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Leia na Fonte: Tele.Síntese
[22/05/13]  Operadoras de celular se dividem quanto ao preço do MMDS estabelecido pela Anatel - por Miriam Aquino

Claro e Oi acharam o valor desproporcionalmente alto.TIM assimilou o preço e Vivo, que é vendedora e compradora, ainda vai fazer as contas.

A definição do valor de R$ 314 milhões como indenização a ser pagas pelas operadoras de celular às empresas de TV por assinatura de MMDS pela ocupação da banda de 2,5 GHz, estabelecido hoje pela Anatel provocou diferentes reações das empresas que vão pagar a conta. O presidente da Claro, Carlos Zenteno, afirmou estar negativamente surpreendido com o preço arbitrado. A Oi, por sua vez, considera que o valor é alto demais e está fora das regras do edital. A TIM acabou se conformando com o quinhão que lhe foi atribuído (R$ 52,33 milhões) e a Vivo acha que está perdendo muito em seus ativos, mas por outro lado, também vai pagar menos para os demais operadores.

A agência definiu o preço de R$ 104,67 milhões para a Claro e Vivo, que compraram 40 MHz no leilão da 4G. Zenteno observou que este valor representa 16% do que a Claro pagou pela frequência - ela ofereceu R$ 840 milhões -, considerando um percentual extremamente alto, acima de qualquer projeção da empresa. "Nós fizemos a proposta de pagar R$ 101,00 por usuário que seria transferido, cálculo usado em todo o mundo para a limpeza de faixa. O valor encontrado pela Anatel é desproporcionalmente alto", reclamou o executivo.

A Oi assinalou também que o edital previa o pagamento pelo remanejamento tecnológico, e não pela "indenização de um negócio supostamente perdido".

A TIM, que também lutava para que os valores pedidos pelos operadores de MMDS não fossem aceitos, achou que os preços acabaram sendo razoáveis. "Os preços estabelecidos pela Anatel não agradaram aos operadores de celular nem aos de TV paga. Significa, então, que eles estão razoáveis", afirmou o diretor de assuntos regulatórios, Mario Girasoli. Para o presidente da operadora, Rodrigo Abreu, o valor não poderia ultrapassar 15% do preço pago no leilão, e por isto, a empresa acabou achando correto o que foi arbitrado pela Anatel.

Já Antonio Carlos Valente, presidente do grupo Telefônica Vivo,ressaltou que a empresa tinha ativos a vender (ela também tinha operadora de MMDS) e, por isto, estaria perdendo dinheiro com esses ativos importantes.Mas, por outro lado, como também terá que pagar aos demais operadores de MMDS pela desocupação da faixa, ainda não fez as contas para checar se perde mais ou ganha alguma coisa. "Ainda precisamos fazer as contas", concluiu.