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Por quê, como e quando migrar ao GSM (1) |
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Autores: Eduardo Nascimento Lima e Marilson Duarte Soares (*) |
Agradecimentos
Gostaríamos de agradecer ao Sr. Valter
Junior Wolf Aurélio, da área de Marketing and Strategy, da Siemens Brasil,
pela colaboração na obtenção de dados de mercado.
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Introdução
O cenário tecnológico em que
vivemos tem se caracterizado por ciclos de vida dos produtos cada vez mais
curtos.
Isto leva à necessidade de atuação em mercados mais abrangentes, buscando-se
elevados volumes de venda que suportem os custos de desenvolvimento ascendentes.
Este é um dos fatores básicos de sobrevivência na era da globalização,
resultando em um menor número de empresas cada vez maiores e mais poderosas,
fruto de fusões e aquisições. Nesta nova aldeia global não há espaço para
aventuras irresponsáveis, nem tão pouco para soluções isolacionistas.
No turbulento e dinâmico mundo das telecomunicações móveis temos presenciado
permanentes alterações no mercado. A última grande alteração diz respeito
à "morte súbita" do TDMA-IS136. Praticamente restrito às Américas,
e com "market share" de cerca de 10% do total de usuários de padrões
móveis digitais no mundo, o TDMA-IS136 teve sua morte final decretada pelo
abandono dos investimentos em sua evolução rumo à terceira geração das
comunicações móveis.
Diante deste cenário, as operadoras TDMA, órfãs de tecnologia e atordoadas em
meio às dezenas de "papers" pouco esclarecedores que andam circulando
no mercado, perguntam-se o que fazer. Para piorar a situação, as operadoras
móveis brasileiras, estarrecidas diante da iminente ameaça oferecida pela
entrada das novas operadoras do SMP utilizando a tecnologia GSM, debruçam-se em
estudos e cálculos em busca de uma resposta.
Com o intuito de auxiliar as empresas que estão realizando esses estudos,
buscaremos com nosso trabalho compartilhar as razões lógicas e concretas pelas
quais defendemos abertamente a migração ao padrão GSM e sua rota evolutiva
GPRS/EDGE/UMTS, procurando responder POR QUÊ, COMO e QUANDO migrar ao GSM?
A consolidação do mercado é fruto da economia de escala
A melhor forma de se evitar decisões, que comprometam o futuro
de uma empresa é através do estudo do
ambiente em foco, observando-se seu passado, sua evolução até
o presente e buscando indicadores que melhor
identifiquem os rumos futuros.
Figura 1 – Histórico dos padrões móveis
[Continua]
(*) Os
autores:
Eduardo Nascimento Lima Consultor em Tecnologia da área de
Comunicações Móveis da Siemens LTDA, é graduado
em Engenharia Eletrônica pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
em 1989, com mais de 10 anos de
experiência na área de telecomunicações, pós-graduando em Administração
de Empresas na Fundação Getúlio Vargas,
representa a Siemens na Comissão Brasileira de Comunicações 8 da Anatel e na Comissão
Interamericana de Telecomunicações em assuntos referentes a comunicações
móveis terrestres, já tendo trabalhado na
Splice do Brasil e Standard Eletrônica S.A., com experiência em implantação
de projetos Turn Key para a ampliação da
planta telefônica em várias operadoras do Sistema Telebrás, sistemas WLL,
sistemas XDSL e centrais de comutação
pública digitais entre outros.
Marilson Duarte Soares Graduado em Engenharia de Telecomunicações pela Universidade Federal Fluminense (UFF) em 1995, tem pós-graduação em Análise de Sistemas pela PUC/RJ em 1997, pós-graduação em Administração Industrial pela USP em 2000 e MBA em Conhecimento Tecnologia e Inovação na USP em 2002. Na UFF foi monitor das disciplinas de Eletromagnetismo e Eletrônica em 1993-1994 respectivamente, e depois atuou como professor de Eletrônica Digital na Escola de Engenharia UFF em 1996-1997, trabalhou em pesquisa no CBPF (Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas) em 1994 com Ressonância Magnética Nuclear. Estagiou na Petrobrás na área de projetos de radioenlaces para área de abastecimento em 1993-1994, e na INOVAX na área de desenvolvimento de hardware e software para CPA em 1994-1995. Trabalhou na INOVAX Ltda como Engenheiro de Desenvolvimento nos anos de 1995 até 1997, tendo iniciado seus trabalhos na SIEMENS Ltda no final de 1997 na área de Engenharia de Rádio onde passou a ocupar o cargo de Gerente de Engenharia a partir de 2000, atualmente trabalha na SIEMENS Ltda como Consultor de Tecnologias Móveis.