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Fonte: Teletime
[24/05/13]
Anatel estimou que operadoras de MMDS fariam vídeo sobre banda larga para
calcular indenização - por Samuel Possebon
Caso as empresas de telecomunicações vencedoras do leilão das faixas de 2,5 GHz
de fato indenizem as empresas de MMDS pelos valores definidos pela Anatel (um
total de R$ 314 milhões), conforme resolução de arbitragem publicada esta
semana, os valores que cada um dos principais grupos que hoje atuam no MMDS
receberá serão da seguinte monta:
* Acom: R$ 91 milhões. Hoje a Acom é uma empresa controlada pela Sky, mas,
segundo apurou este noticiário, parte desses recursos ficaria com os antigos
sócios como compensação pelos investimentos feitos.
* Telefônica: R$ 89 milhões. O curioso é que a Telefônica pagará uma parte dessa
conta para si mesmo (1/3) pelo fato de a Vivo ser uma das vencedoras do leilão
de 4G, mas receberá de outras operadoras. No final, a Telefônica paga cerca de
R$ 100 milhões e recebe R$ 89 milhões de volta.
* MMDSC: R$ 39,2 milhões
* Net Serviços: R$ 21,5 milhões. A exemplo da Telefônica, parte (1/3) da conta
da indenização das empresas de MMDS será paga pela Claro.
* TV Show: R$ 15,6 milhões
* Ibituruna: R$ 9,4 milhões
* Sunrise: R$ 8,6 milhões
* Teleserv: R$ 7,7 milhões
* Sercomtel: R$ 4,7 milhões
* Bahiasat: R$ 3,7 milhões
* Jangadeiro: R$ 3,3 milhões
* VerTV: R$ 3,1 milhões
* TV Filme: R$ 3 milhões
Outras operadoras menores receberão valores entre R$ 500 mil e R$ 3 milhões.
Metodologia
Para chegar aos valores, a comissão de arbitragem da Anatel adotou como premissa
a base de usuários de MMDS em agosto de 2010, pois entendeu que após essa data
as empresas perderam base e tiveram investimentos comprometidos em função da
instabilidade jurídica.
A agência considerou duas hipóteses: a de uma migração das bases legadas para
outras plataformas similares (cabo, DTH) ou a necessidade de substituição da
infraestrutura. É essa diferença que explica uma empresa como a Acom receber bem
mais do que a Telefônica, que está em São Paulo e Rio de Janeiro, por exemplo. A
Telefônica teria como migrar a base para outra plataforma existente. O cálculo
da Anatel considerou um custo de R$ 500 por assinante para a migração.
No caso da substituição da infraestrutura, a melhor opção imaginada pela Anatel
seria a prestação do serviço de banda larga (SCM) utilizando a tecnologia TD-LTE.
Nessa plataforma seria possível oferecer serviços de vídeo sob demanda, segundo
a agência. Nesse caso, a Anatel estimou o número de ERBs necessárias para cobrir
as cidades como investimento necessário e fez uma conta do custo por ERB de R$
685 mil e um determinado raio de cobertura para cada cidade. O valor foi
estimado no custo dos pacotes de banda larga existentes já operando em TD-LTE
(Sky e On Telecom têm esse tipo de serviço). Mas a Anatel não considerou,
aparentemente, o custo de toda a tecnologia de codificação dos sinais em IP, das
plataformas de vídeo-sob-demanda, nem dos set-tops IP necessários para uma
eventual oferta de vídeo.