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Leia na Fonte: Tele.Síntese
[12/06/12]  4G já estava prevista nos investimentos anunciados pela Vivo - por Miriam Aquino

Segundo Antonio Carlos Valente, o montante de R$ 24,3 bilhões de investimentos em 4 anos anunciados no ano passado já previam o preço da 4G

O grupo Telefónica/Vivo, que pagou ágio de mais de 60% pela frequência de 2,5 GHz na banda X em leilão da Anatel, levou o que quis, afirmou hoje o seu presidente Antonio Carlos Valente, que elogiou a agência e o governo brasileiro por terem conseguido vender as licenças nas condições do edital e atraído os investidores estrangeiros.

Mas esta venda não deverá representar maiores investimentos do grupo no país além do planejado anteriormente, visto que, segundo o executivo, o preço pela licença (no valor de R$ 1,050 bilhão) e a construção da nova rede de LTE já estavam previstos no orçamento de investimentos de R$ 24,3 bilhões para quatro anos até 2014, anunciados no ano passado pela operadora espanhola.

O executivo ressaltou que a aquisição de uma banda de 40 MHz fazia parte do planejamento estratégico da empresa desde o ano passado e a banda X era a preferida (tanto que a Vivo não apresentou proposta de preço para a banda W)."Este era o melhor bloco para a nossa estratégia, pois queremos continuar a ter uma ampla cobertura na oferta de comunicação de dados", afirmou Valente.

LTE em 450 MHz

Valente não se mostrou muito entusiasmado com a possibilidade de ser lançada, até o final do ano, a tecnologia 4G em LTE na faixa de 450 MHz, pois, para ele, o maior entrave continua a ser o preço dos terminais. "Anatel, sabiamente, permitiu que a área rural brasileira seja atendida por outras faixas de frequência", afirmou.

O Brasil e a Alemanha (que vendeu a frequëncia de 2,5 GHz em novembro do ano passado), entende Valente, serão os dois mercados que irão impulsionar a venda de aparelhos de LTE em 2,5 GHz, o que poderá criar mais escala para baratear o preço final.

Valente voltou a insistir nas dificuldades enfrentadas pelas operadoras para a instalação de antenas, devido às legislações municipais e alertou que esta frequência poderá exigir até o dobro de sites existentes hoje (só a Vivo tem 13 mil antenas). "Estamos muito preocupados com as enormes dificuldades que enfrentamos para conseguirmos as licenças para a instalação das torres", completou.