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Transmissão de dados via rede elétrica (24) |
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Autor: Gabriel Alan Gehm Marques |
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Capítulo 6: Aplicação do sistema e resultados obtidos
O sistema TaT, desenvolvido no decorrer deste trabalho tem como objetivo
servir de base para aplicações da área de automação residencial, funcionando
como um meio de integração entre sensores e atuadores diferentes.
Estes últimos são também objeto de estudo da equipe de desenvolvimento, e
estão sendo desenvolvidos e adaptados ao sistema TaT em esforço simultâneo ao
deste trabalho. Entre estes dispositivos estão os interruptores controláveis,
reguladores de potência (dimmers) e sensores de presença e luminosidade.
Para servir de base para estes dispositivos, apenas uma última prova de
funcionalidade e robustez se faz necessária. A implementação de uma aplicação
simples, mas que utilize todos os recursos do sistema TaT, ou seja, suas
interfaces física e lógica (API). A classe de aplicação escolhida não se
destina à automação residencial diretamente, mas como auxílio à implantação
desta nas residências.
Desta forma optou-se por criar uma ferramenta para o instalador e
desenvolvedor de soluções que utilizam o sistema TaT, um testador de condições
da rede. Esta aplicação, sob a forma de um aparelho de medição portátil, como
um multímetro, possibilitará ao instalador avaliar as condições da rede entre
dois pontos,
gerando estatísticas sobre o número de pacotes de dados perdidos em uma
transmissão bidirecional entre estes.
O instalador (técnico) também poderá utilizar o aparelho para verificar a
integridade de um dos dispositivos instalados na residência, e detectar fontes
de ruído testando pontos estratégicos e verificando os dados obtidos. O
testador de rede atende também às necessidades do desenvolvimento, uma vez que
é construído sobre um módulo TaT padrão, utilizando-o como qualquer aplicação
genérica.
6.1.1: Contagem de falhas
Como já mencionado, os módulos TaT implementam um algoritmo de verificação dos
frames recebidos, informando à aplicação quando este aponta uma falha na
recepção. A aplicação então toma as medidas cabíveis.
Como era de se esperar, esse recurso é utilizado também para verificar as
condições de uma certa transmissão. Assim que o algoritmo foi terminado,
quando a comunicação ainda era unidirecional, vários testes foram realizados
para avaliar de forma mais profunda a capacidade de comunicação dos módulos
TaT.
Duas aplicações simples foram criadas, um emissor que injetava na rede certos
frames conhecidos a um intervalo regular, e um contador, que armazenava o
número de ocorrências de transmissões bem sucedidas e falhas. As falhas são de
dois tipos: falhas de amostragem, que ocorrem quando o sinal é demasiadamente
atenuado ou interrompido, e falhas de validação, quando a informação é
corrompida no decorrer do processo.
O contador exibia os resultados da ocorrência de cada evento em um display de
texto, alguns deles encontram se na tabela abaixo:
Figura 24: Tabela de ocorrência de falhas de transmissão
As falhas de amostragem informam a ocorrência de defeito físico, mais grave,
as falhas de validação podem ocorrer esporadicamente. Os resultados desta
tabela foram obtidos sobre um par de tomadas unidas por 20m de fiação, em um
apartamento com vários aparelhos ligados.
6.1.2: O testador de rede
As funcionalidades (de software) que cada módulo TaT possui dependem da
aplicação a que este se destina, no entanto algumas funções são primordiais, e
assim são obrigatoriamente implementadas por qualquer nova aplicação.
Uma destas funções é a função “eco”, a central ou um testador pode requisitar
a qualquer tipo de dispositivo implementado que este retorne um indicativo de
que recebeu e entendeu a requisição, um simples eco que possibilita dizer se
um dispositivo está operando. É neste eco que o testador de redes irá basear
seu funcionamento. Se por alguma razão a requisição feita pelo testador não
chegar ou for corrompida, não haverá resposta a esta. Isto pode ocorrer devido
a ruídos, atenuação ou mal-funcionamento de um dispositivo,
Pode ocorrer também a perda da informação de resposta, ou seja, a requisição
chegou bem ao destino e passou pelo teste de validação, mas não foi respondida
ou foi corrompida no caminho.
Infelizmente, informações mais concretas, como nível de ruído, quantidade de
cargas capacitivas, nível de atenuação e indutância da rede ainda precisam ser
testadas com osciloscópio e gerador de funções, ou apenas estimadas, o que não
é nada prático. Espera-se conseguir uma solução futura para pelo menos parte
deste
problema.
A idéia por trás do testador é que este seja um aparelho portátil, com uma
interface simples e clara com que o técnico possa interagir, definindo a
identificação do dispositivo a ser testado e quantidade de ecos a serem
contabilizados, assim como visualizar os resultados.
Um protótipo foi construído, porém não de forma completa, usando um dos
módulos TaT confeccionados, e está sendo utilizado para testar interruptores
controlados. Estes são foco de outro projeto de fim de curso, que está sendo
desenvolvido por um membro da equipe. Eles foram feitos para aplicar o sistema
TaT em um controle de iluminação