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Fonte: Teletime
[30/04/09]
Mudança do 2,5 GHz e TVA/Telefônica entram na pauta da
próxima semana - por Mariana Mazza
Dois processos importantes para o futuro dos serviços de
televisão por assinatura voltarão à pauta do Conselho Diretor da Anatel na
próxima semana. A conselheira Emília Ribeiro informou nesta quinta-feira, 30,
que apresentará seu voto sobre a proposta de mudança na destinação da faixa de
2,5 GHz e sobre a instrução da compra da TVA pela Telefônica, que deverá ser
encaminhada ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Os dois itens
serão incluídos na pauta de discussão da reunião agendada para o dia 8,
sexta-feira.
Os dois casos vêm sendo tratados de forma conjunta pela conselheira pelo fato de
a TVA, por ser uma empresa de MMDS, ser diretamente afetada por qualquer mudança
que a Anatel venha a realizar na faixa de 2,5 GHz. Emília não antecipou seu
posicionamento sobre a operação entre a TVA e a Telefônica. Desde o início deste
mês, a Anatel tem trabalhado conjuntamente com o Cade neste processo, pois há
sugestões das áreas técnica e jurídica da Anatel para que a operação sofra algum
tipo de restrição como forma de preservar a concorrência no setor de banda
larga.
A restrição, como já divulgado por este noticiário no início do mês, consiste no
impedimento de a Telefônica explorar o SCM na faixa de 2,5 GHz na área de São
Paulo por, pelo menos, dois anos. Durante este período, a concessionária só
poderia fazer uso desta faixa para a oferta de serviços de MMDS, sendo obrigada
a deixar de fora de seus pacotes de serviços a oferta de banda larga usando esta
faixa de radiofrequência. Como o assunto ainda não foi debatido pelo Conselho
Diretor, não é possível assegurar que a restrição será de fato sugerida pela
Anatel ao Cade.
Equilíbrio delicado
Com relação à nova destinação da faixa de 2,5 GHz, a conselheira Emília Ribeiro
também faz mistério sobre a proposta que apresentará aos demais colegas de
colegiado. Porém, tudo leva a crer que a conselheira apresentará um relatório
separado em lugar de seguir o posicionamento já apresentado pela área técnica da
agência reguladora. Segundo Emília Ribeiro, o mais difícil desta análise tem
sido equilibrar as quantidades de espectro entre os diversos serviços de forma a
garantir que todas as empresas consigam explorar suas ofertas sem restrições.
"Esse equilíbrio de cálculo é o que está dificultando. Porque uma quantia que
pode ser muito ao se avaliar TV por assinatura, pode não ser suficiente se a
empresa também for prestar banda larga, por exemplo", ilustrou a conselheira.
Por enquanto, não há previsão de que a retomada da certificação de equipamentos
que usam tecnologia WiMAX na faixa de 2,5 GHz volte à pauta nesta semana. Este
processo está nas mãos do conselheiro Plínio de Aguiar Júnior e o pedido de
vistas ainda não expirou.
Conselho Consultivo
A idéia de alterar a destinação da faixa de 2,5 GHz será tema de discussão
também no Conselho Consultivo da Anatel. Nesta quinta, foi aprovada proposta do
conselheiro José Zunga, representante da sociedade, para a realização de um
debate sobre o tema. O encontro foi marcado para o dia 22 de maio e serão
convidados representantes das diversas entidades interessadas no assunto, entre
elas como Acel, Neotec e ABTA.