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Fonte: Convergência Digital
[30/04/09] 2,5
GHz: Emília Ribeiro promete apresentar seu voto esta semana
- por Luís Osvaldo Grossmann
O Conselho Diretor da Anatel volta a discutir, na
reunião agendada, inicialmente, para o dia 08 de maio (sexta-feira), a alteração
do regulamento da frequência 2,5GH - hoje em poder das empresas de televisão por
assinatura por MMDS - mas cobiçada,e muito, pelas prestadoras de telefonia, em
especial, pelas móveis, que querem o espectro para ampliar a oferta de serviços
de última geração.
A conselheira Emília Ribeiro não adiantou o teor do voto que irá apresentar, mas
revelou que a parte mais complexa da questão está na divisão do espaço. "Pode
ser muito grande apenas para a televisão, mas não ter espaço suficiente para
televisão e SMP (telefonia móvel)", afirmou.
Está nesta questão, a maior dificuldade: Definir qual será o pedaço disponível
para cada um nos 190MHz da frequencia. A proposta da área técnica da Agência
prevê uma substituição gradual do MMDS na frequência de 2,5GHz. O serviço de TV
operaria em caráter primário até dezembro de 2012. A partir daí, o caráter
primário se resumiria às subfaixas (2500 a 2530MHz e 2570 a 2650MHz).
Já o Serviço Móvel Pessoal passaria, na mesma data, a ter caráter primário nas
demais subfaixas (2530 a 2570MHz e 2650 a 2690MHz). O canal de retorno usado
pelas TVs por assinatura do MMDS (2170 a 2182Mhz) seria revogado. O SCM -
Serviço de Comunicação Multimídia - continuaria onde está.
Agora resta esperar como o Conselho Diretor da Anatel vai 'acomodar' as pressões
do mercado com relação ao uso da faixa e, principalmente, qual será a reação dos
demais conselheiros ao voto de Emília Ribeiro - no caso -Serpro/SCM - por
exemplo,não faltou polêmica e pedidos de vista. A conselheira prometeu também
divulgar na reunião, agendada para a próxima sexta-feira (08/05), o seu voto
sobre o ato de concentração TVA/Telefônica.
Reuniões Abertas
A conselheira Emília Ribeiro também defendeu que as reuniões do Conselho Diretor
da agência passem a ser abertas ao público, a exemplo das discussões no Conselho
Consultivo, onde participou da sessão desta quinta-feira (30/04).
"Poderíamos separar em sessões e reuniões. Quando o assunto for de interesse
administrativo, como uma demissão, manteria a reunião fechada. Mas faríamos
sessões abertas no caso de decisões sobre regulação, que são de interesse
público", afirmou.
Segundo a conselheira, a decisão sobre abrir as reuniões do Conselho Diretor
depende do consenso entre os integrantes. Entre as agências reguladoras, porém,
não seria novidade. Reuniões da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel),
por exemplo, são inclusive transmitidos em tempo real pela internet.
A abertura das reuniões na Anatel foi tema de irritação pública por parte do
presidente da Agência, Ronaldo Sardenberg, durante coletiva à imprensa para
divulgar os resultados da última sessão, no final de abril. Isso porque houve
'vazamento' de informações sobre a postura dos conselheiros com relação à não
cobrança do ponto extra na TV por Assinatura. A posição vazou em horário de
funcionamento da Bolsa e as ações da Net, listadas na Bovespa, tiveram uma queda
significativa.
Sardenberg chegou a dizer que faria, o quanto antes, um 'teste' para saber como
seria a reação do mercado financeiro, uma vez que muitas decisões da Anatel são
relevantes para empresas de capital aberto, caso das operadoras de telefonia
fixa e móvel. Mas, até o momento, não houve nenhuma posição oficial da Agência
sobre 'abrir' ou não 'abrir', as reuniões do Conselho ao público.