WirelessBRASIL |
|
WirelessBrasil --> Bloco Tecnologia --> Espectro de 2,5 GHz --> Índice de artigos e notícias --> 2009
Obs: Os links originais das fontes, indicados nas transcrições, podem ter sido descontinuados ao longo do tempo
Fonte: Convergência Digital
[06/10/09] Governo
quer faixa de 2,5 GHz no plano de banda larga e pede para Anatel frear processo
- por Luís Osvaldo Grossmann
Além da infraestrutura por redes de fibras óticas, o Plano Nacional de Banda
Larga, que o presidente Lula quer ver pronto até meados de novembro, vai exigir
uma melhor coordenação de iniciativas que tenham impacto no acesso dos
brasileiros à internet.Por isso, até a distribuição de radiofrequências terá que
ser integrada ao projeto e a primeira medida do governo nesse sentido foi pedir
à Anatel que não tenha pressa em fazer o leilão da faixa de 2,5 GHz, atualmente
em consulta pública aberta pelo órgão regulador.
Afinal, como defendem os interessados, trata-se de uma faixa do espectro ideal
para a transmissão de grande quantidade de dados, cobiçada tanto pelos
operadores de MMDS, que esperam oferecer banda larga via WiMAX, quanto pelas
operadoras móveis, para quem a frequência é importante para ampliar o mercado
3G. Mas o esforço do governo deve se estender para outras faixas, como a de 450
MHz, cuja previsão do Ministério das Comunicações é ser destinada para levar
acesso às áreas rurais do país.
Além disso, começam a ser discutidas eventuais alterações na Lei Geral de
Telecomunicações, o marco regulatório do setor, uma vez que a própria regra
prevê sua revisão periódica. Dentro do grupo criado pelo presidente para
costurar o Plano Nacional de Banda Larga, um subgrupo ficará especialmente
dedicado para pensar nessas eventuais mudanças, assim como no uso de diferentes
radiofrequências.
Não é certo ainda, porém, que esse lado das medidas esteja pronto na data
prevista pelo presidente Lula. Caso isso não aconteça, o mais provável é que o
governo avance logo no que está mais adiantado – ou seja, na própria
infraestrutura – e deixe para incorporar mais tarde a parte regulatória e que
envolve engenharia de espectro.
Até porque pelo menos na parte da infraestrutura, o Plano vai avançado. A
intenção é se valer da vasta rede de fibras óticas da Eletronet e de estatais
como Petrobas, Chesf, Furnas – uma teia de 31,4 mil km que passa por 4,2 mil
municípios em 24 unidades da federação. Como esse grande backbone já existe, a
primeira meta no campo da infraestrutura é conectar a essa rede municípios que
estão a até 100 km das fibras – e é isso que se calcula em R$ 1,1 bilhão.
Essa conta, porém, pode chegar a R$ 3 bilhões caso o próprio Estado tenha que
arcar com o custo de instalação dos acessos. Mas o plano principal ainda é
contar com a participação da iniciativa privada nessa parte, seja pelas
operadoras de telefonia ou pequenos provedores de internet. Nesse caso, seriam
negociadas trocas: o governo abre seu backbone e backhauls e as empresas
fornecem acesso gratuito a delegacias, hospitais e postos de saúde, escolas
rurais, etc.