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Wireless
Modules:
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Autores: Eduardo Nascimento Lima, Marilson Duarte Soares e Michelle P. Fernandes (*) |
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Introdução
Alinhando-se às mudanças das
necessidades de consumo de seus clientes, o setor de telecomunicações móveis
estará num futuro próximo, ampliando sua base de serviços prestados.
Entender a dinâmica desta nova realidade é criar condições de
competitividade e de aproveitamento das oportunidades de negócios.
Produtos e serviços que anos atrás pareciam sonhos passaram a se tornar uma
realidade. A utilização da rede móvel para serviços de localização,
telemetria, segurança, entre outros, através de "Wireless Modules"
poderão otimizar o uso de uma infra-estrutura já existente e principalmente
aumentar a receita das operadoras.
Neste Informativo buscaremos responder aos seguintes tópicos:
- Conceito: o que são "Wireless Modules" ? - Aplicações: onde e para que "Wireless Modules" são utilizados? - A cadeia "Wireless Modules": como os principais participantes deste negócio sofrem os impactos?Conceito de "Wireless Modules"
"Wireless Modules" são
módulos de rádio para os padrões GSM/GPRS/EDGE, com a função de transmissão
de voz, dados, SMS, fax, etc. Para tanto, os módulos são acoplados aos
equipamentos móveis (carros, motos, elevadores, etc..) ou fixos (casas,
lojas, etc..), que desejam ter acesso à rede celular. Desta forma, uma "vending
machine", por exemplo, pode ser administrada remotamente, enviando pela
rede celular informações de estoque a uma central de atendimento, sem a
necessidade de um funcionário realizar vistoria periodicamente. "Wireless
Modules" otimizam o uso da infraestrutura, uma vez que com os módulos,
quaisquer equipamentos podem transmitir informações de seu funcionamento na
rede celular, diferente da situação atual, onde somente os aparelhos
celulares são conectados e geram receitas para as operadoras.
Figura 1: Diagrama básico de funcionamento de uma Rede GSM com aparelhos equipados de WM’s.
Aplicações para os "Wireless Modules"
Muitas aplicações podem ser feitas utilizando " Wireless Modules", como por exemplo:
- Sistemas de Segurança; - Sistemas de Gestão de Frota; - Sistemas de Gestão de Máquinas de Venda; - Sistemas de Gestão de Restaurantes; - Sistemas de Navegação; - Telemetria; - Telemática; - Etc.No entanto, destas aplicações,
algumas não são economicamente viáveis ao mercado brasileiro atualmente. Um
exemplo claro disso é a aplicação para restaurantes, onde o pedido do
cliente é repassado à cozinha e ao caixa por meio da rede celular. Fica bem
claro que o custo desta operação inviabiliza sua aplicação.
Entretanto, enxergamos que muitas das aplicações podem ser trazidas ao
Brasil, uma vez que agregam valor para todos os participantes da cadeia.
Dentre eles temos:
Para a segurança patrimonial, a
utilização de "Wireless Modules", agrega mais valor do que a
utilização da rede fixa convencional, por não correr o risco de corte de
cabos que podem trafegar os sinais de segurança, o que geralmente é
realizado pelos assaltantes.
Na segurança móvel tem-se a possibilidade de bloquear o veículo furtado,
localizar o mesmo e até abrir um canal de comunicação na ocasião de um seqüestro.
Isso traz vantagens para os usuários e para as seguradoras, que podem avaliar
a instalação de "Wireless Modules" nos veículos assegurados como
um investimento e não um custo. Casos semelhantes já realizados no exterior
apresentam o preço da apólice reduzido pela metade em relação a um veículo
sem o recurso anti-furto "Wireless Modules".
Alguns dos possíveis mercados
potenciais e viáveis estão nas concessionárias de água, luz e gás, além
das administradoras de máquinas de venda e empresas de manutenção em
elevadores.
Entendemos que muitas outras aplicações podem ser associadas ao uso de
"Wireless Modules" e que serão fortemente alavancadas com o poder
de criatividade e inovação das pessoas. Como o próprio Diretor Geral
de "Wireless Modules" da Siemens, José Costa e Silva
coloca: "We motivate each other to try new innovations"
Nada nos impede de associar sua utilização em um futuro não tão distante a Casas Inteligentes, proporcionando controle remoto de todos os equipamentos domésticos por meio da rede celular; ou a Veículos Inteligentes para serviços multimídia, informações em tempo real, etc.
Figura 2: Veículo equipado com sistema de localização
"This is just the
beginning. The future will show us whatwill be the biggest application areas."
Tom Lille - ICM Network Engineering
A cadeia "Wireless Modules"
Vistas algumas das possíveis aplicações dos "Wireless Modules", abordaremos agora como se estrutura sua cadeia de negócios.
Figura 3: A Cadeia "Wireless Modules"
Iniciaremos a análise da cadeia
acima partindo de um fabricante e fornecedor que vende "Wireless
Modules" para um integrador, ou terceiro. Cabe a este integrador
repassar ao fabricante uma quantia monetária pelos módulos e fornecer um
serviço ao cliente final, como por exemplo, a medição dos registros de
energia elétrica ou água, e, com isso, receber por este serviço um
determinado valor monetário do cliente. Como este integrador utiliza-se da
rede celular GSM/GPRS/EDGE de uma operadora SMP, acabará também pagando uma
quantia monetária pelo uso da rede.
Por ter mais equipamentos, além dos terminais móveis utilizando sua rede, a
operadora móvel tem aumento do tráfego e da demanda por maior cobertura,
estimulando a ampliação da intra-estrutura existente. O efeito cadeia não
para por aí, pois com a maior cobertura existe um estímulo para a venda de
mais terminais móveis GSM/GPRS/EDGE, aumentando o grau de alavancagem do negócio
móvel.
Além do acima exposto, devemos considerar que soluções e serviços móveis
serão fortemente demandados, tanto por operadoras como por clientes finais.
(*) Os
autores:
Eduardo Nascimento Lima
(eduardo@siemens.com.br):
Consultor em Tecnologia da área de Comunicações Móveis da Siemens
LTDA, é graduado em Engenharia Eletrônica pela Universidade do Estado do Rio
de Janeiro (UERJ) em 1989, com mais de 10 anos de experiência na área de
telecomunicações, pós-graduando em Administração de Empresas na Fundação
Getúlio Vargas, representa a Siemens na Comissão Brasileira de Comunicações
8 da Anatel e na Comissão Interamericana de Telecomunicações em assuntos
referentes a comunicações móveis terrestres, já tendo trabalhado na Splice
do Brasil e Standard Eletrônica S.A., com experiência em implantação de
projetos Turn Key para a ampliação da planta telefônica em várias
operadoras do Sistema Telebrás, sistemas WLL, sistemas XDSL e centrais de
comutação pública digitais entre outros.
Marilson Duarte
Soares (marilson.duarte@siemens.com.br):
Graduado em Engenharia de Telecomunicações pela Universidade Federal
Fluminense (UFF) em 1995, tem pós-graduação em Análise de Sistemas pela
PUC/RJ em 1997, pós-graduação em Administração Industrial pela USP em
2000 e MBA em Conhecimento Tecnologia e Inovação na USP em 2002. Na UFF foi
monitor das disciplinas de Eletromagnetismo e Eletrônica em 1993-1994
respectivamente, e depois atuou como professor de Eletrônica Digital na
Escola de Engenharia UFF em 1996-1997, trabalhou em pesquisa no CBPF (Centro
Brasileiro de Pesquisas Físicas) em 1994 com Ressonância Magnética Nuclear.
Estagiou na Petrobrás na área de projetos de radioenlaces para área de
abastecimento em 1993-1994, e na INOVAX na área de desenvolvimento de
hardware e software para CPA em 1994-1995. Trabalhou na INOVAX Ltda como
Engenheiro de Desenvolvimento nos anos de 1995 até 1997, tendo iniciado seus
trabalhos na SIEMENS Ltda no final de 1997 na área de Engenharia de Rádio
onde passou a ocupar o cargo de Gerente de Engenharia a partir de 2000,
atualmente trabalha na SIEMENS Ltda como Consultor de Tecnologias Móveis.
Michelle P Fernandes: (michelle.fernandes@siemens.com.br)
Graduanda do 5.º ano de Administração de Empresas com habilitação em
Empreendedorismo e Negócios pela Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI).
Na Siemens, iniciou suas atividades no setor de Telecmunicações em Janeiro
de 2002, atuando no Planejamento Estratégico e Estudos de Mercado.