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Artigos publicados no Caderno "LINK" do Estadão em 25/05/05: Artigos de Rodney Peixoto no Portal Modulo Security
Voz sobre IP: Regulação a
caminho - Parte I Site TELECO Visite!
VoIP e Novos Serviços de Banda Larga
VoIP
é uma inovação disruptiva?
VoIP e sua Inserção no Ambiente Regulatório Hoje
Telefonia IP Artigos de Eduardo Prado
No site
Teleco:
Todo Mundo Está Falando VoIP. E Você? [13.DEZ.2004]
Artigos de Otávio
Lazarini Portabilidade total com VoIP O planejamento da infra-estrutura IP A convergência e as operadoras Continuidade do negócio A arquitetura convergente em camadas A migração do produto para a aplicação Os desafios do VoIP VoIP com wireless – uma combinação perfeita A evolução do PBX-IP O que é convergência?
Algumas transcrições:
Site
TELECO
Visite! Telefonia IP:
O que é
Qualidade
de Serviço em VoIP - Parte I
Voz sobre IP (*)Pedro Bastos é responsável técnico pelo ponto de presença da RNP em Mato Grosso do Sul. Administra a rede estadual da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e ainda é sócio da PontoNET, empresa especializada em soluções para redes. Pedro é formado em Ciência da Computação pela UFMS, desde 1996. A partir de então se especializou em tecnologias de redes. Telefonar via internet? Sim. E com boa qualidade, por menores preços e utilizando uma rede que está pronta, disponível e praticamente nada custou para as operadoras. Tudo isso era, até há poucos anos, um sonho. Hoje milhares de corporações e dezenas de companhias telefônicas passam a usar a rede mundial da internet, em paralelo à velha rede telefônica.
Essa revolução começou a
tornar-se realidade há cerca de sete anos, quando a
Vocaltec, uma minúscula empresa israelense, instalada
literalmente num fundo de quintal, em Tel-Aviv,
desenvolveu o primeiro software com o propósito de fazer
ligações telefônicas via web. Mas os resultados iniciais
não eram satisfatórios, pois a qualidade da voz
conectada e transmitida com o protocolo da internet
(Internet Protocol ou IP) ainda era sofrível. Hoje, com
a rápida evolução das técnicas de comutação e
transmissão da "voz sobre internet", ou seja, de Voice
over IP (VoIP), a qualidade final da voz se tornou bem
próxima das chamadas feitas sobre a rede telefônica
convencional.
Segundo a definição dos
especialistas, Voz sobre IP é um método de conectar
conversações de voz sobre ambientes IP, ou seja com
protocolo internet, como se fossem redes privadas de
dados.
ITXC é exemplo -
Atualmente, a americana ITXC (www.itxc.com),
uma espécie de "operadora das operadoras" é uma das
líderes mundiais no desenvolvimento e na operação em
larga escala de VoIP. Seu presidente e fundador, Tom
Evslin, afirma que "a tecnologia VoIP praticamente
dobrou sua atuação de mercado em ligações internacionais
no último ano e atualmente atinge quase 10% do total das
ligações feitas em escala global". Evslin prevê que em
2003, pela primeira vez, as empresas operadoras deverão
instalar maior número de portas ou terminais VoIP de
capacidade equivalente a PBX em relação às tradicionais
portas digitais.
Segundo César Costa,
diretor geral da ITXC no Brasil, "à semelhança das
maiores operadoras do mundo, as concessionárias
brasileiras ampliam suas possibilidades de cobertura,
reduzem seus custos e ganham clientes em tempo recorde,
utilizando VoIP".
Países emergentes -
Dispensando em muitos casos a implantação de novas redes
telefônicas, sempre custosas, a utilização da rede IP da
internet pode ser ideal para países em desenvolvimento
ou mesmo subdesenvolvidos, carentes de capitais para
esses investimentos. Na Bolívia, a competição em
telefonia de longa distância só se implantou rapidamente
graças ao uso da VoIP pela competidora Cotas-Teledata. O
desenvolvimento da telefonia de longa distância na
América Latina, África e, em especial, na reconstrução
do Iraque serão nos próximos meses outros bons exemplos
de aplicação de VoIP.
O presidente da ITXC
recorda também que, no Japão e na Coréia, as ligações
residenciais originadas em VoIP crescem, rapidamente, em
decorrência da alta penetração de banda larga. Evslin
prevê que, nos Estados Unidos, deverá ocorrer em breve
uma verdadeira explosão da banda larga com vendedores,
como a operadora Verizon: "Em conseqüência, haverá
redução drástica de preços, especialmente se se
considerar que a tecnologia de redes sem fio Wi-Fi
acelera dramaticamente o valor e a disponibilidade do
acesso de banda larga.
Acredito que o telefone
sem fio de múltiplas faixas do futuro utilizará a
potencialidade da rede Wi-Fi como uma de suas faixas
para uma ligação de voz barata".
Para corporações - A não
ser em casos isolados, a telefonia VoIP ainda não está
disponível para uso residencial nem de pessoas físicas.
Com softwares que simulam um PABX com protocolo internet
(IP), só agora se utiliza Voz sobre IP nas ligações
dentro das corporações. Surge, então, um novo mercado
potencial para ligações que se destinam para fora da
rede da corporação. Como são conexões nascidas com o
protocolo IP, elas só podem ser eficientemente
concluídas via redes VoIP. Tom Evslin esclarece que este
tráfego potencial não está incluído nos 10% de
participação da VoIP no mercado mundial de longa
distância em 2002 das operadoras de VoIP de ligações
internacionais.
Um dos grandes eventos
para a discussão dos benefícios de Voz sobre IP, o
Encontro Global de Telecomunicações (Intelsat Global
Telecommunications Meeting, GTM 2003,
www.gtmmail.com),
começa amanhã em Washington, nos Estados Unidos.
Promovido pela Intelsat, empresa privatizada há três
anos, dele participam empresas como a Cisco, a italiana
Telespazio, Equant, BT Global Services, Telkom Caribe e
T-Systems International, mostrando especialmente o
impacto que poderá ter o VoIP nos países em
desenvolvimento.
Mais informações no site
do evento:
www.intelsat.com/gtminfo/index.asp.
Transcrito de Globo Online (faça cadastro gratuito para acesso livre) Ora, direis, ouvir a voz! Nos celulares do futuro ela vira bit
André Gurgel
28/03/05
A Qualcomm, empresa
americana pioneira e líder na tecnologia CDMA para
telefones celulares, anunciou durante a CTIA Wireless,
em New Orleans, novos chipsets que aumentarão a
capacidade de recepção de dados multimídia e permitirão
que a conversa seja transportada dentro do protocolo IP
padrão da internet.
O sistema que a Qualcomm
usa para que os celulares possam transferir dados
eficientemente, o EV-DO, sofreu melhoramentos em sua
revisão A, que, uma vez implementados pelas operadoras,
poderão oferecer vantagens de custo e flexibilidade do
uso das redes IP para comunicação de voz (VoIP). O custo
de utilização será bem menor, especialmente em ligações
de longa distância.
Segundo Irwin Jacobs, CEO
da empresa, em dez anos o VoIP estará sendo utilizado em
escala mundial e representará a convergência ideal entre
os novos serviços de dados e voz, podendo ser oferecidos
sem grandes impactos em investimento por parte das
operadoras, já que o sistema usará os métodos amplamente
difundidos de comutação de pacotes entre os servidores
da internet em lugar dos tradicionais e complicados
sistemas de comutação de circuitos de voz.
Wi-Max chegará atrasado ao
mercado, diz Jacobs
Ainda na opinião de
Jacobs, a propalada Wi-Max, rede local sem fio do
futuro, muito mais veloz e de maior alcance que a atual
Wi-Fi, chegará atrasada ao mercado. Ela ainda precisa de
alguns anos para ser padronizada e adotada pelos países,
pois existem problemas inerentes de alocação de
freqüência em cada região, e até lá os celulares já
terão preenchido os requerimentos básicos dos usuários
em termos de transmissão móvel de dados em alta
velocidade a um custo e comodidade mais atrativos do que
os de uma conta separada num provedor de acesso sem fio.
Ainda assim, o Wi-Max tem um nicho garantido nas áreas
rurais em desenvolvimento e, enquanto isso, os celulares
serão também dispositivos Wi-Fi durante um bom período
de transição.
As vantagens de eficiência
e objetividade do email sobre o telefone e nas
comunicações pessoais e profissionais (bem como a
perturbação do spam e o perigo dos vírus) agora são
expandidas aos dispositivos móveis sem fio. Falar ao
celular será cada vez menos preferível do que trocar
mensagens de texto ou acessar diretamente a internet
para obter a informação que se procura. Além da caixa de
correio, a integração das agendas de endereços e
compromissos, acessáveis sempre de qualquer lugar,
evitarão que se ligue para outra pessoa para não perder
a hora nem errar de lugar. Em lugar de ser um apêndice
do computador pessoal em sua mesa, o celular será o
núcleo das atividades digitais cotidianas, com a cômoda
vantagem de poder se conectar com teclado, mouse e
monitor sem o uso de qualquer fio e sem a necessidade de
um provedor de banda larga para acessar a internet.
Todo o esforço de
desenvolvimento da Qualcomm e dos demais fabricantes de
chips para celulares está dirigido à transformação do
celular numa central pessoal de computação. Apesar de
Jacobs afirmar que são previsões para os próximos cinco
anos, os fatos estão aí na forma de produtos: camcorder,
MP3 player, autenticador de impressão digital, console
de jogos, GPS, walkie-talkie, browser, videoplayer,
carteira eletrônica, medidor de nível de glicose e
câmera fotográfica convergindo rapidamente para um único
aparelho. Já é viável transformar a câmera do celular em
um leitor de código de barras que garimpe na internet
melhores opções de preços na sua região para o produto
que você tem em mãos. Ou criar uma cerca virtual de
segurança que avisa quando o seu filho ou a sua avó
(obviamente portando um celular) ultrapassarem os
limites de uma certa área.
E os serviços de
localização já estão disponíveis e habilitados em
milhões de aparelhos, sem que os seus donos saibam das
suas utilidades. Além de se achar quando está perdido
numa região desconhecida e ainda saber quais os bancos,
hospitais, hotéis ou restaurantes por perto, o usuário
pode descobrir o melhor caminho para certo destino e ver
em um mapa onde estão as pessoas de seu círculo íntimo
ou sob sua responsabilidade.
A lei da evolução também
se aplica aos celulares hi-tech
Da mesma forma que na
história do mundo natural, o ecossistema dos aparelhos
celulares está numa época de expansão, com muitas formas
de transição, em que muitas se tornarão extintas
rapidamente, enquanto outras surgirão aparentemente do
nada já com uma configuração definida. Jacobs, nosso
oráculo de plantão, avisa que sobreviverão dois tipos de
celulares: os pequenos e dobráveis, e os de tela grande,
mas ainda assim transportáveis. Cada um adaptado para
diferentes funções multimídia. Embora a variedade do
design industrial dos aparelhos seja inevitável e
infinita, a interface gráfica dos mesmos e o modo de
acesso às funções básicas requerem uma certa
padronização quanto à usabilidade. Os celulares com a
chancela da Qualcomm usam uma interface baseada no
sistema Brew, enquanto empresas como Nokia, Ericsson,
Panasonic, Samsung e Siemens são sócias do Symbian, nome
do sistema concorrente. Tanto uma facção como a outra
apresentaram avanços significativos para melhorar e
simplificar a experiência do usuários, e ao mesmo tempo
permitir que os provedores de serviços customizem novos
produtos e informações de um dia para o outro.
A profecia final de Jacobs
é a de que o sistema GSM, usado por um bilhão de
pessoas, não durará mais do que dez anos e deverá ser
relegado aos aparelhos mais baratos, com funcionalidades
restritas, ou seja, que o futuro wireless é CDMA. Embora
o brutal peso no GSM no mercado permita que ele drible
este fatídico destino e se reinvente várias vezes, a
perspectiva técnica atual é a de que ele venha a se
asfixiar lentamente por falta de banda de comunicação
para os futuros serviços de dados de alta velocidade.
Fato é que operadoras GSM na Europa já estão fazendo
sobreposição de modos de transmissão e oferecendo
aparelhos GSM que, na hora de transportar dados, falam
CDMA.
Artigos publicados no Caderno "LINK" do Estadão em 25/05/05:
25/04/2005
Internet barateia conta telefônica
Com conexão de
banda larga, indivíduos e empresas podem
usar o telefone sem custos adicionais ou
pagando tarifas bem mais baixas
Pedro
Marques
Você paga,
todo mês, uma pequena fortuna em ligações
interurbanas ou internacionais? Se a
resposta for sim, preste atenção. Você pode
estar gastando mais dinheiro do que
realmente necessita. Quem já assina uma
conexão de alta velocidade com a internet
pode fazer chamadas para qualquer parte do
mundo pagando bem menos ou sem qualquer
custo adicional.
Isso é
possível graças à tecnologia conhecida como
voz sobre IP (Protocolo da Internet), ou
VoIP. Ela transforma os sons de uma conversa
telefônica em dados digitais, que são
enviados em tempo real para qualquer lugar
do mundo via rede mundial de computadores,
como qualquer outro arquivo. Do outro lado,
é feita a reconversão para ondas sonoras.
A grande
sacada desse sistema é que ele elimina - em
parte ou totalmente - o tráfego pelas redes
de telefonia convencionais, que usam duas
variáveis para fixar suas tarifas: tempo e
distância.
Com a
tecnologia VoIP, o arquivo de voz viaja pela
internet e tanto faz a distância e o tempo
de conversação. Parece simples, não é? E é
mesmo, desde que ambos os interlocutores
tenham computadores conectados à internet de
banda larga. Com o auxílio de programas
gratuitos, não há qualquer custo adicional
além do já pago pela conexão de alta
velocidade.
Mas a VoIP
também serve para uma pessoa com conexão de
banda larga ligar - via computador ou mesmo
de um telefone conectado à internet - para
uma pessoa com telefone fixo ou celular em
outro Estado ou país. Nesse caso, é cobrada
uma tarifa, que, no entanto, é inferior às
cobradas pelas operadoras convencionais.
Nos Estados
Unidos, a operadoras de VoIP Vonage cobra
US$ 24,99 por ligações ilimitadas para
qualquer cidade norte-americana, mesmo que o
interlocutor só tenha linha convencional. Só
é cobrado um adicional no caso de chamadas
para outros países.
Um exemplo:
dos EUA para o Brasil, a Vonage cobra de US$
0,06 a US$ 0,17 por minuto dependendo se a
ligação é para uma linha fixa ou de celular.
É difícil saber exatamente qual é o custo
médio de uma chamada convencional dos EUA
para o Brasil, mas a conta final acaba
saindo bem mais cara, segundo usuários
consultadas pelo Estado. Não é à toa que o
crescimento do interesse pela telefonia por
internet está causando um alvoroço entre as
empresas de telecomunicações.
SKYPE VIRA
FENÔMENO GLOBAL
Hoje em dia, a forma mais comum é usar o microcomputador para conversar. Para isso, é preciso usar um microfone e caixas de áudio ou um fone de ouvido com microfone. E baixar um programa de telefonia pela internet, que funciona como um comunicador instantâneo (por exemplo, o Messenger, da Microsoft).
O mais
conhecido é o Skype, que já foi baixado 100
milhões de vezes desde que foi lançado há 20
meses. Pelo Skype, você pode falar com seus
contatos online sem pagar nada e também
ligar para telefones comuns ou celulares, a
um custo mais baixo do que o das tarifas
convencionais.
Há dois meses,
a dona de casa paulistana Martha Rodrigues
Alves utiliza o Skype para falar com o filho
e a enteada nos EUA. Como nem sempre eles
estão alcançáveis via PC, o jeito é
telefonar para uma linha fixa. "Com o Skype,
a gente dribla a operadora de telefonia.
Pago mais ou menos 1 (cerca de R$ 3,4 reais)
para conversar durante uma hora", diz.
Para efeito de
comparação, um minuto de conversa com os
EUA, via Embratel, custa R$ 1,12, em horário
comercial. "Funciona bem, nunca tive
problemas", diz Martha.
BRASIL DÁ
PRIMEIROS PASSOS
A telefonia pela internet também pode ser uma alternativa econômica para quem precisa falar com pessoas em diferentes Estados brasileiros. Já existem operadoras de VoIP no País, embora elas ainda sejam pequenas (leia texto abaixo).
O primeiro
passo é assinar uma linha telefônica IP. Não
existe taxa de adesão nem é preciso pagar
mensalidade. Para falar, compram-se
créditos, assim como em um celular pré-pago.
Algumas
operadoras já oferecem um adaptador
especial, que transforma um telefone comum
em um telefone que faz chamadas via
internet. A vantagem é que não é preciso
ligar o computador e ficar diante dele para
telefonar para outras pessoas.
25/04/2005
Como funciona a VoIP
A tecnologia de voz sobre IP - ou VoIP -
permite que uma conversa telefônica seja
transmitida por uma conexão de internet de
alta velocidade. Para isso, os sons são
transformados em dados digitais e enviados
para qualquer lugar pela rede mundial de
computadores. A tarefa de converter o som em
informação digital pode ser feita pelo
computador. O som é captado por um microfone
comum e convertido em dados digitais, que
são enviados pela internet até a outra
ponta, onde são reconvertidos em ondas
sonoras.
Quando o outro interlocutor está diante de
um PC, é o próprio computador, com a ajuda
de um programa, que transforma esses dados
digitais em sons novamente. Então, eles são
emitidos pela caixa de som do micro ou por
um fone de ouvido. Outra opção para falar
pela internet por meio de um PC é um
telefone USB. O aparelho, igual a um
telefone normal, é conectado diretamente ao
PC e substitui o fone de ouvido e o
microfone, com melhor qualidade.
Mas também é possível falar ao telefone pela
internet sem a mediação de um computador.
Nesse caso, conecta-se um telefone normal a
um adaptador de telefone analógico (ou ATA),
que se responsabiliza por digitalizar a voz.
O adaptador, por sua vez, é conectado a um
roteador e o roteador, a um modem de
internet. No caso de uma pessoa usar um
computador e a outra usar um telefone comum,
a voz, em formato digital, viaja pela
internet até um ponto. Depois, é
reconvertida em ondas sonoras e entra na
rede telefônica convencional, até chegar ao
telefone da outra pessoa. A transformação de
voz em dados e vice-versa é imperceptível
para os interlocutores. Algumas ligações
pela internet podem apresentar um pequeno
atraso no recebimento da voz, mas a relação
custo/benefício é positiva. Pedro Marques
Pequenas empresas de telefonia oferecem
soluções para economizar na hora de
ligar para diferentes cidades do País
Timidamente, empresas e operadoras
brasileiras começam a prestar serviços
de telefonia pela internet aos
assinantes residenciais. Eles são
vantajosos para quem tem conexão de
banda larga à internet e quer economizar
nas chamadas de longa distância.
Uma das pioneiras no País é a GVT,
operadora de telefonia que atua nas
Regiões Sul, Centro-Oeste e Distrito
Federal. Um dos serviços da GVT é o
WebFone Virtual. Ele usa a tecnologia
VoIP e permite que se tenha uma linha de
telefone em uma cidade diferente daquela
em que se vive.
Por exemplo, você mora em Porto Alegre,
mas conversa sempre com parentes e
amigos em Belo Horizonte. Assina uma
linha virtual em Belo Horizonte e, na
prática, é como se estivesse falando de
um telefone na capital mineira. Você
pagará apenas tarifa local para falar
com seus contatos em BH. E eles pagarão
o valor de uma ligação local para falar
com você na capital gaúcha. O sistema
funciona com um computador, um microfone
ou fone de ouvido, e o software da GVT.
A dona de casa Marlene Bordalo, do Rio
de Janeiro, tem uma linha virtual dessas
para conversar com o marido e a filha,
que moram em Brasília. Para ela, a
economia é o principal atrativo do
serviço. "Pago cerca de R$ 30 e posso
falar por 3 horas. Antes, pagava quase
R$ 60 para conversar por pouco mais de
20 minutos", diz.
Marlene acha simples usar o WebFone.
"Não entendo nada de computadores, mas
consigo usar o PC para fazer ligações
sem problemas. E a qualidade é igual à
de um telefone normal." Ela pagou R$
50,00 pela assinatura do WebFone Virtual
da GVT. Gasta R$ 29,80 de mensalidade,
com direito a 180 minutos de
conversação. Minutos adicionais custam
R$ 0,11.
TELEFONES PARA PC
Operadoras de VoIP como a Global Info e
a iPFone oferecem um outro tipo de
serviço. Em vez de assinar uma linha
virtual em outra cidade, você assina uma
linha VoIP que serve para economizar nas
ligações entre diferentes cidades e
Estados do Brasil.
A economia é obtida porque a voz, em
formato digital, viaja pela internet até
a cidade para a qual você ligou. Quando
chega ao destino, entra novamente na
rede de telefonia convencional e chega à
caso do interlocutor. O resultado é um
telefonema mais barato.
A iPFone, por exemplo, cobra R$ 0,25 por
minuto de conversa para a maioria das
cidades do País, independentemente do
horário. Para São Paulo, Rio de Janeiro,
Curitiba, Santos e Belo Horizonte, cobra
R$ 0,20 por minuto.
Já os preços da Global Info variam de
acordo com o número de telefone discado.
Mas são bem mais em conta que os das
operadoras tradicionais de telefonia.
Tanto a Intervoz e a iPFone usam o
sistema de conta pré-paga. Para falar,
nem é preciso pagar taxa de habilitação.
Basta entrar no site das operadoras (www.intervoz.com.br
e
www.ipfone.com.br, da Global Info e
iPFone, respectivamente), preencher um
cadastro e comprar os créditos. Depois,
você deve baixar um programa de
computador, fornecido pelas respectivas
operadoras, usado para fazer as
ligações.
Como na maioria dos sistemas VoIP, PC
com conexão de banda larga, fone de
ouvido e microfone são usados nas
conversas. Mas ainda é possível falar de
um telefone USB, conectado ao
computador. Ele é idêntico a um telefone
comum, mas serve para falar pela
internet.
Os serviços Global Info e a iPFone têm,
entretanto, um inconveniente: não
permitem receber chamadas. "Nessa
primeira etapa, funciona para quem quer
economizar ao fazer ligações de longa
distância", diz Paulo Messina,
presidente da Global Info.
A operadora Primeira Escolha promete
para maio o VoiceLine, uma linha VoIP
que recebe chamadas de telefones comuns.
Essa linha vai funcionar com um
adaptador especial, que permite conectar
um telefone comum à rede mundial de
computadores.
Segundo Mário Leonel Neto, presidente da
companhia, o VoiceLine será útil para
fazer chamadas de longa distância e terá
preços bastante competitivos também nas
ligações locais.
Pedro Marques
25/04/2005
Para quem tem banda larga, vale a pena
Diferença entre tarifa convencional e a
de ligação via internet é grande; mesmo
em euro, Skype é o serviço mais barato
no Brasil
A diferença de preços entre uma chamada telefônica internacional feita via VoIP e outra realizada pelas linhas telefônicas convencionais é gritante. Dependendo do caso, a economia pode ser de mais de 90%, dependendo do sistema usado para fazer as ligações.
O mais barato, até o momento, é o
serviço SkypeOut, que permite que um
usuário do Skype ligue de seu PC para um
telefone comum ou celular. Para usá-lo,
é preciso comprar créditos no site
www.skype.com. As ligações mais
baratas custam apenas 0,02 (pouco mais
de 6 centavos, na moeda brasileira).
Uma conversa entre São Paulo e Nova
York, com duração de cinco minutos,
realizada no horário comercial, custa
apenas 0,10, ou R$ 0,33, já com impostos
incluídos. Se a mesma ligação fosse
realizada através do Super 15, da
Telefônica, sairia por R$ 5,30.
Além dos EUA, o Skype oferece ligações
com tarifas reduzidas para mais de 20
países, entre eles Argentina, Portugal,
Reino Unido e Austrália. Os preços das
chamadas para outras localidades variam.
Ainda assim, são mais em conta do que as
tarifas das operadoras convencionais.
Um inconveniente do Skype, porém, é que
você precisa ter um cartão de crédito
internacional para comprar os créditos.
Também é preciso comprar um mínimo de 10
(cerca de R$ 33,00) por operação.
As operadoras brasileiras Global Info e
Intervoz não oferecem ligações tão
baratas para o exterior quanto o
SkypeOut. Em compensação, permitem que
os brasileiros comprem créditos em
reais.
Outra facilidade é o suporte técnico,
que é todo em português. As chamadas
realizadas pela iPFone para os EUA
custam R$ 0,35 o minuto, com impostos,
enquanto o minuto da Telefônica sai por
R$ 1,06.
CONCORRÊNCIA NÃO AMEAÇA
Apesar da diferença de preços, as operadoras brasileiras ainda não têm motivo para se preocupar com a concorrência da telefonia via VoIP.
Isso porque apenas uma parcela da
população do País têm acesso a conexões
de alta velocidade com a internet.
O cenário deve mudar à medida que mais
pessoas usarem internet de banda larga
em suas casas. Pedro Marques
25/04/2005
VoIP revoluciona telefonia
Apenas três anos após colocar suas
ações na Bolsa, a Vonage é a maior
empresa de VoIP dos EUA, mas
especula-se que será comprada por um
gigante de telefonia ou cabo.
Prevê-se que a telefonia pela
internet conquiste 20 milhões de
usuários no país até 2008.
"Não estamos preocupados com as
empresas de telefonia tradicional.
Elas têm mais a ganhar se se
concentrarem no lucrativo mercado de
serviço telefônico residencial",
desconversa Michael Tribolet,
vice-presidente-executivo da Vonage.
As empresas de telefonia tradicional
ainda não estão investindo
agressivamente em VoIP. Tanto a
Verizon quanto a AT[e]T oferecem
pacotes ainda tímidos. A America
Online anunciou recentemente o AOL
Internet Phone Service, mas restrito
a 40 cidades e a um custo de US$
34,99, US$ 10 mais caro do que a
Vonage.
Quem pode entrar com tudo no novo
mercado são os provedores de banda
larga, já que a tecnologia VoIP, por
enquanto, precisa de banda larga
para funcionar. Já aconteceram as
primeiras escaramuças entre a Vonage
e empresas da área. Recentemente, o
provedor de banda larga Madison
River Communications foi condenado a
pagar multa de US$ 15 mil por
bloquear o uso dos serviços da
Vonage entre seus clientes.
Mas, no futuro próximo, a VoIP
poderá se beneficiar das tecnologias
de acesso sem fio à internet Wi-Fi e
Wi-Max. Esta última, em estágio de
desenvolvimento, permitirá que
usuários se conectem sem fio à web
num raio de 50 km. É um mundo novo
que mudará significativamente a
forma como as pessoas se comunicam
por telefone. C.V.L.
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