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INTRODUÇÃO ÀS COMUNICAÇÕES MÓVEIS (9) |
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Autor: Dayani Adionel Guimarães |
iv.4.
sistemas celulares digitais de segunda geração
Dentre os sistemas de comunicação móvel
celular digitais pode-se destacar os padrões: GSM, DCS-1800, PCS-1900, IS-54
D-AMPS e CDMA IS-95.
O sistema GSM foi desenvolvido com o objetivo de
solucionar o problema da fragmentação existente nos primeiros sistemas
celulares na Europa e de proporcionar uma série de serviços através da
utilização de uma Rede Digital de Serviços Integrados (RDSI). Sua introdução
na Europa foi em 1991 e desde então vários países da América do Sul, Ásia e
Austrália têm adotado o GSM e sistemas equivalentes, tal como o DCS-1800.
Dentre os principais serviços suportados pelo
padrão GSM pode-se destacar:
-
Serviços de telefonia, incluindo fax, videotexto e telex.
-
Serviços de dados com possibilidade de comunicação de dados por
pacotes a taxas de até 9600bps.
-
Serviços de RDSI suplementares tais como desvio de chamada, identificação
de assinante chamador e serviço de mensagem. Esse último, chamado SMS (Short Message Service) permite a recepção de mensagens alfanuméricas
mesmo durante uma conversação e ainda permite transmitir repetitivamente
mensagens ASCII para todos os assinantes, serviço esse muitas vezes utilizado
para fins de segurança e de aviso.
Module)
que contém a identificação completa do usuário, chaves de código de
privacidade e outras informações específicas sobre o usuário. O SIM pode
apresenta-se sob a forma de um cartão de crédito ou de um plug-in
que é conectado ao terminal GSM. Sem o SIM o terminal fica inoperante.
A privacidade é outra característica marcante
no padrão GSM. Isto é possível através da criptografia (embaralhamento) da
seqüência de bits do usuário através de uma “chave” (regra de
embaralhamento) que se altera freqüentemente.
Sumário das principais características técnicas
do sistema GSM:
-
Acesso FDMA/TDMA com canais de 200KHz e 8 slots
temporais por canal (8 usuários por canal).
-
Codificação de voz LPC-RPE (13Kbps).
-
Equalização adaptativa de canal.
-
Taxa de transmissão no canal: 270Kbps.
-
Taxa de transmissão por usuário (incluindo bits de codificação de
canal): 22.8Kbps.
-
Modulação GMSK com BT = 0.3.
-
Máximo tamanho das células (limitado pelo tempo de guarda): 30Km.
-
Potência de transmissão: equipamento de mão – máx. 2W; equipamento
portátil – máx. 8W.
-
Sinalização fora da faixa útil.
Os padrões DCS-1800 e PCS-1900 são baseados na
arquitetura de rede do sistema GSM, sendo que o PCS-1900 é o equivalente nos
Estados Unidos do padrão GSM.
O padrão IS-54, conhecido como D-AMPS (Digital
AMPS) é o equivalente digital do sistema analógico AMPS. No sistema D-AMPS
cada canal de 30KHz é compartilhado por três usuários em slots de tempo
distintos. A capacidade é triplicada em relação ao AMPS. A principal motivação
para o desenvolvimento desse sistema foi a possibilidade de transição suave da
tecnologia analógica para a digital, ocupando a mesma faixa de freqüências.
Uma recente variação do padrão IS-54, o IS-136 (anteriormente IS-54 Rev.C),
tem as mesmas características do IS-54, diferenciando no tipo de modulação
utilizada nos canais de controle (p/4 DQPSK) de forma a elevar a taxa de
transmissão nesses canais e prover serviços adicionais tais como paging
e envio de mensagens curtas entre usuários em grupos privados.
Uma outra evolução do padrão D-AMPS e que se
encontra em fase de normalização é o E-AMPS (Extended
AMPS). Nesse padrão é utilizada alocação dinâmica de canais baseada na
atividade da voz, utilizando a técnica DSI (Digital
Speech Interpolation). Essa técnica pode elevar a capacidade em 15 vezes em
relação ao sistema analógico AMPS (ver Acesso Múltiplo PRMA, item III.8.).
Sumário das principais características técnicas
do padrão IS-54 (D-AMPS):
-
Método de acesso FDMA/TDMA, com canais de 30KHz e 3 slots
de tempo por canal (3 usuários por canal).
-
Taxa de transmissão no canal: 48.6Kbps.
-
Codificação de voz VSELP (13Kbps).
-
Triplica a capacidade do sistema analógico AMPS.
-
Modulação p/4 DQPSK.
-
Eficiência de largura de faixa: 1.62bps/Hz.
-
Complexo processo de gerenciamento temporal.
O padrão IS-95, baseado em tecnologia com
espalhamento espectral (acesso múltiplo CDMA), foi desenvolvido também com o
objetivo de possibilitar a transição suave da tecnologia analógica para a
digital. No padrão IS-95 todos usuários utilizam a mesma faixa de freqüências,
mesmo aqueles usuários em células adjacentes, sendo que cada canal IS-95 ocupa
1.25MHz (cerca de 10% da banda disponível para o padrão AMPS). Na prática as
portadoras do sistema AMPS devem prover uma faixa de guarda de 270KHz (9 canais)
em cada lado da faixa dedicada ao IS-95.
Os primeiros terminais dual-mode
(IS-95/AMPS) foram disponibilizados pela Qualcomm em 1994.
No padrão IS-95 a taxa de transmissão no canal
é variável em função dos requerimentos do terminal e do ciclo de atividade
da voz. São possíveis 4 taxas de transmissão: 9600bps, 4800bps, 2400bps e
1200bps, sendo que a transmissão acontece sempre em rajadas de 9600bps em cada
quadro (frame). A cada vez que a taxa
é reduzida em função da atividade da voz são gerados intervalos durante os
quais a potência de transmissão do terminal móvel é reduzida de no mínimo
20dB em relação ao período prévio de atividade. Esse procedimento reduz
significativamente a quantidade de interferência no sistema, proporcionando um
correspondente aumento da capacidade em termos do número médio de usuários
ativos.
Sumário das principais características técnicas
do padrão IS-95 (CDMA):
-
Taxa de chip de 1.2288Mchips/s
= 128 vezes 9600bps.
-
No link direto (base para
terminal móvel): Utilização de 64 códigos Walsh-Hadamard combinados – para
ortogonalidade entre os usuários; utilização de uma seqüência PN do tipo m [12] – para um espalhamento efetivo e robustez contra os efeitos
dos multipercursos.
-
No link reverso (terminal móvel
para base): Utilização de seqüências PN tipo m
– melhores propriedades para sincronismo.
-
Largura de faixa de transmissão: 1.25MHz.
-
Codificação de canal convolucional com taxa 1/2 no link
direto e taxa 1/3 no link reverso.
-
Uso de portadora piloto para sincronismo e detecção coerente nos
terminais móveis.
-
Soft hadoff (mesma portadora
para todo o sistema).
-
Degradação suave na qualidade do link
reverso quando há sobrecarga de usuários no sistema (soft capacity).
-
Controle de potência do terminal móvel atualizado a cada 1ms (ou
conforme variação do desvanecimento) –imperfeito devido a desvanecimentos
muito profundos e /ou muito rápidos.
-
Utilização do receptor RAKE
[13], [14], [17] ao invés de equalizador de canal.
iv.5.
sistemas cordless digitais de segunda geração
Os sistemas de telefonia sem fio digitais tem
como principais padrões: CT2, CT2+, DECT, PHS e PACS. Essas padronizações
surgiram como resposta ao mercado não padronizado e ilegal que começou a tomar
força em todo o mundo. A primeira normalização nesse sentido teve o nome de
CT1. Nela cada assinante de uma rede de telefonia fixa convencional poderia
comprar sua própria “estação rádio base” e um terminal portátil. A
cobertura do sistema CT1 abrange somente as imediações da base.
Os sistemas CT2 têm as principais características:
-
Utiliza método de acesso FDMA.
-
A separação entre as freqüências das portadoras é de 100KHz.
-
Utiliza duplexação TDD com uma duração de quadro de 2ms.
-
A taxa de transmissão por canal é de 72Kbps.
-
Utiliza modulação FSK binária.
-
Utiliza codificador de voz do tipo ADPCM (Adaptive
Differential Pulse Code Modulation) a 32Kbps [6].
-
Apresenta eficiência espectral de 0.72bps/Hz.
-
Possibilita acesso à rede de telefonia pública fixa.
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Não pode receber chamadas, mas pode prover serviços de paging.
-
Pode prover serviços de fax.
-
Pode ser utilizado como modem de dados – oficialmente anunciado para
trabalhar a 2400bps, mas pode apresentar taxas superiores.
-
Com antenas para interiores o sistema CT2 tem um alcance aproximado de
100m. Com antenas exteriores esse alcance pode subir para cerca de 500m.
Outro importante padrão para sistemas cordless,
talvez um dos mais importantes, é o padrão DECT (Digital Enhanced Cordless Telephone). Inicialmente este padrão foi
desenvolvido para atender somente ao sistema europeu também sob o nome DECT - Digital
European Cordless Telephone. Posteriormente ele foi otimizado para uso
profissional, mas recentemente equipamentos com padrão DECT tem sido
encontrados comercialmente para uso doméstico. Suas características o tornam
viável também para comunicação de dados. Uma versão para esse fim está
sendo desenvolvida nos Estados Unidos com um nome de PWT (dados de 1997 [10]).
São características básicas do padrão DECT:
-
Utiliza acesso TDMA em um sistema com 10 portadoras, cada uma
transportando 12 canais de voz.
-
Utiliza duplexação TDD e alocação dinâmica de canais.
-
Suporta serviços de transmissão de dados com taxas de até 1Mbps por
usuário.
-
A taxa de transmissão no canal é de 1.152Mbps.
-
De forma a manter o consumo de potência do terminal portátil o menor
possível, o padrão DECT não utiliza equalização, operando com espalhamentos
por multipercurso rms de até 90ns, ou seja, apresenta melhor funcionamento em
ambientes internos (micro-celulares).
-
Ainda objetivando baixo consumo de potência e alta qualidade de voz, o
padrão DECT não prevê o uso de sofisticados codificadores de voz, mas um
simples ADPCM de 32Kbps.
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A modulação utilizada é a GMSK.