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Fonte: Teletime
[16/03/09]
Anatel discute faixa de 2,5 GHz e futuro do MMDS esta semana - por Mariana
Mazza
Novamente, a semana começa com a expectativa de que a Anatel reforme sua decisão
informal de adiar por tempo indeterminado a certificação e homologação dos
equipamentos que usam WiMAX em 2,5 GHz. O fato novo é o retorno concomitante à
pauta da proposta de mudança de destinação da faixa de 2,5 GHz. Os dois assuntos
(a destinação da faixa e a certificação dos equipamentos) estão na lista de
itens a serem deliberados na próxima quarta-feira, 18, pelo Conselho Diretor.
A equipe da Anatel tem alegado, até o momento, que os assuntos precisam ser
analisados conjuntamente. No caso dos equipamentos, já existe parecer da área
jurídica condenando o adiamento da emissão das homologações com base em uma
decisão sem valor legal. A necessidade da análise conjunta se daria pelo fato de
a Anatel querer reduzir drasticamente a porção do espectro destinado ao MMDS na
faixa de 2,5 GHz.
As licenças de MMDS não permitem diretamente a oferta dos serviços de internet,
mas com a destinação existente hoje nessa faixa, as empresas podem pedir uma
frequência associada ao SCM e garantir o uso mais amplo da faixa. Hoje, apenas
MMDS e SCM estão em 2,5 GHz. A proposta da Anatel, antecipada por este
noticiário no dia 14 de janeiro, é colocar o SMP como prioritário no uso da
faixa a partir de 2012. O MMDS continuaria tendo espaço, mas em caráter
secundário. A agência manteria também o espaço para o SCM, mas cederia espaço
também ao STFC.
Anuência prévia, finalmente
A incerteza em torno do futuro do 2,5 GHz há meses já afeta ao menos uma empresa
com relação a seus planos de negócio. A Telefônica, que comprou a TVA no final
de 2006, já reclamou formalmente à Anatel sobre a suspensão das homologações de
equipamentos, o que estaria impedindo a oferta de produtos convergentes pela
empresa. Além disso, uma outra demora da Anatel torna ainda mais confusas as
perspectivas da TVA: até agora a agência não encaminhou ao Conselho
Administrativo de Defesa Econômica (Cade) a instrução do processo de compra da
operadora de TV por assinatura.
Esse item também pode ser resolvido na reunião desta semana. Dois anos depois do
anúncio da operação e cerca de um ano após a anuência prévia, a Anatel deve
enfim arrematar a documentação que será encaminhada ao órgão de defesa da
concorrência. Mas a conclusão do caso na Anatel não deve ser simples. Fontes
afirmam que existem recomendações internas para a imposição de restrições
severas à operação do MMDS da TVA sob o comando da Telefônica.