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Artigos
ComputerWorld
[10/05/06]
TV digital móvel está longe de definições
ComputerWorld
[10/05/06]
Padrão japonês de TV digital pode ser conflito para teles baseadas em GSM
ComputerWorld
[10/05/06]
Celulares não dominarão acesso a TV digital
ComputerWorld
[01/04/06]
Japão estréia TV digital móvel
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[24/02/06]
3G World Conference
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[00/00/00]
New Mobile TV Flavor: TDtv
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Posted by samc on Wednesday, 2006
January 18 @ 11:02:15 PST
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[00/00/00]
Mobile TV: The Battle is On
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Posted by samc on Wednesday, 2006
January 04 @ 13:28:00 PST
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[00/00/00]
Cellular Movies
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Posted by samc on Tuesday, 2005
December 13 @ 11:38:23 PST
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[00/00/00]
Verizon Goes with FLO
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Posted by samc on Thursday, 2005
December 01 @ 09:52:24 PST
DailyWireless.org
DirecTV to Mobile?
[00/00/00]
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Posted by samc on Thursday, 2005
November 03 @ 10:05:16 PST
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[00/00/00]
DVB-H Headend Software
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Posted by samc on Monday, 2005
October 31 @ 10:00:16 PST
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[00/00/00]
Verizon Takes DVB-H Crown
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Posted by samc on Tuesday, 2005
October 04 @ 16:21:59 PDT
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[00/00/00]
Sprint: Go with the FLO?
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Posted by samc on Tuesday, 2005
September 27 @ 16:14:53 PDT
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[00/00/00]
Cellular Podcasting Software
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Posted by samc on Friday, 2005
August 19 @ 14:19:06 PDT
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[00/00/00]
Mobile TV Expands
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Posted by samc on Tuesday, 2004
November 02 @ 10:56:18 PST
ComputerWorld
[23/01/06]
Nokia, Intel e Motorola criam grupo de TV móvel
DailyWireless
[04/01/06]
Mobile TV: The Battle is On
ComputerWorld
[11/11/05]
Claro adota serviço de TV e streaming da Ericsson
IDG Now!
[03/11/05]
TV digital: a próxima fronteira do celular
AliceRamos.com
[23/10/05]
A era da tv móvel se
aproxima, mas e a regulamentação?
RNT
[Out 2005]
Em busca do padrão
[17/10/05]
Mobile TV ganha fôlego
[10/10/05]
Telefonia móvel está de olho na TV
[07/10/05] Telcos terão 32 mi de assinantes de TV até 2009
[08/09/05]
Próxima atração: a TV no seu celular
[08/08/05]
Você ainda vai ver TV
no celular ... Quer apostar?
Artigo de E. Prado
[07/07/05]
Vivo leva transmissão de TV ao celular
[05/07/05]
Espanha vai ter TV digital em celulares
[23/06/05]
TV via satélite no celular avança na Coréia
[08/06/05]
O que deu
certo e o que deu errado na 3G da Coréia do Sul e do Japão
[Mai 2005]
A guerra sem fio
[25/05/05]
Globo vai transmitir gols do Brasileirão na telinha dos celulares
[24/05/05]
TV
no celular em tempo real chega até 2007
[29/04/05]
Nokia coloca antena de TV no celular
[06/04/05]
Governo coreano quer faturar US$ 3 bi com Wi-Max
[23/02/05]
Vamos ver TV no celular?
Artigo de Eduardo Prado
[19/01/05]
TV no
celular é o WebTudo?
[25/10/04]
Vivo e TIM lançam TV no celular
[25/10/04]
Vivo traz conteúdo da TV Band ao celular
[22/10/04]
TIM lança serviço de TV no celular
[07/04/04]
TV no
celular:realidade ou ilusão?
"Posts" no Blog "Novas
Tecnologias - Novos Negócios" de Eduardo Prado
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[14/11/05]
Mobile TV vai
"pegar fogo" ... Venha ver por quê!
Novo!
[14/10/05]
Movimentos e
expectativas de Mobile TV no mundo
[05/09/05]
Mobile
TV & DRM
[02/09/05]
O que estamos vendo ou
veremos na Mobile TV
[10/08/05]
"Mobile TV" e "Mobile Content" juntos
[22/06/05] Muito
mais sobre MOBILE TV
[11/03/05]
A
Telefonia Móvel vai dominar a TV?
[27/10/04]
Mobile TV novamente...
Transcrições
Nokia, Intel e Motorola criam grupo de TV móvel
Segunda-feira, 23 janeiro de 2006 - 15:20
Grandes empresas do setor de telecomunicações como Nokia, Motorola e Texas são
alguns dos membros de um novo grupo criado nesta segunda-feira (23/01), para
suportar o padrão de TV móvel DVB-H (Digital Vídeo Broadcasting - Handheld) nos
Estados Unidos. A aliança móvel DTV se unirá à Qualcomm, e sua tecnologia
concorrente Mediaflo.
A aliança, que também inclui a Intel e a Modeo, está suportando o padrão aberto
DVB-H para incentivar o surgimento e crescimento de celulares e serviços que
cheguem ao mercado de forma rápida, com custos mais baixos que os dos seus
concorrentes.
Ao longo de 2005, operadoras e fabricantes de todo o mundo testaram os serviços
de TV móvel usando várias tecnologias. Algumas operadoras decidiram começar a
transmitir a programação aos celulares via streaming. Apesar desse método
possibilitar a oferta dos serviços já nas redes atuais, ele também ocupa
recursos valiosos dessas redes.
Nos Estados Unidos, a Mediaflo, subsidiária da Qualcomm, está construindo uma
rede nacional baseada em uma tecnologia proprietária que permitirá às operadoras
a oferta de TV móvel aos seus usuários. A Verizon Wireless já afirmou que usará
essa rede, mas a Sprint Nextel informou na semana passada que usará uma rede sem
fio em banda larga. A Mediaflo deve concorrer com a Modeo, empresa que é membro
do novo grupo e que está construindo uma rede DVB-H.
A aliança DTV móvel informou que já foram feitos 10 testes de DVB-H em todo o
mundo. Em países como o Reino Unido, o espectro necessário para construir essas
redes ainda não está disponível. Outras tecnologias para oferta de TV móvel
incluem a Digital Áudio Broadcasting e a Digital Multimedia Broadcasting que já
estão sendo testadas na Europa.
IDG News Service, Dublin
By 2007 Crown Castle said it will offer the service to 30 U.S. markets
covering about half the population. It will feature about 10 video channels
and at least 24 audio channels that can be received by cellphones, PDAs and
other portable devices. Combined video and audio subscriptions are expected
to cost about $15 to $20 a month while separate audio subscriptions would cost
$7 to $9, said Modeo treasurer Jay Brown. Modeo has not yet signed programming
deals or named cellphone provider partners.
Modeo's package of live
video and audio channels is expected to be the world's first mobile
broadcast network to support podcasting. Video services are designed to be
broadcast in digital TV quality at QVGA resolution at up to 30 frames per
second, significantly exceeding the quality offered by first generation
mobile video products that used cellular channels.
Modeo plans a nationwide network of what are essentially mini
television stations at 1.7 GHz using the DVB-H standard. Speculation is
that Cingular and T-Mobile may use it with
DVB-H
phones like the
Nokia's N-92 ( specs).
TI showed off its new Hollywood mobile broadcast chips at CES this
week (although no devices were yet available using it). Texas Instruments
says it's the first in the industry to integrate the mobile TV tuner and
demodulator into one piece of silicon using standard 90 nanometer digital
process.
- DTV1000 o DVB-H (digital video broadcast - handheld) which is being
deployed world-wide including Europe, the U.S. and parts of Asia o
Operates at 470-750 MHz (UHF) and 1.670-1.675 GHz (L-band) frequency
ranges
- DTV1001 o ISDB-T (integrated services digital broadcast - terrestrial)
one-segment which is being deployed in Japan o Operates at 470-770 MHz
frequency range
Primary standard support includes
DVB-H which is
being deployed world-wide including Europe, the U.S. and parts of Asia,
and ISDB-T which is being deployed in Japan. DVB-H and ISDB-T use OFDM (orthogonal
frequency division multiplexing) technology which provides good spectral
efficiency and immunity to multi-path to offer improved mobile TV
performance.
Competitor
Qualcomm Media FLO technology is said to support up to 20 streaming
channels of high-quality video at up to 30 frames per second, 10 stereo
audio channels, and up to 800 minutes of stored Clipcast content per day.
Qualcomm said the average channel-switching time is 1.5 seconds without
buffering or progress bars.
Claro adota serviço de TV e streaming da Ericsson
Sexta-feira, 11 novembro de 2005 - 16:34
COMPUTERWORLD
A Ericsson divulgou nesta sexta-feira (11/11), a assinatura de um contrato de
serviços gerenciados com a Claro para integrar, distribuir e hospedar serviços
de streaming de vídeo e TV móvel aos assinantes da operadora.
Os serviços ficarão hospedados no centro de operação da Ericsson em São Paulo,
que serve de suporte para toda a América Latina e, conforme o acordo, a empresa
irá agregar, distribuir, gerenciar e liberar conteúdo para todos os serviços
móveis de TV e streaming da Claro, além da operação e manutenção 24 horas por
dia.
O serviço móvel de TV e streaming de vídeo da Claro, com a marca Vídeo Agora,
oferecem uma ampla gama de conteúdo de entretenimento, que inclui transmissão ao
vivo de TV e rádio AM/FM. Os usuários inicialmente poderão acessar notícias,
músicas, esportes, filmes e previsões do tempo. Com a solução da Ericsson, a
Claro poderá oferecer serviços de conteúdo em tempo real e sob demanda.
O serviço de hospedagem é parte da oferta da Ericsson em serviços gerenciados. O
novo contrato com a Claro reforça essa tendência, na qual as operadoras e a
Ericsson trabalham juntas para trazer novos produtos para o mercado de forma
rápida, econômica e fácil. As ofertas de hospedagem da Ericsson incluem
habilitadores, além de conteúdo e aplicativos. A empresa oferece, ainda, pacotes
de conteúdo para portais móveis em cinco categorias diferentes: música, jogos
com múltiplos jogadores, vídeo, alertas MMS e downloads, todos eles
pré-empacotados com conteúdo dos parceiros da Ericsson.
Os chamados portais de rótulo branco (white-label) são integrados e hospedados
pela Ericsson mediante acordo de serviços gerenciados, o que significa que as
operadoras podem introduzir rapidamente serviços que mais vendem para o
consumidor, com suas próprias marcas. Além disso, a distribuição de conteúdo e o
gerenciamento de direitos digitais estão incluídos na oferta de hospedagem da
Ericsson.
Futuro da televisão nos celulares dominou
discussões de operadoras e empresas de tecnologia durante congresso em
Salvador
Graziella Valenti - SALVADOR
A possibilidade de ver TV no celular promete
ser o novo grande acontecimento do setor de telecomunicações. Operadoras e
empresas de tecnologia trabalham para viabilizar este mercado, novidade em
todo o mundo.
Durante o ITU Telecom Americas 2005, evento
internacional do setor que ocorreu na semana passada em Salvador, os
painéis oficiais buscavam encontrar soluções urgentes de inclusão digital
para as camadas de baixa renda da América Latina. Porém, o assunto quente
que se debatia nos corredores era o futuro da TV pelo celular.
No Brasil, ainda existem divergências entre
operadoras, emissoras de TV e o Ministério das Comunicações sobre o que
pode e o que não pode ser feito. Mesmo assim, todas as empresas de
telefonia móvel já oferecem aos clientes algum tipo de vídeo, de olho no
novo filão. As emissoras, por outro lado, temem perder o controle sobre o
conteúdo audiovisual e não conseguir remuneração adequada com seus
produtos.
Levantamento da consultoria Value Partners
aponta que existem 60 milhões de TVs no Brasil e quase 80 milhões de
celulares. Diante dessa realidade, nas salas de reunião do evento, as
gigantes Nokia e Qualcomm já falavam em TV Digital para o telefone móvel,
enquanto sequer a digitalização da TV já está definida no País.
A Qualcomm, criadora da tecnologia usada
pela Vivo, está conversando com a operadora sobre uma solução de TV para o
ambiente analógico do Brasil. A idéia é adaptar a tecnologia digital móvel
que deve ser inaugurada no segundo semestre de 2006 nos EUA, chamada de
MediaFlo. O presidente da Vivo, Roberto Lima, não quis aprofundar o
assunto, pois disse que as conversas estão em estágio muito inicial. Aqui,
o sistema se chamaria MediaFlo-MDS.
O presidente de desenvolvimento global da
Qualcomm, Jeff Jacobs, afirmou que a transmissão de TV pelo telefone móvel
é uma grande aposta da companhia. A idéia é transformar o celular num
ambiente similar ao da TV paga, no qual o usuário pode acessar conteúdos
das emissoras ao vivo e sob demanda, como um resumo da novela ou os gols
da rodada.
O padrão da Qualcomm competirá com outros
que estão sendo desenvolvidos por empresas européias, como o DVB-H. Mesmo
ainda distante da realidade nacional, o vice-presidente e diretor geral da
empresa no Brasil, Valerijonas Seivalos Jr, contou que a solução já foi
até mesmo apresentada à Anatel.
O gerente-geral de certificação e engenharia
do órgão regulador, Francisco Carlos Giacomini Soares, acha que é cedo
para pensar em TV Digital no celular no Brasil. A próxima medida da
agência devem ser ajustes na regulamentação sobre transmissão de conteúdo
audiovisual pelas empresas de telefonia. As operadoras já deixaram claro
que levar programação de TV aos clientes é uma realidade inevitável.
A jornalista viajou a convite da Qualcomm
Telcos terão 32 mi de assinantes de TV até 2009
[07/10/05]
Sexta-feira, 7 outubro de 2005 - 15:56
COMPUTERWORLD
Estudo recente divulgado pelo instituto de pesquisas In-Stat revela que as
operadoras de telecomunicações terão, até o fim de 2009, 32 milhões de
assinantes de serviços de TV e vídeo on demand (VOD) em todo o mundo, sendo
que metade dos usuários estará na Ásia.
O In-Stat ainda prevê que
as receitas vindas do processamento de conteúdo de TV, processamento de
conteúdo on demand, segurança e middleware para essas aplicações poderão
render às operadoras mais de US$ 600 milhões em 2009.
Os números do In-Stat
apontam ainda que os serviços de Telco TV tinham apenas 1,6 milhão de
usuários até o fim do ano passado, mas que ao longo de 2005, operadoras de
todos os cantos do mundo lançaram ou já garantiram que irão lançar serviços
de TV via banda larga, celular ou vídeo on demand (VOD). Depois disso, em
uma segunda fase, de acordo com o estudo, virão serviços mais avançados como
a gravação digital de vídeo ou digital vídeo recording (DVR) e HDTV.
Nos Estados Unidos, a
Verizon e a SBC já estão prestes a lançar comercialmente seus serviços de
TV, aguardando apenas detalhes regulatórios. Na Europa, por sua vez, as
grandes operadoras estão em uma disputa acirrada na oferta de soluções
triple play baseadas em acesso à internet em banda larga, voz sobre IP e TV.
No Brasil, a pioneira foi a Brasil Telecom, com o lançamento comercial do
Turbo Vídeo, no fim de 2004.
Estadão
Próxima atração: a TV no seu celular [08/set/05]
André Caramuru Aubert
Há algum tempo se fala que o celular iria, em algum momento do futuro,
incorporar a televisão, em mais um passo na convergência das tecnologias.
Exemplo de futurismo festivo, daqueles que são sempre mencionados para
impressionar os tecno-reticentes, o problema da TV no celular passava por
três considerações básicas: compressão de dados, velocidade de banda e
tamanho de tela. A questão da velocidade está sendo rapidamente superada
pelas novas redes de conexão sem fio, como 3G e WiMAX; o problema da
compressão e envio de vídeos parece ter sido equacionado com padrão o
DVB-H. Já a questão do tamanho de tela é mais complicada, mas o problema
pode ser contornado com telas um pouco maiores (como as dos PocketPCs) e
de melhor resolução. Resumindo: A TV no celular chegou.
O DVB-H, ou Digital Vídeo Broadcasting – Handheld, é uma evolução de um
sistema anteriormente desenvolvido para outras finalidades (na concepção
original era T, de Terrestrial, e não H), mas acabou servindo para esta
função, tendo se revelado bastante eficiente na compressão e envio de
vídeos. Uma das principais preocupações era com o consumo de baterias,
algo que aparentemente também foi equacionado.
Testes e lançamentos comerciais estão se acumulando nos últimos meses em
diversos países. Alguns exemplos: Desde o início do ano a Swisscom Mobile
está oferecendo 21 canais de televisão para seus assinantes, transmitidos
via rede EDGE. A alemã T-Mobile, o braço de celular da Deutsche Telekom,
está disponibilizando canais de esporte e notícias para seus clientes com
celulares UMTS. O Channel4, da Grã-Bretanha, está adaptando parte de sua
programação para celulares. No Canadá, foi lançado pela operadora Telus
Mobile o serviço MobiTV, com sete canais, por quinze dólares mensais. Na
Coréia o serviço já é uma realidade estabelecida, tanto que há pouco um
deputado propôs uma lei que proíbe motoristas de assistir à TV no celular
enquanto dirigem. Ou seja, se tem alguém querendo proibir, é porque a
coisa já está bem quente...
No Brasil já há algumas iniciativas, por enquanto mais como vídeo do que
como TV propriamente dita, mas Claro, TIM, Vivo e outras operadoras estão
se mexendo para mostrar gols da rodada, trechos de novela, notícias e
assim por diante. Globo e Band, além de canais por assinatura, estão
também na parada.
Enquanto isso, os fabricantes de celular estão bastante ocupados em testes
e demonstrações, cada um procurando provar que sua solução é melhor do que
a dos outros. Há poucos meses, a Samsung demonstrou o primeiro aparelho
DVB-H para redes CDMA.A Philips exibe seu S-3 Mobi TV, conjunto de
software e hardware. A Siemens, que adotou e procura disseminar o padrão
DVB-H, incentiva testes em toda a Europa, e pelo menos na Holanda eles
estão acontecendo a todo vapor. Na Malásia, o DVB-H começou a ser testado
na semana passada pela Nokia em conjunto com a Maxis, uma das principais
operadoras do país, com a transmissão via celular da programação de quatro
canais. E testes conduzidos há pouco tempo na Finlândia pela mesma Nokia
concluíram que a tecnologia é de fato promissora: 41% dos participantes
aceitariam pagar até dez euros por mês para ter o serviço, e 58% acreditam
que ela será bastante popular. Pesquisas recentes nos Estados Unidos
também indicam um estado de espírito, dos usuários, francamente favorável
à essa novidade.
A maior questão, contudo, não está na tecnologia, mas na forma e no
conteúdo. Nós realmente queremos uma TV no celular? Se a resposta for sim,
como indicam as pesquisas e as primeiras experiências, que tipo de TV
queremos? Será que a meta é reproduzir a programação da TV que vemos na
sala de casa, em todos os lugares, o tempo todo? Tanto na forma quanto no
conteúdo, a TV foi criada e desenvolvida para ser assistida de uma certa
forma, com um certo tipo de emprego do tempo e assim por diante. Para ser
vista no celular (e em outras mídias), como hábito cotidiano, e não como
mera curiosidade tecnológica, ela terá que mudar. Por exemplo: você
agüentaria assistir a três ou quatro minutos de anúncios no seu celular?
Ao contrário do que acontece na sala de sua casa, estes poucos minutos, no
celular, parecerão uma eternidade. Ou seja: o celular está pronto,
reinvente-se a TV. Mas a verdade é que ninguém tem, ainda, a fórmula
mágica, embora as primeiras tentativas pareçam se dirigir para programas
que consigam, por natureza, produzir conteúdos mais “ligeiros”, como
notícias, esportes, humor e previsão do tempo.
A matéria de capa da revista Wired de setembro aborda esta questão, em
entrevista com o Jon Stewart e Bem Karlin, respectivamente host e produtor
do Daily Show, um programa humorístico de bastante sucesso na TV
americana. O Daily Show de certa forma exemplifica a nova TV, uma vez que,
embora não fosse a intenção de seus produtores, tem sido assistido por
diversos meios, com a web rivalizando e às vezes superando o cabo como o
meio de maior audiência. Uma frase de Karlin mostra que, mesmo para quem
está do lado de lá, criando uma programação que sabidamente está sendo
consumida de várias formas, o sentimento de desconhecimento é grande: “Se
as pessoas querem assistir ao show por vários meios, eu diria, vão em
frente. Mas quando você é parte de algo significativo e de sucesso, diz o
regulamento que você não deve tentar dissecar ou analisar muito isso. Você
tem controle sobre o conteúdo do show, mas não tem nenhum controle sobre
como as pessoas estão reagindo a ele, como ele está sendo discutido,
compartilhado e assim por diante. Isto está muito além de suas
possibilidades de controlar”.
No ponto em que estamos, temos duas certezas e uma pequena dúvida:
Primeira certeza: a tecnologia para a TV no celular está madura. Segunda
certeza: a TV no celular está chegando, é questão de (pouco) tempo.
Pequena dúvida: como a TV (os programas, a grade, o timing, os comerciais
etc.) se adaptará a ela?
Vivo leva transmissão de TV ao celular
Quinta-feira, 7 julho de 2005 - 16:57
Guilherme Felitti - PC World
A Vivo anunciou nesta quinta-feira (07/07) os primeiros serviços
multimídia para celulares no Brasil. Graças à tecnologia EV-DO do padrão
CDMA, é possível acompanhar a programação de determinados canais de
televisão ao vivo e acessar filmes e músicas pelo celular em alta
velocidade pelo serviço Vivo Play 3G.
O lançamento é fruto da parceria entre a empresa de telefonia com a
Qualcomm, responsável pelo chipset compatível com a transmissão de dados
EV-DO, e com a Samsung, que, com o A895, é a primeira fabricante de
celulares a ter um aparelho que suporta a tecnologia.
Segundo a Vivo, a reprodução de conteúdo multimídia com boa qualidade é
possível pela largura de banda do EV-DO, que atinge picos de 2,4 Mbps por
segundo, embora a conexão média não ultrapasse 700 Kbps. Vale lembrar que,
por mais que a companhia use o termo no nome do serviço, a tecnologia de
terceira geração (3G) ainda não foi regulamentada pela Anatel no Brasil.
Mesmo sem comentar quantos usuários em potencial a empresa espera com o
lançamento, Luís Avelar, vice-presidente de marketing e inovação da Vivo,
aposta que há mercado para o serviço no Brasil. "Não entendo quando a
concorrência diz que não há espaço para conteúdo multimídia no país", diz
ele, revelando que a companhia conta, hoje, com 2,2 milhões de usuários
únicos de internet pelo celular.
Segundo Roberto Silva, presidente da Vivo, a preocupação principal da
empresa agora se concentra na cobertura e no conteúdo disponível pelo
serviço. Inicialmente, será possível acessar o Vivo Play 3G apenas em
determinados lugares das cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba.
"Temos capacidade técnica para, em algum tempo, atender o resto do país",
acredita o executivo.
O conteúdo, segundo Silva, ainda está em formação e deve ser grande
atrativo para que os usuários contratem o Vivo Play 3D. Por enquanto,
apenas a Band e seus canais secundários (BandNews e BandSports) podem ser
assistidos ao vivo a partir do celular. Já a Globo, ainda em negociação
para a transmissão em tempo real, fornecerá no primeiro momento conteúdo
sensual, esportivo e noticiários no formato de clipes em streaming.
A Fox, por sua vez, preparou uma versão especial da série 24 para
celulares. Cada episódio, batizado de mobisode, terá apenas 1 minuto de
duração, ao invés da 1 hora original. Outras fontes, como Terra,
Discovery, Warner, UIP e Nicklodeon, fornecerão programas e clipes. Além
de conteúdo visual, a Vivo fechou uma parceria com a Trama para o download
de músicas em MP3.
Antigos serviços, como o WAP ou o Vivo ao Vivo, quando acessados pelo Play
3G, agora utilizam a rede de alta velocidade.
O único aparelho que suporta a tecnologia, por enquanto, é o A895, da
Samsung. O portátil conta com câmera de 1,3 megapixel, tela colorida com
262 mil cores para melhor reprodução de vídeo e 40 MB internos - única
ressalva no aparelho. Seu espaço pode ser considerado limitado para o
armazenamento de vídeos e músicas, ainda mais por não contar com slot para
cartões de memória. Até o fim do ano, a Vivo prometeu lançar mais cinco
novos aparelhos que suportem EV-DO.
Espanha vai ter TV digital em celulares
Terça-feira, 5 julho de 2005 - 16:46
IDG Now!
Uma parceira entre as empresas Albertis Telecom, Nokia e Telefonica
Moviles Espana resultará em experimento que oferecerá TV digital móvel na
Espanha.
O projeto pioneiro no País usará como padrão de transmissão a tecnologia
DVB-H (sigla para Digital Video Broadcasting-Handheld).
O projeto é apoiado pelos principais canais regionais e locais do país e é
uma espécie de teste para antecipar os possíveis resultados da
convergência entre serviços de comunicação móvel com transmissão de TV.
O experimento acontece em Madri e Barcelona entre setembro de 2005 e
janeiro de 2006, quando Barcelona sediará evento do setor, o GSM Global
Congress 2006.
De acordo com as empresas, 500 pessoas dessas duas cidades poderão
assistir TV em alta definição nos celulares smart phones Nokia 7710
equipados com anexo para captura de sinal de TV. Os canais oferecidos
serão Antena 3, Sogecable, Telecinco, Telemadrid, TVE e TV3.
O aparelho com tela touch-screen (realiza comandos através do toque direto
na tela) de 640x320 pixels conta com som stereo e permite ao usuário
participar dos serviços de interatividade oferecidos pelos programas.
A primeira experiência ocorreu, na verdade, durante junho, mas o piloto
com consumidores deve mostrar com mais eficácia a praticabilidade da
tecnologia DVB-H no cenário atual.
Será uma forma de medir o interesse do público pelo serviço e ainda prever
novas oportunidades de negócios.
Outra característica importante é saber na prática a qualidade da
tecnologia para diferentes ambientes (fechados ou abertos), determinando
os melhores padrões técnicos par ao uso do DVB-H.
Segundo o acordo, a Telefônica Moviles é responsável pelo suporte aos
usuários e pelos serviços de interação. A Abertis Telecom é responsável
pela transmissão do sinal e possíveis problemas com o DVB-H. E a Nokia
cederá os aparelhos dotados de solução para captura do sinal.
IDG News Service - África do Sul
TV via satélite no celular avança na Coréia
Quinta-feira, 23 junho de 2005 - 11:21
IDG Now!
A Coréia do Sul já registra 60 mil usuários do serviço que transmite
programação de televisão e rádio diretamente de um satélite para telefones
celulares.
Isso é o que informa Heo Jae-Young, gerente geral da TU Media, empresa
responsável pelas transmissões. O modelo comercial do serviço estreou em
maio, segundo ele.
Os usuários interessados pagam 13 dólares por mês por um pacote com sete
canais de televisão e 24 canais de áudio, informou em uma entrevista
coletiva.
Ao contrário dos serviços convencionais de satélite, que exigem uma antena
circular, o modelo da TU Media pode receber o sinal diretamente por uma
pequena antena no telefone celular.
Isso porque utiliza freqüências de 2,6 Gigahertz (GHz), que são muito
inferiores aos 11 GHz tipicamente utilizados para transmissões de
satélite.
Atualmente existem quatro aparelhos disponíveis para o serviço, dois
produzidos pela Samsung, um da LG Electronics e outro da SK Telecom. Os
aparelhos incluem as mais novas funções multimídia, incluindo recepção de
televisão e rádio e custam a partir de 700 dólares.
Estudantes universitários e executivos são o foco do produto, e a
expectativa da companhia é conquistar 600 mil assinantes até o fim de
2005. A previsão para 2010 é de alcançar 6,6 milhões de usuários.
A TU Media também pretende incluir novos programas de vídeo, incluindo
opções pay-per-view e conteúdo das redes coreanas.
Martyn Williams - IDG News Service, Japão
Lições do Oriente
Fernando Paiva, de Seul e Tóquio
O que
deu certo e o que deu errado na 3G da Coréia do Sul e do Japão.
[08/06/05]
Japão e Coréia do Sul são o paraíso da telefonia celular. A terceira
geração (3G) aportou por lá há mais de três anos, antes de todo o resto do
mundo, e hoje acumula 27,2 milhões de assinantes, somando os dois países.
Guardadas as devidas diferenças culturais, é possível aprender importantes
lições com a experiência asiática de 3G. Alguns serviços que prometiam se
tornar "killer applications" na 3G, como o videotelephony, se mostraram um
fracasso, enquanto outros que já eram velhos conhecidos, como o download
de ringtones, ganharam ainda mais força.
A primeira informação que salta aos olhos é constatar o aumento da receita
com serviços de valor adicionado na 3G. Entre as operadoras japonesas, a
receita média por usuário (Arpu) de dados neste segmento alcança a
impressionante marca de 34% da Arpu total. E vale ressaltar que isso
acontece apesar de o custo de transmissão de dados cair até 90% na
comparação com a 2G para o cliente na terceira geração, atingindo em torno
de US$ 0,14 por Mb, no caso de redes 1xEV-DO, por exemplo.
É interessante notar que os serviços que fazem mais sucesso na 3G são
simplesmente a evolução daqueles que já são populares nas redes 2G, como o
download de ringtones. A área de música é, sem sombra de dúvidas, a mais
bem-sucedida na 3G asiática, representando aproximadamente 50% da receita
oriunda de dados nesses países. Estima-se que o mercado japonês gere em
torno de 180 milhões de downloads de ringtones por mês. Lá, os clientes
pagam uma assinatura mensal que lhes dá o direito de baixar uma certa
quantidade de ringtones mensalmente. Na NTT DoCoMo, são 300 ienes (cerca
de US$ 3) para 15 ringtones por mês. Em média, porém, os clientes baixam
sete ou oito, o que já é uma marca altíssima em comparação com o resto do
mundo.
Com a 3G, os truetones se popularizaram e representam atualmente 30% dos
downloads de ringtones. Na japonesa KDDI eles são chamados de Chaku-Uta
("recebimento de música"). Desde que o serviço foi lançado, em dezembro de
2002, foram realizados 200 milhões de downloads. Hoje, a operadora tem um
portfolio com mais de 280 mil truetones. A KDDI também oferece, desde
novembro de 2004, o download de músicas inteiras, cada uma por US$ 3 ou
US$ 4. O "Chaku-Uta Full", como é chamado, registrou até o começo de abril
5 milhões de downloads. Cada arquivo tem entre 1,5 Mb e 2 Mb e usa o
padrão AAC+, mais compacto e com melhor qualidade de áudio que o MP3.
Atentos à obsessão dos consumidores por música, os fabricantes criam
celulares com som 3D estéreo, alto-falantes cada vez mais potentes e muita
memória para armazenar o máximo de músicas possível - há modelos com 3 Gb.
Para a indústria fonográfica a venda de músicas em formato digital pelo
celular chegou em boa hora. No Japão, a venda de CDs caiu 25% nos últimos
cinco anos. Na Coréia, estima-se que em 2004 a receita com música no
celular tenha superado aquela de venda de CDs. Com isso, até mesmo a
estratégia dos artistas tem sido alterada. Noel, um dos grupos mais
famosos de música pop da Coréia, lançou algumas de suas músicas em
primeira mão e com exclusividade de seis meses nos celulares da KTF.
Uma novidade que chama a atenção é o serviço EZ-FM, oferecido pela KDDI:
trata-se de oferecer informações sobre a programação das estações de rádio
em celulares que têm um receptor FM embutido. A assinatura do serviço
custa 200 ienes por mês e facilita a venda de produtos relacionados aos
artistas que estão tocando, como wallpapers e ringtones. As 53 maiores
estações de rádio do Japão concordaram em repassar as informações de suas
programações à Nano Media, desenvolvedora do serviço, em troca apenas do
aumento de sua audiência, pois amargaram uma queda de 20% na receita com
anúncios em 2004.
Streaming
O streaming de TV no celular, por sua vez, é um serviço que tomou caminhos
distintos na comparação entre Coréia e Japão. Entre os coreanos, assistir
TV no celular virou moda, especialmente a caminho do trabalho, dentro de
trens, ônibus e metrô. Os principais canais de TV coreanos são
retransmitidos pela rede celular para os aparelhos. Para assisti-los por
tempo ilimitado, os usuários pagam uma assinatura fixa mensal de US$ 48. O
problema é que esse serviço sobrecarregou a rede das operadoras. Para se
ter uma idéia, a TV no celular ocupa cerca de 50% do tráfego de dados nas
companhias coreanas, mas responde por menos de 10% da receita de serviços
de valor adicionado.
Diante desse problema, as operadoras apostam agora na adoção de serviços
de broadcast para celulares, como o recém-lançado S-DMB, que é transmitido
via satélite, na freqüência de 2,4 GHz, e seu similar terrestre, conhecido
como T-DMB. A TU Media, uma subsidiária da SK Telecom, operadora líder no
mercado coreano, lançou o serviço de S-DMB em maio passado. Os fabricantes
estão confiantes de que será um sucesso. "O S-DMB tem melhor qualidade de
imagem e é mais barato para os consumidores: o plano de US$ 15/mês dá
direito a 30 canais", aponta Christian Collins, gerente sênior de
estratégia de marketing da Samsung, que já levou às lojas um modelo com
receptor S-DMB por US$ 700. A LG também pôs a venda um aparelho S-DMB e
aposta vender 200 mil unidades em apenas três meses.
Mas o S-DMB enfrentará alguns obstáculos. Sua receptação em locais
fechados é ruim e a TU Media está sendo obrigada a instalar milhares de
repetidores de sinal em toda a Coréia. Além disso, os três principais
canais de TV coreanos encaram o S-DMB como concorrente, pois compraram
licenças para T-DMB, cujo serviço será inaugurado em breve. Por isso,
nenhum dos três aceitou até agora ser distribuído pela rede S-DMB.
As operadoras japonesas não cometeram o mesmo erro das coreanas. Nelas,
não há streaming de canais de TV, mas, sim, downloads de vídeo. Os
conteúdos que fazem mais sucesso são aqueles relacionados a esportes,
música (videoclips) e pornografia. O broadcast via T-DMB chegará em 2006
no Japão.
Serviços de navegação também foram bem recebidos. Tanto na Coréia quanto
no Japão, é muito comum taxistas e motoristas de ônibus dirigirem com uma
telinha ao lado do volante onde se vê um mapa digital que indica sua
localização, atualizada em tempo real pela rede celular com ajuda de
Global Positioning System (GPS).
Entre os downloads de aplicativos, os jogos eletrônicos são os favoritos
do público. Na KTF, a média é de 1,6 milhão de downloads de games por mês,
o que representa 80% do total. O mercado coreano de jogos móveis
movimentou US$ 265 milhões em 2004 e deve crescer 40% este ano. Há jogos
de até 5 Mb, com gráficos em 3D, milhares de cores, som estéreo etc.
É curioso notar que as mensagens de texto (SMS), tão populares no
Ocidente, não são tão usadas no Japão. Isso acontece porque cada linha
móvel vem acompanhada de uma conta de e-mail. As pessoas preferem enviar
e-mails pelo celular, pois não há limite de caracteres por mensagem, como
no SMS. "Em média, cada usuário japonês envia dez e-mails por dia", relata
Kazuhiko Masuda, gerente geral de desenvolvimento de negócios da KDDI. Por
terem capacidade de anexar arquivos, os e-mails também substituem as
mensagens multimídia (MMS).
Nem tudo na 3G asiática empolgou o público. O serviço de videochamada,
conhecido em inglês como videocall ou videotelephony, que era uma das
principais promessas para a 3G, foi um fiasco. Lançado há dois anos na
Coréia, vendeu pouco mais de 100 mil aparelhos habilitados. "As pessoas
querem ver as outras, mas não querem se mostrar. Depois de testarem duas
ou três vezes, param de usar o videotelephony", explica Juhuan Kim,
diretor de desenvolvimento de negócios da Qualcomm da Coréia. No Japão o
serviço também não foi para frente.
Tampouco teve sucesso a iniciativa de enviar vídeos de propaganda para os
celulares em troca de bônus, como crédito para tráfego de dados. O
serviço, batizado de "Admoa" e criado pela coreana KTF, atraiu poucos
interessados. Os bônus eram baixos e as pessoas não gostaram da idéia de
ter comerciais gravados em seus telefones.
Entre algumas das últimas novidades também pairam pontos de interrogação.
É o caso do recém-lançado serviço de venda de livros digitais para
celulares, criado pela KDDI. Será que as pessoas lerão obras literárias na
diminuta tela do telefone? O EZ-Books, como é chamado, é uma espécie de
livraria virtual. É comercializado desde abril e tem 7 mil títulos à
disposição do público.
A verdade é que os mercados do Japão e da Coréia servem como um verdadeiro
laboratório da indústria mundial de telefonia celular. "Testamos na Coréia
nossos novos produtos com um ano de antecedência em relação ao resto do
mundo. O que faz sucesso por aqui a gente exporta", confirma o
vice-presidente de terminais móveis da LG, Skott Ahn. As lições são
valiosas, mas é necessário, sempre, levar em consideração as diferenças
culturais. O que faz sucesso no Japão e na Coréia não necessariamente terá
o mesmo desempenho do outro lado do mundo. E vice-versa.
Enquanto isso, no Brasil...
Se no Japão e na Coréia a terceira geração de telefonia celular é uma
realidade há mais de três anos, no Brasil ela ainda está começando. Quem
largará na frente é a Vivo, que lança no segundo semestre seus primeiros
aparelhos CDMA2000 1xEV-DO. A operadora já tem rede com essa tecnologia no
Rio de Janeiro, São Paulo e Curitiba e pretende expandir para várias
outras capitais onde atua até o fim do ano.
Do lado das operadoras GSM, a 3G vai demorar um pouco mais. A Anatel
pretende licitar no fim do ano licenças na faixa de 1,9 GHz para a
instalação de redes WCDMA. Espera-se que a infra-estrutura seja montada ao
longo de 2006 e o lançamento dos serviços aconteça em 2007.
A guerra sem
fio
Por Renata Toledo Piza e Thaís Naldoni
Maio
Com o avanço da tecnologia e um vácuo na lei, operadoras de telefonia
começam a transmitir programação televisiva via celular, trazendo incômodo
aos conglomerados de mídia e fomentando uma acirrada batalha nos
bastidores.
Com a popularização dos microcomputadores no Brasil, na década de 1980, os
profetas da tecnologia afirmavam que as máquinas de escrever estavam com
os dias contados. Realmente, as velhas Remingtons viraram peça de museu.
Outra previsão, dessa vez errada, era a de que com o advento da internet,
que chegou ao país em 1994, as bancas de jornal chegariam ao fim. No caso
do vinil, a profecia estava certa e o CD tomou conta do mercado numa
velocidade fulminante. Depois, veio o DVD. Agora, é a vez da TV no
celular.
Poucos acreditam que o telefone móvel substituirá a televisão.
Especialmente no Brasil, onde 92% dos lares têm acesso à TV aberta e a
imensa maioria da população usa os pré-pagos. Dos 66,6 milhões de
aparelhos registrados no país até janeiro de 2005, a Anatel (Agência
Nacional de Telecomunicações) contabilizou 53,6 milhões de assinantes do
sistema pré-pago e apenas 13 milhões do pós-pago. Isso significa que o
mercado brasileiro de aparelhos sofisticados será privilégio de poucos
ainda por algum tempo.
Suposições à parte, o fato é que o celular já é um ítem de primeira
necessidade na vida dos brasileiros. Hoje, a TV no celular custa muito
caro para uma qualidade sofrível. A médio prazo, contudo, será simples e
barato assistir ao Jornal Nacional no ônibus, no trajeto para casa.
"Dentro de dez anos o celular com TV a preços acessíveis e com boa
qualidade será uma realidade no Brasil", prevê o jornalista Ethevaldo
Siqueira, especialista em tecnologia da informação e autor do livro 2015 –
Como viveremos.
Desse modo, é compreensível que os conglomerados de mídia do país estejam
apreensivos quanto ao avanço da telefonia sobre seu negócio. Enquanto o
mercado de TV movimenta cerca de R$ 6 bilhões por ano, o de telefonia
dispõe de R$ 66 bilhões. O que seria das TVs se as telefonias decidissem
investir 20% deste valor em produção de conteúdo? Haveria um avanço sobre
o mercado publicitário? Essas perguntas já agitam os corredores das
emissoras. Existe uma intensa movimentação de grupos de mídia, operadoras
de telefonia e fabricantes de tecnologia. No meio das perguntas não
respondidas, está em jogo a regulamentação de produção e transmissão de
conteúdo pelas operadoras de telefonia celular.
Leia matéria completa na Edição 201 de
Imprensa (Edição impressa)
Globo vai transmitir gols do Brasileirão na telinha dos celulares
Valor
Quinta, 25 de maio de 2005
A Rede Globo espera nas próximas semanas começar a veicular na telinha de
telefones celulares os gols do Campeonato Brasileiro de futebol. A empresa
vem negociando com as operadoras e a proposta é de que o vídeo seja
transmitido logo após o gol. Nos testes realizados na emissora, os lances
têm sido liberados três minutos após o gol, depois são editados e enviados
para as operadoras.
De acordo com o assessor especial da área de engenharia da Rede Globo,
Carlos Brito, os testes revelaram que os gols levam entre seis e nove
minutos para chegar ao telefone móvel. "Nossa meta é que esse tempo caia
para cinco minutos", disse.
O preço será comum a todas as operadoras e deverá girar em torno de R$ 2
cada exibição. Até o final deste ano, a Globo tem planos de disponibilizar
notícias, dramaturgia e outros conteúdos esportivos para os telefones
celulares.
A oferta do serviço já está fechada com uma operadora de telefonia móvel.
A Globo está finalizando um acordo com outra e vem conversando com mais
duas prestadoras do serviço celular. A proposta, de acordo com Brito, é de
que o serviço seja disponibilizado por várias operadoras, para que não
haja exclusividade na disseminação do conteúdo. O assessor não informou
com quais empresas a emissora vem negociando, alegando que se trata de uma
informação estratégica para o grupo.
Brito afirmou que a Rede Globo irá captar as imagens para ser
disponibilizadas pelo telefone móvel com os mesmos equipamentos que
utiliza na transmissão convencional. Porém, a edição será especialmente
voltada para o celular, com funções de aproximação das imagens e
características específicas para visores pequenos. (HM)
TV no celular em tempo real chega até 2007
RIO DE JANEIRO, 24 de maio de 2005 - O acesso à programação da TV no
telefone celular em tempo real será uma realidade no Brasil entre o final
do ano que vem e o início de 2007. A previsão é do diretor do Yankee Group
na América Latina, Luís Minoru.
Mas a consolidação dessa estimativa, de acordo com o consultor, depende de
que operadoras, fabricantes de handsets, governo e distribuidoras de
conteúdo consigam superar desafios de ordem tecnológica, regulatória e de
modelo de negócios.
O principal problema, segundo Minoru, é elevar a capacidade da bateria dos
aparelhos, já que sua capacidade ainda limitada torna inviável a
transmissão de conteúdo com duração mais longa, como filmes e eventos
esportivos.
Segundo uma pesquisa feita pelo Yankee Group nos Estados Unidos e na
Europa, esportes, filmes, clipes de música e conteúdo adulto são os
conteúdos de TV mais desejados pelo público para o celular. O levantamento
revela também que 47% dos entrevistados querem TV no celular, mas apenas
24% querem pagar por isso.
O especialista também aponta para a falta de uma regulação específica para
a veiculação de programas de TV por essa plataforma no País. A
Constituição brasileira permite que o capital estrangeiro detenha no
máximo 30% de participação em empresas de mídia. "Isso levanta a questão
de determinar se uma operadora pode ou não produzir conteúdo", diz.
Minoru participa do seminário "Rio Wireless", promovido pela Network
Eventos, no Rio de Janeiro.
Nokia coloca antena de TV no celular
Sexta-feira, 29 abril de 2005 - 18:27
Guilherme Bantel viajou a Cancun, a convite da Nokia.
Em pouco tempo usuários poderão assistir TV, ouvir rádio e comprar as
músicas tocadas a partir do próprio celular. É o que promete a Nokia com o
lançamento mundial do aparelho N91, parte integrante da linha Nseries, na
quarta-feira (27/04). A maior novidade, no entanto, é que a empresa já tem
projetos-piloto para trazer o conceito de compra de produtos diretamente
da Mobile TV, recurso de televisão móvel que já virá com o aparelho.
Conceito
Para o N91, a Nokia apresentou um serviço chamado Visual Radio, no qual o
usuário poderá ouvir uma música em determinadas estações de FM e, além de
visualizar o nome do artista, canção e a capa do respectivo álbum, poderá
também comprar um MP3 ou ringtone da loja virtual.
Segundo Mark Selby, vice-presidente mundial de multimídia da Nokia, isso
só é possível porque o aparelho tem três antenas internas diferentes,
sendo uma para telefonia, uma para sinais de rádio e outra para televisão.
Os sinais de dados - como a transferência de informações de transação
financeira, imagens dos álbuns e nomes das canções - são transmitidos pela
antena de telefonia.
TV no celular
O conceito, que só é possível porque as informações são enviadas em
paralelo (e não no mesmo canal), também deverá ser transportado para o
Mobile TV em breve. Selby afirma que a Nokia possui dois projetos piloto
em andamento, um na Alemanha e outro na Finlândia, em que o conceito de
compra de produtos pela Mobile TV está sendo testado.
"No meio do ano serão oferecidos 30 canais de TV, por enquanto", disse
ele. Na data de lançamento, no entanto, a interatividade com o
broadcasting ainda não estará disponível. "Mas já existem testes para
oferecer compras por Mobile TV, e isso é possível", reafirmou. No futuro,
o executivo afirma que poderemos gravar programas, baixar conteúdo
multimídia e fazer compras de produtos exibidos durante a programação,
tudo no celular. "Não é streaming, é broadcasting", deixou claro.
O Brasil também faz parte dos interesses dos finlandeses. "Já tivemos
contatos com empresas brasileiras que se interessaram por conteúdo
multimídia em broadcast", falou o executivo. Selby, entretanto, não
revelou nomes.
Loja virtual
Por enquanto, a Nokia desenvolve uma loja virtual de músicas em parceria
com a Hewlett-Packard (HP) e Loudeye, mas deixa bem claro que não está
entrando no mercado de entretenimento. "Nossa idéia não é ganhar dinheiro
com isso, mas popularizar a prática. Esse não é o nosso negócio", afirmou
Selby.
Segundo o executivo, a Nokia fornece softwares para as estações de rádio e
operadoras, mas a HP controla os servidores, levando uma pequena quantia
do total comercializado como taxa de serviço. O resto do lucro é dividido
entre as estações, a loja virtual Loudeye e operadoras móveis. Para a
televisão, o modelo deverá ser similar.
Durante o evento em Cancun, no México, a empresa mostrou também o ranking
de países com maior receita de vendas dos produtos Nokia durante 2004,
sendo que o Brasil ficou na sexta posição. Atualmente, os Estados Unidos
são líderes, seguidos de China, Reino Unido, Alemanha e Índia.
Governo coreano quer faturar US$ 3 bi com Wi-Max
Quarta-feira, 6 abril de 2005 - 14:11
Ceila Santos, World Telecom
Entre 2006 e 2007, o governo da Coréia do Sul estima que as três
operadoras do país, SK Telecom, LG Telecom e KTF, já estarão operando na
faixa de freqüência 2,3 GHz para ampliar a oferta de Internet móvel por
meio das novas tecnologias sem fio como o WiMAx. A informação foi dada
nesta quarta-feira pelo consultor da Mckinsey, Richard Lee, que participou
do evento Tela Viva Móvel, realizado pela Converge Eventos, em São Paulo.
De acordo com o consultor, a Coréia do Sul prevê 8 milhões de usuários de
banda larga sem fio até 2010, quando o mercado deverá movimentar 3 bilhões
de dólares. Outra aposta do governo coreano é em tecnologias convergentes
como RFID, home networking e serviços diferenciados como a localização via
GPS. Entre 2008 e 2009, a previsão é que os 10 milhões de domicílios da
Coréia do Sul tenham uma rede residencial (home networking), o que deve
gerar um faturamento de 14 bilhões de dólares.
Este ano, as operadoras coreanas estão investindo na transmissão de TV
digital via celular. A SKTelecom lança um serviço de TV digital com
tecnologia DMB (digital multimedia broadcasting), onde cobrará uma
mensalidade entre 10 e 20 dólares por assinante para acessar uma dúzia de
canais. Com essa estratégia, a operadora prevê faturar 1,7 bilhão de
dólares.
Responsável por 51,3% do mercado da Coréia, a SK Telecom faturou ano
passado 9,7 bilhões de dólares. As demais empresas, KTF e LGT, são
responsáveis pela participação de 32,1% e 16,6% do mercado,
respectivamente. A receita da KTF foi de 4,6 bilhões de dólares e da LGT
foi de 2,3 bilhões de dólares.
Vamos ver TV no celular?
Quarta-feira, 23 fevereiro de 2005 - 11:07
Os escandinavos e os coreanos, dois dos mais aventurosos grupos de
usuários de telefonia móvel, já estão apostando em TV no celular.
Em meados de fevereiro, no Congresso Mundial de GSM em Cannes na França, o
Chief Executive Officer (CEO) da operadora nórdica Telia Sonera afirmou
que a TV no celular será a próxima grande onda no mundo móvel. A gigante
Nokia está planejando uma grande festa em Singapura neste segundo
trimestre para lançar suas atividades de TV móvel na região.
A norte-americana Strategy Analytics estima que as Redes de Radiodifusão
de Telefonia Móvel vão capturar em torno de 51 milhões de usuários no
mundo por volta de 2009, produzindo uma receita total de 6,6 bilhões de
dólares.
A operadora SK Telecom, da Coréia do Sul, - uma das primeiras no mundo a
apostar na TV no Celular - vai lançar em maio um serviço de TV no celular
via satélite ofertando 12 canais de vídeo e áudio. A operadora coreana
também planeja integrar serviços de TV no celular com serviços de internet
móvel. Temos que prestar atenção na Coréia do Sul, pois além de ser o país
mais evoluído no mundo em termos de penetração de banda larga tem mais da
metade do número mundial de hotspots de Wi-Fi. Dá-lhe Coréia do Sul!
No mesmo Congresso Mundial de GSM, a sul-coreana LG Electronics estava
demonstrando um display que processava 30 quadros (frames) de imagem por
segundo. Isto é muito importante pois até agora só tínhamos conhecimento
de handsets processando 20 quadros por segundo. Para ter-se a sensação de
continuidade de uma TV em handset ele precisa processar 30 quadros por
segundo. Uma boa vitória da LG.
Nem tudo porém é tão simples e direto na arena da TV no Celular. Existe
uma batalha pela supremacia de dois padrões competidores: o DVB-H para
Transmissão de Vídeo Digital em Aparelhos Celulares (Digital Video
Broadcasting Handsets) e o DMB para Transmissão de Multimídia Digital
(Digital Multimedia Broadcasting).
A LG tem preferência pelo padrão DMB, que segundo eles transmite o dobro
de quadros por segundo do que o DVB-H e não drena as baterias tão
rapidamente. Os japoneses, os coreanos e a Ericsson da Suécia estão
suportando o padrão DMB. A Samsung de Taiwan tem um handset DMB que será
utilizado no serviço de TV no celular por satélite da SK Telecom a ser
lançado em breve.
A Nokia por sua vez aposta no padrão DVB-H e está envolvida em
projetos-piloto de TV no Celular que utilizam aparelhos estilizados (art-deco)
com uma tela maior para TV que a tela usual.
Está começando a "corrida ao ouro" da TV no celular. Na Europa as
operadoras Vodafone e O2 estão fazendo projetos. Nos Estados Unidos, onde
o processo está mais adiantado, a Cingular lançou seu serviço MobiTV com
22 canais e a Verizon Wireless lançou o seu serviço VCAST na tecnologia
CDMA 1x-EV-DO. A Qualcomm - imaginem vocês, um vendor - está inovando e
vai lançar seu serviço MediaFLO em banda de freqüência própria de 700 MHz
nos EUA que pode suportar de 50 a 100 canais de broadcasting com até 15
canais de vídeo streaming.
E você, quando vai querer ter a sua TV no celular? Será que sua operadora
no Brasil está "antenada" com este serviço? Questione-os!
TV no
celular é o WebTudo?
Antônio Rosa Neto 19/1/2005
Cada vez mais a tecnologia está se incorporando ao dia-a-dia. No começo
era apenas o computador com Internet, depois vieram; agendas eletrônicas,
DVD’s, MP3, Foto Digital e agora começa a revolução dos Celulares.
Com a Internet e sua interatividade, as distâncias globais se reduziram a
um simples clique do mouse. Os DVD’s já custam menos do que os pouco
funcionais videocassetes, áudio e vídeo não digitais; nem pensar! Agora
vem a pergunta; E como será com os celulares? Quais as oportunidades que
poderão aparecer?
Que o mundo também já experimenta os impactos da convergência das mídias
com a tecnologia, já notamos. Mas quais os impactos? Isto ainda não se
sabe.
Apesar do mercado publicitário aparentar ser moderno, é na verdade um dos
setores mais reacionários. Apesar de já sentirmos uma sensação de
transformação, o setor ainda defende as mídias massivas e a comunicações
por anúncios tradicionais. Em entrevista recente ao The Wall Street
Journal, o presidente do grupo WPP, Martin Sorrell, considerado o maior
investidor do mundo no setor e controlador das agências de publicidade; JW
Thompson, Ogilvy, Y&R e Grey, nos surpreendeu afirmando: “Se quiser me ver
chateado, chame minha empresa de agência de publicidade. O objetivo
estratégico é que dois terços de nossa receita saiam de publicidade não
tradicional em cinco ou dez anos (...) Em vez de nos concentrar na
televisão, precisamos olhar para mensagens diretas, em relações públicas,
rádio, outdoor, satélite, celular”.
O fato é que Sorrell sabe que, em função da convergência, a propaganda
migrará para diversas disciplinas. Observem que mesmo inclusive ocorre no
Brasil, as mudanças são perceptíveis. Hoje, do total dos investimentos
feitos em comunicação, apenas 48% são oriundos da chamada propaganda
tradicional. Os publicitários, que há anos criaram uma expressão, pouco
adequada, para conceituar as “outras” atividades, a chamavam de “below the
line”, literalmente “abaixo da linha”. Mas em pouco tempo, estas
disciplinas se tornaram agora o “above the line”. Promoções, Marketing
Direto, Eventos, Merchandising, Internet, Marketing Social, etc. tudo
cresce mais que o tradicional.
Mas observe que Sorrell, no fundo procura entregar o que o mercado deseja
comprar. Veja o exemplo, publicado na bíblia da propaganda mundial, o
Advertising Age; O chief marketing officer Bill Lamar do McDonald’s disse
durante palestra na 85a conferência anual da American Association of
Advertising Agencies. Para a platéia repleta de publicitários, avisou -
"Os dias de gastar centenas de milhões de dólares com propaganda na TV
estão terminados. A companhia precisa de idéias que consigam colocá-la em
contato com os consumidores individualmente no momento certo e em
ambientes em que esses consumidores estejam mais receptivos para a
mensagem que a empresa quer passar”.
Chat é melhor que comercial de TV, disse ao Media Guardian Roisin Donnelly
diz a diretora de marketing da Procter & Gamble, maior anunciante do
mundo. “Os consumidores jovens não acreditam mais nos comerciais de TV e
acham que as salas de chat têm mais credibilidade”.
Com o título “Videogame come anúncios da TV” o jornal The Wall Street
Journal em julho passado, apresentou matéria dizendo que o grandes
anunciantes estão tirando verba de meios tradicionais e investindo em
joguinhos onde suas marcas têm destaque; Quando os executivos da divisão
Jeep da DaimlerChrysler quiseram promover uma versão extra-poderosa de seu
jipe Wrangler, eles pediram que fosse desenvolvido um videogame para
permitir aos jogadores dirigir um Wrangler Rubicon subindo rampas íngremes
e cruzando rios. O jogo - Jeep 4X4: trail of life - era relativamente
barato e a empresa o ofereceu de graça na internet. Em seis meses, 250.000
consumidores já haviam carregado o jogo em seus computadores e dado em
troca seus endereços de e-mail para a Jeep. Aproximadamente 40% deles
disseram que pensavam em comprar um dos automóveis da marca. A Jeep diz
que vendeu centenas dos jipes de US$ 29.000 nos Estados Unidos - ele não é
importado oficialmente para o Brasil - como resultado direto da campanha.
Os videogames são tão eficientes que "é chocante", diz Joel Schlader, que
supervisiona as atividades de videogames do Grupo Chrysler.
A propósito, a revista americana Wired do mês de outubro, destacou em
grande matéria que a mídia TV está perdendo os jovens para outro meios,
como; Internet, Games, TV por Assinatura, etc.
Entre tantas novidades, eu não poderia deixar de destacar o acordo,
divulgado pelo IDG Now, comentando que a Intel e LG acabaram de aliar-se
visando a Internet sem fio. Irão fundir o padrão WiMax da Intel com o
coreano WiBro, da LG. Enquanto o padrão da Intel foi desenvolvido para
enviar sinais de dezenas megabits por segundo para receptores fixos, o
WiBro foi limitado a 1 Mbps de envio de sinais, porém em movimento de até
70 km/h.
Portanto, observe que não será apenas o seu celular que irá passar TV,
fato já anunciado pela TIM, Vivo, etc. Mas agora também seu Laptop e PDA
farão isto na rua, podendo acessar a web com velocidade de até 50 Mb. Isto
permitirá a mesma qualidade da tão falada TV Digital ou mesmo do Rádio
Digital.
Vivo e TIM lançam TV no celular
A Vivo anunciou nesta sexta-feira, 22, o seu aplicativo de TV no celular,
poucas horas após a TIM anunciar serviço similar. Segundo o
vice-presidente executivo de marketing e inovação da Vivo, Luís Avelar, o
contrato com a Band só foi assinado há dois dias. E ainda nesta
sexta-feira, 22, Avelar diz que conversará com a Rede Globo sobre este
assunto: "Não faz sentido a resistência da Globo. Não devemos ser
concorrentes. Eles vão cobrar pelo conteúdo o que quiserem, são eles que
determinam."
Por meio de uma parceria com a TV Bandeirantes, o assinante da Vivo terá a
possibilidade de assistir a toda a grade da emissora no próprio telefone,
o que inclui a programação aberta e a cabo dos canais Band News e Band
Sports. O modelo contratado com a Bandeirantes é o de compartilhamento de
receita (revenue share) em que a operadora fica com o tráfego e o canal
com os direitos do conteúdo. O aplicativo da Vivo foi desenvolvido pela
T-Mídia e a operadora, assim como a TIM, estuda acordos com outras
emissoras.
Para ter acesso aos canais, o assinante terá que fazer um download so
software por meio do Vivo Downloads (Brew), disponível em celulares
compatíveis. Feito o download, o aplicativo estabelece um canal on-line
com o servidor da Bandeirantes, e o usuário pode assistir ao canal. Por
enquanto, a aplicação estará disponível apenas para os aparelhos Kyocera
Slider, mas os demais fornecedores também negociam o desenvolvimento de
handsets - caso da Motorola e Samsung, diz Avelar. O modelo Kyocera está
no mercado brasileiro há quase três meses e já foi vendido
promocionalmente a R$ 399. A demora no lançamento do serviço, segundo
Avelar, se deveu à formalização do contrato com a Bandeirantes.
Feito o acesso, o telespectador escolhe o canal de TV que deseja assistir.
O custo do serviço para o assinante é de R$ 12,49 ao mês mais uma tarifa
de R$ 0,04/kb nos planos pós-pagos e de R$ 0,05/kb para os pré-pagos. A
concorrente TIM não cobrará nada do assinante até o final deste ano.
Avelar, da Vivo, diz que assim que chegarem os novos modelos, a política
de preços sobre o serviço de TV deve ser revista e até uma promoção pode
ser lançada para atrair os assinantes. O lançamento oficial do serviço
ocorrerá no dia 26, durante a Futurecom 2004, em Florianópolis, Santa
Catarina.
Avelar, em sintonia com o presidente da TIM, Mario Cesar de Araujo,
criticou proposta do Conselho Superior de Cinema (CSC), que debate projeto
da Ancinav de taxar com a Condecine 2% do valor de venda dos celulares que
permitem a recepção de sinais de vídeo e idêntico percentual sobre os
serviços audiovisuais prestados. "A carga tributária do setor já é um
disparate. Se criarem uma nova taxa será uma maneira de matar os serviços
com novos tributos. Não existe isso em nenhuma parte do mundo", afirma.
O vice-presidente da Vivo aproveitou para criticar a tecnologia GSM/GPRS
do concorrente. Segundo ele, na Espanha e em Portugal, as operadoras
somente lançaram o serviço de TV depois que o padrão UMTS foi adotado.
Avelar afirma que não há qualidade suficiente no GSM/GPRS para suportar
uma transmissão de TV e que, por isso, há degradação do sinal. Avelar
calcula que no início do ano que vem chegam ao mercado os primeiros
terminais EV-DO, cuja taxa de transmissão média é de 800 kbps.
TIM lança acesso a conteúdo de televisão
A TIM lançou nesta sexta, 22, o acesso a conteúdo de televisão on-line
denominado TIM TV Access. Através da plataforma de transmissão de dados
GPRS da operadora (disponível em todas as 1,8 mil localidades atendidas
pela TIM), serão oferecidos inicialmente o sinal da rede aberta da Band e,
através da TVA, os canais BandNews, BandSports, Bloomberg, Clima Tempo, TV
Câmara, TV Senado e o TVSat 2000, um canal produzido pelo Vaticano, com
programação em italiano de interesse da comunidade católica. O serviço
oferece ainda acesso ao canal de programação da TVA.
A empresa não revela o seu modelo de negócios com os provedores de
conteúdo, ressaltando que isso varia de acordo com o parceiro. Segundo o
presidente da operadora, Mario Cesar Araujo, o negócio é bom para todo
mundo: ?A TIM ganha com o tráfego em sua rede, as programadoras ganham com
a divulgação de seu produto, os assinantes ganham com o recebimento da
informação ou entretenimento ao mesmo tempo em que ele é disponibilizado
na televisão aberta ou por assinatura, e o País ganha com a implantação de
uma tecnologia de primeira linha que está disponível em poucos países do
mundo."
Sobre a polêmica que envolve a necessidade de nova regulamentação para que
as operadoras de celular possam oferecer esse tipo de serviço, o executivo
lembra que este é um serviço de acesso: "Não estamos produzindo conteúdo,
nem cobrando pelo conteúdo oferecido. Cobramos apenas pelo acesso a este
conteúdo e temos a autorização de quem o produz para fazê-lo. Está tudo
absolutamente dentro da legislação e regulamentação existente. Não vejo
mais o que precise ser regulamentado", argumentou o presidente da TIM.
A operadora de TV a cabo tem um papel
relevante no novo serviço da TIM. Ela servirá, incialmente, como uma
espécie de headend para a operadora de celular, centralizando a recepção e
a distribuição dos vários sinais. Isso é feito, por exemplo, com os sinais
da BandNews, BandSports e Bloomberg. Mas a importância vai um pouco além:
a TVA, por ser uma operadora de TV paga, dá segurança jurídica ao serviço.
Essa é a avaliação de algumas pessoas que participaram na negociação. Há
quem especule, inclusive, que a TVA e a Abril estariam se movendo para
atuar como agregadoras de conteúdos para mídias digitais, começando pelo
conteúdo da própria Abril (MTV mais revistas) e fazendo a ponte com outros
provedores de conteúdo.
Serviço da TIM não concorre com TV tradicional, diz Araujo
O serviço de entrega de sinais de televisão TIM TV Access, lançado nesta
sexta, 22, é um produto para um nicho de mercado muito específico. Não
existe, por isso, a pretensão de concorrer com a própria televisão, até
porque a qualidade de imagem é bem inferior, assim como a de som (a
utilização de um fone de ouvido é necessária para uma boa audição). A
afirmação é do presidente da TIM do Brasil, Mario Cesar Araujo. Na
verdade, diz ele, o serviço funcionará mais como um instrumento de
marketing para firmar uma imagem de empresa moderna e vanguardista. Até o
final do ano, o acesso aos canais não será cobrado. Após este período, a
operadora cobrará "alguma coisa inferior a R$ 1/minuto de acesso", explica
Araujo, sem especificar valores.
A comercialização dos handsets estreará com apenas dois aparelhos da Nokia
(6600 e 3650), dos quais foram importadas 5 mil unidades. A diversidade de
aparelhos e a multiplicidade de canais a serem oferecidos estarão
condicionadas à receptividade do mercado brasileiro ao novo produto, já
lançado na Itália, Grécia, Venezuela, Peru e Chile e, brevemente, na
Turquia.
A plataforma desenvolvida pelo TIM Lab na Itália permite até quatro
?janelas?, com infinitos canais cada um. Estas janelas poderão ser
formadas por canais temáticos (só desenhos, noticias, esportes,
variedades, musica etc.) ou por região, neste caso permitindo, por
exemplo, que se ofereça um conjunto de canais de interesse específico para
determinada praça.
No momento, a TIM negocia a implantação de outros canais, inclusive em
língua estrangeira. Usuários do TIM TV, em roaming internacional, se
estiverem em países com acordo para interconexão de dados continuarão a
acessar a programação brasileira como se estivessem no Brasil. Aliás, um
dos alvos da operadora são os executivos que viajam freqüentemente. Os
funcionários italianos da TIM no Brasil, por exemplo, usam seus celulares
para acompanhar o noticiário da RAI: "Queremos oferecer ao nosso usuário a
possibilidade de, ao estar longe de casa, permanecer perto de seu
cotidiano", afirmou Araujo.
O sistema TIM TV Access foi desenvolvido no TIM Labs, laboratório de
pesquisa da operadora na Itália. Os sinais dos canais abertos são captados
por antena e os do cabo são recebidos por fibra na central da TIM no Rio
de Janeiro e em São Paulo. Na plataforma de servidores os sinais são
comprimidos e otimizados para transmissão pela rede GPRS entre 15 e 20
kbps, em 15 frames por segundo (daí a diminuição da qualidade da imagem,
semelhante à obtida em teleconferências via internet). O sinal fica
disponível na rede nacional da TIM, para ser acesso em qualquer uma das
localidades onde haja rede GPRS.
(Fonte: Tela Viva)
Vivo traz conteúdo da TV Band ao celular
Segunda-feira, 25 outubro de 2004 - 14:52
Daniela Braun
A partir desta segunda-feira (25/10) a Vivo inicia a oferta do serviço TV
no Celular, que distribui o conteúdo da TV Bandeirantes a mais de 450
cidades brasileiras. O anúncio da operadora segue a estratégia da
concorrente Tim, que oficializou hoje o lançamento do TV Access, com
conteúdo da TVA e do canal de notícias Band News para seus usuários.
Segundo Roger Solé, diretor de negócios de dados da Vivo, a empresa já
trabalha na transmissão de conteúdo via streaming - em tempo real - ao
celular há cerca de um ano, em parceria com a desenvolvedora T-Mídia.
Em março a operadora começou a oferecer o streaming em aplicativos para
acesso remoto de ambientes via webcams, por meio dos serviços Olho Vivo,
Vivo Segurança - para monitoramento de caixas eletrônicos - e Vídeo
Trânsito. "Hoje, temos dez câmeras na cidade de São Paulo, que são
acessadas por cerca de 2 mil usuários, mas a idéia é expandir bastante
este serviço", observa Solé.
Inicialmente, apenas usuários do celular Kyocera Slider poderão acessar o
TV no Celular, que conta com o conteúdo da TV Bandeirantes aberta e dos
canais especializados Band News e Band Sports. Para acessar os canais, o
usuário do celular compatível deve fazer o download do aplicativo no site
Vivo Downloads.
A TV no celular custará R$ 12,49 ao mês, descontados na fatura, mais
tarifa de R$ 0,04 por Kilobyte (KB) nos planos pós-pagos e de R$ 0,05 por
KB para os planos pré-pagos
TIM lança serviço de TV no celular
Sexta-feira, 22 outubro de 2004 - 14:02
Henrique Martin, da PC World
Celular rima com bate-papo, negócios e troca de mensagens de texto. Nos
aparelhinhos, também dá para acessar a internet e mandar e-mails e fotos.
Agora, os telefones móveis ganharam uma nova e inusitada função: receber
programas de TV sem o uso de um receptor, usando apenas a capacidade de
transmissão de dados das operadoras. A tecnologia já existe em outras
partes do mundo e está sendo implantada no Brasil pela Tim, que anunciou
nesta sexta-feira (22/10) o lançamento do Tim TV Access, com conteúdo da
TVA e Band News como carro-chefe.
Inicialmente, o serviço está restrito aos aparelhos Nokia 6600 (preço
estimado de 1200 a 1300 reais em planos pós-pagos) e 3650 (999 reais no
plano pós-pago). Outros aparelhos, como o Motorola MPx220, serão
compatíveis com o serviço em breve, de acordo com a operadora. Até o final
do ano, o Tim TV Access é gratuito. A operadora não informou o preço do
serviço após esse período, mas prevê que fique em torno de um real o
minuto de uso.
O Tim TV Access - antes conhecido como Tim Mobile TV - utiliza a
plataforma de transmissão de dados GPRS, presente nas 1.800 cidades
atendidas pela Tim no país, para retransmitir as informações das emissoras
de TV. Em 2005, aparelhos compatíveis com a tecnologia EDGE, mais rápida
na transmissão de dados, começam também a receber o vídeo na telinha do
celular.
"Não é um canal de TV da Tim, não criamos conteúdo. Utilizamos uma
regulamentação que permite o acesso das emissoras ao nosso serviço",
afirmou Mario Cesar de Araújo, presidente da operadora.
O serviço entra no ar com a programação em tempo real da BandNews e
BandSports, Blomberg, TV Câmara, TV Senado, SAT 2000 (canal do Vaticano) e
TVA no ar - canal com conteúdo produzido pela TVA para demonstrar outros
canais da operadora de televisão a cabo. "Existem outros canais da própria
TVA em negociação", explicou Leila Loria, presidente da TVA. Segundo
Araújo, a Tim negocia também a transmissão de canais da TV aberta.
"Depende do acordo comercial e de acertarmos a regulamentação", disse o
presidente da TIM.
Essa não é a primeira experiência envolvendo vídeos no celular. Na seara
das operadoras GSM, a própria Tim permite gravar filmes curtos e enviar a
outros telefones. A Oi oferece downloads de vídeos, em um esquema muito
semelhante ao da Vivo, que atua com a tecnologia CDMA. A diferença é que
com o Tim TV Access, a transmissão é em tempo real, ao vivo, direto da
antena da emissora para o telefone. Ou quase isso, já que a operadora Tim
terá de tratar e adaptar as imagens instantes antes de enviá-las aos
aparelhos.
O lançamento do Tim TV Access no Brasil também não é a primeira
experiência de TV ao vivo no celular para a Tim. Inaugurado no final de
2003, na Itália, o serviço já está disponível para clientes das
subsidiárias peruana, venezuelana e chilena, com apenas uma emissora. Nos
Estados Unidos, a operadora Sprint também oferece a MobiTV, com um serviço
similar de transmissão de programação de TV via telefone móvel.
Desde abril
Em abril, a Tim já prometia o lançamento do serviço de TV para até o final
do primeiro semestre. Na época, PC WORLD acompanhou com exclusividade uma
demonstração, em São Paulo. Na prática, o Mobile TV tem bom áudio, mas
deixa a desejar na parte de vídeo. Como não havia, na época, transmissões
de emissoras locais, o diretor de serviços da empresa, Michael Martin,
utilizou dois aparelhos Nokia (3650 e o 6600).
O acesso ao Tim TV Access é simples e rápido. É só dar um clique no menu
do aparelho e selecionar o RealOne Player. Hoje, há um ícone que leva à
transmissão. Na tela seguinte, já surgem informações sobre os canais
disponíveis e a programação das emissoras. Em 2005 será possível consultar
a grade de programação e receber alertas via SMS quando o programa
favorito entrar no ar.
Segundo o executivo da Tim, a tecnologia utilizada para a transmissão de
conteúdo televisivo é a rede de dados GPRS (General Package Radio Services)
da própria operadora, que transmite dados entre 56 Kbps e 114 Kbps. A taxa
de transmissão de TV via GPRS fica entre 12 e 15 quadros por segundo. Por
esse motivo, o som acaba saindo melhor que a imagem, mesmo com o
simplificado sistema de áudio oferecidos pelos telefones celulares. O
modelo 3650 tem som monofônico e o 6600, estéreo, com melhor qualidade.
O jornalista Henrique Martin viajou ao Rio de Janeiro a convite da TIM
Operadoras como TIM e Oi lançam serviços
que fazem simulação de transmissões móveis
Ainda não dá para alardear por aí que a televisão já cabe no bolso. Mas,
verdade seja dita, já se pode falar em simulacros de transmissões de vídeos
em tempo real, o que, convenhamos, é uma novidade e tanto para quem adora
ter brinquedinhos para se distrair enquanto se locomove. A operadora TIM
apresentou, e pretende lançar em alguns meses, a TIM Mobile TV, transmissão
de programas de televisão em tempo real diretinho no celular. A primeira
emissora da lista é a CNN, mas, de acordo com Domenico Puntillo, diretor de
serviços de valor agregado da italiana, a operadora está negociando com
outras emissoras e, assim como acontece na Itália, usuários brasileiros
poderão conferir notícias ou programas de variedades na telinha do celular.
É bom deixar claro: a qualidade de recepção da imagem não se aproxima da que
temos na TV, mas o delay não é tão grande. Ainda assim, convenhamos: quem
passaria o dia todo assistindo à TV na telinha do celular? O sistema de
pagamento pelo serviço deve ser semelhante ao modelo italiano: cobra-se uma
taxa por um dia de uso. Segundo Domenico, o usuário poderá pagar, por
exemplo, o equivalente a um euro para ter acesso ao serviço durante um dia.
A TV funciona através do canal GPRS via transmissão de dados. Para ter
acesso ao serviço, o usuário entrará, no celular, no menu Mobile TV e poderá
escolher, na lista de emissoras, aquela que deseja assistir. Pode, ainda,
programar alertas para não perder a hora do noticiário. "Este é um típico
serviço de 3G sendo feito com tecnologia 2.5G", diz Domenico.
POTENCIAL
Mesmo não sendo broadcast de fato no celular, o serviço anunciado pela TIM
tem grande potencial, de acordo com Eduardo Barros Silva, coordenador do
curso de pós-graduação em sistemas de telecomunicações da Escola Politécnica
da UFRJ. Estudioso de TV digital há muitos anos, ele diz acreditar no
sucesso do vídeo nas telinhas, mas ressalta que o serviço não pode ser
vendido como TV no celular. E conta que experiências deste tipo, chamadas
"TV in your pocket" (ou "TV no seu bolso") ainda estão em fase de estudo e
desenvolvimento na Europa.
É o caso do grupo Digital Video Broadcast (DVB), em processo de finalização
de uma norma para transmissão de TV aberta pelo celular. Lá fora, a novidade
pode chegar mais rapidamente que aqui. Isso porque o governo brasileiro
ainda não decidiu o padrão de TV digital que adotará. E não dá para
dissociar, segundo Eduardo, TV pelo celular de TV digital.
Apostando no potencial dos vídeos sob demanda, a Oi lançou o "Mundo Oi",
serviço multimídia que vai oferecer, num primeiro momento, cerca de cem
vídeos para download. A operadora fez parceria com a empresa japonesa Office
Noa, que desenvolveu o software para compressão de imagens Nancy, e com a
Motorola, que criou o aparelho C355V exclusivamente para a operadora.
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