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PLANEJAMENTO DE COBERTURA DE SISTEMAS GSM COM USO DE REPETIDORES  (9)

Autor: Bruno Maia Antonio Luiz

Esta página contém 1 figura grande - e fórmulas. Aguarde a carga se a conexão estiver lenta.

(Continuação do Capítulo 4)

4.2.3.1. Interferência de Downlink:

Apenas as BTS co-canais terão seus sinais amplificados, estando então as outras BTS vizinhas "isoladas" da influência do repetidor. A figura ilustra a nova situação com repetidor de canal seletivo

Figura 4.2.3.1-1 - Interferência Canal Direto Repetidores Seletivos em Canal

 

A BTS 1 possui um repetidor, o usuário da BTS 1 recebe interferência co-canal proveniente de duas fontes:

· Interferência direta proveniente da BTS co-canal;

· Sinal da BTS co-canal que passa pelo repetidor, é amplificado e novamente irradiado causando uma segunda fonte de interferência.

Os novos níveis de interferência no downlink também serão são dados pela soma da interferência das BTS co-canais (IBTS) com os sinais interferentes gerados pelo repetidor (IRepetidor). A interferência das BTS é dada por:

        eq. 4.2.3.1-1 

 

O cálculo do nível de interferência proveniente da k-ésima BTS co-canal é realizado segundo a equação abaixo:

      eq. 4.2.3.1-2

 

onde:

IK --> Interferência da k-ésima BTS co-canal

PTBTSk --> Potência de transmissão da k-ésima BTS co-canal

GTxK --> Ganho da k-ésima BTS co-canal na direção do ponto onde está sendo calculada a interferência.

LcaboK --> Perda no cabo da k-ésima BTS co-canal

LadicionalK --> Perdas adicionais da k-ésima BTS co-canal (splitters, acopladores, etc...)

LpropagaçãoKJ --> Perda de propagação do sinal da k-ésima BTS co-canal até o ponto em questão.

Para o cálculo de IRep deve-se calcular a potência com que cada BTS co-canal chega ao repetidor, a partir desse valor determina-se à potência de saída do sinal interferente do repetidor e o valor de interferência no ponto em questão.
O nível de sinal interferente que chega ao repetidor é calculado segundo a equação abaixo:

 

       eq. 4.2.3.1-3

Onde:

RSSLK --> nível de sinal da k-ésima BTS co-canal na entrada da antena coletora do repetidor

PTBTSk --> Potência de transmissão da k-ésima BTS co-canal

GTxK --> Ganho da k-ésima BTS co-canal na direção da antena coletora do repetidor

Lkcabos --> Perda nos cabos da k-ésima BTS co-canal

Lkadicional --> Perdas adicionais da k-ésima BTS co-canal (splitters,acopladores, etc...)

Lkpropagação --> Perda de propagação do sinal da k-ésima BTS co-canal o repetidor

A eq. abaixo calcula para cada BTS co-canal o nível de saída do seu respectivo sinal do repetidor:

 

       eq. 4.2.3.1-4      

onde:

PTk --> potência de transmissão da k-ésima BTS co-canal na saída do repetidor

RSSLK --> nível de sinal da k-ésima BTS co-canal na entrada da antena coletora do repetidor

Gcoletora -->  Ganho da antena coletora na direção da k-ésima BTS co-canal

Grep --> Ganho do repetidor

Lcabos --> Perda nos cabos do repetidor

Ladicional --> Perdas adicionais no repetidor (splitters, acopladores, etc...)

O nível de Irep é calculado então segundo as equações abaixo:

 

      eq. 4.2.3.1-5

 

         eq. 4.2.3.1-6

onde:

IRepk --> valor de interferência calculada para cada BTS co-canal que tem seu sinal amplificado pelo repetidor.

PTk --> potência de transmissão da k-ésima BTS co-canal na saída do repetidor

GTxservidora -->  ganho da antena servidora do repetidor na direção do ponto onde está sendo calculada a interferência.

Lpropagação --> perda de propagação do repetidor até o ponto de cálculo de interferência.

 

4.2.3.2. Interferência de uplink:

O repetidor seletivo em canal também apresenta melhor desempenho na degradação por interferência de uplink do que os demais repetidores.
Novamente, pelo fato de só haver recepção e amplificação de canais pertencentes a BTS doadora, o número de possíveis BTS vítimas cai significativamente reduzindo-se apenas às BTS co-canais à BTS doadora. A escolha do posicionamento da antena coletora, para ambientes povoados de muitas BTS, é de mais fácil realização.

O algoritmo de cálculo também é ao do repetidor de banda larga.

      eq. 4.2.3.2-1

onde:

RSSLIea --> nível de sinal interferente na entrada da antena BTS co-canal vítima.

PTe --> potência de transmissão do repetidor no enlace reverso (uplink)

GTxE --> ganho de transmissão da antena coletora na direção da BTS co-canal vítima

Lpropagação --> perda de propagação do repetidor até a BTS co-canal vítima.

O cálculo do nível de potência interferente recebida é realizado segundo a equação abaixo:

 

        eq. 4.2.3.2-2

onde:

Ivitima --> nível de sinal interferente na BTS co-canal vítima

RSSLIe --> nível de sinal interferente na entrada da antena BTS co-canal vítima.

GRBTS --> ganho de recepção da BTS co-canal vítima na direção do repetidor.

 

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