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Fonte: Teletime
[05/05/09] Para
ABTA, banda larga wireless não é prerrogativa do SMP
- por Samuel Possebon
Com a perspectiva de uma definição da Anatel em relação ao uso da faixa de 2,5
GHz, a ABTA (que representa os operadores de TV paga em geral) e a Neotec
(representante das principais operadoras de MMDS) estão afinando discursos e
devem encampar, alinhadas, a batalha pela preservação do espaço reservado às
operadoras atuais.
A ABTA deve, nos próximos dias, se manifestar formalmente ao conselho da Anatel
em relação às suas posições em defesa das empresas de MMDS.
Como argumento, usará as teses que já vêm sendo defendidas pelas empresas
individualmente ou pela Neotec: a de que os serviços de banda larga sem fio não
são prerrogativas das operadoras móveis. Segundo a argumentação da ABTA, os
operadores de MMDS estão, há muito tempo, desenvolvendo expertise e tecnologia
para a oferta de serviços de banda larga por meio das frequências de 2,5 GHz,
baseadas na convicção de que teriam o direito de uso a estas faixas. Com a
discussão atual da Anatel acerca da redistribuição do espectro de 2,5 GHz, as
empresas de MMDS temem ser prejudicadas.
A ABTA também endossará o discurso das empresas de MMDS, de que não pretendem
prestar o serviço móvel, mas apenas o serviço de banda larga nomádico, já
permitido pela legislação atual do MMDS. Segundo a associação, esta é uma
alternativa concreta para atender às demandas de massificação da banda larga no
Brasil, país que, por seu tamanho e disparidades regionais, requer soluções
alternativas.
Sobre a discussão de que o espectro para o MMDS estaria superdimensionado
frente ao tamanho reservado para operadoras móveis, o argumento é que, dada a
natureza atual, com vídeo, e futura do serviço (com grandes taxas de transmissão
de dados para muitos usuários) esse espectro é necessário. Além disso, os
serviços de 3G, dizem os operadores de TV paga, sequer utilizam as faixas
específicas para eles destinadas. Por fim, as empresas argumentam que a Anatel
está obstruindo o desenvolvimento de uma tecnologia pronta para que se ganhe
tempo para o desenvolvimento de uma tecnologia alternativa (LTE).
A conselheira da Anatel Emília Ribeiro relata o processo que prevê a revisão da
destinação do 2,5 GHz. A matéria pode ser apreciada na reunião desta semana, dia
8. O texto, no entanto, ainda precisa passar por consulta pública caso seja
aprovado nesta semana.
Vale lembrar que hoje controlam outorgas de MMDS, entre outras empresas, a
Telefônica/TVA, a Net Serviços e a Sky (após a aquisição da ITSA), que são as
maiores operadoras de TV paga do Brasil.