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EDGE, uma realidade que você precisa conhecer (11) |
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Autores: Adriano Rodrigues Santos Oliveira, Eduardo Nascimento Lima e Marilson Duarte Soares |
Esta página contém 4 figuras grandes. Aguarde a carga se a conexão estiver lenta.
A figura 26 apresenta a
eficiência espectral alcançada para a mesma carga (média de usuários por
setor) da figura anterior quando plotada
com 90% de C.D.F.. Pode-se observar que o EGPRS possui mais que o dobro da
eficiência espectral do GPRS ( quando o máximo delay é 0,15 s/Kbit em 90%, o
EGPRS oferece uma eficiência espectral de
0,33 bps/Hz/site e o GPRS oferece 0,15 bps/Hz/site). Para valores menores de
delay podemos verificar que a eficiência
do EDGE vai ficando ainda maior se comparada com o GPRS
Figura 26 =
Eficiência espectral versus delay normalizado
Verificar somente eficiência
espectral não é o suficiente, pois esse valor não informa como os usuários
estão utilizando essa taxa de transmissão, ou seja, precisamos ter uma idéia
da taxa de bit por pacote por usuário.
Na figura 27 pode-se analisar essa distribuição considerando 60 usuários/
setor (0,28 bits/Hz/site) no EDGE, comparando com GPRS com 27 usuários/ setor (
0,11bits/Hz/site). O eixo X é a média da taxa de dados em Kbps por timeslot e
o eixo Y é o "Cumulative Density Function", que representa a
porcentagem de usuários com uma segura taxa de dados. 0,15 s/kb delay
normalizado foi assumido para os dois casos.
Figura 27 =
Média de taxa de bit por usuário por timeslot (GSM/EDGE)
Pode-se retirar do gráfico que
50% (1- CDF50%) dos usuários de EDGE possuem uma taxa de 40Kbps por timeslot
( 8x40Kbps = 320 Kbps) e que 20% (1-CDF80%) dos usuários possuem uma taxa de 50
Kbps por timeslot
(8x 50Kbps = 400Kbps).
j) Rádio Network planing
Simulação onde os dados usados
foram:
Cells, Rural, Static MS, Max. Radio Cell
Range ~ 35km < Distance of Main Interferer ~ 40km
Max. Radio Cell Range ~ 35km < Distance of Main Interferer ~ 40km
--> In First Approximation No Co-Channel Interference.
--> Signal Level Determines, where which MCS can be used :
Figura 28 = Resultado para cobertura outdoor com os dados apresentados
É relevante observar que 8PSK (MCS-5 ou maior) pode ser mantido em toda área da célula de 10Km. A maior codificação MCS-9 é disponível em distâncias menores que 5Km da BTS.
Figura 29 = Resultado para
cobertura indoor com os dados apresentados
Perdas indoor fazem a performance do EDGE ficar menor. Entretanto, a codificação 8PSK fica disponível em distâncias menores que 5km da BTS. (ver MCS-5 na figura).
V. Conclusões
O EDGE representa uma fácil
evolução do padrão GSM/GPRS rumo à terceira geração possibilitando à operadora
oferecer maiores taxas de dados, que se aproximam dos limites mínimos de
transmissão dos sistemas de terceira
geração (UMTS), nos mesmos 200KHz de portadora. Dessa forma a operadora pode
atender a demanda por serviços mais
sofisticados, melhorando o ARPU, sem a necessidade de investimentos adicionais
em novas faixas de freqüências.
As alterações na rede são realizadas na interface aérea com alterações nas
características de modulações e na
implementação de novos códigos para codificação e decodificação do sinal,
associadas com adaptações do sinal e
envio de redundância de informação que aumentam a eficiência da utilização
do espectro e possibilitam a utilização
da mesma área de cobertura dos projetos GSM/GPRS.
A entrada do EDGE na rede poderá ser feita de forma gradual e econômica dando
prioridades às áreas com maiores demandas
de serviços. Áreas com menores demandas por serviços podem manter sua
cobertura com sinal GSM/GPRS, pois os
celulares EDGE poderão também usar esse sinal.