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[01/02/12]  Algar Telecom diz que disputaria a faixa de 450 MHz se ela fosse regional - por Helton Posseti

A Algar Telecom, concessionária de telefonia fixa na região do triângulo mineiro e Franca no interior de São Paulo, teria interesse em disputar o leilão da faixa de 450 MHz desde que ela fosse dividida por área de registro. Pelas regras colocadas em consulta pública, a faixa será vendida nacionalmente mesmo que, caso não haja vencedor do lote isolado, venha a ser leiloada junto com os blocos de 20 MHz + 20 MHz da faixa de 2,5 GHz.

A Algar Telecom também teria interesse em disputar as faixas de 2,5 GHz, mas o modelo proposto pela Anatel dificulta a entrada de operadoras regionais no leilão. Apenas o bloco U (para uso com tecnologias TDD e com 35 MHz de largura de banda) poderia ser dividido por área de registro, caso não seja vendido nacionalmente.

As informações são do diretor-presidente da companhia, Divino Sebastião de Souza, que esteve reunido nesta quarta, 1, com o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. Além das ponderações sobre o edital das faixas de 2,5 GHz e 450 MHz, a Algar colocou ao ministro suas preocupações em relação ao Plano Geral de Metas de Competição (PGMC). Sem entrar em detalhes, Divino apenas disse que a Algar não figura no bloco das grandes empresas nem no das pequenas. "Não queremos privilégios, queremos apenas uma atenção especial ao nosso caso".

Em entrevista à TELETIME de outubro de 2011, o executivo demostrou seu descontentamento por a Algar ter sido considerada PMS em telefonia fixa em duas ou três cidades. Não deveria ter sido considerada, na visão dele, apenas a telefonia local, uma vez que "o cliente fala com o Brasil inteiro".

"Quando olhamos no âmbito nacional, somos pequenos. Não adianta considerar apenas telefonia local. O cliente fala com o Brasil inteiro. O código de LDN 12 fala com o Brasil inteiro, não apenas com Franca. Esse 12 precisa chegar com o mesmo preço de custo até Manaus quanto chegaria um concorrente. Não dá para considerar apenas a telefonia local, que virou commodity. Quando se analisa o código de LDN, somos muito pequenos, não detemos poder de mercado significativo. A competição não é só local", disse ele na ocasião.