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Leia na Fonte: Teletime
[24/06/08]
"A gente não consegue se mover", diz Acom, sobre WiMax
Marco Antônio de Oliveira Tavares, gerente operacional de engenharia de espectro
da Anatel, ouviu nesta terça-feira, 24, uma contundente reclamação de Carlos
Barreiros, presidente da Acom – empresa de TV por assinatura por MMDS - sobre a
dificuldade de lançar o WiMax na faixa de 2,5 GHz. Segundo Barreiros, a Acom tem
forte interesse em expandir sua atuação usando o WiMax. No entanto, a agência
até agora não certificou um único modelo de equipamento para a faixa de 2,5 GHz.
"Tenho 12 mercados fantásticos, mas a gente não consegue se mover", desabafou.
A apresentação de Tavares no evento 4º WiMAX Brazil era justamente sobre o uso
eficiente do espectro, o que foi motivo para ironia do presidente da operadora.
"Estou sendo ineficiente por causa da Anatel. Poderia usar o espectro de maneira
muito melhor", diz ele. José Luiz Frauendorf, presidente da Neotec (associação
que reúne as empresas com licenças de MMDS), saiu em defesa da Anatel explicando
que já existem equipamentos certificados, mas não estão homologados porque
"falta a papelada".
Segundo Barreiros, a Acom tem um enorme mercado potencial formado por chácaras
ao redor de algumas cidades da sua área de atuação que não são atendidos por
nenhuma empresa, mas com alto poder aquisitivo. "A incumbent não está lá. A
Embratel não está lá. Ninguém está lá". A Acom atua em Campo Grande (MS), Campo
dos Goytacases (RJ), Cuiabá (MT), Ipatinga (MG), João Pessoa (PB), Juiz de Fora
(MG), Maceió (AL), Manaus (AM), Natal (RN), Santos (SP), São Luís (MA) e Volta
Redonda (RJ).
Outro lado
A Anatel explicou que as empresas de MMDS interessadas em explorar o WiMAX em
2,5 GHz devem procurar a agência para adaptar o termo de uso da faixa. A faixa
de 2,5 GHz está destinada para serviços de transmissão de imagens (MMDS), e não
voz ou dados, como querem ofertar as operadoras por meio do uso do WiMAX. A
adaptação teria um custo para a empresa. Nenhuma empresa de MMDS até agora
procurou a Anatel para adaptar a sua licença. Portanto a Anatel não homologou os
equipamentos para evitar que as empresas lancem os serviços sem cumprirem o rito
regulatório.