WirelessBRASIL |
|
WirelessBrasil --> Bloco Tecnologia --> Espectro de 2,5 GHz --> Índice de artigos e notícias --> 2013
Obs: Os links originais das fontes, indicados nas transcrições, podem ter sido descontinuados ao longo do tempo
Leia na Fonte: Teletime
[22/02/13]
Negociações entre empresas de MMDS e teles caminham devagar; Neotec quer
estimular redes TD-LTE - por Samuel Possebon
Enquanto a Anatel está preocupada em acelerar a liberação de espectro de 2,5 GHz
nas cidades da Copa das Confederações, de outro lado, entre as empresas de MMDS
e as operadoras móveis, as negociações estão em ritmo lento. A Telefônica, que
tem o espectro ocupado com as suas operações de MMDS nas cidades mais
importantes, ainda não marcou o leilão das frequências (processo que está sendo
conduzido pelo banco Santander). Esta semana, durante o seminário Políticas de
(Tele)Comunicações, organizado pela Converge, o presidente da Anatel, João
Rezende, em tom de brincadeira, disse esperar uma definição da Telefônica, que
poderia servir de parâmetro para as demais negociações.
A Sky, que também tem outorgas de MMDS em cidades importantes, colocou às teles
um estudo da FGV com um parâmetro de preço bastante elevado, e provavelmente só
negociará com uma arbitragem. Da parte das operadoras móveis, as ofertas foram
com base no total de assinantes, a Claro propondo R$ 101 por cliente do MMDS e a
TIM, R$ 350 por cliente.
Proposta da Neotec
As demais operadoras de MMDS negociam pela Neotec, associação que representa
operadores de MMDS e que fez uma proposta inovadora para a Anatel: quer que, em
vez de uma compensação baseada no número de assinantes, seja feita uma
compensação que permita às empresas de MMDS construírem uma rede básica de banda
larga com a tecnologia TD-LTE, a exemplo do que fazem Sky e Sunrise. A
justificativa é que, para que essas empresas continuem existindo, elas
precisarão desenvolver um novo negócio, e não apenas receber um cheque. A medida
teria ainda o apelo de fomentar o desenvolvimento de redes banda larga nas
pequenas cidades hoje cobertas pelos operadores de MMDS.
Custo do SCM
Outra questão que deverá ser abordada pela Anatel é o custo do espectro para a
operação de SCM por parte das pequenas operadoras de MMDS. Até aqui, a agência
adotou um critério de cálculo baseado no valor presente líquido e que foi
aplicado para os pedidos da Sky e da Sunrise. Nas duas situações, as empresas,
com acionistas de peso, aceitaram pagar as somas milionárias. Mas para pequenos
operadores, esses valores podem inviabilizar a entrada. A Anatel estuda a
possibilidade de flexibilizar o investimento necessário para uso da frequência
de 2,5 GHz para banda larga, eventualmente trocando por contrapartidas. É um
movimento em linha com um pedido feito pela Neotec e que deve ser avaliado em
breve pelo Conselho Diretor da agência.