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LBS - Location-Based Service |
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Autor: Leonardo Zurstrassen (*) |
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SUMÁRIO
Introdução
Guiados
pelo Mandato FCC E911 fase 2, serviços de localização sem fio vão marcar
um dos maiores avanços da Internet Móvel. Antes de Outubro de 2001, graças
ao mandato, nossos telefones celulares serão "location smarts". A
partir daí, já podemos ver de cara as aplicações de assistente de
motorista, como no site brasiliero www.apontador.com.br
, ou ainda os m-cupons quando você chega a um determinado shopping.
Mas isso é somente a ponta do iceberg de como a localização pode agregar
valor e conveniência.
Imagine por exemplo fazer o "tracking" real-time de cargas valiosíssimas
ou aliar a localização ao perfil do usuário tendo uma ferramenta de venda
poderosíssima.
Este
artigo possui informações sobre as tecnologias emergentes de localização e
suas respectivas descrições técnicas. Ele também retrata a regulamentação
E911, em particular a precisão e tempo de resposta.
Como
o Mandato E911 fase 2 irá guiar a adoção em massa de tecnologias de
localização nos próximos 12 meses, foram avaliadas as diversas tecnologias
baseadas nos aparelhos e nas baseadas em rede. O que se espera é que as
operadoras adotem múltiplas soluções a fim de cumprir os prazos do mandato.
Para facilitar o entendimento das oportunidades de negócio, estaremos
descrevendo algumas empresas existentes no mercado de localização e seus
respectivos produtos e serviços.
O
estágio inicial dos serviços de localização será caracterizado pelos
serviços E911 para PSAPs (Public Safety
Answering Points).
Os Serviços E411 e m-commerce serão as atividades que crescerão a longo
prazo e sucederão os serviços E911.
Nós
analisaremos a cadeia de valores desse segmento e discutiremos questões que
possam elucidar-nos a definir a porcentagem que cada tipo de serviço pode
ocupar e entender a relação entre essas empresas.
Estudos
estimam que o mercado de localização deve atingir $3,5 bilhões até 2007,
com um CAGR de 90%. Esse crescimento fenomenal ilustra as grandes
oportunidades de negócio nesse setor.
Mandato
E911
O que é o Mandato E911
De acordo
com a APCO (Associação Internacional e Oficial de Segurança Pública), 60%
dos usuários de celulares optaram pelo serviço por questões de segurança.
Até 1999, o número de usuários era de 6 milhões. Todo dia são registrados
aproximadamente 46.000 novos usuários.
Essa forte penetração de celulares fez com que o número de ligações
urgentes (911, análogo ao 190 aqui) com origens de celular aumentasse 10
vezes nos últimos 10 anos.
Entretanto, a APCO não conseguia identificar o local onde as pessoas estavam,
a menos que elas dissessem e mesmo soubessem.
Isso se tornou um problema muito sério para a APCO devido à natureza móvel
do celular, e portanto não pode se apoiar no modelo de identificação da
telefonia fixa.
Devido a
essa problema, os PDEs ( Position-Determining Equipment) deverão ser capazes
de localizar o usuário.
Tais informação devem alcançar o call center para que eles consigam tomar
as medidas de socorro ao usuário.
Para assegurar que o despacho de socorro será feito de maneira correta, a FCC
( Federation Communications Comission) desenvolveu alguma regras que devem ser
seguidas pelas operadoras dos EUA.
Essas regras consistem em duas fases que devem ser cumpridas:
Fase 1
A fase 1 consiste em identificar a célula e o número ( ANI -
Automatic Number Information) que transmite a ligação do usuário. Como a célula
pode cobrir uma área bem extensa, a identificação deixa muito a desejar.
Esta fase foi cumprida no dia 1/04/1998.
Fase 2
A Fase 2 consiste em informações bem mais precisas. Ela obriga a
operadora a identificar o número (ANI) e a localização (ALI - Automatic
Location Information) num raio de 125 metros em 67% das ligações.
O prazo para isso é 1/10/2001.
Esta regra indiretamente aponta que a tecnologia de localização seja "handset-based"
ou seja, todos aparelhos devem ter um dispositivo GPS (Global
Positioning System), o que demoraria muito tempo e custaria bastante.
Em
Novembro de 1997, 7% das operadoras estavam com a Fase 1 pronta.
Em Junho de 2000, verificou-se que 30% das operadoras estavam com esse quesito
concluído.
Essa demora foi provocada pelo delay de recebimento de equipamentos e também
por falta de recursos. A principal fonte de renda do serviço 911 é uma taxa
do estado. E para conseguir fundos, o Mandato E911 requer uma nova lei para
obtenção de parte desse capital.
Somente a AT&T conseguiu concluir esse quesito a tempo.
Quem paga a conta?
Nas
contas de telefones aparecerá uma taxa mensal de aproximadamente US$0,70.
O problema é que essa taxa começou a ser cobrada antes mesmo desse serviço
estar vigorando.
Na Fase 2, existem mecanismos de obtenção de capital tanto para as
operadoras quanto para os PSAPs (Public Safety Answering Points).
Como a operadora tem uma base de usuários ela pode cobrar taxas pelo serviço
911, isso sem levar em conta no potencial da tecnologia para outras
finalidades , como o E411 (Páginas Amarelas). Então apesar dessas taxas
terem sido repassadas aos clientes, apenas 3% tinham finalizado a Fase 1 do
Mandato.
Qualquer
tecnologia poderá ser usada
De acordo
com o Mandato, toda operadora deve cumprir suas regras até 1/Out/2001.
Apesar dessas imposições, o FCC se demonstrou neutro em relação à
tecnologia adotada. Portanto, será uma decisão da operadora se ela deverá
adotar uma solução baseada em handset (handset-based) ou rede
(network-based), dependendo da área geográfica ou da base de clientes.
Até o dia 1/Out o FCC espera receber um relatório descrevendo os seguintes tópicos:
- Qual tecnologia foi adotada, se é handset-based ( boa para regiões rurais) , network-based (boa para regiões urbanas) ou uma solução híbrida.
- Se os handsets deverão ter upgrade ou ser recomprados, o que demonstra uma preocupação com o consumidor final.
- Planejar em como deverá fornecer a outros usuários em roaming quando a solução é handset-based ou híbrida.
Tabela
de Requerimentos a serem seguidos
|
Requerimentos de
Timing |
Parâmetros
de Precisão |
||
"Regra
50%" |
"Regra
100%" |
"67%das
Ligações" |
"95%
das Ligações" |
|
Handset-based |
50%
dos handsets tem que ser ALI |
|
Em
até 50 metros |
Em
até 150 metros |
Network-based |
50%
dos usuários com acesso ao E911 dentro de 6 meses |
100%
dos usuários com acesso ao E911 dentro de 18 meses |
Em
até 100 metros |
Em
até 300 metros |
Comparativo
entre as Regulamentações de Soluções baseadas em Handsets e Network
De acordo com a regulamentação,
a operadora deverá cumprir com 50% dos requests até 1o de
Outubro de 2001, a deadline original da fase 2.
Portanto, o real deadline
para o cumprimento da fase 2 é de pelo menos um ano após essa data.
- Um
maior grau de precisão é alcançado com solução baseadas em handsets pois
eles possuem algum dispositivo de posicionamento embutido.
Devido a essa vantagem tecnológica, as restrições impostas pelo mandato são
bem menores.
|
Tempo
|
Precisão |
Handset-Based | Fase de login longa, mas sempre tem que executar recebendo um request de um PSAP ou não. | Alto nível de precisão requerido. |
Network-Based |
Fase de login curta, mas só precisa executar mediante um request do PSAP. | Baixo nível de precisão requerido. |
|
Handset-Based |
Network-Based |
||
Datas |
Sem
PSAP request |
Com
PSAP request |
Sem
PSAP request |
Com
PSAP request |
1/10/2000 |
Dizer
ao FCC qual tecnologia será usada para prover localização |
|||
1/3/2001 |
Começar
a vender ALI handsets |
Nenhuma
ação |
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1/10/2001 |
50%
dos novos handsets devem ser ALI-capable |
100%
dos novos handsets devem ser ALI-capable |
Nenhuma
ação |
Disponibilizar
Fase 2 do Mandato para 50% das ligações cobertas |
1/10/2002 |
95%
dos novos handsets devem ser ALI-capable |
|
Nenhuma
ação |
Disponibilizar
Fase 2 do Mandato para 100% das ligações cobertas |
31/12/2004 |
|
100%
de todas as sub bases devem ser ALI-capable |
|
|
O que realmente importa é se os PSAPs têm treinamento, equipamento e recursos preparados para a Fase 2 do mandato. O resto fica por conta mesmo das operadoras cumprirem cada fase.
Será
que o Mandato vai a algum lugar?
O FCC
(Federal Communications Comission) prorrogou a implementação do Mandato de
uma vez, no intuito de promover mais competição dos inúmeros provedores de
tecnologia.
O NENA( National Emergency Number Association) acredita que as soluções
baseadas em handsets não deverão estar prontas nas deadlines definidas. Isso
pode resultar em duas possíveis conseqüências:
- O FCC deverá adiar as etapas de novo para as tecnologias baseadas em handset quanto em rede. Isso poderá prejudicar bastante o desenvolvimento dos serviços baseados em localização (LBS) dos EUA.
-
Uma ou duas operadoras irão desenvolver uma tecnologia baseadas em
rede e tornar-se-ão "first mover " do mercado de LBS.
Estas operadoras podem ter vantagem de tempo, ganhar novos usuários e
usar os potenciais do mercado que vão muito além dos serviços E911, que vão
desde Páginas Amarelas até aplicações verticais de alto valor agregado.
Isso pode acontecer analogamente no Japão se a NTT DoCoMo for a primeira
empresa a disponibilizar a tecnologia.
Como os usuários não vão querer interromper seus serviços personalizados,
o que aumenta mais ainda a permanência (stickness) do usuário. Logo, podemos
concluir que uma vez começado o serviço, todo mundo vai querer se antecipar
para não perder demais o market share.
Acho que
talvez não seja muito provável que o FCC mude as dealines de novo. Como o
objetivo maior do Mandato é melhorar a segurança publica, o FCC ficará numa
posição difícil já que o Mandato não conseguirá resultados sustentáveis.
Agora isso explica o porque das operadoras estarem fugindo de optar por uma
solução baseada em handsets.
Apesar de
evitarem as soluções baseadas em handsets, elas ainda não confirmaram qual
solução adotarão. Podemos atribuir essa atitude pelas seguintes razões:
- Acredita-se que as operadoras julguem o espaço de tempo restante suficientemente grande para conseguir cumprir os prazos do mandato. Se eles precocemente adotarem uma tecnologia e surgir algo mais moderno, a tecnologia adotada será considerada obsoleta.
- Os analistas de mercado dizem que os potencias clientes da zona rural não estão tão entusiasmados com o serviço.
- Houve um investimento significativo em pesquisas de transmissão de voz. Eles insistem em explorar melhor esse nicho antes de passar a um estágio adiante.
Um ponto
que está muito claro é que as operadoras é que devem dar partida a esse
processo de serviços.
Ninguém irá se mover enquanto não for dada a largada pelas operadoras.
No grupo dos que estão de stand-by estão os fabricantes de aparelhos
capacitados em ter GPS, provedores de aplicações e provedores de equipamento
de posição.
Implicações de Negócio da Fase 2 do Mandato
- Como o escopo de opções de tecnologias é grande, o tempo para os PSAPs identificarem a localização do usuário tende a ser maior. Mas essa diversificação de tecnologias e conseqüentemente de fornecedores desses equipamentos faz com que o preço caminhe para um valor não tão abusivo que numa situação de poucos jogadores.
- A 2a. Fase do Mandato será realmente o catalisador maior da revolução do LBS. Depois de termos uma posição com uma precisão razoável e algum conhecimento dos hábitos do usuário, os serviços de Páginas Amarelas conseguirão promover um boom no mercado, pois os usuários terão serviços de alto valor agregado e os anunciantes terão um canal de comunicação extremamente eficiente com um público selecionadíssimo (pelas aplicações de CRM).
- O mercado de LBS irá gerar receitas para os seguintes nichos:
- Operadoras
- Portais de Internet Móvel
- Fabricantes de Dispositivos Móveis
- Fornecedores de Equipamentos de Localização
- Provedores de aplicações baseadas em localização.
Informações
Técnicas
Tecnologias
disponíveis
As
tecnologias de PDE (Positioning Determining Equipment) são categorizadas em onde
as coordenadas do dispositivos são coletadas e enviadas aos PSAPs.
Se o dispositivo móvel pega o sinal e mede as distância, é uma solução
baseada em handsets, e conseqüentemente ele deve ser munido de um
receptor e transmissor de sinal.
Se um equipamento de localização for colocado nas ERB's e fizer todo o
processamento matemático, a solução é baseda em rede (network-based).
Players
do Mercado de PDE
Tecnologias
Network-based
Time
Difference of Arrival (TDOA) - Diferença de tempo de chegada
-
Cell-Loc Inc.
-
CELLTRAX E911 location system
Angle
of Arrival (AOA) - Ângulo de chegada
KSI ( subsidiária da TruePosition)
Combinação
das duas tecnologias
Grayson
- Allen Telecom
Radix Technologies
SigmaOne
TruePosition
Multipath
Fingerprinting - impressão digital por vários caminhos
U.S
Wireless Corp.
Tecnologias
handset-based
Pure-GPS
Tendler Cellular
Assisted-GPS
(auxiliada por GPS)
CellPoint
Idc
(Integrated Data Communications)
SiRF
Technology
SnapTrack
Soluções
Híbridas
Enhanced-Observed
Time Difference (E-OTD) - Observação Avançada
de Diferença de Tempo
Cambridge
Positioning Systems.