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Leia na Fonte: Teletime
[12/04/11]
Metas de cobertura de 2,5 GHz sugeridas pela Anatel são agressivas, diz Vivo
- por Fernando Paiva
As metas de cobertura previstas na minuta do edital de licitação de 2,5 GHz, que
está em fase inicial de consulta interna na Anatel, não agradaram às operadoras
móveis. Os termos da consulta foram antecipados por este noticiário. Para o
diretor de planejamento e tecnologia de rede da Vivo, Leonardo Capdeville, as
metas sugeridas são agressivas em relação às obrigações de cobertura. O
executivo argumenta que a faixa a ser licitada, por pertencer a uma frequência
mais alta que as utilizadas atualmente no País, requer a instalação de mais
sites. "Em 2,1 GHz, é preciso três vezes mais ERBs que em 850 MHz para cobrir
uma área de igual tamanho. Agora imagine em 2,5 GHz", comparou o executivo.
Capdeville calcula que para cobrir com LTE 80% da área urbana das 12 cidades que
sediarão a Copa do Mundo será necessária uma quantidade de ERBs equivalente a
quase 60% do total existente hoje na rede da operadora em todo o Brasil.
Uma fonte ligada à Anatel ouvida por este noticiário minimizou as críticas: "Era
natural que as operadoras reclamassem. Não custa lembrar que a Vivo trocou sua
rede de CDMA para GSM em apenas um ano."
Equipamentos e espectro
Capdeville critica também a exigência de contratação de 30% de equipamentos
nacionais para as redes LTE. "Não é uma garantia de que teremos o melhor
equipamento e nas melhores condições", comentou o executivo.
Por outro lado, o diretor da Vivo elogiou a divisão da faixa em três subfaixas
de 20 + 20 MHz, uma de 10 + 10 MHz e uma terceira central de 35 MHz. "Com menos
de 20 + 20 MHz o LTE se torna pouco eficiente e acaba concorrendo com
tecnologias anteriores, como HSPA", explicou. Capdeville participou nesta
terça-feira, 12, do seminário "LTE Latin America", realizado no Rio de Janeiro.