WirelessBRASIL |
|
WirelessBrasil --> Bloco Tecnologia --> Espectro de 2,5 GHz --> Índice de artigos e notícias --> 2008
Obs: Os links originais das fontes, indicados nas transcrições, podem ter sido descontinuados ao longo do tempo
Leia na Fonte: Teletime
[11/09/08]
Ziller vê uso pouco eficiente do espectro no MMDS - por Samuel Possebon
Existe uma discussão intensa dentro da Anatel sobre de onde sairá o espaço
adicional para as redes banda larga móveis no futuro. Esta semana, a TIM
declarou abertamente que o espectro de 3G será insuficiente nos próximos anos
para dar conta da demanda por acesso banda larga em redes celulares. E todos os
olhos estão voltados para as licenças de MMDS, que copam 190 MHz na faixa de 2,5
GHz. Um dos principais personagens desse debate é o conselheiro da agência Pedro
Jaime Ziller, que não esconde sua posição: "acho que não faz sentido que um
serviço que não existe mais em nenhum lugar do mundo ocupe uma faixa tão grande
e tão nobre do espectro para atender a poucos assinantes", disse Pedro Jaime a
este noticiário. Ziller acha que a Anatel não deveria mais outorgar licenças
para o serviço de MMDS para a finalidade de TV por assinatura. E admite que,
pessoalmente, gostaria de promover uma nova discussão sobre o tamanho do
espectro que ficará com as operadoras a partir das renovação das outorgas
atuais. Hoje, uma parte significativa da Anatel trabalha com uma interpretação
da Resolução 429/2006 de que, mesmo na renovação das outorgas existentes, 80 MHz
serão devolvidos à agência, ficando as operadoras com 110 MHz.
Divergências
As empresas operadoras de MMDS entendem que a renovação preservará o espectro
atualmente utilizado, e ainda há aqueles que, como Pedro Jaime, acham que os
operadores de MMDS só deveriam ter 80 MHz. Vale lembrar que muitas licenças do
serviço começam a ser renovadas em fevereiro de 2009.
"Eu acho que a Resolução (429) existe e deve ser respeitada, mas pessoalmente,
acho que é um serviço com uso extremamente ineficiente do espectro. São 190 MHz
para 300 mil assinantes", diz Ziller. Confrontado com a obrigação que as
operadoras têm de prestar o serviço de vídeo, o conselheiro diz que é hora de
mudar. "Existem outras tecnologias mais eficientes para prestar o serviço de TV
por assinatura. As empresas não precisam necessariamente usar o espectro de 2,5
GHz para isso". São as opiniões pessoais do conselheiro Pedro Jaime Ziller, mas
a discussão na Anatel tem várias vertentes.