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      Artigos, Notícias e Mensagens 
      
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        Fonte: Convergência 
        digital 
        [29/08/06]  
        
        Anatel trabalha para disponibilizar a portabilidade Numérica em 2008
         
         
        [29/08/06]  
        
        ACEL diz que portabilidade numérica é benefício para poucos  
         
        Fonte: Site TI Inside:  
        [29/08/06]  
        
        Portabilidade numérica só em 2008. 
      
        
        Artigo 
        [16/05/05]  
        Quando a 
        portabilidade numérica sairá do papel? -
        Autora: Alice Ramos 
      
        Tutorial 
          [01/05/05]  
          
          Portabilidade Numérica  -
        Site Teleco - Tutorial - José 
        Barbosa Mello 
         
        Artigos e notícias 
         [29/08/06]  
        
        Anatel trabalha para disponibilizar a portabilidade Numérica em 2008 
		 
        [29/08/06]  
        
        ACEL diz que portabilidade numérica é benefício para poucos 
		 
        [28/04/06]  
    
    Anatel cria grupo para discutir portabilidade numérica 
         
         
        [28/03/06]  
        
        Portabilidade numérica em discussão 
		 
        [19/08/05]  
        
        Anatel prepara regulamentos de portabilidade e unbundling 
		 
        [20/05/05]  
        A propriedade 
        do número telefônico  
		 
                  
                  [22/04/05]  
                  
                  Sistema de portabilidade númerica é o principal 
                  desafio da Anatel    
		 
        [15/04/05]   
          
          Brasil pode ter portabilidade 
          numérica telefônica em 2007  
		 
		 
                  [15/04/05]  
                  
                  Anatel ainda não tem solução para portabilidade numérica 
                   
		 
        
          [14/04/05]  
          
          Conselheiro da Anatel abre 
          seminário sobre portabilidade numérica    
		 
          [22/01/05]  
          
          Portabilidade numérica  
		 
        [06/12/04]  
        Mais 
        competição nos celulares 
		 
        [26/11/04]  
        
        Quem disse que a portabilidade vai ser fácil?  
		 
        [12/04/04]  
        Poder de 
        escolha 
		 
        [30/01/04]  
        
        A prova dos nove para as teles   
           
        
  
        
        Fonte: Wikipedia 
        - Local 
        Number Portability 
  
        
  
   
        
      Artigos, 
      Notícias e Mensagens 
      - Transcrições - 
        
         
        
         Fonte:
		Portal Convergência Digital 
	
	
	Anatel cria grupo para discutir portabilidade numérica  
[28/04/06]
  :: Ana Paula Lobo :: 28/04/2006 
  Dentro de 45 dias, os técnicos da Anatel terão que apresentar um projeto de 
viabilidade para a adoção, enfim, da portabilidade numérica nos serviços fixo e 
móvel no Brasil.  De acordo com o conselheiro da Anatel, Pedro Jaime Ziller Araujo, a adoção da 
portabilidade acontecerá de forma gradual. "Não podemos ir além das nossas 
pernas. Temos que fazer o processo caminhar. A idéia é começar a trabalhar com a 
portabilidade no móvel e no fixo, sem uma comunhão entre elas. Depois o processo 
é aperfeiçoado", afirmou. A expectativa do conselheiro é que, com a apresentação do estudo no prazo de 45 
dias, possa ser possível a implementação da facilidade ainda este ano. A 
portabilidade numérica permite que o assinante mude de provedor, mas mantenha o 
seu número original. Um dos pontos em debate e que será avaliado pelo grupo técnico é como acontecerá 
essa portabilidade, qual o custo que cabe à operadora e também ao usuário   
	 
	Fonte: 
	JLC 
Telecom [28/03/06]  
	Portabilidade 
numérica em discussão
  A portabilidade numérica – o direito que o dono de um número telefônico tem de 
manter este número mesmo que mude de operadora (fixa ou móvel) – foi tema de 
quatro seminários fechados ao público em 2005 e só não foi mais discutido por 
que não era prioridade, segundo assessoria de imprensa da Anatel (Agência 
Nacional de Telecomunicações). 
  “Em 2006, a Agência deve priorizar a criação de um regulamento para averiguar se 
há ou não competição tanto em mercados fixos quanto em mercados móveis”, conta 
Eduardo Carvalhaes Neto, advogado especializado em telecomunicações e 
ex-consultor da Anatel. “Mas é fundamental que o debate sobre a portabilidade 
numérica se inicie o quanto antes já que há um complexo caminho burocrático a 
ser seguido até que qualquer decisão seja tomada”, completa. 
  Vantagem para clientes e operadoras 
	 A Agência discute o assunto desde 1998, mas não se posiciona firmemente quanto à 
questão, de acordo com o advogado. Segundo Carvalhaes, a portabilidade numérica 
pode ser vantajosa tanto para as operadoras quanto para os clientes. “Em países 
em que a mudança foi feita, as reclamações e as tarifas se reduziram e com a 
competição mais direta, as operadoras com os melhores serviços ganharam clientes 
e as piores, perderam”, conclui o ex-consultor. 
  De acordo com Anderson Ramires, analista de telecomunicações da consultoria PWC 
(PriceWaterhouseCoopers), o modelo de portabilidade que deve ser seguido no 
Brasil é o Inglês, que prevê, no longo prazo, a portabilidade numérica entre 
operadoras móveis e fixas. “Só que a Inglaterra é do tamanho do Rio de Janeiro”, 
lembra, comentando as dificuldades de implantação da portabilidade em um 
território tão grande quanto o brasileiro e com tantos códigos de área e 
operadoras diferentes. “Aqui são pelo menos quatro áreas de concessão”, 
completa. 
  Operadoras  O WNews entrou em contato com as grandes operadoras nacionais, que preferiram 
não se manifestar sobre o assunto. A Vivo oficialmente não fala sobre o tema, 
mas diz que acata qualquer decisão da Anatel. Já a Claro não fala de 
portabilidade ou de qualquer assunto que envolve decisões de ordem pública. A 
TIM e a Oi também não se posicionam.  
	Fonte:
	Networks Eventos [19/08/05]  
	Anatel prepara regulamentos de portabilidade e unbundling 
	 por Gilda Furiati 
  A Anatel está resgatando o conceito amplo de unbundling de plataforma (o UNE-P) 
como um requisito básico para viabilizar a portabilidade numérica no mercado 
brasileiro. O cronograma ainda está em fase de ajuste mas o grupo liderado pelo 
conselheiro Plínio Aguiar prepara as diretrizes necessárias para colocar em 
consulta pública os dois regulamentos (de portabilidade e de unbundling) antes 
do final do ano. O objetivo é garantir que o usuário possa manter o mesmo número 
do telefone ao trocar de operadora tanto no serviço móvel quanto no fixo, 
garantindo a oferta aos mercados corporativo e residencial. 
  Para Aguiar, além do propósito de oferecer esta facilidade que usuários já 
usufruem em diversos países da Europa e nos EUA, a agência também quer obter a 
efetiva competição na telefonia fixa, razão da decisão pela regulamentação do 
unbundling. “Estamos seguros de que é preciso ter a desagregação da rede, é uma 
alavancagem para as empresas que querem entrar e competir, atendendo ao 
interesse do usuário. Caso contrário, não há oportunidade para que uma 
competidora entre no mercado; ela não realiza a portabilidade por não ter a 
facilidade do unbundling”. A agência descartou a contração de consultoria para a 
preparação dos regulamentos por considerar que há capacitação interna suficiente 
para o trabalho, que aglutina pessoal das duas superintendências, como os 
coordenadores Walter Khalil Jabur e Bruno Ramos, respectivamente gerentes de 
interconexão (da SPB) e de regulamentação (da SPV). 
  O modelo de negócios da portabilidade que vem sendo desenhado, adianta o 
conselheiro, leva em conta a definição de uma entidade (uma clearing house) com 
credibilidade, neutralidade e competência, capaz de operar nos dois ambientes 
(fixo e móvel) e fazer a auditoria da portabilidade. “Não se pode criar uma 
entidade para representar interesses de partes, o que poderia gerar muitos 
problemas se não tivermos a eficácia dessas credenciais. Necessitamos de uma 
câmara de compensação para atuar sobre um universo de quase 110 milhões de 
terminais (fixos e móveis)”, explica ele. 
  Câmera de compensação 
  Além de definir o que é a portabilidade o regulamento em preparação terá que 
definir os atributos desta entidade e seu funcionamento como câmera de 
compensação. Entre os pontos em análise, a agência estuda como será a 
remuneração em função de gastos com manutenção da base de dados, dos sistemas de 
auditagem e das equipes de operação da portabilidade. Isto porque as empresas 
terão que assumir todos os seus custos para equipar as redes para a 
interoperabilidade. Segundo Aguiar, embora o maior interesse da agência seja a 
telefonia fixa, a portabilidade no móvel tem mais viabilidade de ocorrer antes 
porque essas redes são mais atualizadas e já têm bases de dados integradas.  
	 Também está prevista no regulamento a definição de prazos de respostas para o 
atendimento da portabilidade (nos EUA ele é de duas horas e na França de 30 
dias) - metas que serão auditadas pela Anatel. A forma de encaminhamento do 
pedido de portabilidade ainda permanece em estudos, considerando-se que uma das 
alternativas da solicitação seria encaminhar o pedido à receptora (a empresa 
competidora) ou à doadora, a prestadora originária do serviço. Na fase de 
implantação é comum a migração de assinantes e um acirramento da disputa pela 
fidelização do cliente, que também poderá retornar mais adiante à primeira 
empresa, caso não esteja satisfeito com o serviço. 
  -------------------------------------------------------------------------------- UNE-P está focado nos mercados residencial e Soho 
	 O UNE-P (Unbundled Network Element-Platform) é a combinação de elementos de rede 
(acesso, transmissão e comutação) em uma plataforma que os concorrentes podem 
usar para oferecer serviços telefônicos locais diferenciados (como internet, voz 
local e de longa distância, além de serviços inteligentes como o siga-me). A 
principal diferença em relação ao unbundling tradicional (o full unbundling, 
line sharring e bit stream) é que enquanto este é feito na última milha e 
voltado aos serviços de dados (usando a planta de ADSL da operadora local), o 
alvo do UNE-P é o mercado de voz residencial e Soho (pequenas empresas) e o 
aluguel é feito em toda a rede da concessionária, pemitindo que o assinante 
mantenha o número do seu telefone (portabilidade numérica). 
  O conceito surgiu no estado de Nova York e foi acrescentado como requisito à 
entrada de novas operações de longa distância, antes de tornar-se parte do 
Telecom Act americano, em 1996. Para que as operadoras locais entrassem em 
outros mercados, o FCC (Federal Communications Comission) colocou a 
obrigatoriedade das operadoras cederem os elementos da rede (o UNE-P) para as 
novas concorrentes. A justificativa na época era de que a competição se tornaria 
muito difícil diante da impossibilidade de duplicação desta infra-estrutura de 
telecomunicações. 
  Na época, as incunbents americanas foram obrigadas a oferecer os elementos 
desagregados no atacado, com o enlace local, dispositivo de interface de rede, 
circuito comutado, transmissão local, sinalização, bancos de dados de chamadas e 
sistemas de suporte operacional. O UNE-P foi usado como um mecanismo de 
transição necessário à ampliação da oferta de serviços telefônicos, mas à medida 
em que ganharam participação de mercado, as operadoras implantaram suas próprias 
centrais e enlaces locais. Hoje o unbundling não é mais obrigação regulamentar 
nos EUA.     
	
	Quando a portabilidade 
numérica sairá do papel? [16/05/05] Alice Ramos 
	Se depender da vontade das operadoras, a resposta é 
nunca. Afinal, aos usuários de telefonia fixa e móvel será disponibilizada o que 
a Anatel define como “facilidade de rede que possibilita ao assinante de serviço 
de telecomunicações manter o código de acesso a ele designado, independentemente 
da prestadora de serviço de telecomunicações ou da área de prestação do 
serviço”. 
  Em curtas palavras é o poder de mudar de operadora sem precisar trocar o número 
do telefone. 
  Uma notícia excelente, aliás, para os usuários que hoje só tem como opção 
deplorar os esculhambados serviços prestados pelas telcos aos seus clientes. 
Quando a portabilidade numérica for uma realidade no Brasil, em teoria o 
consumidor (eu sou um claro exemplo dessa dependência absurda) terá como dar o 
troco: se for lesado ou mal atendido, abandona a operadora e contrata os 
serviços de outra. Simples assim. 
  Outro fator extremamente positivo é que essa mudança na forma de operar as redes 
irá aumentar a concorrência entre as empresas que já exploram o mercado de 
telefonia, e facilitará o ingresso de novos players, com preços extremamente 
mais atraentes e serviços de melhor qualidade. 
  Sim, porque uma vez que nos for facultada a condição de migrar de uma operadora 
à outra, não serão os belos comerciais de tv que segurarão os clientes 
insatisfeitos. A menos que todas elas comecem a agir de forma ‘cartelizada’, e 
resolvam baixar a qualidade dos serviços até um determinado patamar para que não 
haja diferenças no mercado. 
  Algo impensável até para o país da corrupção (como diria Chico Anysio, o Brasil 
não inventou a corrupção e sim o perdão para ela). 
  Mas o motivo pelo qual a disponibilidade da portabilidade numérica jamais seria 
aberta se dependesse apenas da vontade das operadoras, é que – como disse no 
início – isso provoca o aumento da taxa de churn, ou em português claro, a perda 
do cliente. Percentual este que, aproveito para dizer, já está num patamar bem 
alto, antes mesmo das mudanças que estão sendo cogitadas serem praticadas.  
	 Prova cabal de que a razão para um cliente fugir de uma operadora para outra não 
está na portabilidade numérica, e sim na incompetência e na falta de interesse 
das empresas em oferecer serviços descentes. Não adianta tentar culpar a 
tecnologia, se o serviço que apresentam é um lixo. 
  A discussão a respeito do assunto começou a meu ver tardiamente, uma vez que na 
época da privatização do Sistema Telebrás essa possibilidade já tinha sido 
aventada. O Brasil perdeu um tempo enorme com os enfrentamentos da Anatel que, 
ao longo dos anos, a única atividade para a qual a agência se mostrou competente 
foi para defender os direitos contratuais das operadoras. 
  Só recentemente, no seminário sobre Portabilidade Numérica, realizado pela 
Associação Brasileira das Prestadoras de Serviços de Telecomunicações 
Competitivas (TelComp), no dia 15 de abril, em São Paulo foi dado início às 
conversações sobre o assunto. 
  Os palestrantes que lá estavam, entre eles Pedro Jaime Ziller, conselheiro da 
Anatel, nada acrescentaram (ao que já se sabia) para achar uma solução sobre 
quem arcará com as despesas dos números portados. Todos deixaram claro que 
estavam ali para levantar questões. 
  E não poderia ser diferente, pois a portabilidade numérica só poderá ser 
oferecida após serem feitos altos investimentos. Entretanto, antes disso, é 
necessário definir várias questões técnicas, operacionais, remuneratórias etc.
	
  Ou seja, direitos e deveres dos consumidores, atribuições das prestadoras 
doadoras e receptoras, tipo de modelo, se vai ser criada uma clearing house ou 
não, ou se a portabilidade funcionará bi-lateralmente entre as operadoras, e 
vários outros requisitos que demandam muito tempo, discussão e planejamento.  
	 Esses e outros tantos quesitos sobre os quais certamente ainda vamos discorrer e 
esmiuçar em edições futuras desta coluna. 
  Pelo decreto 4.733 de 10/06/2003, no artigo 7º o que está determinado é: 
	
  “Art.7º A implementação das políticas de que trata este Decreto, quando da 
regulação dos serviços de telefonia fixa comutada, do estabelecimento das metas 
de qualidade e da definição das cláusulas dos contratos de concessão, a 
vigorarem a partir de 1º de janeiro de 2006, deverá garantir, ainda, a 
aplicação, nos limites da lei, das seguintes diretrizes: (...)” 
  “VIII - a possibilidade de ser assegurada aos assinantes de serviço de 
telecomunicações, residenciais e não residenciais, a portabilidade do número 
local; (...)” 
  “IX - a possibilidade de ser assegurada, em todo o território nacional, a 
portabilidade dos códigos não-geográficos;” 
  A Portabilidade Numérica é portanto um direito do usuário, estabelecido no 
Regulamento de Numeração do STFC (art. 12, inciso XVI) e no Regulamento de 
Numeração do SMP, art. 6º, inciso XVI. 
  A lei estipula prazo para o pleno funcionamento da portabilidade. Alguém acha 
que teremos um serviço tão moderno, ágil e complexo funcionando a todo vapor em 
tempo hábil, se apenas no mês passado o tema foi debatido abertamente pela 
primeira vez? 
  É lógico que a Anatel já tem estudos em andamento, e por força de lei terá que 
convocar audiências públicas à medida que definir as condições da portabilidade.
	
  Esse negócio de falar ‘não temos soluções’ é muito conveniente, pois na prática 
não existe mesmo uma solução fácil e nem rápida, além disso a Anatel não poderia 
simplesmente baixar um modelo pronto para todo mundo engolir. Sem contar que o 
impoluto tom politicamente correto é freqüentemente adotado para camuflar 
intenções nada publicáveis. 
  No caso aqui o que antevejo – e se não tomarmos cuidado acontecerá – é uma 
portabilidade às avessas. Não duvidem da capacidade criativa e histórica da 
elite brasileira, que tem no currículo uma ‘abolição da escravatura’ – que 
continua gerando escravos; uma ‘independência’ – totalmente dependente de outras 
nações; várias ‘revoluções’ – que reafirmaram o poder e a hegemonia de civis e 
militares que estiveram no comando do país; uma ‘privatização da telefonia’ – 
que criou monopólios privados; e por último, dois presidentes da República 
seguidos que se dizem ‘socialistas’ e de ‘esquerda’ e que se tornaram os maiores 
ícones do capitalismo brasileiro. 
  Diante disso, não seria difícil a Anatel criar algum mecanismo que ao invés de 
estimular a competição, venha manter os usuários de telefone presos às 
operadoras que inicialmente escolheram. 
  Uma forma de fazer isso é inviabilizando a migração dos números cobrando tarifas 
astronômicas e mensais de quem se aventurar a mudar de operadora. 
  Mesmo porque os modelos de faturamento disponíveis são: 
	
  1) Quando o assinante usar o serviço de portabilidade a cobrança poder ser: - 
Através de uma taxa única - Ser criado um novo valor mensal para esse fim. - Ou 
tarifas em cada chamada 
  2) A alternativa pode ser a cobrança na conta do assinante que originar a 
chamada 
  3) Ou pode ser incluída na assinatura mensal já existente.  
	 Levando em consideração o histórico das práticas, muitas vezes lesivas, a 
respeito da assinatura básica e que vem sendo praticada em inúmeros serviços de 
telefonia, sobre tudo na fixa, não é necessário ser um guru em telecomunicações 
para deduzirmos a forma de remuneração que a Anatel provavelmente já escolheu: a 
cobrança mensal. 
  Mesmo porque, além das operadoras terem que bancar uma senhora estrutura para 
gerar concorrência contra elas próprias, a contrapartida para fazer frente a 
esses investimentos, na opinião da empresas de telecomunicações, será pequena.
	
  Aliás, sobre isso Daniela Trettel, advogada do Instituto de Defesa do Consumidor 
(Idec)., que esteve presente ao seminário colocou, de forma muito apropriada, 
que o consumidor não deve arcar com mais essa despesa. Segundo a visão do 
instituto, a cobrança de taxa de migração inibe a liberdade do consumidor de 
trocar de operadora e assim estimular a competitividade. 
  Ou seja, como eu disse antes, não é preciso ser guru para antecipar essa ação 
predatória. 
  Como sempre, a Anatel, fiel como um cão caçador, já saiu marcando posição em 
defesa das operadoras. Gilberto Alves, gerente de qualidade e líder do projeto 
de portabilidade da agência disse na ocasião que era ‘prematuro radicalizar 
posições nesse momento em que se inicia o diálogo de fato sobre o assunto’.  
	 Então, se a preocupação é a de não se radicalizar posições, sigamos portanto o 
modelo adotado em toda a Europa: lá o valor para se ter a portabilidade é pago 
apenas um vez, e os preços variam de zero a € 30,00, dependendo da operadora e 
do país. Dessa forma não precisamos ‘radicalizar’, e quem sabe nem precisemos 
ter ‘discussões’. 
  Ora, se em países como os EUA e na própria Europa a implantação da portabilidade 
numérica foi adiada várias vezes, tanto por dificuldades técnicas, como por 
falta de interesse das operadoras, alguém ainda consegue acreditar que a nossa 
sairá ‘redondinha’, agradando a todos? 
  Olha que nos EUA a portabilidade existe há oito anos! Por isso mesmo que falar 
ao celular ou fixo sai quase de graça por lá. Muitos cidadãos americanos já até 
deixaram de usar o telefone fixo para ficar somente com o celular, diante dos 
preços competitivos que encontram. 
  Se a Anatel prega a não radicalização de posições neste momento não é só por que 
o tema é complexo e precisa ser analisado minuciosamente, mas porque, na 
verdade, já tem sua posição definida: a de defender o maior quinhão possível 
para suas tuteladas. 
  Enquanto isso, vai preparando o terreno jurídico e político para fazer a 
sociedade ‘entubar’ mais uma série de despesas e manter as margens de lucro das 
telcos lá nas alturas, mesmo com a livre concorrência gerada pela portabilidade, 
e mesmo não sendo realidade em nenhum lugar do mundo. 
  Note que a preocupação das operadoras no exterior foi justamente administrar um 
forte aumento inicial na taxa de churn, que pode ou não acontecer. Na Finlândia, 
por exemplo, teve operadora que experimentou um aumento nessa taxa de 13% para 
47%, em poucos meses de implementação da portabilidade. Já em Hong Kong, a taxa 
média das seis operadoras móveis existentes subiu de 3% para 5% e se estabilizou 
abaixo dos 5%. No resto da Europa a média subiu de 10% para 37%. 
  Seja grande ou pequena a fuga de clientes uma coisa é certa: as operadoras não 
querem a portabilidade, mas na hipótese de não terem outra escolha, o mais 
provável é que nos empurrem mais essa conta para pagar. O pior é que - seja o 
que for decidido - a renovação do contrato de concessão dará às operadoras o 
direito de exploração por mais 20 anos. 
  Será que vamos agüentar por mais duas décadas vermos a Anatel administrando as 
telecomunicações brasileiras, servindo exclusivamente aos interesses das 
operadoras? 
  Ao contrário do querer da agência e o das outras velhas raposas que estão por 
trás e acima dela, radicalizar a favor da sociedade é sim a melhor opção. Se a 
população não radicalizar em prol de seus interesses, as operadoras o farão 
pelos delas.  É isso.   
	Site TELECO 
	 Tutorial
  
	Portabilidade Numérica
	   [01/05/05]
  Este tutorial trata da Portabilidade Numérica, definida como a 
          faculdade do usuário em manter o seu número ao trocar de prestadora de 
          serviços. 
  O autor, José Barbosa Mello é Engenheiro Mecânico (EPUC-RJ 1966) e 
          Mestre de Ciências (Stanford 1974;  iniciou o projeto (1998), foi 
          presidente e posteriormente vice-presidente de operações, parcerias e 
          planejamento estratégico da Pegasus Telecom. A empresa construiu uma 
          rede urbana e interurbana de 6.500 km de fibras ópticas na região 
          Centro-Sul e atualmente oferece soluções de comunicação corporativa em 
          mais de 20 cidades da região. Em dezembro de 2002, desligou-se da 
          Pegasus após a sua venda para a Telemar por US$ 200 milhões. 
          Anteriormente, trabalhou na Odebrecht onde foi Diretor Geral da 
          Avantel, consórcio concorrente da Banda B da telefonia celular, 
          formado também pela Airtouch (hoje Vodaphone), Camargo Corrêa e 
          Unibanco. Foi Diretor Superintendente da Soluções Integradas Prolan, 
          que atua no segmento de redes. Sua experiência profissional inclui 
          ainda a área financeira e de engenharia, tendo sido um dos fundadores 
          e diretor do Banco Goldmine e diretor financeiro do Grupo 
          Veplan-Residência e diretor da EBE - Empresa Brasileira de Engenharia.
	 Atualmente é Diretor do Teleco, presidente do Conselho de 
          Administração da Vex e conselheiro de outras empresas 
	Portabilidade: Introdução  
	 Este tutorial trata da Portabilidade Numérica, definida como a 
          faculdade do usuário em manter o seu número ao trocar de prestadora de 
          serviços. Com mais precisão, a Anatel a define como facilidade de rede 
          que possibilita ao assinante de serviço de telecomunicações manter o 
          código de acesso a ele designado, independentemente da prestadora de 
          serviço de telecomunicações ou da área de prestação do serviço.  
	 A portabilidade numérica “desconecta” o número do telefone de seu 
          endereço original na rede e do operador que originalmente detinha 
          aquele número. 
  Os usuários são os maiores beneficiários da portabilidade numérica, já 
          que, para os operadores, nem sempre o aumento de custos decorrente da 
          implementação é compensado com a receita advinda da aquisição de novos 
          clientes. Para o ambiente competitivo, a portabilidade numérica também 
          é muito positiva, pois elimina uma das barreiras de entrada que os 
          novos entrantes enfrentam, particularmente no caso de clientes 
          empresariais. Para as operadoras fixas, a introdução da portabilidade 
          numérica representa muito mais custos do que a possibilidade de novas 
          receitas. Já para as operadoras móveis, o quadro é diverso. A 
          possibilidade de capturar clientes relutantes em trocar de número e de 
          buscar clientes de maior valor – aqueles que geram grandes contas –, 
          sejam eles pessoas físicas ou contas empresariais, é um forte 
          incentivo num segmento onde a competição prevalece. 
  Existem três tipos de portabilidade numérica, a saber: 
	 Portabilidade entre Prestadoras de Serviço Local ou Móvel, quando os 
          clientes têm o direito de manter o número telefônico ao trocar de 
          provedor de serviço local, móvel ou fixo;  Portabilidade Geográfica, quando os clientes têm o direito de manter o 
          número telefônico, como no caso de mudança de endereço;  Portabilidade de Serviço, quando os clientes têm o direito de manter o 
          número telefônico, inclusive na troca de serviços (Ex. celular para 
          fixo).  O Brasil optou por tornar obrigatória a Portabilidade do tipo 1 – 
          Portabilidade de Provedor de Serviço Local ou Móvel, e a portabilidade 
          dos números não geográficos. São números não geográficos aqueles que 
          não permitem identificar o local do número como, por exemplo, os 
          números de serviços de utilidade pública e o serviço 0 800. 
  
	
	
	[Leia mais]  
	
	
		Sistema de portabilidade númerica é o principal 
                  desafio da Anatel Assunto deve pautar a agenda de universalização do setor nos 
                  próximos 2 anos  22/04 - 12:33  Por : Update/Amcham Fonte : Da Redação  O brasileiro terá novamente a oportunidade de colocar em 
                  prática a habilidade de incorporar ao seu vocabulário termos 
                  técnicos até então totalmente estranhos ao seu universo e 
                  transformá-los em expressões corriqueiras. O desafio da vez 
                  será entender o significado do termo Portabilidade Numérica, 
                  sistema que, em resumo, possibilita ao usuário de telefonia 
                  fixa ou celular mudar de operadora ou de endereço e manter o 
                  mesmo número da linha.
                  
	  
	As discussões sobre o assunto no Brasil remontam à época da 
                  privatização do setor de telecomunicações. Passada uma década 
                  após o início do processo de privatização, os players do 
                  mercado nacional ainda não amadureceram a sua posição sobre 
                  como, quando e de que forma a portabilidade numérica deve ser 
                  implantada no mercado brasileiro. 
	
	  
	Adotada em diversos países do mundo e aclamada como um dos 
                  mecanismos mais eficazes para estimular a competitividade no 
                  setor, a portabilidade será um dos principais assuntos da 
                  agenda de universalização dos serviços de comunicação no País 
                  nos próximos dois anos. As discussões devem esquentar em um 
                  mês, quando a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) 
                  deverá realizar um consulta pública sobre o assunto. 
	
	  
	O conselheiro da Anatel Pedro Jaime Ziller afirmou que os 
                  detalhes técnicos e operacionais serão analisados durante o 
                  extenso cronograma de reuniões previstas para acontecerem até 
                  o fim do ano, quando se espera que as regras de implantação e 
                  definição da portabilidade numérica estejam definidas. Ele 
                  participou em abril do Seminário Portabilidade de Número 
                  Telefônicos: Impactos para o Mercado, realizado na Amcham-SP 
                  pela Associação Brasileira das Prestadoras de Serviços de 
                  Telecomunicações Competitivas (Telcomp). Estiverem presentes 
                  representantes de operadoras de telefonia, fabricantes de 
                  equipamentos para o setor e entidades de defesa do consumidor. 
	
	  
	Perguntas, não respostas 
	  
	Definidas as regras, a estimativa de Ziller é que o sistema 
                  esteja em funcionamento entre 12 e 18 meses. Até lá, no 
                  entanto, muitas discussões irão rolar por baixo da ponte que 
                  liga mercado, governo e consumidores. 
	  
	Os palestrantes foram quase unânimes em avisar a platéia que 
                  eles estavam ali não para propor soluções, mas sim para 
                  levantar questões. E foi isso que aconteceu. Em todas as 
                  participações foram apresentados os cenários possíveis nos 
                  quais a portabilidade poderia ou não ser viabilizada.
                 
	  
	Ziller lembrou que a legislação brasileira prevê a 
                  portabilidade no sistema de telefonia fixa e móvel. Aliás, no 
                  mercado de celular as operadoras já permitem que o cliente 
                  mude do sistema pré-pago para o pós-pago sem a necessidade de 
                  mudar de número. “Quando as vantagens para o operador são 
                  claras não há dúvidas em relação à oferta do serviço”, disse 
	
	  
	A proposta é tornar a portabilidade acessível a uma maior 
                  parcela de clientes. Na telefonia fixa, a previsão é que a 
                  migração entre dois serviços mantendo o mesmo número seja 
                  viável em mudanças de endereço na mesma cidade e nas 5.360 
                  áreas locais existentes no País. Essas áreas são constituídas 
                  por cidades que têm o mesmo prefixo, ou seja, em áreas nas 
                  quais ligações são feitas sem a necessidade de discar o DDD. 
                  Na telefonia móvel, será possível fazer a migração entre 
                  operadoras e entre pré e pós-pago na mesma área de registro. 
	
	  
	Impasse comercial 
	  
	As questões técnicas ficam em segundo plano quando se começa a 
                  discutir para quem vai a conta dessa operação. O impasse, no 
                  entanto, não se restringe a saber a quem cabe o pagamento da 
                  portabilidade, mas como e de que forma ele será feito e quem 
                  fará a cobrança. 
	  
	Diante dessas incertezas, o diretor de Assuntos Regulatórios 
                  da Embratel, Luiz Tito Cerasoli, recomendou à Anatel a criação 
                  de uma clearing house, que seria responsável pela 
                  administração operacional e comercial dos números portados. 
                  Ele não acredita que as operadoras possam resolver entre si 
                  todas as pendências envolvidas nesse processo. 
	  
	Cerasoli defende que o órgão regulador separe a discussão 
                  técnica da comercial. “Se começarmos a ponderar quem vai arcar 
                  com as despesas, todo o resto da discussão ficará emperrada”, 
                  afirmou. Para o diretor de estratégia regulatória da Telemar, 
                  Érico Zilli, não há por que separar uma discussão da outra. 
                  Até porque, ressaltou, para que a portabilidade seja 
                  oferecida, as companhias terão de fazer altos investimentos em 
                  sua rede, que poderão ocasionar desequilíbrios financeiros já 
                  que a possibilidade de haver contrapartida desse desembolso é 
                  pequena.  
	 Qualidade garantida 
	  
	A gerente do Yankee Group para a América latina, Patrícia 
                  Volpi, disse que a portabilidade testa a qualidade dos 
                  serviços prestados pela operadora, porque a partir dela o 
                  consumidor pode transitar entre as operadoras com mais 
                  facilidade. Nesse cenário, explica, cria-se uma situação mais 
                  favorável também às operadoras iniciantes, que contam com mais 
                  espaço no mercado para angariar novos clientes. Para as 
                  companhias existentes, Patrícia disse que os principais 
                  impactos estão relacionados à plataforma de cobrança (billing), 
                  à tarifação e à formatação de novos produtos. 
	  
	A advogada do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) Daniela 
                  Trettel avisou que as entidades de proteção ao consumidor 
                  estão atentas a toda essa discussão e o Idec tem uma opinião 
                  formada sobre o tema. “O consumidor não deve arcar com mais 
                  essa despesa, até porque a cobrança de taxa de migração inibe 
                  a liberdade do consumidor de trocar de operadora e assim 
                  estimular a competitividade”, disse. Mas o gerente de 
                  qualidade e líder do projeto de portabilidade da Anatel, 
                  Gilberto Alves, alerta que é prematuro radicalizar posições 
                  nesse momento em que se inicia o dialogo de fato sobre o 
                  assunto. 
	  
	Alves salientou que a portabilidade deverá basear-se em uma 
                  rede inteligente, que permita a otimização de investimento por 
                  meio da oferta de serviços agregados. Na sua avaliação, é 
                  essencial que esse serviço seja prestado com total 
                  independência entre a operadora doadora e a receptora do 
                  cliente. Nessa linha, ele diz que a participação da empresa 
                  doadora, que perde o cliente, deve ser reduzida ao máximo 
                  possível. 
	  
	Experiência Internacional 
	  
	Brian Mordecai, gerente de Produtos do provedor de serviços e 
                  softwares de telecomunicações Telcordia, relatou sua 
                  experiência na implantação da portabilidade numérica nos 
                  Estados Unidos. 
	  
	O executivo credita a eficiência da operação naquele país à 
                  adoção de regras claras de implantação, ao desenvolvimento de 
                  um modelo de negócios compatível com as necessidades de 
                  mercado e à rapidez da prestação do serviço. “Feitas essas 
                  lições de casa, a margem de erro diminui consideravelmente”, 
                  afirmou Mordecai. 
	  
	Em todos os países nos quais a portabilidade foi implantada a 
                  rotatividade dos clientes aumentou. Patrícia citou o caso da 
                  Finlândia, onde o índice de transferência do cliente de uma 
                  operadora para outra cresceu de 13% para 47% pouco meses após 
                  a implantação da portabilidade.
                 
	  
	No restante da Europa, o movimento foi semelhante. Na média, 
                  após o advento da portabilidade, o "churn" aumentou de 10% 
                  para 37%. Os clientes de telefonia móvel são os que mais 
                  recorrem à migração. Nos Estados unidos, onde a portabilidade 
                  funciona há oito anos, 8,5 milhões de assinantes fizeram algum 
                  tipo de migração. Desse total, 8 milhões são usuário de 
                  celular. 
	Update/Amcham     
	
	  
	SÃO PAULO, 15 de abril de 2005 - A 
          portabilidade numérica telefônica, sistema em que o usuário pode 
          trocar de operadora mantendo a mesma linha, deve entrar em operação no 
          Brasil em meados de 2007, se for seguido o cronograma de implementação 
          da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Segundo Pedro Jaime Ziller, conselheiro da reguladora, em dois a três 
          meses o tema deve entrar em audiência pública. Ziller prevê que o 
          calendário de implantação seja divulgado até o final deste ano. "A 
          partir daí, creio que um prazo de 12 a 18 meses para o início seja 
          razoável", afirmou. 
	  
	De acordo com Ziller, ainda existem 
          assuntos importantes a serem definidos. Um deles é a possível 
          regulamentação para que as operadoras cobrem o serviço de migração dos 
          usuários. Alguns países europeus onde a opção já existe, as 
          concessionárias cobram em média cobram cerca de 15 euros pela 
          migração.  
	  
	Outro ponto a ser definido é a escolha 
          entre o modelo centralizado - em que uma empresa independente coordena 
          as operações e informações sobre as trocas entre operadoras - ou um 
          outro partilhado entre as próprias operadoras. 
	  
	Para o conselheiro da Anatel, devido às 
          especificidades de cada mercado, há mais facilidade de se implantar o 
          sistema primeiramente no serviço móvel, onde a concorrência está mais 
          estabelecida. "Não acho razoável que a portabilidade entre em vigor 
          nos serviços móvel e fixo ao mesmo tempo", diz. 
	  
	Ziller participa do seminário 
          "Portabilidade de números telefônicos: impactos para o mercado", 
          promovido pela TelComp, na Câmara Americana de Comércio (Amcham), em 
          São Paulo. 
	(Aluisio Alves - InvestNews)    
	 
	----- Original Message -----  
	
	
	Sent: Tuesday, April 26, 2005 7:40 PM 
	Subject: "Portabilidade numérica"
		  
		Nivelando as informações para os 
              dois Grupos e acrescentando notícias sobre "Portabilidade 
              Numérica".   
		Paulo pergunta e Marcelo responde.  
              :-)
  "Alguém sabe quando iremos ter a possibilidade de trocar de 
              operadora (GSM) e levar o numero do celular habilitando-o  na nova 
              operadora? Ouvi no passado que as licenças das bandas C,D e E, 
              contemplava essa facilidade para os usuários evitando que os 
              mesmos fiquem refém  das operadoras se precisarem manter o numero. 
              Muito grato. Paulo Coutinho" 
		  
		"Paulo, O que você deseja foi batizado como "portabilidade numérica", e 
              ainda depende de regulamentação específica a ser emitida pela 
              Anatel. Pessoalmente, eu estou curioso a respeito disso, porque as 
              dificuldades / implicações técnicas dessa portabilidade são 
              enormes...  NOTA: Esse mail reflete minhas opiniões PESSOAIS, e não pode ser 
              confundido com um posicionamento da empresa onde trabalho. 
              Atenciosamente,  Marcelo" 
		  
		Abaixo, notícias recentes 
              sobre o tema. Boa leitura! 
		  
		
			Um abraço cordial Helio Rosa 
			
			
			  
			
				
				  
				SÃO PAULO _ "Não vim apresentar soluções, vim trazer uma série 
                  de problemas", afirmou Pedro Jaime Ziller, conselheiro da 
                  Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), ao abrir sua 
                  palestra em seminário sobre a portabilidade numérica. 
				
				  
				Ele admite que, apesar da portabilidade _ recurso que permite 
                  ao usuário trocar de operadora ou de endereço mantendo o 
                  número da linha, fixa ou móvel _ estar prevista na 
                  regulamentação do setor há sete anos, até hoje a agência tem 
                  dúvidas de como implantar o serviço. 
				  
				Uma das dúvidas, segundo ele, é o de quem vai arcar com os 
                  custos e, no caso de ser cobrada tarifa do usuário para a 
                  mudança, de que forma ela será cobrada: de uma única vez, 
                  mensalmente, ou por chamada. 
				  
				Outra dúvida, segundo ele, "é onde fazer primeiro", na 
                  telefonia fixa ou na móvel, nas grandes cidades ou em todo o 
                  país, e assim por diante.
                 
				  
				A portabilidade está prevista nos novos contratos de concessão 
                  da telefonia fixa, que entram em vigor em 1 de janeiro de 
                  2006. Por isso, Ziller informou que a agência trabalha para 
                  que em dois a três meses o projeto entre em consulta pública 
                  e, a partir das sugestões levadas na consulta, o modelo esteja 
                  pronto até o final do ano. 
				  
				Para a implantação, no entanto, ele acha que um prazo razoável 
                  seja de 12 a 18 meses, o que pode significar que, na prática, 
                  o usuário só tenha esse recurso no segundo semestre de 2007.
                 
				  
				(Taís Fuoco | Valor Online)   
				
    
        
        
            
        
          Pedro Jaime Ziller participa amanhã do 
          evento promovido pela TelComp 
        
            
        
          A Associação Brasileira das Prestadoras 
          de Serviços de Telecomunicações Competitivas (TelComp) promove amanhã 
          (15/04) o evento “Portabilidade de Números Telefônicos: Impactos para 
          o Mercado”, no Centro de Convenções da Câmara Americana de Comércio (Amcham), 
          em São Paulo. O conselheiro da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), 
          Pedro Jaime Ziller, fará a palestra de abertura do seminário, às 8h30. 
        
            
        
          Após abertura do presidente-executivo da 
          TelComp, Luis Cuza, e do conselheiro da Anatel Pedro Jaime Ziller, o 
          gerente-geral de Qualidade da Anatel e líder do projeto de 
          portabilidade, Gilberto Alves, abordará a “Regulamentação da 
          portabilidade numérica no Brasil”. Em seguida, o country manager do 
          Yankee Group, Luis Minoru, apresentará a palestra sobre o “Panorama 
          internacional da Portabilidade Numérica: modelos de negócios, impactos 
          para operadoras clientes e mercados.” 
        
            
        
          Na apresentação de cases do setor, 
          executivos da Telcordia, líder global no provimento de softwares e 
          serviços para telecomunicações, mostrarão as “Experiências e lições 
          obtidas com a implementação da Portabilidade Numérica em três países”, 
          e a NeuStar, que opera o sistema de portabilidade nos Estados Unidos e 
          Canadá, falará de sua experiência e sobre os fatores-chave para que o 
          modelo seja bem sucedido no Brasil. O diretor-comercial da Oracle, 
          Fernando Vendramini, abordará o “Futuro da portabilidade”. 
        
            
        
          O painel “Impactos e benefícios para o 
          mercado” contará com a presença do vice-presidente de Assuntos 
          Regulatórios da GVT, Carlos Alberto Nunes; do diretor-executivo de 
          Assuntos Regulatórios da Embratel, Luiz Tito Cerasoli; do diretor de 
          Estratégia Regulatória da Telemar, Ércio Zilli; de Gilberto Alves da 
          Anatel, e dos participantes das apresentações anteriores. O moderador 
          será o presidente-executivo da TelComp. 
  
        
           
         
        
        
            
        
                Mais um ano se passou e nós, 
          consumidores, ficamos sem a tão esperada portabilidade numérica. 
          Podemos definir a portabilidade numérica como o fim da escravidão de 
          permanecer vinculado a uma operadora de telefonia, sem estar 
          satisfeito com os seus serviços, pelo fato de que a mudança resultará 
          na perda do número de seu telefone. Muitas vezes o usuário já possui 
          um determinado número por longa data e não tem o interesse em mudá-lo, 
          prejudicando imensamente a sua livre escolha de estar vinculado com 
          esta ou com aquela empresa, por todos os transtornos que a 
          substituição do número lhe acarretará. A portabilidade numérica 
          permite que o usuário mantenha o mesmo número telefônico, mesmo que 
          troque de endereço ou que mude de operadora, ou seja, o número da 
          linha telefônica pertence à pessoa e não à operadora. O regime está 
          previsto na legislação brasileira, mas como não foi fixado um prazo, 
          as empresas de telefonia vêm retardando ao máximo sua implantação. 
        
            
        
          Muito se fala que a regulamentação 
          necessária para a implantação da portabilidade numérica já vem sendo 
          estudada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), 
          entretanto, até o momento absolutamente nada foi apresentado para a 
          sociedade, que vem sendo iludida com promessas de rapidez na 
          implantação do regime. Parece mesmo que somente a partir de 2006 tal 
          serviço será colocado à disposição dos usuários, haja vista que os 
          contratos das concessionárias de telefonia, que valerão de 2006 a 
          2025, incluem capítulo determinando que as empresas devem ‘’assegurar 
          ao assinante a portabilidade de códigos de acesso”. 
        
            
        
          Há quem diga que a portabilidade já é 
          tecnicamente possível no País e que ainda não foi implantada por falta 
          de vontade política. Caso esta afirmação seja verdadeira, o Ministério 
          Público Federal tem a obrigação de se manifestar em relação ao tema, 
          podendo, inclusive, ajuizar uma Ação Civil Pública para fixar um prazo 
          limite para que as empresas de telefonia implantem o serviço. 
        
            
        
          A portabilidade numérica promete mudar a 
          correlação de forças no mercado e abrir caminhos para que a competição 
          seja, de fato, estabelecida no País. Se o usuário não está satisfeito 
          com o serviço prestado por uma empresa, não precisa se transformar em 
          refém de um número de telefone, ele poderá migrar para outra operadora 
          e manter o mesmo número. Atualmente, usuários de aparelhos celulares 
          não mudam de operadora, mesmo que tenham a opção de melhores preços, 
          por exemplo, para não ter o trabalho de avisar parentes, amigos e 
          clientes de que o número do seu aparelho mudou. Com o oferecimento 
          deste serviço teremos a competição plena e necessária para baixar os 
          custos das tarifas das ligações no Brasil e exigir que as empresas 
          ofereçam excelência no atendimento e no serviço prestado. 
         
        
          24.03..2005  
  
          Fonte:
          CPqD 
          [12/4/04]
          Poder de 
          escolha 
           
          A perspectiva do Brasil adotar a portabilidade na telefonia móvel cria 
          uma série de desafios para as operadoras 
           
          Poder de escolhaA perspectiva do Brasil adotar a portabilidade na 
          telefonia móvel cria uma série de desafios para as operadorasUma das 
          principais armas das operadoras para reter sua base de assinantes está 
          com os dias contados. Quando a portabilidade numérica entrar em vigor 
          no país, os assinantes poderão mudar de operadora sem ter de enfrentar 
          os transtornos de trocar o número do telefone, como acontece hoje. 
          Essa nova modalidade de telefonia deve entrar em vigor no Brasil entre 
          o segundo semestre de 2005 e os primeiros seis meses de 2006. Na fase 
          inicial, a portabilidade numérica vai envolver o SMP (Servi Móvel 
          Pessoal). No entanto, a realidade cor-de-rosa desenhada pelo poder de 
          escolha não se mostra tão perfeita na prática. Já implementada em 
          países como Estados Unidos, Inglaterra, Itália, França e Espanha, além 
          da Ásia, a portabilidade numérica ficou aquém dos resultados 
          esperados. Em território norte-americano, por exemplo, onde a novidade 
          está valendo desde 24 de novembro último, a expectativa era de um alto 
          grau de churn entre as teles como já havia ocorrido em Hong Kong, por 
          exemplo -, o que acabou não ocorrendo. Segundo um relatório do The 
          Yankee Group, a previsão era de 10% de migração mensal de usuários, 
          mas o q se viu até agora foi uma estabilidade. Ao analisar os 
          resultados, Luís Mino consultor do instituto de pesquisa parã América 
          Latina, explica que a estagnação foi resultado de um movimento das 
          operadoras para garantir suas bases atuais de clientes - evitando o 
          churn -; somado a questões técnicas, que não facilitaram a mudança no 
          início do processo. "Os números ainda devem aumentar até o final do 
          ano, mas a troca de tecnologias ou operadoras não chegou nem perto do 
          que o mercado esperava, explica. Ele prevê que isso não deve ser muito 
          diferente para o Brasil, mas, como a legislação vai ampliar a 
          competição, enxerga a medida como importante para a melhoria de 
          serviços aos clientes. O principal impacto da adoção desse modelo no 
          país, prevê Stefano Core, analista da Value Partners, deve ser para as 
          operadoras, as quais terão de investir quantias significativas em 
          infraestrutura e plataformas para se adequarem às mudanças. E, em 
          contrapartida, não deverão acompanhar um grande aumento na base de 
          usuários. "Os clientes e fabricantes de celular são os que mais ganham 
          com isso, pois a tendência mostra que o número de aparelhos 
          comercializados aumenta, assim como as promoções e serviços para os 
          assinantes", avalia. Core até prevê um aumento do churn entre as 
          provedoras, mas acredita no `roubo mútuo; ou seja, o número de 
          clientes perdidos e ganhos será, praticamente, o mesmo. Fazendo uma 
          comparação com a Itália, o analista destaca que a média de tempo útil 
          de um celular passou de, aproximadamente, um ano e meio para oito 
          meses após a portabilidade. Um movimento estimulado pelas próprias 
          teles que distribuíram aparelhos para os seus assinantes. "As 
          provedoras de serviço terão de adotar métodos como os já praticados 
          pelas companhias aéreas e pelas empresas de cartão de crédito, 
          oferecendo prêmios aos assinantes", aposta. No Brasil, Core espera que 
          o movimento siga os mesmos moldes do mercado europeu, até mesmo pelo 
          número de operadoras e tecnologias no país. Porém, o consultor destaca 
          que os brasileiros, principalmente os das classes A e B, são muito 
          ligados ao número de seus telefones, o que pode causar uma mudança até 
          maior do que na Europa. Além disso, um ponto importante a ser 
          considerado, na opinião do especialista, é o crescimento que isso pode 
          acarretar para os planos pré-pagos. "Com essa medida, será possível 
          escolher o tipo de serviço sem ter de mudar o número. Isso deve 
          aumentar a migração entre telefones pré e pós-pagos", defende. Outra 
          expectativa do analista é que, com a portabilidade, tecnologias que já 
          estão entrando em desuso, como o caso do TDMA, sejam extintas. O 
          movimento, segundo ele, ocorreu em diversos locais, como na própria 
          Itália. Mas Core alerta que a portabilidade numérica exigirá um 
          esforço extra das teles brasileiras para garantir a retenção e um 
          melhor relacionamento com os clientes, tomando medidas pró-ativas para 
          lutar contra o churn. "Essa é uma barreira muito grande para as 
          provedoras enfrentarem em curto espaço de tempo", considera o 
          analista, lembrando que as previsões são de que a modalidade entre em 
          vigor em pouco mais de um ano. Como a Anatel ainda não se pronunciou 
          sobre o assunto, Core acredita em um possível adiamento do processo. 
          Mas mesmo com os problemas, o sonho da portabilidade numérica na 
          telefonia móvel é ainda muito mais próximo do que no STFC (Serviço 
          Telefônico Fixo Comutado). Minoru explica que o Brasil tem muitos 
          problemas com números fixos. Opinião essa compartilhada com o analista 
          da Value Partners que é categórico: "acredito ser praticamente 
          impossível a portabilidade na telefonia fixa do país". BASTIDORES DA 
          PORTABILIDADEA portabilidade numérica não é um assunto novo no Brasil, 
          já que há alguns anos ela já faz parte da pauta da Anatel. 0 primeira 
          passo da Agência em relação à adoção do modelo foi dado em 1998, com a 
          inclusão do tema no Regulamento do STFC, como forma de concorrência. 
          No ano seguinte, criou-se uma proposta interna de portabilidade móvel, 
          a qual chegou a passar por estudos, realizados pelo CPqD (Centro de 
          Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações). O levantamento 
          envolveu a modelagem do banco de dados para a portabilidade dos 
          códigos não-geográficos. No entanto, o projeto não foi adiante por uma 
          decisão do Conselho Diretor da Agência de unir iniciativas para a 
          telefonia fixa e celular. O movimento mais definitivo aconteceu em 
          novembro de 2003, quando a Anatel tomou a primeira medida real em 
          relação à implementação da portabilidade numérica no Brasil. Na época, 
          o Conselho aprovou a contratação de uma consultoria, por meio da União 
          Internacional de Telecomunicações (UIT), para realização do estudo do 
          melhor modelo a ser adotado no país. 0 processo ainda está em fase 
          inicial, sem, ao menos, a formalização do pedido de contratação da 
          consultoria. Atualmente, a Anatel esbarra nos aspectos técnicos sobre 
          como implementar a portabilidade e em qual prazo. Por fim, ainda falta 
          a edição de um regulamento específico sobre o assunto.  
          Fonte: Telecom Negócios 
   
          Fonte:
          Felsberg & Associados 
          [26/11/04] 
          
          Quem disse que a portabilidade vai ser fácil?  
           
          Quem acredita que a introdução da portabilidade numérica no Brasil vai 
          provocar uma migração desenfreada dos consumidores de uma operadora 
          para a outra pode estar enganado. Apesar de relevante para criar 
          competição, a idéia de permitir que o usuário troque de prestadora de 
          serviço sem mudar seu número de telefone é mais complicada do que pode 
          parecer à primeira vista. E, se depender de algumas experiências 
          internacionais, o resultado pode ser bem diferente do esperado.  
           
          A portabilidade numérica ainda está em avaliação pela Agência Nacional 
          de Telecomunicações (Anatel) e não deve chegar ao Brasil antes de 
          2006. Mesmo assim, esse sistema já é uma realidade em países como 
          Estados Unidos, França, Reino Unido e Itália, entre outros.  
           
          Em todos esses mercados, a expectativa era grande. No entanto, nem 
          todos puderam comemorar resultados animadores. 
           
          Nos Estados Unidos, por exemplo, a portabilidade chegou à telefonia 
          móvel em novembro de 2003. Pouco antes da implantação, alguns 
          especialistas estimavam que pelo menos 10% dos usuários optariam por 
          trocar de operadora com a nova regulamentação. Mostrando um entusiasmo 
          ainda maior, pesquisas de opinião mostravam que mais de 20% dos 
          consumidores estavam decididos a escolher outro prestador de serviço 
          se pudessem manter o mesmo número. No entanto, o que se viu até agora 
          foi uma relativa estabilidade.  
           
          Na Europa, também não faltam exemplos. Na Hungria, apenas 3 mil dos 
          7,43 milhões de usuários da telefonia móvel haviam utilizado o serviço 
          de portabilidade 13 meses após a implantação do sistema. Em Portugal, 
          36 meses depois, esse número estava pouco acima de 36 mil, o que 
          equivale a 0,3% dos mais de 10 milhões de usuários. Outro exemplo é a 
          França, que implantou a portabilidade em 30 de junho do ano passado. 
          Um ano depois, 143.400 clientes haviam realizado a migração para outra 
          operadora, ou seja, 0,4% dos 40,35 milhões de celulares em operação no 
          país.  
           
          Explicação  
           
          O clima de decepção na França foi grande o bastante para estimular a 
          Autorité de Régulation de Télécommnunications (ART), órgão equivalente 
          à Anatel no Brasil, a buscar uma explicação para a fragilidade dos 
          números. Após meses de discussões com operadoras, personagens da 
          indústria e representantes de países vizinhos, a agência francesa 
          detectou uma série de obstáculos à expansão da portabilidade. No mês 
          passado, abriu uma consulta pública sobre o assunto e afirmou que o 
          setor está diante da necessidade de "melhorar esse serviço, de forma a 
          assegurar o interesse dos consumidores.  
          Um dos problemas detectados pela ART é a demora da transferência de um 
          número de telefone de uma operadora para a outra. Hoje, o prazo para 
          que as empresas francesas realizem esse processo é de dois meses, o 
          que pode ter sido visto como um incômodo grande demais pelos 
          consumidores. Outro  
          fator de inibição apontado pelo órgão francês é o desconforto do 
          usuário em lidar com vários interlocutores para realizar a migração - 
          um de sua antiga operadora e outro da que pretende contratar. Como 
          solução, a agência propõe atribuir toda a administração desse processo 
          à empresa que está conquistando o cliente.  
           
          A ART aponta ainda a necessidade de garantir que não apenas as 
          ligações sejam roteadas de uma operadora para a outra, mas também 
          todos os tipos de serviços como mensagens de texto e multimídia. Para 
          completar, o órgão insiste na importância de informar melhor os 
          consumidores sobre os benefícios e características da portabilidade.
           
           
          Especialistas apontam alguns outros obstáculos além desses. Um dos 
          exemplos é o custo que a portabilidade pode trazer ao consumidor. Em 
          alguns mercados, o usuário paga mais caro por um número portável, 
          ganhando o direito de mantê-lo para o resto da vida. Em outros, é 
          cobrada uma taxa no momento da migração. Principalmente para um país 
          como o Brasil, onde a questão da renda ainda prejudica o crescimento 
          da própria telefonia, a imposição de mais uma despesa pode dificultar 
          o avanço dessa tecnologia.  
           
           
          Regulamentação 
           
          Mas a complexidade da portabilidade numérica não se limita aos 
          aspectos operacionais. Especialistas argumentam que um dos maiores 
          desafios está na regulamentação da tecnologia e na adoção de um modelo 
          adequado a cada mercado. Para o advogado Guilherme Costa, da Felsberg 
          & Associados, esta será provavelmente uma das maiores dificuldades que 
          a Anatel terá de enfrentar para implantar esse sistema no Brasil.  
           
          Ele argumenta que a agência terá que "pensar no passado, no presente e 
          no futuro" antes de desenhar as normas para o serviço. Essa postura 
          será essencial para garantir que todos os usuários possam usufruir do 
          serviço, independentemente da época em que adquiriram sua linha 
          telefônica. 
           
          Além disso, será necessário definir se o sistema será aplicado em 
          todas as modalidades da telefonia, incluindo a fixa, a móvel pós-paga 
          e a móvel pré-paga.  
           
          De qualquer forma, a discussão desses temas não será fácil. Costa 
          acrescenta que a Anatel terá de realizar diversas consultas e 
          audiências públicas para definir exatamente o que cada segmento da 
          indústria espera da portabilidade, inclusive os próprios usuários da 
          telefonia. Seguindo essa linha, vale lembrar que a agência terá de 
          superar a resistência das operadoras.  
           
          Muitas insistem que o mercado ainda não está preparado para a adoção 
          da portabilidade, com base em argumentos que vão desde dificuldades 
          técnicas até a necessidade de novos investimentos.  
           
          Essencial  
           
          Mas, mesmo com tantos desafios, fica difícil discordar da importância 
          de se implantar a portabilidade numérica no Brasil. De uma forma ou de 
          outra, o sistema evita que o cliente se prenda a uma determinada 
          operadora exclusivamente para evitar a dor-de-cabeça de trocar seu 
          número de telefone. O resultado pode ser a oferta de serviços de 
          melhor qualidade, a preços mais competitivos. O advogado Guilherme 
          Costa defende inclusive que, se a portabilidade tivesse sido aplicada 
          antes, o rumo da competição na telefonia fixa brasileira poderia ter 
          sido diferente. Talvez, as espelhos e espelhinhos não tivessem 
          enfrentado tanta dificuldade para conquistar os clientes das grandes 
          operadoras. 
           
          De qualquer forma, esse aumento da concorrência dependerá da 
          capacidade brasileira de contornar as dificuldades operacionais e 
          regulatórias envolvidas nesse processo. Considerando que países como a 
          França ainda não conseguiram desenhar um modelo eficiente, fica 
          difícil ter certeza de que o Brasil será capaz de cumprir essa tarefa. 
          Mas, se isso acontecer, o mercado brasileiro de telefonia poderá 
          atravessar pelo menos algumas mudanças.  
           
          Na telefonia móvel, por exemplo, onde a competição já é uma realidade, 
          haverá provavelmente um novo posicionamento promocional por parte das 
          operadoras, com novos tipos de ofertas e subsídios. Na fixa, a tarefa 
          será mais complicada: é pouco provável que a portabilidade por si só 
          seja capaz de criar uma competição real, já que o domínio das grandes 
          operadoras é forte demais. Mesmo assim, ela pode ser pelo menos um 
          primeiro passo para a transformação desse cenário.  
           
          [  
          Estadão -
          Caderno LINK 
			
          [06/12/04]
          
          Mais competição nos celulares  
           
          EXPECTATIVA - Nos países onde foi adotada, portabilidade numérica 
          ainda não estimulou a concorrência  
          Clarissa Oliveira 
           
          Quem acredita que a introdução da portabilidade numérica no Brasil vai 
          provocar uma migração desenfreada dos consumidores de uma operadora 
          para a outra, pode estar enganado. Apesar de relevante para criar 
          competição, a idéia de permitir que o usuário troque de prestadora de 
          serviço, sem mudar seu número de telefone, é mais complicada do que 
          pode parecer à primeira vista. E, olhando-se algumas experiências 
          internacionais, o resultado pode ser bem diferente do esperado. 
           
          A portabilidade numérica ainda está em avaliação pela Agência Nacional 
          de Telecomunicações (Anatel) e não deve chegar ao Brasil antes de 
          2006. Mas o sistema já é realidade em países como EUA, França, Reino 
          Unido e Itália, entre outros. Em todos esses mercados, a expectativa 
          era grande. As mudanças, porém, não foram significativas.  
           
          Nos EUA, por exemplo, a portabilidade chegou à telefonia móvel em 
          novembro de 2003. Pouco antes da implantação, alguns especialistas 
          estimavam que pelo menos 10% dos usuários optariam por trocar de 
          operadora com a nova regulamentação. Mostrando um entusiasmo ainda 
          maior, pesquisas de opinião apontavam que mais de 20% dos consumidores 
          estavam decididos a escolher outro prestador de serviço se pudessem 
          manter o mesmo número. No entanto, o que se viu até agora foi uma 
          relativa estabilidade. 
           
          Na Europa também não faltam exemplos. Na Hungria, apenas 3 mil dos 
          7,43 milhões de usuários haviam utilizado o serviço de portabilidade 
          13 meses após a implantação do sistema. Em Portugal, 36 meses depois, 
          esse número estava pouco acima de 36 mil, ou 0,3% dos mais de 10 
          milhões de usuários. Outro exemplo é a França, que implantou a 
          portabilidade em junho do ano passado. Um ano depois, 143,4 mil 
          clientes haviam realizado a migração para outra operadora, ou seja, 
          0,4% dos 40,35 milhões de celulares em operação no país. 
           
          O clima de decepção na França foi grande o bastante para estimular a 
          Autorité de Régulation de Télécommnunications (ART), órgão equivalente 
          à Anatel no Brasil, a buscar uma explicação para os números. Após 
          meses de discussões com operadoras, personagens da indústria e 
          representantes de países vizinhos, a agência francesa detectou uma 
          série de obstáculos à expansão da portabilidade. No mês passado, abriu 
          uma consulta pública sobre o assunto e afirmou que o setor está diante 
          da necessidade de "melhorar esse serviço, de forma a assegurar o 
          interesse dos consumidores". 
           
          Um dos problemas detectados pela ART é a demora da transferência de um 
          número de telefone de uma operadora para a outra. Hoje, o prazo para 
          que as empresas francesas realizem esse processo é de dois meses, o 
          que pode ter afugentado os consumidores. Outro fator de inibição 
          apontado pelo órgão francês é o desconforto do usuário em lidar com 
          vários interlocutores para realizar a migração – um de sua antiga 
          operadora e outro da que pretende contratar. Como solução, a agência 
          propõe atribuir toda a administração desse processo à empresa que está 
          conquistando o cliente. 
           
          Especialistas apontam alguns outros obstáculos além desses. Um deles é 
          o custo que a portabilidade pode trazer ao consumidor. Em alguns 
          mercados, o usuário paga mais caro por um número portável, ganhando o 
          direito de mantê-lo para o resto da vida. Em outros, é cobrada uma 
          taxa no momento da migração. Principalmente para um país como o 
          Brasil, onde a questão da renda ainda prejudica o crescimento da 
          própria telefonia, uma despesa a mais pode dificultar o avanço dessa 
          tecnologia. 
           
          Mas a complexidade da portabilidade não se limita aos aspectos 
          operacionais. Especialistas argumentam que um dos maiores desafios 
          está na regulamentação da tecnologia e na adoção de um modelo adequado 
          a cada mercado. Para o advogado Guilherme Costa, da Felsberg & 
          Associados, esta será provavelmente uma das maiores dificuldades que a 
          Anatel terá de enfrentar para implantar o sistema no Brasil. 
           
          Ele argumenta que a agência terá de "pensar no passado, no presente e 
          no futuro" antes de desenhar as normas para o serviço. Isso será 
          essencial para garantir que todos os usuários possam usufruir do 
          serviço, independentemente da época em que adquiriram a linha 
          telefônica. Além disso, será preciso definir se o sistema será 
          aplicado em todas as modalidades da telefonia: fixa, móvel pós-paga e 
          móvel pré-paga. 
   
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          A prova dos nove para as teles  
          Sexta-feira, 30 janeiro de 2004 - 12:01  
          Ana Paula Oliveira  
           
          Um ano, pelo menos. Esse é o prazo estimado para que seja 
          regulamentada no Brasil a portabilidade numérica na telefonia fixa e 
          móvel, que dá ao assinante o direito de manter seu número de telefone 
          quando troca de operadora ou muda de endereço. E isso, é bom frisar, 
          se não houver nenhum atraso no processo de escolha da consultoria que 
          ficará responsável por definir as regras para os códigos de acesso 
          geográfico e não geográfico, como são chamados no jargão técnico.  
           
          O cronograma estabelecido pela Anatel para a seleção da empresa, 
          segundo o superintendente de serviços públicos Gilberto Alves, vence 
          dentro de 60 ou 90 dias, e somente a partir daí começará a coleta dos 
          dados e o desenvolvimento das regras da portabilidade. Considerando 
          mais oito ou nove meses para a elaboração, recebimento e a 
          consolidação das propostas de consulta pública, o usuário dos serviços 
          de telefonia pode contar que antes de 2005 nada saíra do papel.  
           
          Pior também para a indústria do setor, que aguarda uma definição sobre 
          o assunto desde 2001, uma vez que a portabilidade numérica é vista 
          como uma das formas de estimular os negócios, que enfrentam forte 
          retração desde o fim do cumprimento das metas de universalização da 
          Anatel pelas operadoras. Estimativas feitas pela Ericsson apontam que 
          a implantação dos códigos de acesso poderá movimentar US$ 80 milhões 
          no mercado brasileiro nos próximos dois anos, incluindo a venda e a 
          instalação de sistemas e serviços.  
           
          Mas o maior prejudicado com a espera da definição do regulamento é 
          mesmo o assinante, e não só o residencial, mas também o corporativo. 
          Embora a agência reguladora garanta que no caso dos códigos 
          não-geográficos, como os dos serviços 0800 e 0300 (que são os números 
          normalmente usados pelas empresas para atendimento ao consumidor), a 
          portabilidade já exista desde a privatização, em 1998, na prática ela 
          ainda não está vigorando. "O que seria um direito inerente não está 
          sendo cumprido porque algumas operadoras alegam muitos problemas 
          técnicos", revela Alain Riviere, diretor de assuntos regulatórios da 
          Intelig.  
           
          O executivo da Intelig conta que as empresas que conseguiram levar 
          seus números para outras operadoras, asseguraram esse direito mediante 
          processos judiciais. "Se você tem de abrir uma ação para conseguir 
          exercer seu direito fica claro que a situação não está resolvida", 
          argumenta.  
           
          Equilíbrio do churn 
           
          O aspecto intrigante da demora da Anatel no estabelecimento da 
          portabilidade numérica é que há uma certa unanimidade no mercado de 
          que ela é capaz de funcionar como impulsionadora da competição, como 
          pode ser comprovado nos países nos quais já vigora. Essa constatação, 
          pelo menos no que diz respeito à telefonia local, na qual ainda reina 
          na prática uma situação de monopólio, já seria mais do que suficiente 
          para que a agência reguladora procurasse concentrar esforços para 
          acelerar a definição do regulamento.  
           
          Há, porém, uma questão crucial que merece ser ressaltada. De nada 
          adianta instituir regras, como já ficou patente nos serviços 0800 e 
          0300, se não houver uma mudança de percepção das operadoras sobre a 
          portabilidade de código de acesso. Sem dúvida, a sua implantação 
          envolve um aspecto muito caro às operadoras, que é a perda do 
          assinante (churn). Mas os exemplos de outros países mostram que, 
          apesar de realmente haver um pico de crescimento logo após a sua 
          entrada em vigor, as taxas de churn ao longo do tempo vão diminuindo e 
          acabam se estabilizando.  
           
          Em Hong Kong, por exemplo, onde a portabilidade móvel foi adotada em 
          1999, a taxa saiu de 3% para mais de 5% logo após a sua implementação. 
          Embora naquela época apenas 45% da população possuísse celular e hoje 
          mais de 99% das pessoas usem os serviços móveis, esses percentuais não 
          se alteraram de forma significativa. Mesmo no caso mais recente, como 
          o da operadora finlandesa TeliaSonera, que em outubro de 2003 informou 
          que sua taxa anual de churn havia saltado de 10,2% para 21,8% no 
          primeiro trimestre após a vigência da portabilidade, acabou-se 
          constatando depois a existência de uma combinação de fatores externos 
          à portabilidade que impactaram diretamente para o aumento do churn, 
          como a entrada de novos concorrentes no mercado finlandês e a falta de 
          uma política agressiva da operadora.  
           
          A Europa, onde a portabilidade numérica está implantada há mais tempo, 
          é o exemplo mais emblemático de que no médio prazo as taxas de churn 
          tendem a se equilibrar. Com exceção da Dinamarca, cujo índice de 
          números portados está em 11%, na Suécia, Reino Unido e Holanda, o 
          percentual está estacionado na casa dos 5%. E mais: se forem somados 
          todos os países que compõem a União Européia, o número de alterações 
          totalizou 6 milhões, ou seja, apenas 2% de números portados em relação 
          à quantidade de celulares em uso na região.Nos Estados Unidos, onde os 
          códigos de numeração foram implantados em novembro do ano passado, 
          apesar de nos primeiros dias após a mudança ter sido detectado um 
          aumento expressivo no número de trocas, este ainda ficou bem abaixo do 
          previsto pelas operadoras e outras empresas do setor.  
           
          Os exemplos internacionais deixam claro que quando as operadoras estão 
          realmente prontas para o "fair play" (e essa é a diferença básica 
          entre as teles européias, americanas e as brasileiras), elas conseguem 
          contrabalançar de forma bastante eficiente o número de saídas com a 
          entrada de novos clientes.Para que esse equilíbrio se mantenha é 
          preciso que adotem estratégias defensivas para manter o market share 
          estável e, como, por exemplo, a oferta de pacotes especiais para novos 
          clientes e a redução de tarifas para os já existentes. Portanto, é aí 
          que se ganha ou se perde a guerra.  
           
          Custos da portabilidade 
           
          O ideal no caso brasileiro, se o país não estivesse tão atrasado na 
          definição da portabilidade numérica, é que houvesse um programa de 
          investimento para que as operadoras pudessem implementá-la de forma 
          planejada e gradual. Pois, de saída, há um entrave importante que elas 
          terão de superar. Trata-se da própria restrição financeira que tem 
          limitado os investimentos das teles, após os milhões de dólares 
          aplicados para a antecipação das metas de universalização.  
           
          Apesar de ser difícil medir o custo real da portabilidade, não há 
          dúvida de que o capital necessário para a capacitação das redes e a 
          implementação dos códigos de numeração é bastante elevado. Isso sem 
          contar que as operadoras terão de arcar com os custos para a criação 
          de uma infra-estrutura comum, necessária para a administração dos 
          números portados e que suportará a base de dados de reencaminhamento 
          das chamadas.  
           
          É preciso considerar também outros custos atrelados, como a criação de 
          campanhas de marketing visando manter os clientes antigos e atrair 
          novos; contratação de empresas que intermediarão os processos de 
          transferências de clientes; instalação de novos sistemas; e a 
          contratação e treinamento de funcionários para processar as 
          solicitações de mudança e gerenciar de forma personalizada o 
          relacionamento com os clientes.  
           
          Apenas para dar uma idéia do volume de dinheiro envolvido, nos Estados 
          Unidos a Associação da Indústria de Telecomunicações e Celulares 
          estima que as operadoras de celular desembolsarão mais de US$ 1 bilhão 
          para finalizar o projeto de portabilidade móvel. Lá, além dos custos 
          das redes, as companhias pagarão um preço bem salgado para "roubar" 
          clientes das concorrentes. O custo de aquisição de cada usuário 
          norte-americano gira em torno de US$ 350, sem contar os descontos 
          concedidos na venda dos aparelhos e os gastos com marketing.  
           
          É claro que essas questões não devem servir de pretexto para as 
          operadoras empurrarem com a barriga a adoção da portabilidade 
          numérica. Até porque tudo vai depender do modelo adotado pelo país. Lá 
          fora, alguns órgãos reguladores permitiram o repasse pelas teles de 
          parte dos custos da portabilidade por meio da cobrança de uma taxa de 
          administração dos clientes. Apesar de a maioria delas não cobrar essa 
          taxa, é uma idéia que muitas operadoras no Brasil vêm avaliando, 
          embora nenhuma delas admita. Mas é uma estratégia de alto risco, já 
          que pode servir como a gota d'água para que o assinante decida de vez 
          bater na porta da concorrência ou gerar demandas judiciais.  
           
          Alguns países buscaram uma saída menos polêmica e optaram pelo 
          compartilhamento de custos. Na Suécia, por exemplo, onde atualmente 
          existem 32 operadoras atuando no mercado, as cinco maiores companhias 
          resolveram formar um consórcio e criar um órgão para centralizar os 
          dados, o Centro Nacional de Administração da Portabilidade da Suécia (SNPAC). 
          Os custos foram rateados entre os consorciados e amortizado ao longo 
          do tempo, evitando qualquer repasse aos clientes.  
           
          A Federal Communications Commission (FCC), agência que regulamenta o 
          setor nos Estados Unidos, deixou essa opção em aberto, o que resultou 
          na cobrança de taxas adicionais de todos os assinantes móveis do país. 
          A única exceção ficou por conta da operadora T-Mobile que até agora 
          não repassou à tarifa. A Verizon, por sua vez, já informou que vai 
          cobrar mais de US$ 173 milhões por ano em taxas extras referentes à 
          portabilidade, sob a alegação de que o valor da implantação foi mais 
          que o dobro do que havia previsto gastar. Desde dezembro do ano 
          passado, a empresa está cobrando US$ 0,40 adicionais dos seus 36 
          milhões de assinantes, que poderão ou não exercer o direito de trocar 
          de operadora. A Sprint também incluiu US$ 0,63 na tarifa de seus 18 
          milhões de assinantes, o que irá gerar US$ 11,3 milhões por mês ao 
          caixa da operadora.  
           
          O superintendente de serviços públicos da Anatel, Gilberto Alves, 
          afirma que a agência está preocupada com os custos da portabilidade 
          tanto para as operadoras quanto para os usuários. "Ainda é muito cedo 
          para definir qualquer detalhe, mas o que sabemos até agora é que 
          devemos começar com a portabilidade móvel em todo o país e com a fixa 
          o início se dará pelos usuários corporativos", antecipa.  
           
          Restrições ao modelo 
           
          Na opinião da analista da Pyramid Research para a América Latina, 
          Juliana Abreu, do ponto de vista do mercado essa decisão da agência 
          faz sentido, mas não no que diz respeito ao usuário. "Na telefonia 
          móvel a competição já existe de fato, enquanto na fixa, com todos seus 
          problemas, as operadoras não vão querer disputar os clientes menos 
          rentáveis, mas somente os das classes A e B e os grandes usuários 
          corporativos. Essa é a lógica domercado; é o que faz sentido".  
           
          A analista ressalta que já começam a aparecer alguns sinais de 
          portabilidade na telefonia móvel com a migração para GSM das 
          operadoras que possuíam redes TDMA. "Os clientes TDMA que quiserem 
          trocar seus aparelhos por GSM já levam seus números com eles. Isso 
          indica que já foram feitos investimentos nessas redes prevendo essa 
          possibilidade", diz Juliana. 
           
          A sinalização da Anatel de que pretende começar a implantação da 
          portabilidade numérica pela telefonia móvel e com a fixa apenas para 
          os usuários corporativos é vista com restrições e como uma ação muito 
          tímida para que a competição no acesso local seja, de fato, 
          estabelecida no país. "É lógico que existem mil desculpas e argumentos 
          para não se levar a portabilidade em todos os segmentos adiante.Quem 
          quer proteger seu mercado vai usar e abusar dessas prerrogativas, mas 
          falar que isso é impossível e não condiz com a realidade brasileira, é 
          fechar os olhos para o que está acontecendo em todo mundo. Mas ela vai 
          acontecer, é apenas uma questão de tempo", alfineta Carlos Alberto 
          Nunes, vice-presidente de assuntos regulatórios da GVT.  
           
          Há que se considerar que as novas entrantes (como a GVT, na telefonia 
          fixa, e a TIM, Claro e Oi, na telefonia móvel) são as maiores 
          interessadas na implantação da portabilidade, já que têm metas 
          ambiciosas para aumentar sua base de clientes. Mas é indiscutível que 
          ela mudará a correlação de forças no mercado e, por tabela, dará novo 
          fôlego à indústria do setor. "Acho que até 2005 a questão regulatória 
          estará resolvida e ao longo deste ano já veremos uma mudança de 
          postura das operadoras, que terão realmente que voltar seu foco para o 
          cliente", prevê João Bosco, diretor de telecomunicações da Oracle.  
           
          A opinião dos analistas é que a entrada em vigor da portabilidade 
          numérica vai ser um verdadeiro teste para as operadoras brasileiras. E 
          relembram que as empresas que estiverem mais bem preparadas para essa 
          nova etapa das telecomunicações sairão na frente na disputa pelo 
          mercado e, principalmente, aos olhos dos clientes, que poderão exercer 
          plenamente seu poder de escolha.  
        
 
  
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