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Leia na Fonte: Teletime
[23/06/08]
Para Neotec, País pode perder oportunidade de democratizar última milha -
por Ana Luiza Mahlmeister
A divisão de parte do espectro de 2,5 GHz hoje ocupado por operadoras de MMDS,
para um novo leilão, pode inviabilizar seu uso devido a interferências, além de
encarecer o serviço de banda larga. A opinião é de José Luiz Frauendorf,
presidente da Neotec, entidade que reúne as empresas detentoras dessas faixas
(operadoras de MMDS). Para o executivo, o WiMax é uma grande oportunidade de
disseminar a banda larga em locais hoje não atendidos pelas grandes ou médias
operadoras e que recebem sinal da antena parabólica pela banda C. "Os grandes
centros já contam com fibras, cabo e cobre. Está na hora de pensar em locais
hoje não atendidos e carentes de banda larga que poderiam receber sinal pelas
parabólicas espalhadas pelo País", disse o executivo, que participou nesta nesta
segunda-feira, 23, do 4º Wimax Brasil Conference & Expo, em São Paulo.
Uso eficiente
Segundo o presidente-executivo da TelComp, Luiz Cuza, a agência deve reaver
faixas que não foram usadas em favor do uso eficiente do espectro, e dar
oportunidade a outras empresas entrarem nesse mercado.
Frauendorf destacou que as operadoras de MMDS não ficaram paradas nesse período
e que foram as primeiras a iniciar testes de WiMax ainda em 2006. Uma série de
empecilhos, como a não homologação dos equipamentos e terminais pela Anatel
atrasaram o lançamento dos serviços.
Para o gerente-geral da Superintendência de Serviços Privados da Anatel, Nelson
Takayanagi, o WiMax pode ser definido como uma forma de unbundling: empresas
poderão oferecer a última milha sem depender de grandes operadoras. "O que a
Anatel está estudando é a granulação desse serviço para que haja espaço tanto
para as grandes como para as operadoras competitivas. E esse balanceamento é um
problema complexo", disse o gerente.