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Fonte: Convergência Digital
[15/04/09] Casa
Civil intervém na questão do 2,5GHz e quer contrapartidas
- por Ana Paula Lobo
O Assessor Especial da Casa Civil, André Barbosa,
admitiu que a polêmica em torno da faixa 2,5 GHz chegou ao Palácio do Planalto.
O executivo disse que há uma determinação para que a Anatel defina, o quanto
antes, a melhor decisão técnica para o uso da faixa.
O presidente Lula já cobrou do embaixador Ronaldo Sardenberg, presidente da
Agência, a certificação dos equipamentos e um trâmite mais ágil dos projetos
voltados para novos serviços.
Segundo Barbosa, o Palácio acredita que é possível cobrar contrapartidas dos
interessados no uso da faixa − operadoras de MMDS e telefonia móvel − num modelo
de Parceria Público-Privada (PPP) para ampliar o escopo dos projetos voltados
para a banda larga.
"Temos que ter uma definição o quanto antes dessa faixa porque espectro é um bem
público e escasso. Acredito que o modelo adotado pelo governo com as teles no
caso do backhaul das escolas pode vir a ser replicado nessa faixa de 2,5 GHz
onde há interesses conflitantes. A mediação governamental existirá", afirmou
Barbosa, que participou nesta quarta-feira, 15/04, da 9a Rio Wireless, evento
realizado pela Network Eventos, no Rio de Janeiro.
Barbosa admitiu que o conflito ganhou proporções e já mobiliza o Palácio do
Planalto. Para ele, ou há contrapartidas ou o acesso à banda larga nas áreas
rurais deve ser feito pelas operadoras móveis de acordo com as metas de
universalização da Terceira Geração.
O Assessor Especial da Casa Civil acredita que as operadoras de MMDS e teles
móveis terão que conviver na faixa de 2,5 GHz − com duas operadoras com 70 MHz e
uma com 50 MHz − mas que ambos prestadores terão que cumprir determinações
governamentais e de interesse do coletivo.
"Não é só uma questão de vender frequência e fazer dinheiro para o cofre
público. Há projetos de longo prazo de inclusão digital e que temos de tocar",
frisou.
O governo, por exemplo, completou Barbosa, poderia, sim, num caso específico de
maior escopo de banda larga na faixa, criar isenções tarifárias de PIS e Cofins
para reduzir o custo final do produto para o consumidor.
Questionado se a decisão sobre 2,5 GHz demoraria, Barbosa disse acreditar que já
na próxima reunião da Anatel, agendada para esta quinta-feira, 16/04, o tema
possa vir a ter uma decisão final por parte do conselho diretor.