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Teletime
[01/07/08]
Leilão de 3,5 GHz fica para 2009, diz Anatel - por Ana Luiza Mahlmeister
Para decepção dos operadores e dos fornecedores, o edital das novas freqüências
de 3,5 GHz não estará pronto antes de agosto de 2009 e os serviços só estriam
"na rua" em agosto de 2010, segundo a mais nova agenda da Anatel. Esta é a
previsão do superintendente de serviços privados da agência, Jarbas Valente, que
participou nesta terça-feira, em São Paulo, do evento "As licenças de WiMax e
alternativas de modelagem", da Momento Editorial. A agência está estudando
várias modelagens de negócio, reservando faixas para as incumbents, com as
devidas obrigações, faixas para as empresas competitivas e novas entrantes.
Estuda também uma faixa que seria destinada à inclusão social, tanto em
freqüências licenciadas como não licenciadas. "Estamos estudando um modelo de
negócios para essas faixas que não podem ser faixas 'diferentes', pois os
terminais têm que ter escala e ser de baixo custo", explica Valente.
Entre as premissas estudadas pela agência, está a questão de esperar para
licitar a faixa de 10,5 GHz em outra oportunidade, aguardando o que poderá ser
feito com esse espectro, por exemplo. Manter a participação das concessionárias
de STFC em iguais condições com as demais proponentes e com isso não alterar os
arranjos de blocos e obrigações, também é um dos desafios da Anatel.
Também estudam dividir os blocos para viabilizar grande tráfego (para grandes
empresas) e viabilizar blocos para baixo tráfego, para mercados de nicho. "Temos
que conciliar esses mercados e as empresas que estão por trás deles, garantindo
a competição", diz Valente.
Espera pelo SMP e MMDS
Outra dúvida é se a licitação deve adequar-se à recente licitação do SMP e se as
regras vão valer também para as operadoras de TV a cabo e MMDS. Ou seja, o novo
edital não pode prejudicar o equilíbrio econômico das atuais operadoras de SMP.
"Não pensar só nas empresas que vão entrar, mas nas que já estão nesse mercado",
lembra Valente. Também estudam que a atuação das empresas serão nas atuais
regiões do PGO (duas operadoras por área do PGO) ou se isso pode mudar. O que se
acordou é que a faixa será dividida em 5 MHz, mas ainda se estuda o tamanho dos
blocos (10, 15 MHz, etc). Na nova adequação da divisão dos blocos, se pensa na
adaptação da canalização existente no SMP para futura introdução da mobilidade.
Para Roberto Pinto Martins, secretário do Ministério das Comunicações, entre as
prioridades do Minicom, e que estão sendo levadas para a Anatel, está a criação
de um plano de numeração para o SCM; a introdução da mobilidade sem restrição no
WiMax; implantação de pontos de troca de tráfego para garantir a
interoperabilidade; e a regulamentação da neutralidade das redes. Para ele, não
é preciso restringir a mobilidade. "Não podemos restringir o avanço da
tecnologia. O que temos que estudar é um período de tempo de adequação onde esta
restrição cairia", diz.
Maurício Giusti, vice-presidente de estratégia e regulação da Telefônica, disse
que é necessário que o edital adeque players novos e os já existentes, já que
restrições às incumbents, nesse caso, siginificariam menos investimentos e menos
serviços disponíveis para o usuário, segundo suas palavras. "Mundialmente são as
grandes operadoras que investem nesse mercado e permitem escala para baratear os
terminais", diz.
Homologação de terminais
A Anatel foi questionada sobre a demora na homologação de equipamentos de WiMax
para a faixa de 2,5 GHz, ocupada atualmente por operadoras de MMDS. Segundo
Valente, a agência está estudando com cuidado, a partir da experiência da faixa
de 3,5 GHz, cujos equipamentos tiveram que desabilitar o recurso de mobilidade,
para ver se o mesmo se aplicará em 2,5 GHz. Valente destacou que as faixas "não
são exclusivas para tecnologias ou serviços específicos" e que a norma da
agência não será camisa de força para a convergência de serviços.
Leila Loria, presidente da TVA, disse que a demora na homologação dos
equipamentos em 2,5 GHz poderá atrasar o lançamento do serviço em WiMax da
empresa - inicialmente previsto para o segundo semestre no Rio de Janeiro.