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Fonte: Teletime
[13/02/09]  Sardenberg adia decisão sobre certificação para 2,5 GHz por 30 dias - por Mariana Mazza 
 
As operadoras da faixa de 2,5 GHz interessadas em oferecer serviços de banda larga por meio da tecnologia WiMAX terão que esperar mais um mês para saber se a Anatel irá ou não retomar a certificação e homologação de equipamentos. Na reunião do Conselho Diretor da Anatel realizada nessa quinta-feira, 12, o presidente da autarquia, embaixador Ronaldo Sardenberg, pediu mais 30 dias para analisar o processo que pode culminar na liberação das homologações, suspensas há mais de oito meses por uma decisão informal e apócrifa do comando da agência.
 
Na semana passada, durante o Seminário Políticas de (Tele)comunicações, o embaixador declarou que precisaria apenas de sete dias para analisar melhor o relatório produzido pela conselheira Emília Ribeiro. O documento, disponível no site da agência reguladora, tem cinco páginas e conclui que a gerência técnica deve retomar imediatamente o trabalho de certificação e homologação de equipamentos.
 
A indefinição sobre a retomada da emissão dos certificados pode ter relação com o motivo inicial usado pela Anatel para embargar a análise técnica. Quando a gerência foi compelida a parar de emitir as homologações, o argumento usado era a necessidade de aguardar a deliberação sobre a reforma da destinação da faixa de 2,5 GHz, destinada hoje ao MMDS e em parte ao SCM e onde há a possibilidade de operação com equipamentos em WiMAX.
 
A revisão das regras para a faixa de 2,5 GHz (Resolução 429/2006) também foi adiada recentemente, pois o conselheiro-relator, Antônio Bedran, quis analisar melhor o assunto. Coincidência ou não, o adiamento da reforma da faixa de 2,5 GHz também foi por 30 dias. A mudança de destinação da faixa, que privilegiará provavelmente o Serviço Móvel Pessoal (SMP) de acordo com os estudos iniciais da Anatel, tem gerado muita polêmica no setor de telecomunicações, o que pode dificultar a ação da agência reguladora.
 
Até que a agência conclua seu trabalho neste caso, diversas empresas têm sofrido com a suspensão das homologações, com prejuízos financeiros pela limitação na oferta de serviços de banda larga. Uma delas, a Telefônica (TVA), chegou a mandar uma carta à Anatel pedindo que a agência liberasse o uso dos equipamentos de WiMAX e sugerindo a existência de graves perdas financeiras com a atitude tomada pela Anatel.