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Fonte: Tele.Síntese
[14/04/09] Plínio
Aguiar quer limpeza da faixa de 2,5 GHz e fim do MMDS - por Lia Ribeiro Dias
Para que a banda larga seja massificada no país e atenda
aos objetivos do governo para o desenvolvimento da sociedade brasileira, o
conselheiro da Anatel, Plínio Aguiar Jr, considera fundamental, no caso da
tecnologia móvel, a limpeza da faixa de 2,5 GHz; e no caso da fixa, a separação
funcional da rede seja no modelo inglês ou italiano. As afirmações do
conselheiro, que provocou impacto na platéia ao defender a retomada das
freqüências hoje reservadas ao MMDS, o serviço de TV por assinatura via
microondas, foram feitas nesta manhã, na abertura do 17º Encontro Tele.Síntese,
que a Momento Editorial realiza em São Paulo.
“A aplicação do MMDS , mesmo no caso das operadoras que efetivamente exploram o
serviço, é uma das mais ineficientes que conheço”, declarou Plínio Aguiar Jr,
esclarecendo que a posição de limpeza total da faixa de 2,5 GHz é uma posição
sua e não da Anatel que ainda está debatendo o tema. Esclareceu ainda que se
essa posição vier a ser adotada, os atuais operadores, que estejam ainda com sua
licença em vigor, terão que ser ressarcidos. Ele considera fundamental que a
agência sinalize como essa faixa vai ser ocupada no médio prazo, e seu objetivo
é reservá-la para a quarta geração de telefonia móvel, acompanhando o movimento
mundial em direção ao LTE.
“Hoje temos apenas 200 MHz para a telefonia móvel e existem estudos indicando
que em dez anos vamos precisar de 700 MHz, outros falam em 1 GHz. Com a limpeza
da faixa de 2,5, vamos liberar mais 200 MHz, suficientes para atender nossas
necessidades dentro de cinco anos”, observou ele.
Separação funcional
Por entender que o futuro da banda larga móvel, fundamental para a massificação
do serviço num país de dimensões continentais como o Brasil, passa pela
liberação da faixa de 2,5 GHz, o conselheiro não admite examinar as hipóteses de
divisão dessa faixa entre a quarta geração e o MMDS. “O MMDS é um serviço no
ocaso. Não traz retorno à sociedade, e a agência tem a responsabilidade de,em
nome da União, fazer a gestão eficiente do espectro”, declarou. Ele insistiu
ainda que outra medida de extrema importância para o desenvolvimento da banda
larga no país é a separação funcional de rede para permitir o acesso à última
milha da rede fixa. “Sem isso, não haverá competição e a banda larga não vai se
massificar”, insistiu, defendendo uma de suas mais tradicionais bandeiras.
O conselheiro Plínio aproveitou sua apresentação para anunciar que o programa
Banda Larga nas Escolas, em desenvolvimento pelo governo federal com a
participação das concessionárias fixas, que estão fornecendo a conexão gratuita,
recuperou o atraso verificado no final do ano passado, quando só 78% das metas
foram cumpridas. “Fechamos março com 95,3% das metas traçadas para o primeiro
trimestre atendidas”, disse ele, lembrando que até 2010 56 mil escolas serão
conectadas, atendendo a 37 milhões de alunos.