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      INTRODUÇÃO 
	
 
	Painéis: 
	Convergência (Daniel Donato) 
  
 
	Ainda como "Introdução" provisória estamos sugerindo 
	a leitura deste interessante artigo: 
  
	
		  
	
	Quatro anos atrás, uma empresa que 
	investisse em tecnologia de voz sobre IP (VoIP) correria riscos tremendos. 
	Má qualidade de voz e falta de confiabilidade eram queixas freqüentes. Hoje, 
	porém, muitos desses problemas técnicos estão resolvidos e, de tendência 
	predominante, ela já começa a ganhar forma no mundo corporativo.  
	 
	As empresas estão usando a tecnologia para integrar redes de voz e dados e 
	tornar disponíveis aplicações poderosas aos usuários, como a capacidade de 
	fazer uma chamada de voz clicando no nome de um funcionário em um catálogo 
	da empresa em vez de procurar o número e discá-lo. Na verdade, VoIP atingiu 
	um ponto de amadurecimento em que as empresas devem estar preparadas para 
	testar a tecnologia como substituta dos tradicionais sistemas de comutação 
	por circuito, que, cedo ou tarde, vão acabar sendo descontinuados.  
	 
	Dos novos sistemas de telefone instalados na América do Norte em 2007, 97% 
	utilizarão a tecnologia ou híbridos de voz sobre IP e sistemas de comutação 
	por circuito, prevê Jeff Snyder, analista do Gartner. A análise tem como 
	base projeção na qual o mercado mostra um declínio evidente no número de 
	sistemas tradicionais de comutação por circuito vendidos na América do Norte 
	e um aumento dos sistemas puramente IP ou capacitados para IP.  
	 
	A receita de sistemas puramente IP na América do Norte em 2005, segundo o 
	Gartner, deverá alcançar US$ 903 milhões, 32% acima dos US$ 686 milhões 
	movimentados em no ano passado.  
	Enquanto isso, as vendas de sistemas tradicionais de comutação por circuito 
	deverão cair 32%, de US$ 1,4 bilhão em 2004 para US$ 999 milhões neste ano.
	 
	E os sistemas híbridos deverão crescer 30%, alcançando US$ 2 bilhões em 
	2005, contra US$ 1,5 bilhão em 2004.  
	 
	Para muitas empresas, porém, o retorno sobre o investimento na tecnologia 
	ainda é incerto.  
	O conselho dos analistas é que, se quiserem obter retorno de VoIP, os 
	gerentes de TI terão de encontrar as aplicações que serão críticas, ou mesmo 
	as chamadas "killer applications", para suas organizações, e estar 
	preparados para procurar com afinco por integradores de sistemas confiáveis. 
	 
	A principal razão para considerar o emprego da tecnologia não é a economia 
	de custo, como muitos fornecedores alardeiam, mas a proteção do sistema no 
	longo prazo, simplesmente porque os sistemas tradicionais não vão estar 
	disponíveis nos próximos anos, observa o analista do Gartner.  
	As empresas podem economizar dinheiro convergindo redes separadas de voz e 
	dados para uma única rede IP.  
	 
	Além disso, as chamadas feitas entre locais remotos são gratuitas e deslocar 
	ou acrescentar funcionários é menos oneroso. "Para a maioria das 
	organizações, porém, a economia não é atrativa o bastante para migrar de um 
	sistema mais antigo", alerta Snyder. 
	 
	A avaliação de outro analista, Brian Riggs, da Current Analysis, é que os 
	compradores corporativos estão definitivamente mais à vontade com a 
	tecnologia do que há um ano, e com boa razão. "A tecnologia amadureceu 
	bastante e as ofertas de produto estão estabilizadas.  
	Mas, embora muitas empresas reconheçam que IP é o caminho que elas vão 
	acabar tomando, a maioria talvez não sinta a pressão para mudar agora porque 
	seus sistemas estão funcionando e as aplicações são suficientemente boas."
	 
	 
	O fato determinante para essa análise é que atualmente não existe uma "killer 
	application" que fomente a adoção voz sobre IP nas empresas. 
	"Acrescentar aplicações como softphones ou eliminar a necessidade de 
	usar um handset separado não vai transformar radicalmente o mundo 
	corporativo", diz Snyder, do Gartner. "Ainda estamos à espera de um número 
	suficiente de aplicações que, juntas, proporcionem ótima eficiência.  
	Hoje, ainda é difícil encontrar diferenciais mensuráveis que justifiquem os 
	gastos com telefonia IP."  
	 
	Problemas de integração  
	 
	É inquestionável que os obstáculos dos primórdios da tecnologia foram 
	largamente superados.  
	Diversos fornecedores de VoIP agora vendem software que garante a qualidade 
	de serviço (QoS) para que as redes possam dar preferência a chamadas de voz 
	em vez de chamadas de dados. Mas esse processo pode ser complicado.  
	O valor da tecnologia está em combinar dados e voz para que um catálogo de 
	telefone corporativo seja facilmente localizado, por exemplo.  
	Se a rede de dados for secundária à de voz, talvez se torne difícil 
	encontrar os dados necessários em uma chamada de voz ou vídeo, explica 
	Snyder.  
	A qualidade da voz também pode ser aprimorada para se tornar quase idêntica 
	à qualidade de uma chamada de rede de comutação por circuito, mas isso 
	demanda uma rede IP robusta, o que aumenta os custos.  
	 
	Um dos maiores desafios para empresas que cogitam adotar VoIP hoje não é a 
	tecnologia em si ou encontrar fornecedores que ofereçam o hardware e o 
	software necessários.  
	É descobrir um integrador de confiança. "São os integradores que implementam 
	segurança de VoIP, confiabilidade de projeto e redundância e estabelecem a 
	gestão para QoS.  
	Estes são os pontos principais e é possível abordá-los", explica o analista 
	do Gartner.  
	 
	No passado, algumas falhas de VoIP se deveram a integradores e profissionais 
	de TI que tinham conhecimento de redes de dados, mas não eram familiarizados 
	com redes de voz. Foi esse o motivo que levou a Cisco, fornecedora de 
	sistemas VoIP, tornar-se mais rigorosa ao escolher seus integradores para 
	fornecer mão-de-obra mais qualificada. Ainda assim, acrescenta Snyder, VoIP 
	é um "assunto extremamente quente" entre os gerentes de TI, na medida em que 
	vão se convencendo dos benefícios que a tecnologia pode proporcionar. 
	"Quando uma pessoa me pergunta se precisa mudar para VoIP, eu respondo que 
	ela precisa estar bem informada sobre VoIP para poder decidir qual é a hora 
	certa de mudar, mas não deve se sentir obrigado a fazê-lo."  
	(COMPUTERWORLD, EUA) 
	 
	Custos e economias ocultos de VoIP 
	 
	As empresas têm hoje um número crescente de opções de tecnologia e 
	provedores de serviços que precisam ser avaliadas sob todos os ângulos, 
	incluindo estratégico, operacional e custo total de propriedade  
	 
	Muitos ainda consideram a tecnologia de voz sobre IP uma novidade.  
	Outros acreditam que VoIP só pode ser implementada de forma econômica em uma 
	infra-estrutura nova ou reformada, substituindo esquemas de fiação 
	convencionais.  
	À medida que continuar evoluindo, porém, a tecnologia vai permear o mercado 
	cada vez mais e as implantações vão predominar em edifícios com 
	infra-estruturas estabelecidas. As empresas vão se deparar com um número 
	crescente de opções de tecnologia e provedores de serviços que precisam ser 
	avaliadas sob todos os ângulos, incluindo estratégico, operacional e custo 
	total de propriedade (TCO).  
	 
	A seguir, apresentamos uma estrutura básica para empresas que estão tentando 
	estimar o valor de implementar VoIP em suas organizações, junto com os 
	custos e economias ocultos que podem afetar o TCO. 
	 
	1. Largura de banda 
	Ao contrário dos sistemas telefônicos tradicionais que operam dentro de 
	suas próprias redes, VoIP se apóia na infra-estrutura de rede local (LAN) e 
	rede de longa distância (WAN).  
	Assim, um sistema compartilha largura de banda com ativos de comunicação 
	corporativos existentes.  
	Enquanto a largura de banda normalmente é abundante na LAN para fins 
	internos, a WAN, com freqüência, é o ponto mais restrito de qualquer rede, 
	com um potencial maior de congestionamento e retardos (delays) da 
	informação.  
	 
	Para realizar uma conversão total para VoIP, as empresa têm de pensar em 
	aumentar a largura de banda da rede.  
	O volume de banda necessário varia de acordo com o número projetado de 
	usuários, os modelos de crescimento do negócio e outras atividades 
	relacionadas a tráfego na WAN. Despesas gerais e com comunicação entre 
	máquinas também devem constar do orçamento para que seja possível 
	contabilizar os custos totais de manter os benefícios da largura de banda.
	 
	 
	2. Rede 
	Tradicionalmente, o tráfego de LAN consiste de pacotes de dados 
	tolerantes a retardo que pouco são afetados por congestionamento de rede, 
	perda ou retransmissão. Pacotes de dados VoIP, porém, são extremamente 
	sensíveis a retardo quando comparados a outras aplicações.  
	Portanto, o acréscimo de um sistema VoIP exige uma avaliação cuidadosa e 
	objetiva da infra-estrutura de rede existente para verificar se ela é capaz 
	de suportar os novos pacotes de dados ao mesmo tempo em que mantém os níveis 
	de qualidade de serviço (QoS).  
	 
	Capacidade do sistema operacional, interoperabilidade e hardware constituem 
	componentes vitais a serem incluídos na análise da rede para que se obtenha 
	uma estimativa realista para a implementação. O custo desta avaliação e as 
	modificações na rede associadas variam conforme o tamanho da corporação.  
	 
	3. Segurança 
	Não é segredo que tudo que existe na Internet está sujeito a violações, 
	ataques denial-of-service e espionagem, e VoIP não é exceção.  
	Portanto, os sistemas têm de ser monitorados e protegidos tanto quanto um 
	sistema ou uma rede corporativa tradicional.  
	Com freqüência, os administradores prescrevem uma LAN separada para VoIP, 
	conhecida como virtual LAN, o que segmenta o acesso do usuário a 
	partir da rede principal e aprimora sua capacidade de ficar atento a 
	usuários não autorizados ou problemas de nível de serviço.  
	 
	Essa solução de segurança, apesar de ser eficaz, aumenta os custos. Assim 
	como a avaliação da rede, a avaliação da segurança, que proporciona uma 
	medida básica da postura de segurança do sistema VoIP, varia de acordo com o 
	tamanho do sistema e, embora seja necessária, acrescenta outros custos 
	ocultos.  
	 
	4. Hardware 
	Uma vantagem fundamental de VoIP é a substituição do telefone 
	tradicional por uma aplicação de computador conhecida como softphone.
	 
	Embora os softphones ainda requeiram dispositivos de comunicação para 
	conversação (fones de ouvido), eles podem ser atualizados ou expandidos 
	através de um simples download de software.  
	Esse processo simplificado reduz significativamente os custos associados a 
	atualizar o serviço em um sistema telefônico tradicional e permite que as 
	empresas se beneficiem rapidamente de recursos inovadores.  
	 
	Dependendo dos resultados de uma avaliação profunda da rede, um sistema VoIP 
	pode demandar capacidade de servidor adicional, o que aumenta 
	substancialmente custos de hardware e gerais.  
	 
	5. Treinamento e produtividade 
	Como acontece com qualquer novo sistema ou política, para implementar VoIP é 
	preciso treinar o usuário.  
	Isso é particularmente importante porque a mudança pode trazer algumas 
	preocupações para o usuário no começo.  
	Os usuários podem lidar com correio de voz, texto, e-mails, teleconferência 
	e pop-ups de chamadas simultaneamente em uma única máquina.  
	 
	O treinamento é essencial para ajudá-los a se "aclimatar" ao novo sistema, 
	facilitando a transição geral e demonstrando o valor tanto corporativo 
	quanto individual da mudança.  
	 
	6. Mobilidade 
	Com o recurso de softphone, funcionários que viajam com freqüência 
	podem levar o telefone do escritório com eles, isto é, dar e receber 
	telefonemas em qualquer lugar via internet.  
	Esta capacidade reduz efetivamente os custos de administração ao diminuir as 
	linhas telefônicas separadas necessárias em escritórios satélites.  
	Além disso, os profissionais móveis ficam mais acessíveis, quer estejam no 
	exterior ou a alguns quarteirões de distância. 
	 
	As maiores do mercado 
	 
	Nos seis primeiros meses de 2004, os maiores fornecedores de todos os tipos 
	de sistema de voz - incluindo IP híbrido e puro - na América do Norte foram 
	Nortel Networks, Avaya, NEC e Cisco Systems. De acordo com pesquisa do 
	Gartner, a Cisco lidera em vendas de sistemas só IP. Em novembro, empresa 
	divulgou que forneceu 4 milhões de telefones IP mundialmente.  
	[Computerworld EUA]  
	-------------------------------------------------------------------------------------------------- 
	 
	Transcrito 
	de : 
	ComputerWorld - 
	
	Voz sobre IP: é hora de mudar? 
	15 fevereiro de 2005 
	
	 
	  
	
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