax modem de 56 Kilobits por segundo (kbps), placas de rede, 
              som e vídeo e monitor de 15 polegadas. 
		
		  
		Entre os aplicativos estão sistema 
              operacional, editor de texto, planilha eletrônica, softwares de 
              apresentação, navegador de internet, antivírus, entre outros. No 
              total, está prevista a inclusão de 26 aplicativos. 
		
		  
		Medida Provisória ou Projeto de Lei 
		
		  
		Ainda de acordo com o diretor do Serpro, a 
              questão da isenção de PIS Cofins precisa ser enquadrada na 
              legislação, por Medida Provisória ou Projeto de Lei.  
		
		  
		No entanto, o governo está mais inclinado a 
              um Projeto de Lei, segundo Sérgio Rosa, do que a uma Medida 
              Provisória.  
		  
		"As próximas ações do governo prevêem a 
              preparação de um projeto de lei e o envio de um pedido ao Conselho 
              Monetário Nacional para linha de crédito para abrir linha de 
              financiamento pelo FAT [Fundo de Amparo ao Trabalhador]", declara. 
		
		  
		O anúncio do PC Conectado realizado nesta 
              quinta-feira (12/05) aconteceu após ser adiado por quatro vezes.   
			
			
			
			
			
			
			
			
			
			
			
			
			
			
			
			
			
			
			  
		
		
		
		
		
		
		Como um carro popular  
		
		Mário Nagano, PC World  
			12/05/2005    Enquanto o governo federal faz reuniões para definir a proposta do 
              computador de baixo custo para seu projeto de inclusão digital – o 
              chamado PC Conectado – algumas empresas não perderam tempo e 
              desenvolveram versões “inspiradas” na iniciativa governamental. É 
              o caso do equipamento Positivo Celeron D 315 Starter Edition, da 
              Positivo Informática, equipado com o Windows XP Starter Edition, 
              sistema operacional anunciado em abril pela Microsoft. 
		
		  
		O equipamento lembra a proposta dos primeiros 
              carros populares com motor 1.0: acabamento simples, preço 
              relativamente acessível e desempenho modesto.  Ou seja, nada que empolgue o consumidor mais exigente, mas um 
              apelo para aqueles que sempre andaram a pé – neste caso, quem 
              nunca teve um computador.  O Positivo Celeron D 315 Starter Edition, de 1.599 reais, vem com
			 - monitor de 15 polegadas,  - chip de 2,26 GHz, 128 MB de memória SDRAM DDR 266,
			 - disco rígido de 40 GB,  - gravador de CD-RW,  - placa de rede e 
			 - caixas de som. 
		  
		Para ficar nessa faixa de preço, o computador 
              combina algumas recursos atuais com outros mais antigas.  O processador Celeron D315, por exemplo, é um produto recente que 
              utiliza a mesma tecnologia de 90 nanômetros dos chips Pentium 4 
              Prescott. 
		  
		Em contrapartida, as memórias do tipo DDR 266 
              são um tanto ultrapassadas, e o disco rígido é um Seagate 
              Barracuda ST340015A de 5.400 rpm (os modelos mais novos são de 
              7.200 rpm).  O conjunto de software inclui o pacote de aplicativos de 
              escritório Open Office 1.1 e o Adobe Reader 7, entre outros 
              programas – um software antivírus cairia bem. 
		
		  
		Devido às limitações impostas pelo Windows 
              Starter Edition, não foi possível executar testes de aplicativos 
              como o PC WorldBench e o Sysmark.  Mas realizamos algumas análises sintéticas. Foi possível levantar 
              números de desempenho em processamento (2.898 pontos), memória 
              (1.936 pontos) e disco (2.417 pontos). 
		
		  
		No 3Dmark 2001 SE, o PC da Positivo bateu 929 
              pontos e 30,9 qps (quadros por segundo) no Quake III no seu modo 
              mais simples (640 por 480 em Hi-Color).  Se comparado com o Dimension 2400, da Dell, equipado com Celeron 
              de 2,4 GHz, analisado em setembro de 2004, ganhou apenas no 
              desempenho do processador. 
		
		  
		Esses números mostram que o equipamento da 
              Positivo não está preparado, por exemplo, para executar jogos 
              atuais, que pedem no mínimo 256 MB de RAM, placa 3D compatível com 
              DirectX 9 e, em alguns casos, drive de DVD-ROM. 
			 Preço: R$ 1.599 Onde encontrar: Casas Bahia e Ponto Frio   
		  
	
	
	
	
	
	
	Lula apresenta seu PC na quinta 
	09/05/2005   
	
	Enquanto não sai o anúncio do governo, fizemos 
          orçamentos de computadores populares em diversos tipos de fornecedores 
	
	  
	Renata Mesquita 
	
	  
	O governo federal marcou a apresentação oficial 
          do projeto PC Conectado, que já foi adiada quatro vezes desde o ano 
          passado, para a próxima quinta-feira, dia 12. 
	
	  
	Na data, o assessor especial da Presidência, 
          Cezar Alvarez, e demais coordenadores do programa, pretendem dizer a 
          fabricantes de hardware e software, varejistas, operadoras de 
          telefonia, bancos e outros ministérios envolvidos como esperam que o 
          mercado participe do projeto. O micro deve custar R$ 1.300, divididos 
          em 24 prestações, com juros de 2% ao mês. 
	
	  
	Como ainda não existe uma data para o PC 
          Conectado chegar às lojas, o Link foi às compras para descobrir quanto 
          custa hoje um computador com as mesmas características que o governo 
          espera – ou algo muito perto disso. Máquinas completas, com monitor, 
          caixas acústicas, leitor de CD, teclado e mouse.  
	
	  
	A Rua Santa Ifigênia, que fica no centro de São 
          Paulo, é o paraíso para quem quer montar seu próprio computador – 
          mesmo para quem procura equipamentos legalizados, com nota fiscal e 
          software “quente”. 
	  
	Em uma das lojas visitadas, consegui montar o 
          computador por R$ 1.390. Se quisesse colocar um gravador de CDs no 
          lugar do drive de CD-ROM normal, o lojista só cobraria R$ 10 a mais. 
          Ele não viria com nenhum programa instalado. Mas, se o pagamento fosse 
          feito à vista, o valor baixaria para R$ 1.358. 
	
	  
	Na internet, montar o PC foi bem mais rápido. Em 
          poucos cliques encontrei um modelo da Itautec com drive de DVD no 
          lugar do CD-ROM, e sistema operacional Linux, por R$ 1.499, mais R$ 33 
          de frete (valor para São Paulo, capital). O processador também era 
          diferente do pesquisado na Santa Ifigênia. Se aquele vinha com o AMD 
          Semprom 2400, de 2,4 GHz, o modelo da Itautec trazia um Intel Celeron 
          de 2,4 GHz, um pouco mais caro que o concorrente. 
	
	  
	Não dava para ignorar os “montadores de bairro” 
          na pesquisa. Geralmente, conhecidos dos conhecidos, que acabam sendo 
          abastecedores e consultores da classe média que não tem conhecimentos 
          aprimorados em informática.  
	
	  
	Pedi um orçamento: R$ 1.425 por um computador com 
          mais memória que o PC Conectado. De quebra, poderia ganhar vários 
          programas já instalados. Claro que equipamento e programas não têm 
          nota. Mas esse amigo dá seis meses de garantia, sem discussão. 
          Quebrou, ele troca. 
	  
	Se o preço por aí anda tentador e bastante 
          próximo do que deseja o governo, o mesmo não se pode dizer das 
          condições de pagamento. Aliás, o próprio governo diz que considera 
          esse um dos pontos primordiais – e ainda não resolvidos – de seu 
          programa de inclusão digital.  
	
	  
	O montador do bairro me financiaria o equipamento 
          em até seis cheques, com uma taxa de juros determinada por ele e que 
          varia de acordo com o número de parcelas.  
	
	  
	Na Santa Ifigênia, a maioria das lojas pode 
          dividir a quantia em duas vezes, também no cheque, sem problema. 
          Claro, cada uma com suas regras com relação ao valor dessas 
          parcelas.Uma delas tem um acordo com uma financeira, que parcela o 
          computador em até 12 vezes com os juros tradicionais desse tipo de 
          estabelecimento. Já a loja virtual da Itautec, por contar com o 
          respaldo da marca, oferece diversas formas de pagamento que vão desde 
          3 vezes sem juros no cartão de crédito até 24 parcelas, via 
          financeira.   
	 
	  
	
	
	  
	Fenando Loureiro 
	*Fernando Loureiro é diretor de Comunicação e 
          Assuntos Corporativos da Dell   
	
	  
	Durante muito tempo, a população olhou para 
          aqueles que vendiam produtos contrabandeados ou pirateados pelas ruas 
          das grandes cidades como fruto das desigualdades sociais. Pobres 
          coitados que não têm outra maneira de sobreviver. 
	
	  
	Mas também temos visto diversas reportagens sobre 
          a apreensão de mercadorias contrabandeadas avaliadas em milhões de 
          reais e descobertas de depósitos clandestinos em São Paulo. São fatos 
          que mostram que, na verdade, o mercado informal é estruturado e 
          organizado, tem ramificações nas mais variadas atividades ilícitas e 
          movimenta verdadeiras fortunas. 
	
	  
	Enquanto isso, empresas que se mantêm dentro da 
          legalidade precisam pagar impostos, taxas, contribuições e encargos 
          sociais. Como resultado, os produtos legalizados não conseguem 
          competir com os contrabandeados.  
	
	  
	O resultado também é desastroso para o Brasil, 
          que acaba arrecadando menos impostos, além de uma elevada taxa de 
          desemprego. Por outro lado, o governo não tem recursos suficientes 
          para investir em escolas, hospitais, segurança pública, etc. As 
          empresas deixam de contratar e investir. Uma cadeia sem-fim. 
	
	  
	No mercado de informática, essa realidade é 
          bastante clara. De acordo com estimativas das empresas do setor, 75% 
          do mercado de computadores pessoais, 61% do mercado de software e 60% 
          das câmeras digitais e de auto-rádios estão na informalidade – o 
          conhecido mercado cinza. 
	
	  
	Por meio de importações ilegais ou irregulares de 
          peças e componentes, e utilização de softwares sem as devidas licenças 
          de utilização, um PC doméstico “montado” chega a ser 40% mais barato 
          que um computador “de marca”. 
	
	  
	Apesar da aparente vantagem inicial no preço, o 
          consumidor final é o principal prejudicado. Ao comprar um equipamento 
          “montado”, o usuário não tem certeza da procedência e da 
          compatibilidade das peças, utiliza softwares piratas e pode não ter 
          assistência técnica ou garantia quando precisar.  
	
	  
	Para competir em igualdade, a indústria legal de 
          PCs está trabalhando com o governo federal no desenvolvimento e 
          implementação de uma política tributária mais justa. Uma medida mais 
          imediata que está sendo discutida é a isenção do PIS/Cofins na cadeia 
          produtiva.  
	  
	O próximo passo seria zerar o Imposto de 
          Importação de componentes que não tenham produção local – que pode ser 
          aumentado logo após a indústria começar a produzir em escala no País, 
          com qualidade e preços compatíveis globalmente. No âmbito estadual, a 
          desoneração do ICMS deveria seguir a mesma proporção, incentivando a 
          produção local. 
	  
	Com uma nova política tributária, empresas 
          legalizadas poderão competir com o mercado cinza em condições justas. 
          Os usuários terão a oportunidade de escolher produtos pela qualidade e 
          serviços agregados. A competição fará os preços caírem e a inclusão 
          digital deixará de ser um sonho. 
	
	  
	A indústria de PC crescerá. Fornecedores mundiais 
          poderão considerar o Brasil com potencial para investimentos, gerando 
          mais empregos, arrecadação de impostos e desenvolvimento para o País. 
	
	  
	Talvez, um dia, possamos nos tornar um mercado 
          globalmente competitivo.  Utopia? Sinceramente, acredito que não. Para que isso aconteça, basta 
          que as mudanças comecem a ocorrer. Agora. 
	
	
	
	
	
	
	
	
	  
	 
	  
	
	
	
	
	Hélio Bruck Rotenberg 
		*Hélio Bruck Rotenberg é diretor-geral da Positivo Informática 
		 
	  
	O governo federal lançou há alguns meses o 
          Programa do PC Conectado, que visa fundamentalmente a dar acesso ao 
          computador a quem hoje não consegue adquiri-lo. 
	
	  
	O lançamento do programa, mesmo sem as definições 
          finais de como será operacionalizado, já cumpriu um importante papel: 
          fomentou a discussão sobre o tema entre toda a cadeia produtiva 
          envolvida.  
	  
	Os fabricantes de computador, as empresas de 
          telecomunicações, os fornecedores de componentes e de sistemas 
          operacionais, os varejistas, enfim, todos se mobilizaram com o intuito 
          de viabilizar computadores mais baratos. 
	
	  
	Os resultados são visíveis com a redução 
          significativa dos preços na ponta do varejo. Realmente, hoje, é 
          possível comprar um computador por bem menos do que se comprava, com 
          configurações iniciais chegando a custar R$ 400 mais barato do que as 
          mesmas configurações custavam há três meses.  
	
	  
	Pela primeira vez, os preços chegam a estar 
          abaixo dos preços do chamado “grey market”. O mercado cinza se 
          caracteriza por ter alguma espécie de ilegalidade, seja pela entrada 
          ilegal de componentes, seja pela sonegação de algum imposto. O IPI, 
          por exemplo, não se vê destacado em nenhuma nota desses montadores 
          alternativos.  
	  
	A significância deste mercado deixou de ser 
          desprezível: segundo a International Data Corporation (IDC), ele é 
          responsável por 74% dos computadores vendidos no Brasil. 
	
	  
	Para baixar ainda mais os preços dos computadores 
          legais, não há como deixar de entrar na área dos tributos. E as boas 
          notícias são os comentários que temos ouvido por parte do governo 
          federal em relação ao PC Conectado.  
	
	  
	Hoje, o PIS e a Cofins somados representam 9,25% 
          do preço dos computadores, e a grande novidade é que o governo 
          pretende isentar uma boa parte destes tributos dos computadores de 
          baixo preço. Se isso acontecer, teremos muito mais que um PC 
          Conectado, teremos uma política industrial indutora de um mercado 
          legal de computadores. 
	  
	Com muita chance de sucesso, essa medida baixará 
          significativamente o tamanho do mercado cinza, além de proporcionar 
          uma ampla inclusão digital. 
	
	  
	Essa grande inclusão depende ainda da 
          viabilização de financiamento apropriado, e parece que, também nessa 
          área, teremos boas novas. Ainda não está definido como, mas o governo 
          dá sinais de que poderemos ter alternativas de taxas de juros melhores 
          para a compra desses micros mais baratos. 
	
	  
	Estamos muito animados e agora torcendo para que 
          a isenção do PIS/Cofins chegue perto dos 100% e possa, de alguma 
          maneira, beneficiar toda a cadeia produtiva. Torcendo para que 
          tenhamos viabilizado taxas melhores. Desta maneira, teremos uma 
          revolução em nosso mercado, com todos os fabricantes aumentando sua 
          produção, gerando mais empregos formais, baixando a ilegalidade e, o 
          que é mais importante, com mais gente tendo acesso ao seu primeiro 
          computador. 
	   
	
	
	PC conectado sai no dia 12 de maio  Quarta-feira, 4 maio de 2005 - 19:50  
	 IDG Now!  No dia 12 de maio, o governo federal finalmente apresentará o projeto de inclusão digital, PC Conectado, informou o assessor especial da presidência da República e coordenador do programa, Cezar Alvarez, nesta quarta-feira (04/05). A apresentação do projeto já foi adiada quatro vezes pelo governo federal desde janeiro deste ano. 
	 "A idéia é chamar todos os parceiros do projeto - fabricantes, varejistas, operadoras, provedores, empresas de suporte etc. - e formalizar o projeto, além de receber críticas e opiniões dos envolvidos", explica Alvarez em entrevista ao IDG Now!. 
	 O prazo para que o PC Conectado esteja nas lojas também deve ser definido na reunião. "Esta é a pergunta que vou fazer na reunião e o mercado é que vai dizer", declara Alvarez, que estima que a máquina popular vire realidade menos de um mês após o encontro do dia 12. 
	 Até a próxima quinta-feira, no entanto, Alvarez ainda deve definir os critérios de isenção fiscal para os fabricantes do PC Conectado, bem como os benefícios de financiamento aos compradores do micro popular junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES)  e a Federação Brasileira de Bancos (Febraban). 
	 O preço sugerido para o PC Conectado está entre 1.300 e 1.400 reais. "Não daremos vantagens se a máquina custar mais de 1.400 reais", frisa Alvarez.  
	  
	02/05/2005 "A
        iniciativa de um PC mais barato virá do povo" 
	Caderno Link do Estadão
  Especialista em baixa renda da GV diz que os grandes bancos não têm interesse em financiar PCs - ou qualquer outra coisa que seja - para a população carente 
	 Renata Mesquita
  A falta de crédito na praça para a população de baixa renda é apontada pelo governo como um dos vilões que ainda impedem o PC Conectado - aquele projeto de vender computadores em parcelas de cerca de R$ 50 mensais - de sair do papel. 
	 Os articuladores do programa também querem que os bancos baixem as taxas de juros para 2% ao mês, bem abaixo dos praticados no varejo, exclusivamente para a venda de computadores para esse público específico. 
	 A Febraban, associação que agrega os bancos do País, diz que recebeu o pedido do governo. E que a questão ainda será repassada às instituições para avaliação. 
	 A questão dos juros não seria exatamente um problema para o projeto, acredita a professora Tania Limeira, coordenadora acadêmica do Fórum de Baixa Renda da Fundação Getúlio Vargas (FGV) de São Paulo. 
	 Não é por acaso que o antigo slogan de uma grande rede varejista do País perguntava quanto o consumidor queria pagar. Segundo especialistas do setor, o brasileiro das classes D e E olha muito mais o valor da prestação do que quanto vai pagar de juros por um produto que ele considera indispensável. 
	 "Programas como esse não dão certo não por serem inviáveis, mas porque as grandes instituições bancárias simplesmente não têm interesse nesse mercado", defende Tania, que é uma das palestrantes do seminário Varejo Baixa Renda: Oportunidades e Desafios, que a FGV promove no dia 5 de maio em São Paulo. 
	 A professora declarou ao Link que a ampliação do crédito ajudaria na inclusão digital de milhões de brasileiros.  
	 Leia abaixo os principais trechos da entrevista.
  Faz sentido criar uma linha de crédito específica para colocar o computador nas residências de baixa renda do País? 
	 Claro. O PC não é um bem secundário. Ele será, para as novas gerações, o que a TV foi para as gerações anteriores. É pelo PC que a criança vai aprender a ler, a ter autonomia. Todo o entretenimento tende a convergir para o computador. Além disso, os jovens sentem hoje que precisam dominar o PC se não quiserem estar fora do mercado de trabalho. 
	 Um PC mais barato e em suaves prestações vai promover a inclusão mesmo de quem nunca viu um computador? 
	 Sim, porque as escolas já têm programas de inclusão, estão instalando laboratórios de informática. As crianças aprendem na escola e usam em casa. Vender computador mais barato faz parte de uma política ampla, que envolve outras iniciativas públicas. Faz todo o sentido se pensarmos dentro de uma visão macro de inclusão. 
	 Hoje essas pessoas não têm acesso a crédito para comprar um computador? 
	 A indisponibilidade de crédito sempre foi um problema na economia brasileira. Para as classes D e E, com renda de dois a cinco salários mínimos, o crédito é praticamente impossível. Boa parte nem consegue ter conta em banco. De uns dois anos para cá, surgiram boas iniciativas para facilitar as coisas, como o Banco Popular do Brasil. Ou o empréstimo vinculado ao débito em folha de pagamento, que foi uma idéia extremamente feliz. Na prática, o limitador de crédito não é a condição sócioeconômica da pessoa, mas o desinteresse das empresas que ganham muito mais tendo como clientes o governo e outras camadas da população. A história que o risco da operação aumenta os juros é ficção, isso não existe. Esse panorama está mudando devagar, mas a tendência é que cresça muito. 
	 Alguns varejistas alegam que o PC é um bem de curta duração, que deve ser substituído em pouco tempo. E que, por isso, os riscos de financiá-lo a longo prazo como quer o governo (em pelo menos 24 meses) são altos. 
	 Não dá para generalizar dizendo que o computador é um produto que gera inadimplência. Essa idéia de que um PC não dura é um conceito da classe média, portanto não tem nada a ver para quem vai dar a ele um uso apenas doméstico, escrever um texto, navegar na internet. Essa relação inadimplência/baixa durabilidade é totalmente questionável. 
	 Existe um jeito de viabilizar o sonho do governo de vender 1 milhão de computadores à população carente? 
	 Já podemos ver o mercado se mexendo, e é isso que deve acontecer. Se for esperar que os grandes bancos criem mecanismos para facilitar a venda, talvez esse projeto nunca saia. Geralmente, os empreendedores têm as idéias, e as instituições aderem depois, atrasadas. Se o governo tivesse força para aprovar uma portaria, uma medida provisória para criar essas linhas de crédito especiais, aí poderíamos falar em volumes muito maiores. Poderíamos falar em 5, 10 milhões de computadores e não apenas 1 milhão. Se o governo não toma iniciativa, a população não vai ficar parada. Mas o processo será mais demorado. É por isso que as políticas públicas são importantes. Para acelerar processos como este. 
	 [Transcrito de 
	http://www.link.estadao.com.br/index.cfm?id_conteudo=3589]  
	  
	
	
	Lula quer PC Conectado aprovado com urgência  Quarta-feira, 27 abril de 2005 - 08:10  
	IDG Now! 
  O presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer que o projeto de lei que vai criar o programa PC Conectado seja aprovado com rapidez no Congresso Nacional. O programa tem como objetivo financiar a compra de computadores com acesso a Internet para a população carente. 
	 Segundo Lula, o governo definiu que o projeto será encaminhado em caráter de urgência ao Legislativo. "Um projeto dessa magnitude não pode ficar três, quatro, cinco, dez, doze, quinze anos tramitando. Essa tem que ser uma coisa de poucos dias", disse ao participar de um evento promovido pela Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic). 
	 O presidente destacou que o PC Conectado irá oferecer a população mais pobre oportunidade de aprender utilizando o computador. "Para a gente garantir que a nossa gente mais humilde tenha acesso às informações para poder trabalhar a partir da sua própria casa e, quem sabe, a gente esteja formando novos e melhores profissionais no nosso País", disse. 
	 Lula afirmou que o governo vai conversar com os deputados e senadores para agilizar a apreciação do programa. 
	 O projeto já foi adiado várias vezes por não chegar a uma conclusão a respeito de diversos fatores, como financiamento, incentivos tributários e sistema operacional.  
	 Em entrevista recente ao IDG Now!, Cezar Alvarez declarou que o PC Conectado não seria lançado em 15 de abril - conforme sinalizado anteriormente pelo ministro das Comunicações Eunício Oliveira - principalmente em virtude de questões relativas ao financiamento do equipamento.  Redação, com informações da Agência Brasil  
	 
	Caderno LINK do 
        Estadão 18/04/2005 
	PC popular e a novela da inclusão 
	 Depois de vários adiamentos, governo diz que, agora, quem decide é o 
        mercado; especialistas questionam eficácia do projeto
  Renata Mesquita 
	 O projeto do PC Conectado virou uma novela. Desde o seu anúncio, já teve 
        o lançamento adiado três vezes. E, mesmo sem ter saído do papel, começa 
        a ser criticado por especialistas que não vêem nele um caminho para a 
        população de baixa renda ser integrada à sociedade da informação. 
	 Vender um computador mais barato é suficiente para criar uma nação de 
        incluídos digitais? Entidades da sociedade civil envolvidas em projetos 
        na área acham que não. E que o governo deveria cuidar também da 
        cidadania virtual das pessoas.
  Elas dizem que ter condições de comprar um PC é ótimo. Mas que são os 
        centros de acesso comunitário que acabam ajudando a população a resolver 
        seus anseios sociais e econômicos ligados ao uso de um computador. 
        Coisas como pagar contas, matricular o filho na escola ou encontrar 
        fornecedores para seu micronegócio.
  QUARTO CAPÍTULO
  O pedido do presidente Lula por um computador para a população carente 
        veio em meados do ano passado. A primeira reunião com representantes de 
        diversos setores do governo - Ministério da Ciência e Tecnologia, 
        Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) e Instituto Nacional 
        de Tecnologia da Informação (ITI), entre outros - aconteceu em agosto. 
	 A princípio, o PC Conectado sairia em dezembro. Mas o lançamento foi 
        adiado para o começo do ano escolar, em março. Na época, o governo não 
        havia definido como seria o equipamento, nem com quais programas viria. 
	 Em março, foi anunciada uma nova data: 15 de abril.
  Agora, depois de um novo adiamento, o governo não fala em datas. Ou 
        melhor, fala, mas diz que quem vai lançar o produto é o mercado, e não 
        ele. Esse novo prazo - ou expectativa, como prefere um dos responsáveis 
        pelo programa, Cezar Alvarez - pode ser meados de maio.
  "O PC Conectado será adiado quantas vezes forem necessárias para sair 
        direitinho. É um projeto que envolve a indústria, o varejo, várias áreas 
        do governo, o Conselho Monetário Nacional, o Banco Nacional de 
        Desenvolvimento Econômico e Social", enumera Alvarez, que é assessor 
        especial da Presidência da República.
  A informação é que falta resolver a isenção - parcial ou total - de 
        impostos sobre a importação de componentes. E o financiamento à 
        população a juros de 2% ao mês, mais baixos do que os praticados no 
        comércio. A idéia, diz Alvarez, ainda não recebeu o apoio total do setor 
        bancário.
  TERRA DE EXCLUÍDOS
  Um estudo divulgado pelo próprio governo diz que 79% dos brasileiros 
        nunca mexeram num computador, e que 89% nunca navegaram pela internet. E 
        que apenas 14,4% da população tem acesso regular a um PC.
  Mas a idéia de que um computador mais barato servirá para inserir a 
        comunidade carente na chamada Sociedade da Informação é vista com 
        ressalva por entidades que promovem ações de inclusão.
  "Não adianta só dar um PC. As pessoas têm que fortalecer sua 
        participação cidadã, ter acesso ao CPF eletrônico, usar os serviços do 
        governo na internet, fazer um blog", diz Paulo Lima, diretor da Rede de 
        Informações para o Terceiro Setor (RITS). "Sem orientação, elas não 
        saberão onde encontrar as informações".
  O historiador defende que o programa inclua também projetos culturais, 
        de educação e de cidadania. "O PC mais barato é uma linha auxiliar de 
        inclusão. Mas deveria existir uma política mais bem definida para as 
        escolas, para que o aluno fizesse um bom uso em aula e depois ensinasse 
        os pais a fazer um bom uso em casa", diz.
  Rodrigo Alvarez, do Comitê para Democratização da Informática (CDI-SP), 
        critica a falta de conversa entre o PC Conectado e outros programas de 
        inclusão social. "Não existe uma linha de trabalho comum", diz. 
	 Segundo Rodrigo, o modelo ideal é o que trata a tecnologia como um meio, 
        e não um fim. "A proposta político-pedagógica não deveria ser ensinar 
        informática", acredita. "A idéia do PC Conectado é interessante, mas 
        investir em centros de acesso comunitário teria um alcance mais 
        abrangente", defende o coordenador regional do CDI.  
	Caderno LINK do Estadão 
	18/04/2005 
	Os pecados do computador de Lula 
	 Projeto de PC popular continua no reino da realidade virtual, enquanto 
        adoção de software livre vira bandeira de marketing
  Ricardo Anderáos 
	 É um computador barato, com acesso garantido à internet e recheado de 
        programas. Pode ser comprado em 24 prestações de R$ 50. Graças a ele, 
        milhões de famílias de baixa renda têm acesso à tecnologia em casa. 
        Parece bom demais para ser verdade? Talvez seja mesmo.
  Mais de seis meses após seu anúncio, o PC Conectado, principal bandeira 
        do governo Lula para promover a inclusão digital, continua no reino da 
        realidade virtual. Por quê?
  Tecnologia é um instrumento indispensável para que o Brasil deixe de ser 
        o eterno país do futuro. Através dela, Coréia, Irlanda e Índia, para 
        citar alguns exemplos, estão tentando dar seu salto para o século 21. 
	 Para seguir esse caminho, o governo promete acesso público a 
        computadores para a população carente, em milhares de infocentros com a 
        marca Casa Brasil. Também fala em adotar o software livre na 
        administração federal, incentivar a produção e exportação de software 
        nacional, além de lançar o tal PC Conectado.
  Essas medidas não são suficientes para transformar o Brasil numa Coréia. 
        Mas já seriam um primeiro passo. Por isso é tão preocupante ver o 
        anúncio do computador popular ser novamente adiado, pelo quinto mês 
        consecutivo.
  O principal pecado do governo na área é a demora em implementar uma 
        política nacional de tecnologia. Em julho do ano passado, numa viagem à 
        África, falando a chefes de Estado de países de língua portuguesa, Lula 
        declarou: "Temos urgência em promover a inclusão digital." Seu mandato 
        já passou da metade, mas, até agora, nada de concreto aconteceu.
  Outro problema na estratégia do governo é não integrar a política de 
        tecnologia com a política educacional. Especialistas afirmam que não 
        basta facilitar o acesso da população de baixa renda aos computadores. 
        Analfabetos funcionais só poderão usar os PCs para jogar videogames ou 
        baixar pornografia da internet.
  Problema adicional é fazer do software livre uma bandeira de marketing, 
        falar disso a toda hora, mas não adotar medidas efetivas para formar 
        técnicos e desenvolvedores que saibam trabalhar nessa plataforma. Faltam 
        programadores realmente qualificados para isso no Brasil. A maioria só 
        sabe desenvolver em cima de softwares proprietários, sejam da Microsoft 
        ou de outras empresas, como a Oracle, por exemplo.
  Também há hesitação em acabar com os pesados tributos cobrados na 
        importação dos componentes de computador. E um dos problemas centrais 
        para viabilizar o projeto do PC popular, que é o crédito para a 
        população de baixa renda, ainda não foi equacionado pelo governo. 
	 
	
	PC popular pode ter desconto em folha 
	 Sexta-feira, 15 abril de 2005 - 17:10  Camila Fusco - 
	IDG Now! 
  A consultoria Faed estabeleceu um acordo com a Cobra Tecnologia para 
		fornecer computadores de baixo custo, impressoras e estabilizadores a 
		funcionários de empresas por meio de um financiamento de 49 vezes de 
		29,90 reais (valor total de 1.465,10 reais).
  Trata-se de um projeto que prevê um convênio com as companhias do País 
		para que seus funcionários possam utilizar um meio alternativo para o 
		parcelamento dos PCs. Pelo modelo, a empresa firma um convênio com a 
		Faed e desconta diretamente na folha de pagamento o valor para ser 
		repassado à fabricante, sem a interferência de bancos.
  "Essa foi uma proposta da Faed para promover a inclusão digital dos 
		trabalhadores brasileiros. A empresa interessada preenche uma proposta, 
		envia a Faed e seus funcionários poderão comprar o computador com 
		desconto diretamente no salário", declara Fábio Abdalla, diretor geral 
		da companhia.
  De acordo com o executivo, os equipamentos são procedentes de vários 
		fabricantes, entre eles a First International Computer (FIC). A Cobra 
		ficará responsável por homologar os produtos e vai garantir o desempenho 
		e a qualidade dos equipamentos. 
  Configuração
  A configuração dos equipamentos é semelhante à detalhada pelo governo 
		federal para o projeto do PC Conectado, com disco rígido de 40 
		Gigabytes, processadores Intel (Celeron) ou AMD (Sempron) e monitor de 
		15 polegadas. A memória RAM, porém, é superior à da proposta 
		governamental e tem 256 Megabytes (MB).
  Os softwares utilizados são de código aberto. Entre eles estão o 
		Freedows, da Cobra, e o Metasys, criado pelo Departamento de Ciência da 
		Computação (DCC) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que 
		oferecem softwares de produtividade, jogos, entre outros aplicativos. 
	 As impressoras utilizadas serão da marca Lexmark e os estabilizadores, 
		de fabricantes diversos. "Os compradores receberão os equipamentos pelo 
		Correio. Junto com o computador e a impressora, o cliente também 
		receberá um cupom para retirar o estabilizador em algum dos revendedores 
		credenciados das marcas", declara.
  O equipamento também incluirá um pacote para conexão à internet ao custo 
		de 7,50 reais. "Operadoras telefônicas já estão em negociação conosco 
		para oferecer o serviço, inicialmente nas capitais", informa Abdalla. 
	 Parcerias
  Segundo Abdalla, o processo desde o cadastramento da companhia até a 
		entrega do equipamento dura cerca de 60 dias. Não há um volume mínimo de 
		pedidos por empresa, o que beneficia principalmente as micro e pequenas 
		companhias. No entanto, a Faed está bastante otimista em relação aos 
		convênios e espera vender cerca de um milhão de PCs no primeiro ano do 
		programa em vigor.
  "Conseguiremos inicialmente atender uma demanda de 50 mil PCs por mês, 
		mas a intenção é ampliar esse número", afirma.
  A Faed já mantém conversas sobre o sistema com a Central Única dos 
		Trabalhadores (CUT), Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Força 
		Sindical, entre outras entidades para firmar convênios. Empresas 
		privadas de vários Estados também estão em fase final de negociações, de 
		acordo com Abdalla, embora ainda não seja possível divulgar os nomes. 
	 A Faed levou cerca de dois anos para formalizar a parceria com a Cobra e 
		será a única empresa do Brasil a comercializar os equipamentos por esse 
		modelo. Os interessados em firmar convênios com a companhia devem 
		acessar o site www.faedcomp.com.br , que estará disponível a partir da 
		próxima terça-feira (19/04).   
	
	
	Governo federal adia anúncio do PC 
		Conectado 
  Sexta-feira, 8 abril de 2005 - 19:09 
	 Camila Fusco, do IDG Now! 
  O governo federal não vai mais anunciar o projeto de inclusão digital PC 
		Conectado no dia 15 de abril, conforme o planejado, informou Cezar 
		Alvarez, assessor especial da presidência da República, em entrevista ao 
		IDG Now!, nesta sexta-feira (08/04).
  Alvarez não informou qual a nova data para o anúncio do projeto de PC 
		Conectado. "Não temos previsões", afirmou. De acordo com ele, o atraso 
		não está relacionado à definição do sistema operacional, mas sim a 
		questões relativas ao financiamento do equipamento. Nas próximas duas 
		semanas, a equipe do projeto terá reuniões com outros órgãos do governo. 
	 No final de março, Alvarez se reuniu com o Banco Nacional de 
		Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para pleitear novas linhas de 
		crédito às empresas de hardware e software envolvidas na produção do 
		micro popular criado pelo governo, além de abordar detalhes sobre a 
		proposta de repasse do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) para o 
		sistema financeiro privado como suporte ao financiamento do PC 
		Conectado.
  O responsável pelo projeto PC Conectado disse também que iniciou 
		conversas com operadoras de telecomunicações para incluir a oferta de 
		acesso em banda larga aos clientes do PC Conectado, mas explicou que 
		elas ainda estão em fase preliminar.
  Sobre a apresentação da Microsoft, que mostrou pela primeira vez ao 
		governo federal uma versão do Windows XP Starter Edition, Alvarez 
		acrescenta que se trata de um software com algumas alterações em relação 
		à proposta inicial da empresa de Bill Gates.
  Essa é a quarta vez que o governo federal adia o anúncio do projeto PC 
		Conectado. A primeira previsão era janeiro. Depois, ficou para março e, 
		durante a feira de telecomunicações Telexpo, em 1º de março, o ministro 
		das Comunicações, Eunício Oliveira, anunciou 15 de abril como nova data.
		  
	
	MS formaliza proposta para o PC Conectado 
	
  Sexta-feira, 8 abril de 2005 - 15:19  Camila Fusco - IDG Now!
	 Até a próxima segunda-feira (11/04), a Microsoft apresenta a proposta 
		formalizada do Windows XP Starter Edition para o governo federal, com a 
		intenção de participar do projeto de inclusão digital PC Conectado. 
	 Anteriormente, a empresa de software havia apresentado uma proposta 
		preliminar de sistema operacional para o programa, que foi considerada 
		inconsistente pelo grupo de software conduzido pelo Serviço Federal de 
		Processamento de Dados (Serpro) e pelo Instituto Nacional de Tecnologia 
		da Informação (ITI).
  Esta semana, a Microsoft apresentou testes do Starter Edition para 
		representantes do governo. Segundo o diretor do Serpro, Sérgio Rosa, 
		participaram do encontro integrantes dos Ministérios da Ciência e 
		Tecnologia; do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; da 
		Educação; da Fazenda; das Comunicações e da Casa Civil.
  "Essa foi a primeira demonstração da Microsoft do Starter Edition. Até o 
		momento a empresa tinha apresentado uma proposta em papel, e dessa vez, 
		eles demonstraram o software", declarou o diretor do Serpro. 
	 O executivo não detalhou qual foi a opinião dos representantes do 
		governo frente ao teste do sistema, apenas declarou que o Starter 
		Edition é, conforme já era sabido, um software "mais restrito". 
	 A próxima semana deve ser decisiva para o PC Conectado, uma vez que o 
		governo trabalha com a data de 15 de abril para lançar as diretrizes do 
		programa.   
	
	
	Extra lança PC de baixo custo com Linux  Quinta-feira, 
	7 abril de 2005 - 17:45  Camila Fusco - 
	IDG Now! 
	 
		  
	
		A rede de hipermercados Extra também está 
		reforçando sua estratégia de vendas de computadores de baixo custo. 
	
		  
	
		O estabelecimento - pertencente ao Grupo 
		Pão de Açúcar - apresenta nesta quinta-feira (07/04) seu computador 
		fornecido pela Novadata com preço de 1.394 reais.  
	
		  
	
		O equipamento traz processador Intel 
		Celeron D315, tem 128 Megabytes (MB) de memória e disco rígido com 40 
		Gigabytes (GB). Além disso, fazem parte da configuração um gravador de 
		CD e sistema operacional de código aberto ZINO 3.0 (da Insigne 
		Software), com pacote de produtividade Star Office. 
	
		  
	
		Segundo Marcelo Bazzali, diretor da 
		categoria de Eletroeletrônicos do Grupo Pão de Açúcar, o equipamento 
		está sendo lançado na mesma data do início da 6ª Feira de Informática 
		Extra - que acontece até o dia 17 de abril em todo o País - e a intenção 
		é mantê-lo após o término do período promocional. O produto estará 
		disponível nas lojas Extra, Extra Eletro e no site Extra.com. 
	
		  
	
		"Porém, vamos monitorar o retorno dos 
		nossos clientes para verificar se existem necessidades de alterações [de 
		configuração e sistemas]", declarou. 
	
		  
	
		Bazzali afirmou também - sem dar detalhes 
		- que a rede varejista mantém negociações com o governo federal para 
		participar da venda do PC Conectado. "Podemos dizer neste momento que o 
		Extra já esteve com o governo federal e está no processo de negociação". 
	
		  
	
		A iniciativa do Extra de vender PCs de 
		baixo custo com sistema operacional Linux é anunciada dias depois do 
		lançamento da estratégia da rede varejista Ponto Frio para inclusão 
		digital. No dia 22 de março, o Ponto Frio lançou um computador de 1.300 
		reais, em parceria com a Positivo Informática. 
	
		  
	
		Com a Feira de Informática, o Extra espera 
		vendas 40% superiores à edição do ano passado e 25% maiores do que nos 
		meses convencionais. O valor de faturamento da divisão de 
		eletroeletrônicos não foi divulgado.  
	
		  
	
		  
	
	
	
		 
		Terça-feira, 5 abril de 2005 - 14:12  
		IDG Now! com a colaboração 
		de Guilherme Bantel  
	
		 
		A Sun Microsystems deu sinal de que pretende participar ativamente do 
		programa de inclusão digital promovido pelo governo federal, o PC 
		Conectado. Nesta terça-feira (05/04), durante a conferência Sun Tech 
		Days em São Paulo, a companhia afirmou que irá propor a utilização de 
		terminais thin client (Sun Ray) na segunda fase do programa, em vez de 
		PCs equipados com sistemas Windows ou Linux. 
	
		  
	
		Segundo o diretor de marketing da 
		companhia no Brasil, André Echeverria, se o governo demonstrar interesse 
		na proposta, fabricantes de computadores serão contatados para que façam 
		as equações financeiras e comparem os valores entre o projeto atual e a 
		proposta da Sun. 
	
		  
	
		Baseado em sistemas centrais, com um único 
		servidor que alimenta os clientes ligados em rede, o thin client chega a 
		custar 300 dólares para instalação, disse Echeverria. Segundo ele, a 
		vantagem em relação ao PC é o gerenciamento centralizado, com máquinas 
		simples e baratas nos terminais de usuários. Com um cartão equipado com 
		chip, o usuário ainda pode acessar o seu ambiente personalizado a partir 
		de qualquer máquina da rede. 
	
		  
	
		Na proposta atual de software livre para o 
		PC Conectado, a Sun participa com a suíte de produtividade OpenOffice - 
		uma versão em código aberto do StarOffice, pacote similar ao Microsoft 
		Office. Já a companhia de Bill Gates propõe o uso de uma versão limitada 
		do sistema Windows, o Starter Edition.  
  
	 
	
	
	Governo não vai tabelar juros do PC Conectado  
	 
	Quinta-feira, 31 março de 2005 - 17:35  
	Camila Fusco - IDG Now!  
	O governo federal não deverá tabelar os juros do financiamento dos 
	computadores vendidos no programa PC Conectado. 
	 
	De acordo com o assessor especial da Presidência da República e coordenador 
	do projeto, Cezar Alvarez, os juros terão um teto estabelecido pelo governo, 
	mas a taxa aplicada vai depender do perfil de cada comprador. 
	 
	"Não vamos tabelar os juros. Quem assume o risco é a financeira, nós não 
	podemos garantir um número", declarou. 
	 
	O formato hoje do microcrédito - possibilidade considerada para financiar o 
	PC Conectado - estabelece crédito de até 600 reais e juros de 2%. Para que o 
	modelo fosse utilizado, haveria necessidade de ampliar esse limite de 
	financiamento e adequar os juros. 
	 
	"Estamos discutindo quais juros máximos poderão ser praticados para o 
	público de médio risco. Mas esse juro deve ser variável. Quanto ao FAT 
	[Fundo de Amparo ao Trabalhador], existe uma grande preocupação que esse 
	dinheiro incida na baixa renda e estamos analisando com os bancos públicos 
	federais os limites mínimos que poderiam ser feitos tanto para correntistas 
	quanto para não correntistas dessa classe de baixa renda", disse. 
	 
	Alvarez afirmou também que até o final da próxima semana deverá ser 
	realizada uma reunião com os fabricantes de hardware para discutir a redução 
	tributária.  
   
	
	
	Governo pede subsídio do BNDES ao PC Conectado  
	 
	Quarta-feira, 30 março de 2005 - 10:40  
	Daniela Braun - IDG Now!  
	 
	Nesta quarta-feira (30/03), Cezar Alvarez, assessor especial da Presidência 
	da República e coordenador do projeto do PC Conectado, se reúne com o Banco 
	Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para pleitear novas 
	linhas de crédito às empresas de hardware e software envolvidas na produção 
	do micro popular criado pelo governo. 
	 
	"Como a proposta é oferecer 1 milhão de PCs no primeiro ano do projeto, 
	algumas empresas [de tecnologia] precisam de mais capital para investir em 
	equipamentos e pessoal para antender a essa demanda", explicou Alvarez. 
	 
	Na reunião, segundo Alvarez, também serão abordados detalhes sobre a 
	proposta de repasse do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) para o sistema 
	financeiro privado como suporte ao financiamento do PC Conectado. 
	 
	O coordenador do projeto também deve procurar a Federação Brasileira de 
	Bancos (Febraban) para tratar da ampliação do crédito do PC Conectado ao 
	consumidor entre bancos e financiadoras de varejo, além dos bancos do 
	governo. 
	 
	Conforme informado pelo Ministro das Comunicações, Eunício Oliveira, no 
	início de março, o projeto do PC Conectado deve ser finalizado no dia 15 de 
	abril. Entretanto, a oferta do produto em prateleira ainda não tem data 
	marcada.  
	 
	Segundo Alvarez, as definições do desconto tributário e da configuração - de 
	hardware e software - do PC Conectado ainda não foram finalizadas  
	 
   
	
	
	CEO da AMD lança projeto de inclusão no Brasil  
	Terça-feira, 29 março de 2005 - 12:36  
	Camila Fusco - IDG Now!  
	 
	Até 2015, a fabricante de microprocessadores Advanced Micro Devices (AMD) 
	espera que 50% da população mundial tenha acesso à internet. Esta é premissa 
	da estratégia 50x15 anunciada nesta terça-feira (29/03) no Brasil pelo 
	próprio Chief Executive Officer (CEO) da companhia, Hector Ruiz. 
	 
	Para atingir seu objetivo, a AMD se baseia no Personal Internet Communicator 
	(PIC), que será lançado no mercado brasileiro até o final deste semestre. 
	 
	Conforme antecipou a PC World, o PIC é um dispositivo destinado a usuários 
	iniciantes de computadores que fornece acesso à internet e recursos básicos 
	de informática, como navegador de internet, e-mail, ferramentas de 
	produtividade e execução de arquivos multimídia. 
	 
	Segundo Ruiz, a AMD já estuda parcerias mundiais com outras empresas para o 
	desenvolvimento e a fabricação do PIC como Seagate, Solectron, Samsung e 
	Macromedia. 
	 
	Em relação ao sistema operacional utilizado pelo PIC, Ruiz declarou que o 
	equipamento é compatível com sistemas proprietários e também de código 
	aberto. 
	 
	O PIC já está a venda na Índia desde outubro de 2004 e atualmente a empresa 
	negocia sua oferta no México e em alguns países do Caribe. No exterior, a 
	máquina é vendida por 185 dólares sem monitor e 250 dólares com monitor. 
	 
	"Aqui no Brasil a carga tributária elevaria entre 20% e 30% o preço original 
	do produto", informa José Escodiero, presidente da AMD Brasil. Segundo ele, 
	estratégia de redução tributária do PC Conectado pode diminuir este valor. 
	 
	Ruiz chegou ao Brasil no domingo (27/03) e fica por aqui até amanhã (30/03), 
	mas informou que pretende voltar em breve para se reunir com membros do 
	governo federal e definir a contribuição do PIC ao projeto de inclusão 
	digital do governo. 
	 
	Temos planos de visitar os ministérios em Brasília e ajudar o governo Lula a 
	realizar as oportunidades para a inclusão digital", declarou. 
	 
	Estratégias diferenciadas 
	 
	Questionado se o PIC poderia vir a fazer parte do projeto PC Conectado, o 
	líder da AMD no Brasil declarou que a companhia tem uma visão diferenciada 
	do equipamento frente a estratégia de inclusão digital no País. 
	 
	"Entendemos o PC Conectado e o PIC como dois momentos distintos. O primeiro 
	diz respeito à estratégia para promover a disseminação de PCs à população de 
	baixa renda. Por outro lado, entendemos o PIC como uma estratégia diferente, 
	que virá em um segundo momento para completar a iniciativa", declarou 
	Scodiero. 
	 
	A AMD não revela as expectativas de vendas para o PIC no mercado brasileiro, 
	mas segundo Scodiero, as cerca de 3,5 milhões de pessoas pertencentes à 
	classe C no Estado de São Paulo são um público potencial.  
   
	
	
	Ministérios, CEF e BB discutem PC Conectado  
	Quarta-feira, 23 março de 2005 - 16:15  
	Camila Fusco - IDG Now!  
	 
	O governo federal reúne, até o final desta semana, representantes dos 
	ministérios da Fazenda e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior 
	para acertar os últimos detalhes da redução tributária aos fabricantes de 
	equipamentos de informática que participarão do projeto de inclusão digital 
	PC Conectado. 
	 
	Participarão também do encontro integrantes do Banco do Brasil e da Caixa 
	Econômica Federal, conforme declarou Cezar Alvarez, assessor especial da 
	Presidência da República e coordenador do projeto. 
	 
	"Esperamos resolver a questão até amanhã, para convocarmos uma reunião com 
	os fabricantes na semana que vem", declarou ao IDG Now!, destacando também o 
	tema financiamento estará na pauta. 
	 
	Segundo Alvarez, ainda não estão definidos quais impostos serão reduzidos. 
	"As possibilidades são reduzir o PIS/Cofins, o II (Imposto de Importação) e 
	o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), mas ainda não há nada 
	resolvido", disse. 
	 
	Na semana passada, o governo resolveu definitivamente eliminar o modelo de 
	bônus de até 250 reais que seria repassado ao consumidor a fim de reduzir o 
	preço do equipamento. A iniciativa havia sido apontada como possibilidade 
	logo que surgiram as primeiras diretrizes do programa. Em troca, ficou 
	decidido que haveria um corte na carga tributária paga pelos fabricantes. 
	 
	Cézar Alvarez também sinalizou a possibilidade de utilização de recursos do 
	Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) no PC Conectado e de financiamento de 
	equipamentos do programa por meio do microcrédito. Nessa última alternativa, 
	seria necessário elevar o limite de financiamento, hoje estabelecido em 600 
	reais. 
	 
	Efeitos no mercado 
	 
	O coordenador acredita também que a estratégia do PC Popular, que é permitir 
	o acesso da população de baixa renda a computadores, já teve repercussão no 
	mercado. 
	 
	Um exemplo disso foi a iniciativa da Positivo Informática, em parceria com a 
	rede varejista Ponto Frio, para o lançamento de um computador popular a 
	1.299 reais. 
	 
	"Esta iniciativa mostra que o PC Conectado já conseguiu incentivar os 
	fabricantes a oferecer equipamentos de qualidade e com preço reduzido", 
	declarou. 
	 
	A parceria entre Positivo e Ponto Frio foi anunciada na terça-feira (22/03), 
	e prevê a venda do computador POS AT Series L, com processador AMD Sempron 
	2200, 128 Megabytes (MB) de memória RAM, disco rígido de 30 GB, fax modem de 
	56 kbps, drive de CD ROM, mouse, teclado, caixa e placa de som embutidas. O 
	sistema operacional é Linux e a suíte de escritório, Open Office. 
	 
	O projeto final do PC Conectado deve ser apresentado até a segunda quizena 
	de abril, prazo com o qual trabalha o Ministro das Comunicações, Eunício 
	Oliveira.  
   
	
	
	Ponto Frio lança PC de R$ 1,3 mil  
	Terça-feira, 22 março de 2005 - 12:30  
	IDG Now!  
	 
	A rede varejista Ponto Frio inicia nesta terça-feira (22/03) as vendas de 
	seu computador de baixo custo, que chega ao mercado por 1.299 reais. 
	 
	O equipamento é fruto da parceria com a marca Positivo Informática, e leva 
	processador AMD Sempron 2200, 128 Megabytes (MB) de memória RAM, disco 
	rígido de 30 Gigabytes (GB), drive de CD-ROM de 56x, placa de fax modem de 
	56 kbps, placas de som e rede, caixa de som, teclado e mouse. O sistema 
	operacional é de código aberto e a suíte de escritório, Star Office. 
	 
	O Ponto Frio declarou que o equipamento poderá ser financiado em até 25 
	vezes, com parcelas de 79,90 reais.  
	 
	A estratégia da rede varejista para o computador de baixo custo vem ao mesmo 
	tempo em que o governo federal estabelece as últimas diretrizes para o 
	programa de inclusão digital PC Conectado. 
	 
	Na realidade, o preço do equipamento lançado pelo Ponto Frio em parceria com 
	a Positivo consegue até mesmo ficar abaixo do teto pretendido pelo programa, 
	em torno de 1.400 reais.  
	 
	No início do mês, o próprio diretor da Positivo, Hélio Rotemberg, sinalizou 
	a estratégia da companhia para lançar um computador de baixo custo. Na 
	ocasião, o executivo declarou que os equipamentos deveriam ter faixa de 
	preço a partir de 1.399, com o sistema operacional de código aberto. A 
	empresa também trabalha no lançamento de um PC com o Windows XP Starter 
	Edition, sistema operacional compacto da Microsoft, por um preço abaixo de 
	1.799. 
	 
	As mais recentes discussões envolvendo o PC Conectado no governo federal 
	dizem respeito à redução da carga tributária. Em entrevista ao IDG Now! na 
	semana passada, o coordenador do programa e assessor especial da Presidência 
	da República, Cézar Alvarez, afirmou que o governo descartou a utilização do 
	bônus que seria oferecido ao consumidor para baixar o preço da máquina. Ao 
	invés disso, um corte deverá ser feito nos impostos pagos pelos fabricantes, 
	a fim de promover a redução no preço final. 
	 
	Nos próximos dias, o governo deverá marcar reuniões com os fabricantes e com 
	os ministérios para definir qual o valor da redução e sobre quais produtos 
	que ela vai incidir.  
   
	
	
	Abinee elogia redução de impostos para PCs  
	Segunda-feira, 21 março de 2005 - 10:07  
	Camila Fusco - IDG Now!  
	 
	A redução tributária prevista para o programa de inclusão digital PC 
	Conectado beneficiará toda a cadeia produtiva, mas o governo federal 
	precisará fiscalizar atentamente as fabricantes para garantir produtos de 
	qualidade no mercado. 
	 
	Essa é a opinião de Hugo Valério, diretor do grupo de Informática da 
	Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), ao 
	comentar as modificações no projeto do computador popular.  
	 
	Pelas alterações no projeto, o bônus de até 250 reais destinado ao 
	consumidor será substituído pela redução tributária aos fabricantes de 
	equipamentos. O Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) também pode ser 
	utilizado. 
	 
	"Tratar todo o programa com isenção tributária, não só para uma ou outra 
	empresa, faz a toda a cadeia [de fornecimento] trabalhar melhor. Porém, é 
	necessária uma seleção criteriosa de fabricantes para que sejam cumpridas 
	algumas regras, como o PPB [Processo Produtivo Básico] e a idoneidade 
	trabalhista", destaca. 
	 
	Segundo Valério, caso estes critérios sejam cumpridos, existe uma grande 
	possibilidade de o governo conseguir valorizar as fabricantes, chegando até 
	a abocanhar uma fatia do mercado cinza de PCs. 
	 
	"Se você analisar o mercado atualmente, verá que grande parte da diferença 
	dos preços dos computadores cinza e dos regularizados acontece em virtude da 
	carga tributária. Os fabricantes dizem que é possível chegar a um preço 
	entre 1.400 e 1.500 com a redução, dependendo dos componentes utilizados", 
	afirma.  
	 
	Valério também aponta que a Abinee defende um programa PC Conectado que dê 
	ao consumidor uma opção de financiamento, mas também uma oportunidade de 
	escolha do produto a ser adquirido. 
	 
	"A posição da Abinee é que o governo precisa estabelecer um modelo de 
	financiamento. Por exemplo, nos programas de financiamento habitacional, não 
	são especificados a metragem e o tipo da casa. É estabelecido o valor de 
	financiamento e, com isso, o comprador pode determinar o imóvel que quer 
	comprar. Esse processo deveria ser feito também para os PCs". 
	 
	O diretor da Abinee acredita também que o valor financiado poderia receber 
	um complemento por parte do consumidor que quiser adquirir um equipamento de 
	maior desempenho. Por exemplo, se o limite do financiamento do PC Conectado 
	for 1.500, os usuários que quiserem adquirir equipamentos além desse valor, 
	poderão adicionar recursos, ao mesmo tempo em que usufruem do benefício.  
	 
	"O ideal seria estabelecer uma faixa de preço para qual o produto teria 
	isenção. Passando desse valor, o equipamento deveria pagar imposto. Assim, é 
	possível ter certeza de que o programa vai atingir quem precisa comprar um 
	PC barato", diz. 
	 
	As decisões finais sobre a faixa de isenção tributária que será oferecida 
	aos fabricantes serão definidas entre esta e a próxima semana, segundo 
	informou ao IDG Now!, Cezar Alvarez, assessor especial da Presidência da 
	República e coordenador do PC Conectado, na sexta-feira (18/03).  
   
	
	Imposto 
	para PCs deve ser reduzido 
	 
	Estadão  
	19/03/05 
	 
	Governo estuda oferecer incentivo para toda a indústria de microcomputadores 
	de mesa como parte do programa PC Conectado 
	 
	Renato Cruz  
	 
	O grupo de trabalho do programa PC Conectado, que colocará no mercado 
	microcomputadores subsidiados, recebeu uma tarefa urgente do presidente Luiz 
	Inácio Lula da Silva: na semana que vem eles vão entregar ao governo dois ou 
	três cenários de redução de impostos para tornar o programa viável. A 
	hipótese inicial, de oferecer um bônus ao consumidor, foi praticamente 
	descartada. Na quinta-feira, houve uma reunião ministerial, da qual 
	participaram o presidente Lula e o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, 
	para discutir o assunto. "Não está descartada a hipótese de a isenção 
	tributária pegar a linha mais ampla dos desktops", afirmou Cézar Alvarez, 
	coordenador do PC Conectado. Segundo ele, o programa deve ser anunciado na 
	próxima semana, mesmo com o feriado. Na semana seguinte, deve haver uma 
	reunião com representantes da indústria para que em 15 de abril as máquinas 
	já estejam nas prateleiras. 
	 
	Sem o subsídio, os PCs devem sair por cerca de R$ 1,4 mil, financiados em 24 
	vezes. O preço final ainda depende de como será a isenção. Quanto ao 
	financiamento, o governo tende a adaptar os programas de microcrédito, 
	oferecendo juros de 2% ao mês. 
	 
	Outra opção seria usar recursos do Fundo de Apoio ao Trabalhador (FAT), o 
	que reduziria ainda mais a taxa. 
	 
	Uma questão ainda irresolvida é a do software que será usado nos PCs. "Quem 
	vai definir é o presidente Lula", afirmou Sérgio Amadeu da Silveira, 
	diretor-presidente do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI), 
	ligado à Casa Civil. Para auxiliar a decisão, Amadeu fez uma consulta ao 
	Media Lab, do Massachusetts Institute of Technology (MIT), sobre a adoção de 
	software livre, como o sistema operacional Linux, no programa. "O Media Lab 
	pesquisa tendências e perguntamos se, com o software livre, estaríamos na 
	contramão do futuro", explicou Amadeu, o principal defensor dos sistemas 
	livres no governo. 
	 
	A resposta, assinada por Walter Bender, diretor do Media Lab, e pelo 
	pesquisador David Cavallo, foi favorável à sua adoção. "Recomendamos usar 
	software livre de alta qualidade no lugar de versões simplificadas de 
	software proprietário mais caro", escreveram os especialistas em uma carta 
	ao ITI, datada do dia 14. 
	 
	O software livre, como o Linux, pode ser copiado e modificado livremente, 
	sem a necessidade de se pagar licenças. Os principais produtos da Microsoft, 
	como o sistema operacional Windows e a suíte de aplicativos Office, têm no 
	software livre seus principais concorrentes. A Microsoft ofereceu para o 
	programa uma versão simplificada do Windows, chamada Starter Edition, que 
	recebeu oposição de integrantes do grupo de trabalho, como o próprio Amadeu 
	e o diretor do Serpro, Sérgio Rosa. Em sua carta, os especialistas do MIT 
	não falam em Windows nem em Microsoft. O contato entre o Media Lab e o ITI 
	foi feito por Rodrigo Mesquita, diretor da Radiumsystems, que trabalha com 
	redes de colaboração, conhecimento e negócios junto aos arranjos produtivos 
	locais e cadeias de negócios da cidade de São Paulo. "Considero o meio 
	ambiente tecnológico vasto o suficiente para abrigar a todos, e que a 
	organização e fomento de fornecedores que estão montados no Linux e 
	softwares de código aberto vai significar mais mercado para todos", disse 
	Mesquita. Este novo meio ambiente é composto por diversos ecossistemas. A 
	Microsoft, Cisco, SAP e congêneres têm o seu papel. Isso não quer dizer que 
	não há espaço para o novo, que contribuiria para a oxigenação do processo. O 
	crescimento da economia, brasileira ou mundial, depende do processo de 
	inovação. 
	 
	Qualquer governo que se pretende sério tem a obrigação de incentivar 
	movimentos de inovação tecnológica e contribuir para a organização destes 
	movimentos.' O ITI está organizando uma reunião entre representantes do 
	Media Lab e o governo, que acontecerá possivelmente em junho. "O objetivo é 
	conhecer quais são as tendências tecnológicas com as quais eles trabalham", 
	explicou Amadeu. Em sua carta, os pesquisadores também destacaram que, na 
	sua opinião, o software livre traz benefícios que vão além da relação entre 
	preço e performance: "Existe um grande potencial de aprendizagem no uso de 
	software livre que não existe no software proprietário. (...) Quando o 
	código fonte é aberto e existe uma comunidade que aceita contribuições de 
	melhorias ao ambiente ou de novos aplicativos, então tudo isto também é 
	aberto ao mundo, ou, pelo menos, ao mundo com acesso."  
	
	
	Governo altera projeto do PC Conectado  
	Sexta-feira, 18 março de 2005 - 12:30  
	Camila Fusco - IDG Now!  
	 
	O governo federal decidiu alterar o modelo de funcionamento e 
	comercialização do projeto de inclusão digital PC Conectado. 
	 
	De acordo com Cezar Alvarez, assessor especial da Presidência da República e 
	coordenador do programa, o bônus de até 250 reais que seria destinado ao 
	consumidor como forma de reduzir o preço do equipamento será substituído por 
	redução tributária aos fabricantes. Uma reunião no final da tarde de 
	quinta-feira (17/03) com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva 
	confirmou as modificações. 
	 
	"O modelo de bônus está descartado. Dar o bônus seria a mesma coisa que 
	transferir recursos. O que está certo é que existirá redução tributária e 
	linhas especiais de crédito para determinados equipamentos", afirmou o 
	coordenador nesta sexta-feira (18/03) em um encontro com representantes do 
	mercado de TI na Câmara Americana de Comércio (Amcham), em São Paulo. 
	 
	O subsídio ou bônus era uma proposta do Ministério da Fazenda, conforme 
	declarou anteriormente Sérgio Amadeu, presidente do ITI, em entrevista ao 
	IDG Now!. Na ocasião, o Ministério da Fazenda havia optado pelo modelo do 
	bônus em vez de fazer renúncia fiscal, com a redução dos tributos. 
	 
	Segundo Alvarez, o governo vai anunciar detalhes da redução dentro dos 
	próximos sete a dez dias. "Ainda precisa ser definido o tipo de redução, 
	para quais impostos, qual o valor porcentual da redução e se será destinada 
	a todas as linhas de produtos das fabricantes ou para equipamentos 
	específicos", declarou. 
	 
	As alterações trazem mudanças significativas também no que diz respeito ao 
	sistema operacional do PC Conectado. Isso porque, se fosse aplicado o modelo 
	do bônus, o governo poderia estabelecer se o sistema operacional seria de 
	código aberto, conforme defendia o grupo de software do programa, coordenado 
	pelo Instituto Nacional de Tecnologia da Informação e pelo Serviço Federal 
	de Processamento de Dados (Serpro). 
	 
	Diante do modelo de redução tributária, não há como restringir o sistema 
	operacional apenas para o software livre, deixando a escolha para o próprio 
	consumidor. "O que teremos provavelmente é um crédito especial a ser 
	repassado ao consumidor que optar pelo equipamento com código aberto", disse 
	Alvarez. 
	 
	Questionado se a redução dos impostos aos fabricantes permitiria a chegada 
	de um equipamento no mercado no patamar de 1.499 reais conforme era 
	estabelecido pelo projeto inicial, o coordenador sinalizou positivamente. 
	"As fabricantes dizem que sim". 
	 
	Pelo programa inicial, os fabricantes deveriam apresentar propostas 
	compatíveis com aquelas especificações técnicas que o governo estabeleceu, 
	tanto em hardware, software, conectividade e distribuição, além de estar 
	dentro da faixa de preço estipulada.  
	 
	Até o momento, duas empresas já haviam esclarecido seus projetos para o PC 
	Conectado: Cobra e Positivo Informática. Pelo modelo da Cobra, o PC custaria 
	em torno de 1.400 reais e levaria o sistema operacional Freedows. A Positivo 
	declarou ter dois projetos, um com código aberto em torno de 1.399 reais, e 
	outro, com software proprietário em 1.499 reais. 
	 
	Dentro desse período de até dez dias, o governo também deve divulgar como 
	funcionará o modelo de financiamento para o equipamento. O mês de abril é o 
	prazo considerado pelo governo para o lançamento.  
   
	
		
		 
		
		
		
		MIT apóia Linux no PC Conectado 
		 
		Quinta-feira, 17 março de 2005 - 15:06  
		IDG Now!  
		Especialistas do Massachusetts Institute of Technology - MIT Media Lab, 
		dos Estados Unidos, enviaram nesta quinta-feira (17/03) uma carta ao 
		presidente do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI), 
		Sérgio Amadeu, defendendo a utilização do software livre no PC 
		Conectado. 
	
		  
	
		De acordo com o MIT, antes mesmo de 
		responder se o software livre é ou não a melhor escolha, é necessário 
		avaliar quais as metas da iniciativa. E o PC Conectado, por sua vez, 
		como um programa não só de inclusão digital, mas de inclusão social 
		exige um sistema de baixo custo que integre as camadas menos favorecidas 
		da população. 
	
		  
	
		"No programa PC Conectado, os principais 
		objetivos são aumentar e simplificar o acesso às tecnologias avançadas 
		de computação para as classes mais baixas e micro e pequenas empresas. 
		Esse esforço em direção à inclusão digital é valioso para a construção 
		de capital social e da sociedade civil", destaca um trecho do documento 
		assinado pelo diretor do MIT, Walter Bender e pelo cientista David 
		Cavallo. 
	
		  
	
		Além disso, o documento ressalta que outra 
		missão importante do programa é abrir novos mercados, aumentando a 
		produtividade e reduzindo os custos, assim como ampliar a base 
		educacional em longo prazo. Uma crítica velada ao sistema operacional 
		compacto da Microsoft, o Windows XP Starter Edition, também pode ser 
		entendida na constatação da carta. 
	
		  
	
		"Ao passo em que o crescimento econômico 
		sustentável está nas contribuições à economia baseada na criatividade e 
		no conhecimento, é óbvio para nós que o melhor atalho é fornecer a maior 
		possibilidade de saturação do acesso a experiências positivas com uma 
		tecnologia poderosa. É óbvio também que a tecnologia mais poderosa ao 
		menor custo fornece a melhor penetração. É por isso que defendemos o uso 
		do software livre de alta qualidade em oposição às versões simplificadas 
		dos softwares proprietários mais caros", diz o documento. 
	
		  
	
		Na opinião dos representantes do MIT, 
		outra lição de longo prazo pode ser obtida com a utilização do código 
		aberto. Ela tem a ver com o incentivo à inovação e ao desenvolvimento de 
		novos módulos, que podem ser integrados ao código original, algo que não 
		pode ser feito com os softwares proprietários. 
	
		  
	
		"Nós temos visto exemplos do 
		desenvolvimento de conhecimento de alto nível surgindo do Brasil, do 
		México e de outros países em desenvolvimento, por meio da participação 
		na comunidade de software livre. (...) Esse tipo de experiência não pode 
		ser replicada pelo uso de software proprietário", complementa a carta.
		 
	 
	
 
Positivo lança PC com Windows popular  
Quarta-feira, 9 março de 2005 - 16:34  
Camila Fusco - IDG Now!  
 
A Positivo Informática pretende lançar ainda neste semestre um computador 
equipado com o sistema operacional Windows XP Starter Edition, da Microsoft, 
independentemente da aprovação do governo federal para sistemas proprietários no 
PC Conectado. 
 
Segundo Hélio Rotenberg, presidente da empresa, se o governo não aprovar a 
utilização de códigos proprietários no projeto do PC popular, a Positivo 
trabalhará com um projeto em Linux a preço de 1.399 reais. No entanto, colocará 
por conta própria no mercado também um PC de baixo custo equipado com o Windows 
XP Starter Edition. 
 
"Se o governo não nos permitir participar do PC Conectado com o Starter Edition, 
não nos restará outra opção além de lançar um produto com Linux. Mas, mesmo que 
não ocorra essa permissão, vamos oferecer PCs mais competitivos com Starter 
Edition", diz. 
 
De acordo com Rotenberg, o computador de baixo custo com Windows da Positivo 
custará menos de 1.799 reais, valor pelo qual já é possível encontrar máquinas 
atualmente. O equipamento deverá estar à venda ainda no primeiro semestre deste 
ano. 
 
Embora a política do governo para o PC Conectado ainda apresente muitas 
indefinições - como aquelas que dizem respeito ao modelo de subsídio e ao tipo 
de sistema operacional utilizado - Rotenberg elogiou a iniciativa e acredita que 
o movimento já contribui para a redução de preços de computadores no mercado. 
 
"O programa do governo deu um passo enorme porque fomentou uma discussão em 
torno de preços e de fazer um PC competitivo para uma classe não incluída. Esse 
fomento já vai resultar em baixas significativas de preços. Porém, pretendemos 
chegar a um preço ainda menor com o subsídio do governo", afirmou. 
 
Segundo informou o ministro das Comunicações Eunício Oliveira durante a Telexpo, 
na semana passada, o projeto do PC Conectado deve estar concluído até a segunda 
quinzena de abril.  
	
	
	
		  
	
		Opinião:  
		A versão popular do Windows, proposta para o PC Conectado, não pode 
		ser melhor e custar menos que o Linux. Software livre tem futuro 
		garantido e será vital para a indústria nacional de software. 
	
		  
	
		João Pereira Jr. 
	 
	
		  
	
		Com o anúncio do Windows Popular, a 
		iniciativa da líder de mercado de plataforma de software proprietário é 
		uma tentativa de barrar o avanço do software livre no mercado mundial. 
		Principalmente no Brasil, onde o governo já anunciou a sua intenção de 
		colocar todas as suas fichas nesta alternativa tecnológica visando 
		reduzir os custos da administração pública e para garantir a chamada 
		Inclusão Digital, a partir do lançamento do PC Conectado previsto para 
		as próximas semanas.  
	
		  
	
		A evolução da plataforma Linux é um fato 
		irreversível e ganha corpo a cada dia. O alto nível de qualidade dos 
		serviços e dos aplicativos desenvolvidos pela comunidade de software 
		livre, através de empresas especializadas em personalização de 
		aplicações e soluções específicas, é uma clara demonstração desta 
		tendência.  
	
		  
	
		O mercado irá assistir nos próximos meses 
		a várias iniciativas de opositores do software livre para desarticular 
		este mercado e tentar reduzir o espaço que vem ocupando na sociedade 
		brasileira.  
		O software livre permite usar a criatividade dos brasileiros no 
		desenvolvimento de soluções adequadas às necessidades dos usuários e 
		iniciou um debate sadio sobre o prazer do usuário poder escolher, entre 
		várias alternativas tecnológicas, aquela que melhor possa atender aos 
		seus anseios.  
		E não simplesmente aceitar um modelo homogêneo imposto pela estratégia 
		de padronização mundial de um conceito, como se fosse uniforme e correto 
		para todas as necessidades heterogêneas de cada um.  
	
		  
	
		O software livre é também um apoio ao 
		desenvolvimento da indústria nacional desenvolvedora de software ou de 
		outros ramos da economia, que necessitam de recursos de informática e se 
		deparam com os altos custos de licenciamento das tecnologias 
		proprietárias padrão do mercado.  
	
		  
	
		Qualquer pessoa, mesmo sem volumosos 
		recursos financeiros, pode desenvolver soluções inteligentes de menor 
		custo. Cerca de 80% dos empregos, segundo dados do Sebrae sobre o 
		emprego na indústria, estão nas empresas com menos de 50 funcionários 
		que, a despeito das dificuldades da carta tributária e da falta de 
		capital, vêm sobrevivendo às custas de grandes dificuldades. 
	 
	
		  
	
		A China é um exemplo que pode ser seguido. 
		Através da educação de seu povo e valorização de seus produtos e 
		serviços, a China demonstra ao mundo que existem outras formas de 
		crescimento sustentado.  
	
		  
	Há muitos desenvolvedores, analistas, 
		programadores, pequenos empresários do setor de hardware e software 
		embarcado em franca atividade e trabalhando para que o projeto PC 
		Conectado entre logo em operação.  Se não temos aqui grandes catástrofes, vamos nos unir pelo 
		desenvolvimento intelecto/tecnológico dos nossos cidadãos.  Se estas estratégias de redução de preço eram possíveis antes, mas 
		estranhamente só apareceram agora, só por isso, o software livre e toda 
		comunidade, já têm um grande mérito. [Webinsider]    
	
	  
	A Microsoft estuda mudar a 
					configuração do Windows XP Starter Edition para o mercado 
					brasileiro, como uma tentativa de participar do projeto PC 
					Conectado do governo federal, informam fontes próximas ao 
					projeto ao IDG Now!. 
	Pela proposta inicial 
					apresentada ao governo federal, a Microsoft entregou as 
					mesmas especificações do XP Starter Edition, conhecido 
					também como Windows popular, que é comercializado na Ásia. 
	Fontes consultadas pelo IDG 
					Now!, no entanto, informam que a empresa trabalha em uma 
					nova especificação. A nova proposta ainda não foi entregue 
					ao governo federal. 
	  
	"Eu não tenho conhecimento 
					sobre nenhuma proposta nova", disse Cezar Alvarez, assessor 
					especial da Presidência da República, responsável pelo 
					projeto PC Conectado. 
	  
	A Microsoft, em nota oficial, 
					afirmou que está dialogando com a equipe do Projeto PC 
					Conectado para saber de que forma poderá colaborar. "Estamos 
					comprometidos em trabalhar com o governo em todos os níveis 
					para levar o benefício a milhões de cidadãos carentes".
					 
	  
	O projeto PC Conectado é uma 
					iniciativa do governo federal que prevê a venda de 
					computadores de baixo custo para a população de baixa renda, 
					em uma política de inclusão digital. 
	  
	A grande polêmica do projeto é 
					o sistema operacional que vai equipar o PC Conectado. 
					Defensores do software livre, com o Linux, e a Microsoft, 
					com o Windows, disputam a preferência do governo federal. 
	  
	O assessor especial da 
					presidência da República, responsável pelo projeto PC 
					Conectado, informou ao IDG Now! que o Instituto Nacional de 
					Tecnologia da Informação (ITI) e o Serviço Federal de 
					Processamento de Dados (Serpro) examinaram a proposta do 
					sistema operacional da Microsoft e encontraram um conjunto 
					de deficiências em relação ao que estava sendo pedido pelo 
					governo. 
	  
	Alvarez afirmou ainda que não 
					há definição a respeito do modelo de software que o PC 
					Conectado terá - software livre ou proprietário - e que as 
					análises serão encaminhadas para os ministros. 
	  
	Em entrevista ao IDG Now!, o 
					assessor do ITI para implementação de software livre, Djalma 
					Valois, criticou o programa Windows Starter Edition, da 
					Microsoft, em razão de suas limitações técnicas que 
					prejudicam o usuário. 
	  
	"Pelas especificações, o 
					sistema só permite a abertura de três programas ao mesmo 
					tempo e cada produto aberto só pode ter até três telas. O 
					monitor não permite ajuste [de configuração], o máximo que 
					consegue arrumar é resolução 800 por 600. Além disso, não 
					permite interligação de redes locais e só autoriza o uso de 
					um usuário por sistema", declara. 
	  
	O projeto PC Conectado, 
					segundo o ministro das Comunicações, Eunício Oliveira, 
					durante a Telexpo, evento de telecomunicações que aconteceu 
					a semana passada em São Paulo, deverá ser concluído até a 
					segunda quinzena de abril.    
		
		Governo adia PC Conectado para abril 
		 Terça-feira, 1 março de 2005 - 
					14:22  Camila Fusco   IDG Now! 
		 O projeto do PC Conectado, iniciativa do governo federal que 
					prevê a venda de computadores de baixo custo, cujo 
					lançamento estava previsto para março, foi adiado e deve 
					estar concluído até a segunda quinzena de abril.  
	
	 A informação foi revelada pelo ministro das Comunicações, 
					Eunício Oliveira, durante a abertura da Telexpo 2005, evento 
					de telecomunicações e tecnologia que acontece esta semana em 
					São Paulo. 
	 "Com o PC Conectado pretendemos levar acesso a sete milhões 
					de pessoas e 1,8 milhão de micro e pequenas empresas", 
					destacou. 
	 Durante o evento, o ministro destacou também as outras 
					iniciativas governamentais que fazem parte do Programa 
					Brasileiro de Inclusão Digital. 
	 Entre elas está a ampliação do número de cidades cobertas 
					pelo programa Governo Eletrônico - Serviço de Atendimento ao 
					Cidadão (Gesac), atingindo 4,4 mil localidades em 2005. 
					"Dependendo do andamento, poderemos atingir seis mil cidades 
					ainda este ano, beneficiando cinco milhões de usuários", 
					disse. 
	 O ministro assinalou ainda os esforços no programa Casa 
					Brasil - que instalará telecentos e centros culturais em 
					várias cidades do País direcionados à população das classes 
					D e E. A meta é implantar mil unidades em 2005. 
	 "Também fazem parte do Programa os convênios com Estados e 
					municípios para a discussão de políticas públicas e planos 
					equivalentes, seguindo as diretrizes para inclusão digital", 
					afirmou. 
	 Divergências de modelo 
	 O projeto do PC Conectado, entretanto, ainda traz 
					divergências a respeito do modelo que software que vai 
					oferecer.  
	 Segundo o deputado federal Júlio Semeghini (PSDB-SP), a 
					Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Deputados tem 
					proposto debates que questionam a oferta única de software 
					livre no computador popular. 
	
	  
	 "Acredito que o usuário deva ter liberdade de escolha para 
					definir se prefere o software livre ou não. Pelo projeto 
					atual, isso não está previsto", assinalou.    
	
  
	
	Provedores criticam modelo do PC Conectado  Segunda-feira, 
	28 fevereiro de 
					2005 - 17:27  IDG Now!
	
  Órgãos representantes dos provedores de acesso à internet, 
					apresentaram uma proposta ao governo federal para modificar 
					o atual modelo de negócios do projeto PC Conectado, projeto 
					do governo federal para venda de computadores de baixo 
					custo. Segundo documento entregue pelos representantes do Comitê 
					Gestor de Internet no Brasil, da Associação Brasileira dos 
					Provedores de Acesso, Serviços e Informações da Rede 
					Internet (Abranet) e da Internet Brasil, os provedores 
					reivindicam participar do processo e ter repasse de receita 
					em função do serviço que prestam dentro do programa. 
	 No modelo atual, segundo proposta das operadoras, dos R$ 
					7,50 cobrados do consumidor pelo acesso à internet de 15 
					horas, apenas R$ 0,75 seria repassado aos provedores.  
	 As entidades propuseram que sejam os provedores que cobrem 
					os R$ 7,50 e que repassem para as teles R$ 0,75, referentes 
					à remuneração dos pulsos das primeiras 15 horas de acesso. 
	 Sob a análise dos representantes dos provedores, a proposta 
					das teles engana o consumidor, que já paga os pulsos 
					ofertados na assinatura mensal de telefone.  
	 Os provedores classificaram o modelo como anticompetitivo e 
					declararam que o novo modelo de cobrança permitirá às 
					empresas oferecer o conteúdo e melhor atendimento por 
					suporte. 
	 "Os provedores são aqueles que têm a agregar e que sabem 
					fazer internet. As operadoras não têm um papel menos 
					importante, mas essa rede já é contratada hoje pelos 
					provedores", diz Luiz Molento, vice-presidente da Internet 
					Brasil. 
	 De acordo com Molento, o documento foi entregue em janeiro 
					ao assessor especial da presidência da República, César 
					Alvarez, mas até agora o governo não deu nenhuma resposta. 
	 A expectativa é que o posicionamento oficial seja divulgado 
					até o lançamento do projeto.  
	
	 
		
		Freedows tem versão aberta para PC Conectado
		 Segunda-feira, 28 fevereiro de 2005 
					- 15:08  IDG Now!  
		 O Freedows Consortium está lançando uma versão 100% aberta 
					de sua plataforma Freedows que vai integrar o PC Conectado, 
					computador que faz parte do programa de inclusão digital do 
					governo federal.
  O novo pacote, que leva o nome de Freedows PC Cidadão, não 
					possui restrições à liberação do código de seus sistemas, ao 
					contrário dos outros produtos da marca. Até então, o 
					Freedows mantinha dois softwares baseados em plataforma 
					livre, mas sem código aberto.
  O Freedows PC Cidadão é composto pelo sistema operacional 
					livre e 24 aplicativos, entre eles editores de texto, 
					imagem, desenho e áudio, calculadora, navegador web, 
					antivírus, leitor de arquivos PDF, reprodutor de multimídia, 
					pacote de escritório FreeOffice e jogos. 
  O pacote será fornecido com o PC Conectado em parceria com a 
					Cobra Tecnologia. A expectativa é que 200 mil computadores 
					sejam vendidos até o final do ano.  
		 
		
		Olhos de Cobra 
		 Os planos da estatal de tecnologia para dominar programa do 
					governo que venderá 1 milhão de computadores para as classes C e D 
		 
		Terra/Istoé 
		24/02/2005
  Por Manoel Fernandes 
		 Estão exaltados os ânimos em torno do maior projeto de 
					inclusão digital do País – a venda de um milhão de 
					computadores subsidiados pelo governo federal para as 
					classes populares. Batizada de PC Conectado pelos ideólogos 
					da estratégia de massificação da tecnologia no País que 
					trabalham no Palácio do Planalto, a iniciativa representa um 
					negócio que pode gerar receita de R$ 1 bilhão no primeiro 
					ano. Os golpes entre os adversários ficam mais fortes à 
					medida que se aproxima o mês de março, data em que o governo 
					deve anunciar o valor do subsídio que irá oferecer aos 
					fabricantes por cada computador comercializado e explicar 
					como será a linha de crédito para o financiamento aos mais 
					pobres. A Cobra Tecnologia, subsidiária do Banco do Brasil, 
					quer conquistar a maior parte do bolo e assumir a dianteira 
					do mercado. Para tanto, a empresa, que nasceu na época da 
					reserva de mercado, montou um consórcio junto ao BB e aos 
					Correios para viabilizar o projeto. “Vamos ter 3 mil 
					pontos-de-venda em todo o País”, afirmou à DINHEIRO Leandro 
					Vergara, presidente da Cobra. A idéia do governo é colocar 
					em cada equipamento um sistema operacional baseado no Linux 
					e, assim, transformar o Brasil no caso de maior repercussão 
					mundial na disputa entre o Windows da Microsoft e o chamado 
					software livre.
 
  VERGARA, DA COBRA Banco do Brasil e ECT como aliados no 
					consórcio  Após negociar com fornecedores locais e internacionais, a 
					Cobra, que não tem linha de montagem, conseguiu definir uma 
					máquina com preço final de R$ 1.190 – se houver R$ 250 de 
					subsídio, como promete a Casa Civil. O valor do PC Cobra 
					poderá ser dividido de 24 a 36 meses. “Existe uma decisão 
					política dentro do governo de levar adiante o projeto”, diz 
					Vergara. “E nós vamos ajudar naquilo porque a dependência em 
					relação a outros softwares pagos não é boa para o País.” A 
					disposição da Cobra é criticada pelo resto do mercado, 
					principalmente os fabricantes de computadores. As outras 
					empresas interessadas em vender PCs ao governo acusam a 
					Cobra de acesso privilegiado às informações do projeto. 
					“Eles jamais poderiam participar dessa iniciativa. Há uma 
					barreira ética que não deveria ser ultrapassada”, diz o 
					executivo de uma empresa que produz de computadores. Do 
					outro lado do balcão, e com apoio da Microsoft, há 
					consórcios sendo montados para enfrentar a Cobra. A empresa 
					de Bill Gates pretende facilitar o licenciamento do Windows 
					para as máquinas do projeto PC Conectado. A companhia estuda 
					até a possibilidade de repetir no Brasil uma ação promovida 
					na Índia, onde uma versão do Windows de US$ 10 viabilizou um 
					programa semelhante em parceria com a fabricante de chips 
					AMD. Um dos consórcios privados tem à frente a Positivo 
					Informática, maior fabricante de PCs do País, com 4,3% das 
					vendas registradas nos últimos três meses do ano passado. O 
					percentual é baixo porque 75% das vendas são feitas pelo 
					mercado pirata. “A venda de PC barato só terá sucesso 
					através das redes de varejo. Fora dessa estrutura é muito 
					complicado”, afirma Hélio Rotemberg, diretor da Positivo. 
					Ele passou as últimas semanas nos Estados Unidos acertando 
					detalhes com fornecedores para montar um computador tão 
					barato quanto o da Cobra. Seu equipamento chegou ao preço de 
					R$ 1.399 com Windows embutido. Se receber o subsídio 
					público, o valor cairá para R$ 1.149. “Não adianta colocar 
					Linux porque, depois de comprarem, as pessoas irão instalar 
					um Windows pirata”, diz Rotenberg. O diretor da Positivo 
					pretende esperar uma decisão do governo federal até o final 
					de março. Caso a burocracia congele a proposta, ele entrará 
					sozinho nos pontos-de-venda com a ajuda de sua rede de 
					contatos nas Casas Bahia e no Ponto Frio. Esses parceiros já 
					demonstraram interesse em aderir ao projeto da Positivo. 
					Dessa forma o computador deixará de ser mero projeto 
					acalentado durante anos e sucessivos governos, e, 
					finalmente, entrará na casa dos consumidores de menor poder 
					aquisitivo.  * R$ 1.190 é o valor do computador que a Cobra pretende 
					vender em todo o País  
		 
		
		PC não basta para inclusão, diz sindicalista 
		 Sexta-feira, 28 janeiro de 2005 
					- 11:40  IDG Now! 
		
  O problema da inclusão digital não se resolve apenas com o 
					computador. O usuário precisa ter recursos para conseguir 
					manter o serviço de telecomunicações. 
  A afirmação foi feita pelo presidente da Federação 
					Interestadual dos Trabalhadores em Telecomunicações (Fittel), 
					José Zunga, durante a palestra Telecomunicações como meio de 
					inclusão social - aceleração social, no 5º Fórum Social 
					Mundial.
  Para ele, "custos como o da ligação telefônica para internet 
					discada ou do valor para a aquisição do serviço de banda 
					larga precisam ser reduzidos drasticamente para que os 
					usuários de baixa renda também possam estar conectados à 
					rede mundial".
  Zunga lembrou que a telefonia móvel, por exemplo, tem 
					crescido muito, mas o preço da assinatura básica do telefone 
					fixo tem obstruído a manutenção do serviço entre os mais 
					pobres. "Um número cada vez maior de brasileiros compra 
					celular apenas para receber chamadas e essa prática também 
					contribui para a desaceleração da inclusão digital, pois não 
					permite que as pessoas mantenham uma comunicação 
					satisfatória", disse.
  Para o assessor da Companhia de Informática do Paraná (Celepar), 
					Cláudio Dutra, o cidadão brasileiro quer a inclusão digital. 
					"No início, poderá haver até algum tipo de dificuldade, mas 
					aos poucos, o cidadão vai se adequando ao computador". Dutra 
					lembrou de uma experiência vivida em um telecentro digital 
					(local de livre acesso da população com equipamentos 
					conectados à internet) no Rio de Janeiro. "Neste telecentro, 
					muitos usuários não possuíam um CEP, mas tinham seu correio 
					eletrônico e podiam se comunicar com o mundo inteiro por 
					meio dele".
  Zunga informou que o governo federal estuda um programa para 
					fornecer equipamentos de informática mais baratos aos 
					brasileiros. "É necessário que o governo crie um modelo que 
					convoque os fabricantes a produzir um computador de 
					qualidade e com baixo custo. Para isso, uma revisão da 
					política fiscal do país terá que ser realizada porque grande 
					parte do valor pago por um computador é de impostos, o que 
					encarece o custo final para o consumidor", afirmou.  
		 
		
		
		Entrevista: conheça detalhes do PC Conectado  Quarta-feira, 
		26 janeiro de 2005 
					- 11:55  Camila Fusco - IDG Now! 
		  
	  
	O programa do governo de criar um computador popular para 
					incentivar a inclusão digital ainda gera dúvidas tanto entre 
					fornecedores de tecnologia quanto entre a população. 
	
	  
	Com a intenção de esclarecer sobre o modelo do programa, o 
					IDG Now! entrevistou Sérgio Amadeu, presidente do Instituto 
					Nacional de Tecnologia da Informação, órgão que, juntamente 
					com o Serpro - Serviço Federal de Processamento de Dados - 
					coordena o grupo de software do PC Conectado. 
	
	  
	Leia os principais trechos da entrevista:  
	
	  
	IDG Now! - Quais as intenções do governo com o lançamento do 
					PC Conectado? Sérgio Amadeu - O programa visa a atingir a classe média 
					baixa que precisa de um incentivo para se inserir na 
					sociedade da informação. E aí eu digo não só obter um 
					computador, mas é obter um computador e conseguir 
					facilidades para colocar esse computador em rede, na 
					internet. Então daí um esforço claro para conseguir das 
					operadoras uma conexão mais barata para esse programa. 
				 
	  
	IDG Now! - Como estão divididas as áreas de gerenciamento do 
					projeto? Sérgio Amadeu - O ITI e o Serpro coordenam o processo de 
					software, o Ministério da Ciência e Tecnologia coordena o 
					grupo de hardware, o Ministério do Desenvolvimento gerencia 
					o grupo de financiamento. Existe também o grupo de conexão e 
					provimento de acesso, coordenado pelo Ministério das 
					Comunicações. Esses grupos também envolvem o Ministério da 
					Fazenda, o MEC e outros órgãos. 
	
	  
	IDG Now! - O que está definido na área de software, 
					coordenada pelo ITI? Sérgio Amadeu - Era preciso embutir nesse computador um 
					conjunto de softwares amigáveis que não incentivassem esse 
					usuário à pirataria. Por isso, definimos 26 softwares que 
					foram avaliados nas reuniões com as entidades do 
					empresariado e, junto com empresas de hardware, chegamos a 
					testar em computadores. Nós vamos adequar completamente 
					esses 26 softwares a cada hardware. Ele vai sair da fábrica 
					já com esses softwares instalados.  
	
	  
	IDG Now! - Muito tem se discutido sobre a possibilidade ou 
					não de o governo oferecer um PC em torno de R$ 1.200, como 
					havia pretendido. Representantes da indústria dizem que é 
					difícil criar um PC abaixo dos R$ 1.500. O que há 
					efetivamente nesse sentido? Sérgio Amadeu - O governo está forçando, e esse é o nosso 
					desafio, chegar a um custo diminuto, reduzido, e a colocação 
					de algum recurso, ou seja, subsidiar cada computador para 
					que a prestação caia e fique em torno dos R$ 50. Não é fácil 
					fazer isso. Mas nós já recebemos duas propostas para 
					software, hardware e logística em torno de R$ 1.300. Uma um 
					pouco abaixo de R$ 1.400 e a outra um pouco acima de R$ 
					1.300. Já existem duas cadeias inteiras prontas para 
					oferecer seus produtos, dentro das configurações mínimas que 
					nós pedimos, com os 26 softwares, em código aberto. 
	
	  
	IDG Now! - Na sua opinião, o valor da parcela em torno de R$ 
					50 é razoável? Sérgio Amadeu - No começo das conversas, nos apresentaram 
					propostas de R$ 1.800. Para um preço desses não precisa de 
					governo. O governo precisa entrar para cumprir o propósito 
					do programa, que é promover a inclusão digital geral. A 
					pesquisa nossa indica que com a prestação em torno de R$ 50, 
					o público chegaria a oito milhões de brasileiros. Se você 
					sobe para R$ 70, esse público cai para menos de dois milhões 
					de pessoas. É estratégico para o governo manter esse valor. 
				 
	  
	IDG Now! - E a questão do financiamento? Existe algo 
					definido, se ele será feito só para as pessoas físicas ou 
					empresas também vão poder participar? Sérgio Amadeu - Esta é uma das decisões que estão sendo 
					tomadas. Se vão existir filtros ou não, mas idéia é fazer um 
					amplo programa que garanta o cadastro - que de fato é um 
					problema - para essa população, mas nós estamos estudando 
					possibilidades de financiamento popular como o governo já 
					faz em algumas outras áreas. Mas a questão do financiamento 
					é sim um dos grandes problemas que o governo precisa tomar 
					uma série de decisões. 
	
	  
	IDG Now! - Quantos fornecedores poderão participar do 
					programa? Sérgio Amadeu - O programa vai ter alguns princípios e 
					especificações mínimas e todos que quiserem vender um 
					computador dentro dessas especificações estarão dentro do 
					programa. Ele visa também ampliar a concorrência no 
					software. Ou seja, a concorrência que temos hoje no 
					hardware, temos interesses estratégicos de tê-la também no 
					software. Por isso é que o software livre é a opção que está 
					sendo mais considerada até o momento para a decisão do 
					presidente e do conselho de ministros. 
	
	  
	IDG Now! - Como funcionará a questão do subsídio? Sérgio Amadeu - O subsídio foi uma proposta do Ministério da 
					Fazenda diante da pergunta: como o governo pode ajudar? Daí 
					surgiu a alternativa de reduzir os tributos. Mas no 
					hardware, os tributos federais são bastante reduzidos.  A 
					Fazenda optou, então, por, ao invés de fazer uma renúncia 
					fiscal, ela faz um subsídio no mesmo valor, que seria a 
					renúncia tributária. Daí surgir esse valor de R$ 200 a R$ 
					250 por máquina, que é o mesmo valor de redução. Seria o 
					equivalente ao que o governo federal poderia tirar. Nós 
					preferimos passar o subsídio para o consumidor, mas isso 
					ainda não está definido.  
	
	  
	IDG Now! - Quando chega o PC Conectado?  Sérgio Amadeu - A tentativa é fazer sair em março com essas 
					duas propostas já existentes. Mas é preciso ter as 
					definições e ter os recursos para destinar esse subsídio. 
				 
	  
	IDG Now! - O que ainda falta definir? Sérgio Amadeu - Faltam ainda ser fechados financiamento e 
					logística. Provavelmente vamos aceitar vários tipos de 
					distribuição, mas ainda não há definição.    
	 
	
	  
	O ministro das Comunicações, Eunício Oliveira, disse nesta 
					segunda-feira (24/01) que o programa PC Conectado, que está 
					sendo criado pelo governo, dará à população com renda mensal 
					de até R$ 1,2 mil acesso à internet. A expectativa é 
					beneficiar inicialmente um milhão de pessoas.  
	
	  
	Hoje, apenas 8% dos brasileiros possuem acesso à internet, 
					segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e 
					Estatística (IBGE). O alto custo é a principal razão para 
					que milhões de brasileiros fiquem fora do mundo digital. 
					Segundo Eunício Oliveira, o usuário paga hoje cerca de R$ 40 
					mais impostos por 15 horas de conexão discada.  
	
	  
	A redução do custo da tarifa telefônica para uso da internet 
					será um dos principais atrativos do programa, que será 
					anunciado em breve pelo presidente Luiz Inácio Lula da 
					Silva. Os usuários do PC Conectado vão pagar apenas R$ 5, 
					mais impostos, para usar a internet por 15 horas, em 
					qualquer horário do dia. No total, o valor será de cerca de 
					R$ 7,50. 
	  
	"É um projeto extremamente importante porque ele vai fazer 
					com os que ganham abaixo da faixa de isenção do imposto de 
					renda possam ter acesso à compra de um computador", 
					acrescentou Eunício Oliveira, em entrevista à Agência 
					Brasil. 
	  
	O ministro explicou que o programa vai garantir também 
					financiamento para a compra de computadores. A intenção é 
					que os financiamentos sejam pagos em 24 meses e não 
					ultrapassem o valor de R$ 50 por parcela. "É um programa que 
					deve se estender a 7,5 milhões de computadores no Brasil", 
					avalia o ministro. 
	
	  
	O governo também vai conceder subsídio para facilitar a 
					compra do computador. Segundo Eunício Oliveira, o valor 
					desse subsídio ainda está em negociação no governo e deverá 
					ser de R$ 250 ou R$ 300 por cada equipamento.  Agência Brasil  
		  
  
	  
	
		Cobra fatura R$ 500 milhões abaixo do previsto 
		Segunda-feira,  24 janeiro de 2005 - 19:05 
		 Ricardo Cesar 
 A Cobra Tecnologia, integradora do Banco do Brasil, faturou 
					aproximadamente R$ 900 milhões em 2004. O resultado fica R$ 
					500 milhões abaixo da estimativa de R$ 1,4 bilhão que a 
					própria empresa havia divulgado no ano passado, ainda sob a 
					gestão de Graciano Santos Neto, que deixou a presidência da 
					companhia em novembro.   
	 Segundo o atual presidente da Cobra, Leandro Vergara 
					Raimundi, o faturamento não foi alcançado porque o Banco do 
					Brasil desistiu de alguns investimentos em TI que estavam em 
					estudo. Raimundi não quis detalhar quais seriam estes 
					investimentos, mas gastos com a área de call center estariam 
					entre os principais.  
	 Para 2005, o executivo prevê faturamento de R$ 1,2 bilhão. A 
					principal fonte de ingresso de divisas - cerca de 60% do 
					total - continuará a ser a área de serviços, que compreende 
					suporte técnico para a rede do BB, desenho e instalação de 
					soluções, operação de call center e terceirização.  
	 Um dos destaques deste ano será a atuação mais forte da 
					Cobra junto a prefeituras. A integradora, que hoje presta 
					serviços a cerca de 25 municipalidades, quer ampliar este 
					número. "Ainda é cedo para fazer previsões, mas ficaria 
					feliz se fecharmos 2005 com 150 prefeituras", afirma 
					Raimundi. 
	 Completam as prioridade para este ano o projeto Cobra 
					Europa, em que a integradora deve começar a atuar no mercado 
					português no segundo semestre e criar um pólo de empresas de 
					tecnologia no país; e o projeto PC Conectado, iniciativa do 
					governo federal de criar um computador popular de baixo 
					custo. 
	 Raimundi acredita que o plano está em linha com a estratégia 
					da Cobra de atuar focada no setor público, que responde por 
					nada menos do que 97% de seu faturamento. Se Raimundi tem 
					planos de reduzir esta porcentagem? "Não. Estamos presentes 
					no BB, em ministérios, autarquias e prefeituras. A Cobra tem 
					vocação de atuar junto ao governo." 
	Em comparação com a gestão anterior, Raimundi afirma que as 
					principais mudanças são um maior alinhamento com o BB e a 
					preocupação de reduzir o custo operacional e ampliar a 
					margem de lucro.    
		
		
		Cadê o PC popular?
		 20/12/2004 
		Estadão
  Ricardo Kobashi 
		 Tudo começou em 2001. O presidente ainda era o FHC, e o 
					ministro das Comunicações, Pimenta da Veiga. A promessa 
					feita no dia 30 de janeiro daquele ano era oferecer em 120 
					dias ao brasileiro um computador com acesso à internet por 
					R$ 400.
  O milagre do baixo custo seria patrocinado pela ausência do 
					disco rígido, pelo uso de software livre e por uma imensa 
					inocência em relação aos processos de fabricação, à 
					estrutura de custos e à pressão que parte da indústria de TI 
					estaria disposta a fazer para ver o barco afundar.
  Cento e vinte dias passaram. O governo FHC passou, e o 
					computador popular não saiu do papel. Não chorei a morte do 
					projeto. Computadores sem disco rígido só funcionam, e com 
					restrições, em uma rede local ou com uma conexão de banda 
					larga. Um computador dito popular com uma linha discada 
					separando o usuário de seus dados estaria, de qualquer 
					maneira, fadado ao fracasso.
  Três anos e nove meses transcorridos: outubro de 2004. Lula 
					na Presidência e Eunício Oliveira, ministro das 
					Comunicações. A promessa é muito parecida e vem da mesma 
					pasta: um computador popular, agora chamado de “conectado”, 
					é prometido aos brasileiros antes do Natal. 
  Desta vez com disco rígido, um pacote de acesso à internet e 
					a facilidade de ser pago em parcelas de R$ 50. Aqui começa a 
					confusão. Quantas parcelas ninguém sabe ao certo. Diferentes 
					fontes do governo, em oportunidades distintas, falaram em 
					24, 30 e 36 prestações. Outra: menos de um mês após o 
					anúncio, o lançamento já havia sido adiado para o “início de 
					2005”. 
  O fato é que o governo ainda não sabe quanto o computador 
					vai custar e, conseqüentemente, quanto terá de desembolsar 
					em subsídios para manter as parcelas no valor divulgado. 
					Nessa situação, o que faz um ministro de Estado se expor, 
					fazendo promessas sem as necessárias garantias de que terá 
					condições de cumpri-las, para mim, é um mistério.
  Um computador de baixo custo irá beneficiar tanto as 
					famílias de menor renda como os micro e pequenos empresários 
					que andam adiando sua entrada no mundo digital por absoluta 
					falta de recursos. Estima-se que se a meta de manter o 
					parcelamento em torno dos R$ 50 mensais fosse atingida, pelo 
					menos 1 milhão de unidades seriam vendidas. É muita coisa.
					
  Mas atingir essa meta não será fácil. Boa parte dos preços 
					dos itens que compõem um computador é determinada 
					internacionalmente e o governo tem pouca ou nenhuma 
					capacidade de influir, apesar de seu imenso poder de compra.
					
  Além disso, a conexão com a internet, parte do pacote 
					básico, está na mão das operadoras de telefonia fixa, que, 
					cá entre nós, não são o melhor exemplo do exercício da livre 
					concorrência. Isso sem mencionar que esse computador, tal 
					qual vem sendo desenhado, usa software livre, pedra no 
					sapato da Microsoft, que não deve estar gostando nada disso. 
					Um milhão de computadores rodando Linux na mão de usuários 
					domésticos abriria um precedente perigoso para a gigante do 
					software. 
  Tem gente séria trabalhando para viabilizar esse projeto, do 
					lado do governo e da indústria de TI. Gente que quer fazer 
					direito e sabe os desafios que tem pela frente. Vamos torcer 
					para que eles sejam bem-sucedidos. 
		 
		Artigo Portal AliceRamos 
		 Que inclusão digital é esta? 
		 29/09/2004 • Alice Ramos 
		
  Com título provisório de Computador Conectado, o Governo 
					Federal lançou um programa que tentará, ao mesmo tempo, 
					financiar mais de cinco milhões de computadores com custo 
					extremamente reduzido e inserir uma expressiva camada da 
					população na sociedade da informação, de modo sustentável, 
					sem a geração de royalties ao exterior e com a utilização de 
					software livre. 
  Pelo menos isso é o que foi divulgado em julho e retomado na 
					rodada de discussões realizada pelo governo no dia 26 de 
					agosto, no Ministério das Comunicações. Na ocasião estiveram 
					os representantes das operadoras de telefonia fixa, do 
					Serpro, do Banco do Brasil; do assessor especial da 
					Presidência da República e coordenador dos debates, César 
					Alvarez; do secretário executivo do Minicom, Paulo Lustosa, 
					e de técnicos deste ministério. 
  A proposta até agora discutida inclui a produção de 
					computador com preços populares para uso residencial (ou 
					mesmo para pequenas e médias empresas), cujo financiamento 
					proporcionaria mensalidades de R$ 50,00, com acesso discado 
					para mais de 90% da população com tarifas sociais e 
					provedores de conteúdo gratuitos. Além disso, seriam 
					contratados os candidatos do Programa Primeiro Emprego.  
		 Há também uma outra fase onde os serviços públicos seriam 
					consolidados, entre eles seguridade social, saúde, educação, 
					segurança, administração pública em todas as esferas e 
					outros. Ainda seriam realizadas outras ações complementares 
					que incluem desde a criação de um grupo multidisciplinar 
					ligado à Presidência da República até a mudança do papel do 
					estado, que deixaria de ser reativo (na melhor das 
					hipóteses) para um papel ativo na vida do cidadão. 
  Não há dúvida que a idéia é bastante interessante e até 
					existe alguma chance técnica de se concretizar. Todavia o 
					que nos preocupa é o Brasil ser pródigo em produzir 
					iniciativas e leis altamente progressistas, mas que na 
					maioria das vezes não saem do papel, ou não são respeitadas. 
					Se o interesse do governo e dos demais envolvidos no projeto 
					não for concreto, e o propósito seja apenas o de obter 
					retorno em curto ou médio prazo, o programa já pode até ser 
					considerado natimorto. 
  Como é do conhecimento dos que atuam neste mercado, 
					notadamente das operadoras de telefonia, um investimento 
					dessa natureza não é somente incremental (apesar de haver 
					alguma base tecnológica já criada), mas envolve também o 
					lançamento estrutural. Além disso, seu desenvolvimento passa 
					por uma mudança radical de mentalidade, de comportamento 
					político e depende fundamentalmente que o governo chame para 
					si, em proporções crescentes, a responsabilidade e a 
					condução do programa. 
  Não tenho intenção, e muito menos interesse, em me colocar 
					numa posição de “ser do contra”, muito ao contrário, ficarei 
					feliz se o projeto obtiver sucesso, mas não posso abrir mão 
					da lucidez e coerência para falar sobre este assunto.  
		 Para começar, embora o programa teoricamente contemple uma 
					significativa parcela da população, o público-alvo é o de 
					classe média baixa. Provavelmente o mesmo que, apesar de ter 
					baixa renda, pode, por exemplo, comprar uma televisão, um 
					fogão, uma geladeira ou um sofá numa loja de departamentos 
					que os financie em parcelas iguais a perder de vista.  
		 Essa é na verdade a ponta inferior da classe média baixa, 
					que tem os salários (é bom não confundir com renda) 
					irracionalmente tributados em 15%, só por ganharem um pouco 
					mais de R$ 1 mil. Não são os que ganham abaixo de R$ 3 mil 
					(no patamar que a Receita Federal distorcidamente enxerga 
					como ricos). Apesar de estar inscrita como classe média 
					baixa, os que ganham a partir de R$ 2.115,00 tem o salário 
					tributado em desproporcionais 27,5%. 
  Começam por aí a meu ver, as questões duvidosas sobre o 
					Programa Computador Conectado, pois as dificuldades em que 
					os setores envolvidos encontraram não foram nos equipamentos 
					ou na conexão, mas sim o de oferecer financiamento para as 
					pessoas efetivamente de baixa renda. Mesmo porque os custos 
					não se resumem a R$ 50,00 por mês. Pela proposta seriam 
					oferecidos 20 horas de conexão através de um acesso discado, 
					por R$ 6,00, ou 50 horas de banda larga por R$ 30,00. E se a 
					coisa for vista pela ótica da Receita Federal (conforme os 
					números descritos no parágrafo anterior), daqui a pouco não 
					vai haver ninguém que possa ser considerado de baixa renda, 
					pois todos estarão sujeitos a levar seus tributos ao “rei”.
					
  Que programa de inclusão digital é esse cujos preços 
					refletem apenas uma redução proporcional dos serviços, com 
					um pequeno desconto, mas com lucro líquido e certo? Haverá 
					possibilidade de dedução nos impostos? Os estados 
					contribuirão abrindo mão do ICMS que chegam a consumir mais 
					de 30% dos recursos obtidos através do pagamento das contas 
					de telefone? 
  Como o governo pretende levar tal programa a 90% da 
					população com esses valores sendo praticados? Ou alguém 
					nesse grupo se esqueceu, ou ignora mesmo, que dentro desse 
					percentual, pessoas estão vivendo na pobreza, e outras estão 
					na miséria absoluta? 
  Além disso, como o governo pretende consolidar os serviços 
					públicos se os mesmos sofrem de falta de gerência atroz 
					(vide INSS e a absoluta confusão, desrespeito para com a 
					população, incompetência e corrupção vigentes. Vide também o 
					caos no sistema de saúde, como se o país tivesse recém-saído 
					de uma guerra)? Isso sem contar que para o programa ser um 
					sucesso, seria necessária a mudança de mentalidade de 
					setores do próprio governo, e até na forma de condução 
					política, pois por medo das pressões de credores externos, 
					até agora não houve nenhum presidente que ousasse tirar o 
					país da estagnação, e olha que já se vão mais de 25 anos, 
					após o fim do “milagre econômico” da época da ditadura.  
		 Mas o que nos preocupa mesmo em projetos como esses é a 
					total falta de credibilidade que o governo Lula sofre. Não 
					só pelo fato de ter decepcionado seu eleitorado, mas 
					especialmente por que não nos foi dado até agora motivos 
					concretos para se confiar nas supostas boas intenções do 
					governo. 
  E uma das marcas dessa ausência de lisura por parte do 
					executivo federal aparece justamente nas telecomunicações.
					
  Por exemplo: Embora seja fato notório, que a assinatura 
					básica da telefonia – que já conta com dez projetos de lei 
					tramitando para derrubá-la e já está suspensa pela justiça 
					em 40 municípios de Santa Catarina e em todo Distrito 
					Federal – a Anatel continua de forma intransigente 
					conduzindo as teles para um beco sem saída com a manutenção 
					da cobrança mínima nas contas de telefone, e com a falta de 
					alternativa no modelo de faturamento para tais empresas. Já 
					houve quem dissesse, que as liminares não “fazem efeito 
					porque são expedidas por juizes de pequenos estados”.  
		 Como esperar que alguém deposite confiança na conduta de 
					autoridades que sequer respeitam a população, nas mínimas 
					declarações que fazem? É o caso do sr. José Leite Pereira 
					Filho, conselheiro da Anatel que para justificar a cobrança 
					ilícita (mas avalizada pela agência) diz que “existe uma 
					prestação de serviço. Quando o usuário tem um telefone na 
					casa dele, mesmo que ele não faça qualquer ligação, ele está 
					habilitado para receber chamadas do mundo inteiro”. 
  Com essa declaração a Anatel acha que esgota o assunto? Como 
					é que a agência explica então tecnologias como os celulares 
					pré-pagos, que não possuem assinatura e nem por isso deixam 
					de estar habilitados para receberem chamadas do mundo 
					inteiro? Até mesmo a telefonia fixa já tem seu modelo 
					pré-pago, sem assinatura. Será que por falta deste pagamento 
					abusivo tais telefones não poderão receber chamadas de todas 
					as partes do mundo? Claro que não. 
  O uso habitual dessas desculpas esdrúxulas, no trato de 
					temas tão importantes como esse, não fornecem subsídios 
					morais, e ainda denotam desarticulação e a total 
					incompetência não somente da Anatel, como também das pessoas 
					ligadas à Presidência e até do próprio governo. 
  Se nem esse problema conseguiram resolver, em que base estão 
					firmadas as condições para se levar adiante um Programa de 
					porte como o Computador Conectado, que demandará um colossal 
					investimento financeiro, gerencial e político, incluindo 
					mudanças de paradigmas, e até certo ponto uma boa dose de 
					nacionalismo? É ver pra crer! 
  Quando a esmola é muita, o pobre desconfia. Ainda mais se 
					levarmos em conta que o dia das eleições é no próximo 
					domingo.     
        
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